Projeto de leite ao Haiti na PUC-SP, com venda de quadros

Quase 80% dos haitianos não podem consumir leite de vaca e poucos consomem o leite de cabra também.

O Comitê Pró-Haiti está desenvolvendo um projeto piloto em Pilate, uma cidadezinha do norte do país, em parceria com mais três entidades e organizações:
Paróquia da Congregação Santa Cruz em Pilate
Tèt Kole – organização camponesa
Papda – Plataforma Haitiana para um Desenvolvimento Alternativo
Cada uma delas com um papel bastante definido:
· Cabe ao Comitê promover a divulgação do projeto e fazer fundos para a compra de sete vacas leiteiras
· Cabe à paróquia de Pilate ceder o local onde as vacas serão colocadas, cuidadas e vacinadas pela equipe do padre à cabeça da congregação nessa cidade
· Cabe a organização camponesa supervisionar e orientar, baseada em sua experiência, o tratamento dado às vacas para que possam produzir leite de acordo com sua potencialidade
· Cabe à Plataforma divulgar o projeto tanto interna quanto externamente, visando apoio rumo ao sucesso dessa empreitada e para que possa ser multiplicado no país
As vacas serão propriedades da comunidade de Pilate e todas as entidades e organizações implicadas farão um trabalho solidário, sem auferir lucros.
Como continuidade, o Comitê estará trabalhando para conseguir a doação de um touro reprodutor, que cruzará com as vacas deste projeto, para dar início a uma cooperativa camponesa de gado, sob o controle da organização Tèt Kole na região norte do país.
Assim explicitado, avisamos a todos que os produtos artesanais e de arte estão à venda, pois o dinheiro será transformado em vacas de leite, e pedimos sua colaboração.

COMITÊ PRO-HAITI

Pessoal, vamos até a PUC-SP e dar uma força para o Comitê, a Lúcia Skromov, Presidente do Comitê Pro-Haiti é minha amiga e está fazendo um trabalho social no Haiti muito interessante !

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Pulseira eletrônica é Big Brother e não ressocializa preso

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, criticou duramente a proposta de monitoramento eletrônico de presos – principalmente aqueles em regime aberto ou de liberdade condicional – que está em estudos no Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. “Hoje é uma pulseira eletrônica, amanhã um chip, depois se estende para as crianças, para os adolescentes e, por fim, passaremos a viver num lugar Big Brother, com todo mundo sendo vigiado pelo Grande Irmão onipotente e onipresente”, sustentou Cezar Britto, durante entrevista. Para ele, o sistema da pulseira eletrônica em estudo, ao representar um agravamento além da pena, atenta também contra a ressocialização que se deve buscar para todos os presos, visando sua reintegração à sociedade.

O presidente nacional da OAB avalia que a proposta dificilmente passaria pelo crivo do Congresso Nacional, “que vai ponderar melhor e deve até evitar que seja criado esse precedente”. Na opinião dele, o monitoramento eletrônico – sistema que funciona por meio de um transmissor adaptado em uma pulseira ou tornozeleira eletrônica, enviando para um banco de dados a localização do apenado fora do presídio – fere também os princípios da intimidade e da privacidade. Cezar Britto afirmou ainda que o monitoramento eletrônico de presos contraria também o direito constitucional de ir e vir das pessoas, mesmo que sejam condenados cumprindo pena em regime aberto ou em liberdade condicional.

site da OAB Federal
Rizzolo: Isso é um assunto muito delicado e precisa de um consenso maior, me parece o início de uma tentativa de ” abocanhar ” esse mercado carcerário, vamos analisar com cuidado !

Venezuela e China fazem acordo para construir refinarias

A Venezuela e a China anunciaram a formação de empresas mistas entre os dois países para a construção e operação de refinarias e distribuição de petróleo. Pelo acordo, serão construídas inicialmente três refinarias, uma na Venezuela e outras duas no país asiático. A criação das empresas – sob a direção das estatais PDVSA CNPS – foi anunciada após encontro do presidente Hugo Chávez com o representante do governo chinês Li Changchun, realizado em Caracas.

Chávez afirmou que o seu país não mantinha nenhuma relação comercial com a China, entretanto, desde o ano passado, foram comercializados 300 mil barris de petróleo por dia; para este ano a produção esta prevista para 500 mil barris diários. O objetivo é chegar a produção de 1 milhão de barris diários até 2012.

