O primeiro de maio na França se caracterizou pelo repúdio ao governo neoliberal de Chirac e seus ataques aos direitos trabalhistas. Milhares de manifestantes denunciavam o candidato direitista Sarkozy com adesivos (Stop Sarko – numa referência irônica ao seu apelido “L’Americain”, devido ao seu ideário entreguista e pró-Império).
Os estudantes e jovens trabalhadores presentes ao ato proclamavam: “Sarkozy, você está acabado. A juventude está nas ruas”.
Bernard Thibault, presidente da principal central sindical a CGT, foi intensamente aplaudido ao denunciar Sarkozy como o “candidato do Medef”, referindo-se à vinculação do candidato com a principal entidade patronal do país e ao alertar para o risco de sua eleição para os direitos trabalhistas e liberdades sindicais.
Houve manifestações em 250 cidades francesas. Em Paris o ato dos trabalhadores reuniu 200.000 pessoas. A CGT destacou que as manifestações do 1º de Maio reuniram o dobro de trabalhadores do que foi congregado em 2005 e 2006.
A faixa que abriu o ato conclamava: “Todos juntos pelo progresso social e a paz”.
A CGT destacou as jornadas de luta contra os ataques do governo de Chirac e Sarkozi aos direitos dos aposentados e aos jovens trabalhadores (a CGT mobilizou milhões de estudantes e jovens trabalhadores para derrotar o projeto que extinguia os direitos trabalhistas para os que fossem admitidos em seu primeiro emprego).
“Neste mesmo momento numerosas mobilizações sindicais unitárias buscam obter reajustes salariais e a impedir as demissões que atingem dezenas de milhares de assalariados nas grandes empresas. Elas contribuem para colocar as reivindicações sociais no coração do debate político”, destacou a convocação para o 1º de Maio distribuída pela CGTB.
“A insegurança social mina a sociedade francesa. Ela é conseqüência de escolhas econômicas e sociais amplificadas nos últimos anos que favoreceram o desemprego e precariedade no emprego, o rebaixamento do poder de compra dos salários, o declínio da indústria e dos serviços públicos. A França tem hoje 7 milhões de pobres, entre eles 3,2 milhões de trabalhadores pobres, muitos deles vivendo em bairros que são verdadeiros guetos”, alertou a CGT.
Hora do Povo
Obs. A França tem apenas um Sarkozi e aqui , país pobre, temos muitos “Sarkozis” defendendo algo que acho que nem Sarkozi francês defenderia num páis com o nível de miséria como o nosso, a emenda 3, é uma pena….
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