“A América Latina é o continente da esperança”, afirmou o papa Bento 16

O papa Bento 16, em pronunciamento no domingo, dia 6, aos presentes na praça São Pedro, no Vaticano, afirmou que a América Latina “é o continente da esperança”.

Referindo-se a sua viagem à região, Bento 16 disse que “será minha primeira visita à América Latina e estou me preparando espiritualmente para encontrar o continente onde vive quase a metade dos católicos do mundo todo, muitos deles jovens”.

“Esse é o motivo pelo qual o continente é chamado “continente da esperança”, esperança que anima não só a igreja, mas toda a América e o mundo inteiro”, acrescentou Bento 16. De acordo com dados do Vaticano, o total de católicos nas Américas – incluindo os existentes nos EUA e Canadá – representam a metade dos católicos do mundo.

A visita do papa ao Brasil transcorre entre a quarta-feira, dia 9 até o domingo, 13. Em sua fala no Vaticano ele também pediu orações pelo sucesso de sua visita e, em especial, da 5ª Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, que será aberta por ele no domingo, em Aparecida. Esta será sua primeira viagem como papa a um país fora do hemisfério Norte.

“Há muitas mudanças nos dias de hoje”, afirmou ainda o papa: “Por isso é importante que os cristãos sejam educados para trabalhar para o bem e a esperança no mundo”.

Obs. Será uma insinuação à Teologia da Libertação?

Lula põe matriz nuclear em debate “porque este país não pode ficar sem energia”

“E quero dizer para vocês que não tenho nenhuma dúvida em fazer os debates que eu tiver que fazer, os enfrentamentos que tiver que fazer e, se for necessário, vamos fazer usina nuclear, porque este país não pode ficar sem energia para oferecer à Nação brasileira”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia de inauguração Complexo Energético Amador Aguiar II, em Uberlândia (MG).

“Nós temos duas alternativas concretas, e eu quero dizer aqui para os empresários: ou nós fazemos as hidrelétricas que temos que fazer, vencendo todos os obstáculos, ou nós vamos entrar na Era da energia nuclear”, afirmou o presidente.

De acordo com Lula, a “energia eólica é muito importante, mas é importante as pessoas saberem que, em uma usina eólica de 100 megawatts, a gente vai utilizar apenas 30% em média”. Lula destacou ainda que “termelétrica a carvão é contraproducente, vai na contramão da história ambiental”. E continuou: “Nós não podemos ficar dependendo do gás que nós não temos. É preciso que a gente, então, pense concretamente em que tipo de energia nós iremos definir a nossa matriz definitiva”, ressaltou.

O presidente lembrou a falta de investimentos no setor ocorrida nos governos anteriores ao seu. “Nós herdamos o Brasil com uma coisa um pouco fragilizada, que tinha apenas 3 mil megawatts inventariados, e estamos preparando 36 mil megawatts”, disse, destacando “o compromisso que está sendo colocado no PAC”, em relação à questão energética brasileira.

A inauguração da Usina Amador Aguiar II contou ainda com a presença dos ministros das Comunicações, Hélio Costa, e da Secretaria-geral da Presidência, Luiz Dulci e do governador Aécio Neves.

Hora do Povo

Obs. Eu também não tenho nenhuma dúvida em fazer os debates que tiver que fazer, os enfrentamentos que tiver que fazer e cerrar fileira no apoio à construção de usinas nucleares. Vamos todos para os embates.

Acho que a Bolívia não quer a amizade do Brasil

Com a última decisão do governo boliviano, estou começando a acreditar que o governo do MAS e o presidente Evo Morales não querem a amizade do Brasil, o apoio do presidente Lula, a presença da Petrobras na Bolívia e a solidariedade do PT.

Não resta outra análise, é uma pena , acho um radicalismo, vamos torcer para que as conversações passem a evoluir.

Lula põe matriz nuclear em debate “porque este país não pode ficar sem energia”

“E quero dizer para vocês que não tenho nenhuma dúvida em fazer os debates que eu tiver que fazer, os enfrentamentos que tiver que fazer e, se for necessário, vamos fazer usina nuclear, porque este país não pode ficar sem energia para oferecer à Nação brasileira”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante a cerimônia de inauguração Complexo Energético Amador Aguiar II, em Uberlândia (MG).