O presidente venezuelano destacou que, nos acordos, determinou-se a ampliação de maneira acelerada da participação e presença da estatal petroleira chinesa CNPC (Corporação Nacional de Petróleo da China) na faixa petrolífera de Orinoco, bacias de petróleo recentemente descobertas e ainda pouco exploradas, manifestando à delegação chinesa que “esta é a maior reserva de petróleo conhecida do mundo”.

“Isto é algo de suma importância. Trata-se da China abrir espaços à Venezuela para refinar e distribuir o petróleo em conjunto entre a CNPC e a PDVSA”, destacou Chávez.

Chávez explicou que as estatais se encarregarão da exploração, perfuração, exportação refinação e distribuição do petróleo; este último, com a formação de uma empresa com uma “superfrota” de navios petroleiros para transportar o petróleo até o país asiático.

“Não é necessário ser um império para ser grande. A China é um país grande, é uma potência, mas não é um império, mas sim, um povo e um governo revolucionário que segue os princípios de Mao Tse Tung, e isso nos irmana ainda mais com a China”, afirmou o presidente venezuelano.

Chávez agradeceu a confiança e a rapidez com que a China respondeu aos acordos e indicou que “este é o combustível que impulsiona e acelera outros projetos binacionais em áreas não petroleiras”, destacando a “larga trajetória” de Li Changchun “nas suas lutas junto ao povo chinês e ao Partido Comunista”.

Em resposta, Li Changchun, que é membro do Comitê Central do PCC, expressou sua satisfação pela reativação das relações diplomáticas com a Venezuela, e assegurou que estes acordos permitiram um fortalecimento de uma relação estratégica, e desdobraram na cooperação em diversos setores. “O futuro de nossas nações será melhor”, complementou.

do Jornal Hora do Povo

Rabino Sobel ? Que é isso companheiro ?

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Henry Sobel é preso nos EUA por furto de gravatas
Da Agência Estado

O rabino Henry I. Sobel, 63 anos, líder da comunidade judaica de São Paulo, foi preso na sexta-feira passada nos Estados Unidos por acusação de furto em lojas, informou a polícia. Um empregado da exclusiva loja Louis Vuitton chamou a polícia depois de suspeitar do comportamento de um freguês. Ao reverem as imagens da câmera de vigilância da loja perceberam que o homem havia pego uma gravata, a dobrou e saiu do estabelecimento sem fazer o pagamento devido.

A polícia avistou o homem andando na Worth Avenue, em Palm Beach Flórida, e o deteve. O homem, posteriormente identificado como Henry I. Sobel, negou que tivesse subtraído algo da Louis Vuitton, mas mesmo assim ofereceu pagar pela gravata. Finalmente ele assumiu ter pego a gravata e confessou que ela estava num a sacola em seu carro.

Numa sacola no veículo, a polícia encontrou quatro outras gravatas, da Louis Vuitton, da Giorgio’s, da Gucci e da Giorgio Armani, e Sobel teria admitido ter furtado todas elas, segundo a polícia. Ele foi preso e acusado de furto em loja. O valor total das gravatas era de US$ 680. Sobel, que tem a nacionalidade americana, pagou uma fiança de US$ 3.000 e foi libertado no sábado, depois de ter sido devidamente fichado.

O Rabino Sobel sempre foi um grande amigo meu , até outro dia eu e a Tatá encontramos com ele no shopping Higienópolis, e conversamos muito, o que estranhei é que ele estava sem Kipá, e meio “estranho” ,com certeza ele deve estar com algum problema (estar “Michiguine” ), é a única explicação de bom senso que tenho e que a comunidade judaica deve ter, não deve estar no seu estado mental normal. É uma pena !

Live Rizzolo

A hipocrisia dos marajás da mídia

Há poucos dias o presidente Lula afirmou que aqueles que se dedicam a administração pública quando poderiam ganhar salários muito mais altos na iniciativa privada são “heróis”. Realmente. Além do salário baixo, você, leitor que não é funcionário público ou mandatário de cargo público, já imaginou a chatice de, a cada aumento de salário, agüentar aqueles hipócritas que vivem berrando que você ganha muito? Agüentar esses fariseus que, enquanto propalam que os outros estão ganhando fortunas, enchem o forâmen de dinheiro? Deve ser de amargar.

