Com a “febre” do etanol e do biodiesel, a imprensa passou a pautar o noticiário sobre as péssimas condições de trabalho e de vida de nossos trabalhadores rurais cortadores de cana, os novos escravos do século XXI. Já falei aqui como essa mesma mídia tratava o PT quase como criminoso pelo apoio que dava as lutas e rebeliões dos cortadores de cana na década de 80. Agora, antes tarde do que nunca, assumiu a bandeira de melhores condições de vida para os antes chamados bóias-frias, por razões que só a própria razão conhece.
Tenho opinião formada que devemos é eliminar essa forma de trabalho. Já cortei muita cana em Cuba e sei muito bem o que é. Temos que caminhar para a mecanização do corte, que acaba também com a queima da cana. É uma visão errada a que procura manter os cortadores alegando que ficarão desempregados com a mecanização.
Primeiro ela veio para ficar. No Estado de São Paulo, 45% da cana já é cortada por máquinas. E nas regiões Centro-Oeste e Sul, 36%.
Segundo, o que o Estado, governos federal, estadual e municipal, tem que fazer, e os empresários e trabalhadores, por seus sindicatos, é dar ao trabalhador formação profissional para os novos tempos.
Temos que criar mais empregos em todo pais – 2 milhões por ano pelo menos. Em geral, a agro indústria e o crescimento dos serviços absorverão esses trabalhadores, que precisam, repito, estar em capacitados para tanto.
Enquanto não vem a mecanização e a profissionalização, proponho que as centrais sindicais assumam a luta pelas 6 horas de trabalho, alimentação quente e farta, piso salarial e segurança no trabalho.
Vamos defender nosso trabalhador e não apenas ficar lamentando sua situação.
enviada por Zé Dirceu
Obs. Concordo com o Zé Dirceu em parte lamentar as condições é importante para avançar, contudo profissionalizar o trabalhador é imprescindível, sem dúvida, mas isso leva tempo , não é ?
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