Paulo Skaf a Meirelles: “Esse câmbio rouba a nossa competitividade

“A alta taxa de juros, além de desestimular o investimento produtivo, tem causado a queda do dólar, o que tem feito nossas indústrias perderem competitividade no mercado externo”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, na abertura do 6º Fórum Empresarial.

O evento, realizado na ilha de Comandatuba, Ilhéus (BA), contou com a participação de cerca de 600 empresários, no qual a adversidade do câmbio e os juros altos foram os principais alvos de críticas. “Esse câmbio rouba a nossa competitividade. As empresas são competitivas, mas o câmbio, não”, disse Skaf. Em sua intervenção, o presidente da Fiesp apontou o gasto com juros como sendo a maior despesa do governo: “Nos últimos quatro anos foram pagos mais de R$ 500 bilhões em juros”, frisou.

“O crescimento econômico não pode ser resultado, tem de ser meta, obsessão”, finalizou Skaf, que tinha ao seu lado o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.

Tentando responder às críticas das lideranças empresariais, Meirelles disse que “o Banco Central tem foco no controle da inflação, não no crescimento econômico”. Eis o problema: tirar o crescimento de foco – mantendo no centro, porém, uma brutal transferência dos recursos à especulação financeira, através dos juros reais mais altos do mundo, com implicações desastrosas para a produção, principalmente às atividades consubstanciadas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

Mas, o presidente do BC disse que conseguiu ouvir “muitos elogios, à política monetária principalmente”, o objeto de críticas quase que unânimes de empresários e trabalhadores, inclusive no fórum de Comandatuba.

Hora do Povo
Obs. E ainda tem empresário que gosta da política do BC, provavelmente vivem de especulação, e especulação não combiba com o PAC ! Parabens ao Skaf !

Ex-torturador é chefão da máfia do bingo

Não deixem de ler o excelente artigo do jornalista, escritor, ex-preso político e autor do livro “Náufrago da Utopia”, Celso Lungaretti, na Carta Maior, resgatando a passagem do bicheiro Capitão Guimarães, um dos presos pela Polícia Federal na Operação Hurricane, pelos órgão de repressão política do Rio de Janeiro, na época da ditadura militar. O artigo mostra que naquela época, além de ser um violento torturador, o Capitão Guimarães auferia ganhos substanciais ao capturar ou matar militantes revolucionários.

“Tudo que era apreendido com os resistentes e tivesse algum valor, virava butim a ser rateado entre aqueles rapinantes. Jamais cogitavam, por exemplo, devolver o dinheiro aos bancos que haviam sido expropriados pelos guerrilheiros urbanos. Numerário, veículos, armas e até objetos de uso pessoal iam sempre para a caixinha do bando. De mim, até os óculos roubaram”, diz o artigo.
enviada por Zé Dirceu

Compra de novos caças é prioridade para a Força Aérea, diz brigadeiro Paulo Bertusi na Laad 2007

“A FAB está estudando o conceito de qual será seu projeto FX, depois virá o estudo de viabilidade técnica, operacional e de custos”, afirmou o brigadeiro Paulo Roberto Pertusi, da 3ª Subchefia do Estado Maior da Aeronáutica, durante a LAAD 2007, feira latino-americana de defesa, realizada no Rio de Janeiro.

Segundo o brigadeiro, a retomada do Projeto FX é “prioridade número 1” dentro do programa de reaparelhamento da Armada que tem como objetivo corrigir a “carência operacional” de aviões caça de última geração da FAB voltados à defesa aérea nacional.

Ele informou que os estudos para a compra dos novos caças já foram iniciados, e sua conclusão deverá ocorrer “o mais rapidamente possível”. O programa FX foi suspenso em abril de 2005, e previa a compra de até 24 caças.

Além da retomada do Projeto FX, o Comando da Aeronáutica está solicitando ampliação de seu orçamento junto à equipe econômica do governo. “Estamos fazendo gestões fortes por suplementação orçamentária e o governo está bastante sensível em relação ao assunto”, declarou o brigadeiro Pertusi.

O brigadeiro destacou ainda que as empresas que se propuserem a transferir tecnologia para a indústria nacional terão maior participação no programa de reaparelhamento, uma vez que uma das metas da Aeronáutica é a capacitação científico-tecnológica.

HP

Publicado em Política. 13 Comments »

Franklin: “para mudar é preciso ação política, é preciso o papel do Estado”

Perguntado no programa “Roda Viva” sobre qual é o seu perfil ideológico e o do presidente Lula, o ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, respondeu que é um homem de esquerda e que, em sua opinião, “o presidente Lula também é de esquerda”. “Ele (Lula ) lidera um governo de centro-esquerda, mas certamente é um homem de esquerda”, disse. O “Roda Viva” é transmitido pela TV Cultura de São Paulo, segunda-feira.

“Alguns acham que não existe mais direita e nem esquerda. Mas existe sim”, afirmou o ministro. “Esquerda é quem acha que o mundo é injusto e que não muda naturalmente”, explicou. “Quem é de esquerda acha que a injustiça não é natural e pode ser modificada”, prosseguiu. “O mercado não reduz as injustiças. O mercado aprofunda, confirma, magnifica a injustiça”, enfatizou. “Para mudar é preciso ação política. É preciso o papel do Estado”, completou Martins.

Provocado por Augusto Nunes, sobre o que estaria ganhando, do ponto de vista material, para largar um bom emprego e ser ministro de Lula, Franklin disse que, depois de todo o processo vivido no Brasil, “pensa-se que não há mais espírito público no país”. “Isso não é verdade”. Ele respondeu que a sua decisão foi tomada por amor à Pátria e lembrou a Nunes que “isso não é de hoje”. Franklin disse que poderia ter optado por ganhar dinheiro na Bolsa, mas preferiu lutar pelo socialismo, pela democracia. “Estudei em escola pública. Para chegar aonde cheguei, muitas pessoas pagaram impostos”, lembrou. “Fiquei cinco anos no exílio e mais cinco como clandestino. Não vim ao mundo para ganhar dinheiro”, arrematou.

SÉRGIO CRUZ

Hora do Povo