Os deputados querem, no momento, um aumento de 26%, numa situação em que seu salário-básico real é o menor de toda a História da República, porque em 8 anos de governo tucano, deu-se preferência a corromper, e não a reajustar o salário dos parlamentares. Com esse aumento, o salário-básico na Câmara passaria de R$ 12.487 para R$ 16.250.

Enquanto isso, nossas fontes na Globo revelam que o ilustre sr. Ali Kamel, por exemplo, capataz dos seus telejornais, fatura mensalmente seus R$ 120 mil, fora as bonificações que os diretores da empresa dos Marinho recebem quando diminuem as despesas de seu departamento, ou seja, quando conseguem cortar o salário ou o emprego dos outros. Como se dizia antigamente, trata-se de um salário das arábias – o que não impede o sr. Kamel de ficar, através dos locutores de telejornal, acusando deputados que ganham 10% do que ele ganha, por desejarem passar a ganhar 15% dos seus proventos.

Já o Bonner, aquela flor de pessoa, um sujeito que sabe tudo sobre tudo o que não sabe, ganha R$ 80 mil, é verdade que como “pessoa jurídica” (é só olhar com atenção que a gente percebe que ele não pode ser uma pessoa física). Sua esposa, aliás muito mais interessante, quer dizer, mais capaz no trabalho (esta, sim, tem cara de pessoa física), ganha a metade. Certamente, mais justo seria se ela ganhasse o dobro. Mas, o que importa aqui é que dois Bonner valem um Kamel: a família fatura mensalmente pelo menos R$ 120 mil.

Perguntaria algum marciano de bom senso, recém-chegado à Terra, informado dos salários do Kamel e dos Bonner e de que boa parte dos trabalhadores recebe R$ 350, assim como que o brasileiro que vence uma eleição para a Câmara – e só 513 conseguem, em 180 milhões de pessoas – recebe R$ 12.487: “mas, para ganharem tanto, esses cavalheiros e essa dama devem ser muito competentes, não é?” (como se sabe, o regime dominante em Marte é a meritocracia).

Acertou em cheio. O Kamel, por exemplo. Que incríveis reportagens! Que revelações tremendas, verdadeiras e precisas que seu trabalho desencavou! Quanto o país deve a ele por seu destemor em prol da coletividade!

A senhora nunca ouviu falar disso, leitora? Pois é, nós também não. Mas existe a sua famosa tese de que não há racismo no Brasil, apenas diferenças de renda entre negros e brancos. Uma descoberta espetacular. Só tem o problema de não ser jornalismo, mas apenas ignorância crassa – e interessada -, do tipo que em pleno século XXI é capaz de isolar em compartimentos estanques as questões sociais, econômicas e ideológicas. Se ele escrevesse isso há 160 anos, seria uma idiotice. Hoje, até como estupidez, é uma banalidade, pois já houve centenas de tentativas semelhantes, ainda que ninguém lembre mais nem o nome dos seus autores.

Quanto aos Bonner, não há dúvida de que eles são competentes no que fazem: ler textos que outros escreveram, de acordo com o interesse do patrão. Pode ser que eles façam outras coisas, mas o que justifica esse salário é essa capacidade de ler aquelas coisas sem corar de vergonha, e empostando a voz para dar força a elas. Mas, diria o marciano de bom senso: “quantas pessoas no Brasil ganham tanto apenas por ser alfabetizadas?”.

Fonte Jornal Hora do Povo

Comandante da Marinha quer dobrar o número de navios-patrulhas

O Comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, aposta no reaparelhamento das Forças Armadas para que a Força cumpra com seu objetivo de “garantir os interesses do Brasil no mar”.

“A Marinha não quer nada mais do que ter os meios necessários para cumprir o que está previsto na Constituição e nas leis complementares”, declarou o almirante, destacando que houve uma melhora no primeiro mandato do presidente Lula, “mas, ainda é um orçamento inferior às necessidades da Marinha. São necessários valores em torno de R$ 1,6 bilhão para mantermos a Força”, disse o almirante, em entrevista ao Estadão. “Este ano estamos começando com R$ 1,25 bilhão”.

“Temos uma costa de 8,5 mil quilômetros e pelo mar trafegamos 95% do nosso comércio exterior. São US$ 200 bilhões anuais. Temos de estar prontos para garantir a soberania e os interesses do Brasil no mar e hoje a Marinha está com meios insuficientes para isso. Hoje temos cerca de 20 navios fazendo patrulha e precisaríamos de pelo menos o dobro”, esclareceu.

