“O problema com a posição dos ambientalistas é que, de um lado, eles estão dizendo que as mudanças climáticas serão uma espécie de catástrofe que vai destruir o ambiente e a civilização. Por outro lado, eles se recusam a aceitar que a energia nuclear é a única grande fonte de energia que pode substituir os combustíveis fósseis”, avaliou Patrick Moore, um dos fundadores do Greenpeace.
Para Moore, “é uma infelicidade” a resistência dos ambientalistas à utilização da energia nuclear. “Acredito que eles ainda estão presos a uma mentalidade da Guerra Fria. O movimento pacifista é focado em guerras e armas e incluíram a energia nuclear como se fosse a mesma coisa. O princípio que devemos adotar é que não podemos banir os usos benéficos de uma tecnologia só porque ela pode ser usada para o mal”. “Temos que usar a energia nuclear para fins pacíficos e dar ao mundo um exemplo. O Brasil pode fazer isso, mostrar ao mundo que pode usar tecnologia nuclear, sem armas nucleares”, afirmou em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
“A única forma de reduzir o consumo de combustíveis fósseis de maneira significativa é fazer isso com um programa agressivo de energias renováveis combinado à energia nuclear”, disse Moore.
”Devemos usar energia hidrelétrica, a mais importante fonte de energia renovável, biomassa ou biocombustíveis, como vocês têm feito com a cana-de-açúcar. Mesmo isso não pode fazer tudo. Precisamos de uma grande quantidade de energia que seja confiável, segura e que não polua o ar, e isso é a energia nuclear”, sublinhou Patrick Moore.
Jornal Hora do Povo
30/08/2007 às 8:37 PM
Interessante o posicionamento de Moore, acho algumas falas dele extremistas, como o que alega numa reportagem na superinteressante em relação à extração madereira, porém em relação à energia nuclear acho que ele está certo, o negócio é saber como usar, se para o bem ou se para o mal…