“Nós temos duas alternativas concretas, e eu quero dizer aqui para os empresários: ou nós fazemos as hidrelétricas que temos que fazer, vencendo todos os obstáculos, ou nós vamos entrar na Era da energia nuclear”, afirmou o presidente.

De acordo com Lula, a “energia eólica é muito importante, mas é importante as pessoas saberem que, em uma usina eólica de 100 megawatts, a gente vai utilizar apenas 30% em média”. Lula destacou ainda que “termelétrica a carvão é contraproducente, vai na contramão da história ambiental”. E continuou: “Nós não podemos ficar dependendo do gás que nós não temos. É preciso que a gente, então, pense concretamente em que tipo de energia nós iremos definir a nossa matriz definitiva”, ressaltou.

O presidente lembrou a falta de investimentos no setor ocorrida nos governos anteriores ao seu. “Nós herdamos o Brasil com uma coisa um pouco fragilizada, que tinha apenas 3 mil megawatts inventariados, e estamos preparando 36 mil megawatts”, disse, destacando “o compromisso que está sendo colocado no PAC”, em relação à questão energética brasileira.

A inauguração da Usina Amador Aguiar II contou ainda com a presença dos ministros das Comunicações, Hélio Costa, e da Secretaria-geral da Presidência, Luiz Dulci e do governador Aécio Neves.

Hora do Povo

Obs. Sem energia não temos desenvolvimento, vamos partir já para os enfrentamos e construir Usinas Nucleares, o interesse do Brasil acima de tudo !

Privatização da Embratel deixou a comunicação militar do país à mercê da Telmex

Governo visa romper o controle estrangeiro na transmissão de dados militares e sigilosos

O governo brasileiro estuda medidas para recuperar o controle sobre a transmissão de dados militares e sigilosos, que é feita através de satélites entregues para estrangeiros por Fernando Henrique Cardoso, em 1998, através da privatização da Embratel.

Em 2004, quando o grupo mexicano Telmex (comandado por Carlos Slim) assumiu o controle da MCI e conseqüentemente da Embratel, o governo brasileiro pressionou a empresa para recuperar a participação no controle sobre a chamada “banda x”, que é utilizada para comunicações sigilosas. Em troca, a operação seria aprovada pelo CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) e pela Anatel. Pelo acordo, a empresa Star One, da Embratel, daria ao governo uma “golden share”, ação que permite a um sócio o poder de veto sobre as decisões do conselho administrativo da empresa, caso contrariem o interesse do país. Com isso, o governo teria poder para vetar decisões que pudessem comprometer o uso da “banda x”. O representante da Telmex no Brasil se comprometeu publicamente com o acordo e disse que apenas dependia da aprovação do conselho de acionistas da Telmex. A medida não foi aprovada até hoje.

Em audiência no Senado para tratar sobre a situação do sistema aéreo brasileiro, o ministro da Defesa, Waldir Pires, se pronunciou sobre o tema e afirmou que “acho que vamos ter que recuperar imediatamente alguma coisa absolutamente inexplicável (privatização da Embratel no governo de FHC)”. Além de estar a mercê da Telmex, o governo brasileiro ainda terá que pagar, a partir de 2008, para utilizar os serviços dos satélites da Star One.

No entanto não é só esta medida que está sendo tomada pelo governo federal, que desde 2004 vem estudando o desenvolvimento de um satélite com tecnologia nacional.

Para tanto, o Ministério da Defesa coordena um projeto para a implantação de satélites geoestacionários (que são colocados em uma órbita circular em torno da terra com mesma velocidade de rotação) no país, a fim de atender às demandas do novo Sistema de Controle de Tráfego Aéreo – o CNS/ATM. A intenção é que o serviço entre em operação em 2010. Além do controle aéreo, o sistema serviria para comunicações militares em banda X e serviços de meteorologia.

De acordo com o coronel engenheiro da Aeronáutica, Paulo Mourão Pietroluongo, gerente da Divisão de Projetos Especiais do Ministério da Defesa, os satélites podem ser desenvolvidos no país por meio de mecanismos de transferência de tecnologia. “Hoje, no mundo, existem poucas empresas que fabricam satélites geoestacionários e o Brasil nunca entrou nesse mercado, que é um negócio de alta tecnologia, alto preço e de pouca demanda”, revelou. Segundo o coronel, os seis satélites geoestacionários que operam no Brasil pertencem a empresas estrangeiras e “a autonomia do Estado Brasileiro em comunicações estratégicas e o desenvolvimento tecnológico são os maiores benefícios decorrentes da implantação desse projeto”.