Respondendo provocação sobre o presidente Hugo Chávez, o Comandante foi enfático: “O Brasil e a Venezuela têm relações muito boas e não temos nenhum temor específico quanto a nenhum dos países da América do Sul. Mas temos de estar prontos, com poder militar, para que qualquer país que pense em tentar prejudicar o Brasil saiba que terá que pagar um preço caro por isso”. “Estou preocupado em ter meios para cumprir a missão constitucional e termos capacidade de dissuadir qualquer aventura de qualquer país do mundo”.

Artigo Jornal Hora do Povo

Um forma de esconder a informação importante

A chamada de primeira página do Globo de hoje – “Novo PIB: Brasil já passa o Paraguai” (só para assinantes) mostra a tentativa de desqualificar os novos números do PIB. O jornal carioca da família Marinho quer dizer que o nosso crescimento de 3,7%, com a nova metodologia do IBGE, foi maior, agora, que o do Paraguai. Ou seja, uma forma nada sutil de esconder a informação, dada na matéria, que nosso novo PIB nos transforma na 10a economia do mundo. O Globo não se conforma. O Brasil vai bem.

Será a igreja elitista ?

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Nada como uma boa entrevista para fechar o fim de semana com chave de ouro. O Canal Livre, um dos poucos programas do gênero na TV aberta brasileira, neste domingo apresentou ninguém menos que Leonardo Boff, o principal teólogo da Teologia da Libertação.

Para quem não sabe, Leonardo Boff era padre e foi expulso da Igreja pelo “Santo Ofício” comandado pelo então cardeal Joseff Ratzinger, atual Papa Bento XVI, sob a acusação de heresias contra a fé, ao propor uma teologia cristã mais voltada para a ação e organização dos pobres, sem a pompa e dogmatismo oficial do Vaticano.

Muitos assuntos foram tratados na entrevista, entre eles o novo documento da Igreja que reforça o celibato, condena a união de pessoas do mesmo sexo, o uso do preservativo e o abordo, além de dizer que o segundo casamento é uma ferida que atinge a sociedade.

Quero neste texto tratar do tema aborto. Não vou colocar aqui a minha opinião favorável, até´porque não sou católico, mas tão somente comentar a falta de bom senso da Igreja apontada por Leonardo Boff, com base nos documentos do Vaticano. A Igreja é contra o aborto sob o argumento que desde a concepção já existe vida intra-uterina, e que estaria-se destruindo uma vida. Mas ao mesmo tempo a Igreja condena o uso da camisinha e milhares de pessoas estão morrendo de Aids. Não é uma incoerência?

Acredito que a Igreja deveria ter mais bom senso no trato de diversas questões, sem com isso destruir os seus dogmas. A Igreja ao invés de ser pastora, está sendo elitista! Para quem viu a entrevista e os argumentos de Leonardo Boff, sabe do que estou falando…

Isso que é renovação !

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É de morrer de rir a nota “Oligarcas”, publicada hoje no Painel da Folha (só para assinantes). Vejam só: “O nome é Democratas, mas a composição da nova Executiva do antigo PFL indica que as dinastias continuarão a dominar o partido. Além do presidente, Rodrigo Maia, estão na cúpula outros descendentes de caciques, como os baianos ACM Neto e Fábio Souto, Efraim Filho (PB) e Felipe Maia(RN)”

Mas o PFL é assim mesmo, um pessoal que adora, de tempos em tempos, trocar a sigla do Partido, visando apagar o passado sem contudo mudar de ideais. Tudo era UDN, o golpista Carlos Lacerda, veio o Golpe, formou-se a ARENA para sustentar a nada democrática Ditadura Militar, após a abertura política veio o PDS, que então tornou-se PFL. Abra o olho povo brasileiro!

Conheçamos a história, pois caso contrário seremos engolidos por ela. Caso você não saiba, o estressado prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab é do PFL, futuro PD, será que aquela atitude dele em expulsar um contribuinte que o criticou foi Democrática?

Sem comentários!

imagem do site blog em movimento

8 milhões de brasileiros deixam a baixa renda

Esse é o título da notícia do Estadão de hoje, com chamada na primeira página: em apenas um ano, mais de 8 milhões de brasileiros deixaram a baixa renda e ascenderam para níveis da população com maior poder de consumo. As camadas D e E reuniram 84,8 milhões de pessoas no ano passado ou 46% da população. Em 2005, o contingente dessas classes sociais era de 92,9 milhões ou mais da metade da população brasileira (51%).

