A Venezuela e a China anunciaram a formação de empresas mistas entre os dois países para a construção e operação de refinarias e distribuição de petróleo. Pelo acordo, serão construídas inicialmente três refinarias, uma na Venezuela e outras duas no país asiático. A criação das empresas – sob a direção das estatais PDVSA CNPS – foi anunciada após encontro do presidente Hugo Chávez com o representante do governo chinês Li Changchun, realizado em Caracas.
Chávez afirmou que o seu país não mantinha nenhuma relação comercial com a China, entretanto, desde o ano passado, foram comercializados 300 mil barris de petróleo por dia; para este ano a produção esta prevista para 500 mil barris diários. O objetivo é chegar a produção de 1 milhão de barris diários até 2012.
O presidente venezuelano destacou que, nos acordos, determinou-se a ampliação de maneira acelerada da participação e presença da estatal petroleira chinesa CNPC (Corporação Nacional de Petróleo da China) na faixa petrolífera de Orinoco, bacias de petróleo recentemente descobertas e ainda pouco exploradas, manifestando à delegação chinesa que “esta é a maior reserva de petróleo conhecida do mundo”.
“Isto é algo de suma importância. Trata-se da China abrir espaços à Venezuela para refinar e distribuir o petróleo em conjunto entre a CNPC e a PDVSA”, destacou Chávez.
Chávez explicou que as estatais se encarregarão da exploração, perfuração, exportação refinação e distribuição do petróleo; este último, com a formação de uma empresa com uma “superfrota” de navios petroleiros para transportar o petróleo até o país asiático.
“Não é necessário ser um império para ser grande. A China é um país grande, é uma potência, mas não é um império, mas sim, um povo e um governo revolucionário que segue os princípios de Mao Tse Tung, e isso nos irmana ainda mais com a China”, afirmou o presidente venezuelano.
Chávez agradeceu a confiança e a rapidez com que a China respondeu aos acordos e indicou que “este é o combustível que impulsiona e acelera outros projetos binacionais em áreas não petroleiras”, destacando a “larga trajetória” de Li Changchun “nas suas lutas junto ao povo chinês e ao Partido Comunista”.
Em resposta, Li Changchun, que é membro do Comitê Central do PCC, expressou sua satisfação pela reativação das relações diplomáticas com a Venezuela, e assegurou que estes acordos permitiram um fortalecimento de uma relação estratégica, e desdobraram na cooperação em diversos setores. “O futuro de nossas nações será melhor”, complementou.
do Jornal Hora do Povo
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