O governo brasileiro publicou decreto sobre o acordo firmado na 30ª reunião do Conselho do Mercosul, em julho do ano passado, que permite aos produtos cubanos acesso preferencial aos mercados dos países-membros do Mercosul, e vice-versa, com redução da Tarifa Externa Comum (TEC). A iniciativa consolida os vários benefícios tributários que Cuba já havia firmado em separado com cada um dos países-membros da América do Sul.
Durante a reunião do Conselho, realizado na Argentina, o presidente Fidel Castro colocou à disposição do Mercosul a experiência cubana nas áreas de saúde educação e ressaltou que o índice de mortalidade infantil em Cuba é de 5,6 crianças a cada mil nascidas. Nos Estados Unidos morrem 6,4 crianças a cada mil.
Mesmo sob o criminoso bloqueio econômico imposto pelos Estados Unidos há 47 anos, Cuba teve o maior crescimento da América Latina em 2006: 12,5% do PIB. Com o acordo com o Mercosul, poderá importar dos países sul-americanos, livre de taxas, ou com tarifas reduzidas, equipamentos elétricos, equipamentos óticos e de fotografia e aparatos médicos e cirúrgicos. “A América Latina é o maior parceiro de Cuba, e o Brasil é o segundo melhor sócio comercial da região, depois da Venezuela”, declarou o vice-ministro de Relações Exteriores de Cuba, Alejandro Gonzáles Galiano, em visita ao Brasil no mês passado.
No primeiro bimestre deste ano o Brasil exportou US$ 31,58 milhões contra US$ 18,82 milhões de importação. Os principais produtos cubanos vendidos para o Brasil estão materiais médicos, como extratos de glândulas, vacina contra hepatite B e reagentes de laboratório, e também itens como níquel, charutos e rum.
O produto brasileiro mais vendido aos cubanos é o açúcar. Frango, café e carne bovina foram outros itens importantes da exportação brasileira, ao lado de manufaturados como transformadores elétricos, partes de motores a diesel e reboques para transporte de mercadorias.
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