O grande destaque da pesquisa é o Nordeste, que reúne 25% dos brasileiros. Foi a região do País que registrou, no ano passado, o maior crescimento da renda média familiar disponível. A alta foi 38%.

Esses dados foram revelados pela pesquisa O Observador 2007, feita pela financeira francesa Cetelem, em parceria com o instituto de pesquisas Ipsos Public Affairs. Foram ouvidas 1.200 famílias no fim de 2006 em 70 cidades do País. Elas foram avaliadas não só pela renda recebida, mas também pela posse de bens.

Os números da pesquisa confirmam que a política econômica do governo Lula, com o controle da inflação, o aumento da oferta de crédito e o efeito positivo dos programas sociais sobre a renda da população mais pobre melhorou e muito a vida dos brasileiros mais pobres.

Isso mostra que estamos no caminho certo, combatendo a pobreza e melhorando a distribuição de renda.

Presidente da OAB Federal, diz que ” Compreender racismo é diferente de ter que aceitá-lo”

“Compreender uma situação é completamente diferente de ter que aceitá-la. Espero que a ministra não tenha aplicado o conceito de compreensão como o de aceitação”. Esse foi o comentário feito pelo presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, sobre declaração dada em entrevista pela ministra Matilde Ribeiro, titular da Secretaria Especial de Política da Promoção da Igualdade Racial (Seppir), de que considera natural a discriminação de negros contra brancos. A ministra teria afirmado que “não é racismo quando um negro se insurge contra um branco” e que compreende a reação de um negro de não querer conviver com um branco, uma vez que “quem foi açoitado a vida inteira não tem obrigação de gostar de quem o açoitou”.

Para Cezar Britto, compreender que tenha existido o sistema “perverso” de escravidão e o preconceito dele decorrente é importante para que o Brasil tenha, de fato, uma democracia racial. “No entanto, aceitar qualquer tipo de preconceito não pode ser medida eficaz no que se refere a essa mesma democracia racial”, afirmou Cezar Britto, após ser empossado hoje, em Brasília, membro integrante do Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (CDDPH).

A declaração da ministra Matilde Ribeiro foi dada à BBC Brasil, em programa que lembrou os 200 anos da proibição do comércio de escravos pelo Império Britânico, tido como o ponto de partida para o fim da escravidão em todo o mundo.

site da OAB Federal

Festival ” É tudo verdade “

Domingo eu e a Tatá fomos assistir um documentário no Cine Sesc sobre a vida do escritor russo Anatoly Rybakov sob direção de Marina Goldovskaya, filme do festival ´” É tudo verdade ” achei pouco interessante, uma abordagem que no inicio me pareceu Trotskista, mas na verdade era anti – stalinista e anti – revolucionária. Provavelmente financiada pelo governo americano. Rybakov é contraditório às vezes enaltece a ” liberdade ” como um papagaio , sem fundamento, e ainda enumera a quantidade enorme de judeus que contribuiram para a revolução Bolchevista; só se esquece que quem ajudou a libertar o mundo do exército alemão foi o exercito vermelho, aquele, do Stalin, cuja grande parte era composta de cidadãos de origem judaica.
Está mais para ” É tudo mentira “, não recomendo.

Unificação do programas sociais para juventude

O governo retoma a agenda da unificação dos programas sociais voltados para a juventude. Em reunião na Casa Civil, os ministros ligados à área social que compõem o Conselho de Política Social – um dos conselhos criados no governo Lula, tão criticados por certa imprensa – debateram os eixos básicos dos programas sociais em geral, educação, saúde, juventude, redução das desigualdades, cidadania e cultura.

Depois de consolidar o Bolsa Família, chegou a hora de desenvolver as portas de saída do programa e de unificar os programas dirigidos à juventude. São mais de vinte programas, somente a nível federal, fora os estaduais e municipais.

O desafio do governo, além de unificar os programas para a juventude, é o de universalizar programas como o Projovem e o EJA. Ou seja, dar uma bolsa a todos jovens que estudam ou voltam às salas de aula e não tem renda e ou emprego.

É fundamental universalizar o ensino médio, como aconteceu com o fundamental, e combiná-lo ou mesmo transformá-lo em ensino técnico-profissional, inclusive com uma duração de 2 anos.

A outra prioridade é a presença das crianças das famílias beneficiadas com o Bolsa Família nas escolas e a criação de programas de geração de emprego e renda que permitam a essas famílias saírem da Bolsa.

Também foi discutido o reajuste do Bolsa Família e o aprimoramento

Alcool e o desenvolvimento sustentável

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Desde os idos dos anos setenta, com a crise do Petróleo – aliás, crise para os que compravam e tiveram que pagar mais caro e bonança para os que vendiam que tiveram um preço mais justo pela sua mercadoria, isso ninguém fala – o Brasil investe, horas mais, horas menos no desenvolvimento do Álcool Combustível.

A primeira vista um projeto fadado ao fracasso, mas que hoje comprova-se muito eficiente, seja no desempenho dos motores, seja no preço e dizem que até mesmo na questão ambiental, afinal, polui menos. Será?

Obviamente que um motor movido à gasolina é muito mais poluente que um movido a Álcool, mas a questão aqui é outra. Mais de quinhentos anos depois, voltamos às nossas origens, vamos plantar cana-de-açúcar, afinal, é o produto que “eles” querem, já foi a soja, o café, o algodão, a extração de ouro, a cana-de-açúcar e o pau-brasil, e viva Caio Prado Júnior e sua excelente análise.

Mas voltemos à questão do meio-ambiente. A cana-de-açúcar é extremamente prejudicial ao solo, empobrece o terreno e destrói a fauna ao seu redor (insetos), uma área com cana-de-açúcar deve ser constantemente adubada e até mesmo aplicar-se uma alta rotatividade de culturas, caso contrário, vira tudo areia. Coincidência ou não, o nordeste já foi o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo, como será o solo hoje?

Outro problema, é que muitas usinas ainda não dispõem de máquinas para a colheita da cana, assim, antes do corte é necessária uma grande queimada de toda a área plantada, para que depois os “bóia-fria” venham corta-la, ganhando uma míseria por tonelada, e isso não é nada ecologicamente correto. Mas também, caso todas as usinas possuam maquinário, muitas cidades do interior se verão diante de um grande caos social, pois boa parte dos seus moradores dependem da época do corte de cana, e vivem do mísero salário de “bóia-fria”.

Cada trabalhador ceifa 12 toneladas de cana-de-açúcar em média por dia, cumprindo uma jornada diária de 10 horas de trabalho, e recebendo em média um mísero salário mínimo de R$ 300,00, sem nenhum direito trabalhista, e com condições de trabalho totalmente sub-humanas, o que levou na região de Ribeirão Preto à morte de vários trabalhadores bóias-frias por parada cardiorespiratória.

Portanto, somos bombardeados pelas maravilhas do progresso tecnológico, mas ainda não se falou nos seus prejuízos. O Desenvolvimento Sustentável está sendo mais uma vez colocado de lado em proveito do lucro. Não me entendam mal, não sou contrário ao investimento em Álcool Combustível, muito pelo contrário, mas as questões aqui suscitadas carecem um pouco de reflexão.

Fernando Rizzolo

Roberto Jefferson indiciado !

A Polícia Federal indiciou por formação de quadrilha o deputado cassado Roberto Jefferson no inquérito que apura denúncias de irregularidades na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Ele recebeu a notificação do delegado Luiz Flávio Zampronha, após depoimento de quase duas horas na sede da PF em Brasília, na quarta-feira..

Oitavo indiciado no processo, Jefferson é acusado pela montagem de um esquema de cobrança de propinas junto a fornecedores de bens e serviços da empresa, mediante licitações dirigidas, superfaturamento de preços e outros delitos, para arrecadar recursos.

Antes mesmo de começar o depoimento, o ex-deputado ofendeu a Polícia Federal e o Ministério Público, lançando dúvidas sobre a isenção da investigação, além de chamar o procurador que acompanha o caso, Bruno Accioly, de “boboca”. Roberto Jefferson foi cassado por falta de decoro e por ter admitido que recebeu ilegalmente R$ 4 milhões do tucanoduto – esquema montado pelo empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.

Jornal Hora do Povo

Agência Carta Maior agoniza

A possibilidade de fechamento da Carta Maior é uma péssima notícia. Não apenas para os que a produzem e a lêem, mas para os que defendem o pluralismo e a diversidade de opiniões na imprensa e procuram meios alternativos à chamada grande imprensa.

Pluralismo significa que todas as opiniões e todos os pensamentos têm o direito de serem veiculados. Esse direito formal poucos negam. O problema é que em uma sociedade como a nossa não há como dissociar a sobrevivência da mídia ao poder econômico e às verbas publicitárias, privadas ou estatais. Criar e, principalmente, manter um jornal, uma revista, uma emissora de rádio ou televisão exige muito dinheiro – que não está ao alcance dos movimentos sociais e populares, de correntes de pensamento que questionam interesses do capital privado e não contam com receitas publicitárias.

Por isso temos de pensar seriamente na TV Pública e em medidas que assegurem o pluralismo em nossa mídia, dando condições para que publicações menores e menos viáveis economicamente sobrevivam. A mídia que ecoa as vozes dos movimentos sociais que não têm espaço e tratamento digno na grande imprensa tem de existir. Ela vocaliza a inteligência intelectual brasileira e internacional preocupada com a justiça social e a democracia.

A chamada grande imprensa recebe financiamentos e créditos oficiais, tem dívidas parceladas a longo prazo, beneficiou-se de isenções tributárias em importações, é altamente contemplada com verbas publicitárias. Quando rebate liminarmente a possibilidade de mecanismos de incentivo beneficiarem também publicações e projetos como Carta Maior, a grande mídia apenas defende seus interesses corporativos e assume postura antidemocrática, monopolista.

Um governo democrático tem a obrigação de dotar a sociedade de mecanismos públicos que permitam fortalecer a circulação da opinião crítica das mais diversas origens e
matizes.

Hora de “destucanizar” o BC e o BB

O primeiro mandato do presidente Lula teve contradições pela própria necessidade de vencer a desconfiança dos “mercados” e debelar a crise econômica herdada dos tucanos. Para quem não se lembra, o dólar ultrapassava R$ 3,50 e a dívida pública chegava a alarmantes quase 60% do PIB. Pode-se discutir se era necessária toda a restrição macroeconômica da política Palocciana, mas é evidente que o cenário mudou.

Hoje a agenda é olhar o futuro, promover crescimento econômico, com justiça social e redistribuição de renda, gerando empregos melhores e com carteira assinada, além de ter forte política social de inclusão. Esse foi o recado das urnas. O projeto vitorioso do presidente Lula foi o que mudou em relação aos tucanos. Isso impediu o verdadeiro golpe que se tentou dar para impedir a reeleição.

Se a agenda vitoriosa é clara, fica difícil entender como em determinados lugares dentro do próprio governo permanece a herança maldita do pensamento neoliberal tucano-pefelista. Um dos enclaves do atraso é o Banco Central. Seu presidente, Henrique Meirelles, dá declarações dizendo que a atual crise dos mercados financeiros mostra que sua política de pagar os juros reais mais altos do planeta está correta. Parece torcer para que tudo dê errado, para que o setor a que sempre beneficiou, o financeiro, continue a ter os absurdos lucros em detrimento de toda a sociedade. Pois são os únicos que ganham com juros altos e crise econômica. Sem contar o absurdo de mexer no cálculo da remuneração das cadernetas de poupança e do FGTS, prejudicando pequenos investidores e os trabalhadores e, mais uma vez, favorecendo a banca e seus fundos de aplicação milionários.

Mas se o BC parece não entender que o governo mudou, está sendo seguido muito de perto nessa alienação pela direção do Banco do Brasil. Numa volta à era tucana (que tinha congelamento de salário e perseguições), a direção do BB resolveu punir e discriminar no pagamento da PLR os bancários que fizeram greve. Talvez se esqueça da origem sindical do atual presidente, que nomeia cada um dos diretores do BB. Será que eles acham que o presidente da República concorda com a punição a grevistas por uma empresa pública? Será que podem desrespeitar o direito de greve previsto na Constituição e saírem impunes?

Dominados pela lógica do mercado, dos resquícios autoritários dos oito anos tucanos, parece que as diretorias do BC e do BB não percebem que o momento político mudou. Nós, sindicalistas, que defendemos um projeto de país mais justo e o governo popular do presidente Lula contra o golpe que tentaram dar, não podemos aceitar que os setores que foram derrotados nas eleições continuem a implementar suas políticas no Banco Central e no Banco do Brasil. Para mudar, crescer, desenvolver-se, tornar-se mais justo, o país precisa se livrar das amarras desse pensamento atrasado.

*Vagner Freitas é presidente da Contraf-CUT e diretor executivo da Central Única dos Trabalhadores

artigo do Jornal Hora do Povo