Para o diretor de Satélites, Aplicações e Desenvolvimento da Agência Espacial Brasileira, Miguel Henze, o Brasil deve dominar esta tecnologia que é estratégica para “as comunicações militares e outras, como as que podem ser feitas pela Itamaraty”.

ALESSANDRO RODRIGUES

Hora do Povo

Obs. Isso é um absurdo , não termos participação no controle sobre a chamada “banda x”, que é utilizada para comunicações militares sigilosas é muito grave,é a soberania nacional nas mãos de grupos internacionais , essa é a privatização que os entreguistas aplaudem !. Feitas no governo FHC.

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Fuga de Ségolène de apontar caminhos permite vitória do demagogo Sarkozy

Sem apresentar uma alternativa, ou sequer uma perspectiva aos 55% dos franceses que rejeitaram nas urnas a constituição neoliberal ‘européia’, ou aos jovens que aos milhões barraram nas ruas a lei do subemprego, a candidata socialista Ségolène Royal sucumbiu diante da demagogia do candidato da direita, Nicolas Sarkozy, por 47% a 53%.

Diante das generalidades de Ségolène, o número dois do atual governo pôde se apresentar como o “candidato da ruptura”, enquanto culpava os franceses pelos baixos salários. “Trabalhar mais para ganhar mais (fazendo hora-extra)”, foi o seu mote de campanha. Casualmente, nos últimos dez anos os lucros cresceram 74% no país, os preços 30% e os salários só 8%. Mas façam hora-extra.

Sarkozy responsabilizou a jornada de 35 horas como a causa de todos os males franceses e conseguiu, sem ser no fundamental molestado, tecer loas ao “pleno emprego” na Inglaterra de Blair e Thatcher, e em outros bastiões desenvolvi-mentistas, como potências econômicas do porte da Irlanda.

Disse que ia restabelecer “a ordem, as normas, o trabalho e o mérito” – logo ele, que de acordo com o ex-ministro da Defesa, Jean Pierre Chevenement, conseguiu como ministro a façanha de dobrar o número de carros queimados por ano na França, de 22 mil em 2002 para 45 mil em 2007. Aliás, sua vitória foi recebida com mais quatrocentos carros ardendo em uma só noite, nos subúrbios de Paris e de mais uma dezena de cidades francesas.

A chocha defesa, por Ségolène, quanto à questão central do papel do Estado, entre outras indefinições, permitiu que Sarkozy anunciasse sandices como acabar com um posto no serviço público a cada dois funcionários que se aposentarem e o fechamento de tantos centros de atendimento à população quanto possível. Tudo em nome dos “ganhos de produtividade” e “eficiência”. Reforço do Estado, só numa questão: na repressão aos imigrantes africanos e árabes. Para isso quer todo um novo ministério, o da “Identidade Francesa”. A identidade francesa é uma questão que lhe é muito cara, tanto assim que é conhecido como “o americano”, por seus gostos quanto à economia neoliberal. Benemérito, pretende cortar os impostos dos ricos. Prometeu, ainda, uma “república de proprietários”, onde cada francês terá uma casa própria, com vista para a Champs Élyseés.

Modesto, no seu discurso de vitória Sarkozy disse que “o povo francês falou e me escolheu para a ruptura com as idéias, os costumes e o comportamento do passado”.

Há uns dez anos a direita francesa ensaia aplicar esse formidável programa. O problema, o pequeno problema, tem sido convencer as ruas. Allain Juppé, que não era presidente, mas foi primeiro-ministro, que o diga. A propósito, mesmo com todas as vacilações, foram 17 milhões de votos para Ségolène

Jornal Hora do Povo

Obs. Gostei do comentário do ex-ministro da Defesa, Jean Pierre Chevenement…

Centrais unidas pelo veto que barra o golpe contra direitos trabalhistas

Manifestações serão intensificadas em todo o Brasil. A emenda “é uma incitação à fraude trabalhista”, denuncia Antonio Neto, da CGTB

As centrais sindicais irão intensificar neste mês as mobilizações em apoio ao veto do presidente Lula à emenda que retira direitos consagrados na legislação trabalhista, como 13º salário, férias remuneradas, FGTS, aposentadoria, licenças maternidade e paternidade, vale-transporte, seguro-desemprego, vale-refeição e assistência-médica. A chamada emenda 3 voltou ao Congresso Nacional, que irá se posicionar sobre o veto.

O presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Antonio Neto, informou que a executiva da entidade irá se reunir esta semana para discutir as formas de lutas, calendário de mobilizações, para cobrar do Congresso Nacional a manutenção do veto à emenda 3 e a aprovação das medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Será discutida a proposta da Central Única dos Trabalhadores (CUT) de realização de uma grande mobilização no próximo dia 23, a terceira contra a emenda 3, que irá envolver “todos os ramos, no campo e na cidade”, em todo o Brasil, de acordo com o seu presidente, Artur Henrique Santos. No mês passado, as centrais realizaram greves, passeatas, assembléias e panfletagens nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Maranhão e Mato Grosso.

Os atos de 1º de Maio promovidos pela CUT e CGTB e pela Força Sindical, além do desenvolvimento, tiveram entre as suas principais bandeiras o apoio ao veto de Lula à emenda, que, segundo Neto, “é uma incitação à fraude trabalhista. Querem substituir empregados com carteira assinada por pessoa jurídica. Já tivemos um boom de cooperativas fraudulentas, agora querem implantar as pessoas jurídicas fraudulentas. Ou seja, pessoa física travestida de pessoa jurídica, é o que a emenda 3 traz de nefasto para o trabalhador brasileiro”.

Para Artur Henrique, é necessário esclarecer os trabalhadores e toda a população sobre os riscos da retirada dos direitos trabalhistas. Para isso, a CUT irá realizar debates e assembléias nos locais de trabalho para “construir uma mobilização ainda maior”, a do dia 23. “Estamos agindo junto ao Congresso e entidades contrárias à emenda 3 para obter apoio político, necessário para enfrentarmos o poderoso lobby das empresas e meios de comunicação”, disse.

“Para o bem da verdade é preciso esclarecer: esta emenda é nefasta para os trabalhadores. Ela pretende esterilizar a capacidade dos órgãos federais de reprimir prontamente contratos que ludibriam a legislação trabalhista. Com tal mecanismo, os trabalhadores ficarão desprotegidos e passarão a emitir notas fiscais para receber salários. Em pouco tempo, a carteira de trabalho passará a ser peça de museu”, afirmou o deputado federal (PDT-SP) e presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva (Paulinho), em carta dirigida ao presidente da OAB-SP, Luiz Flávio D’Urso.
A chamada emenda 3 é um golpe que alguns setores, derrotados nas eleições, querem instituir para impedir que os fiscais exerçam sua função de fiscalizar o cumprimento da legislação. Alegam que os direitos dos trabalhadores se constituem em impedimentos aos investimentos. Trata-se, evidentemente, de uma inversão de valores. O que trava os investimentos são os juros altos, que sangram o país em benefício do capital financeiro, sobretudo estrangeiro.

A transformação de trabalhadores assalariados em pessoa jurídica, para não se pagar os diretos previstos em lei, significa um retrocesso nas relações trabalhistas. Direitos esses, aliás, conquistados, majoritariamente, através de uma Revolução, que transformou o Brasil de uma grande fazenda agroexportadora em um país industrializado. Foi a Revolução liderada por Getúlio que possibilitou que o Brasil vivenciasse, durante 50 anos, as maiores taxas de crescimento.

Esses direitos, portanto, nunca foram empecilhos para o crescimento econômico. Inversamente, na gestão tucana, quando se atentou contra esses direitos, com a tal da “flexibilização”, por exemplo, a economia foi ainda mais para o fundo do poço.

Em nota, CGTB, CUT, Força Sindical, CAT, CGT, Nova Central e SDS reafirmaram “sua posição contrária à emenda 3 e a favor do veto presidencial”. Segundo as centrais sindicais, “a retirada de poder da fiscalização vai criar um ambiente extremamente favorável a maus empregadores que preferem ter funcionários disfarçados de prestadores de serviço e, assim, eliminar direitos básicos dos trabalhadores”.

“Os verdadeiros prestadores de serviço, aqueles empreendedores que lançaram-se ao desafio de abrir uma empresa e a atender mais de um cliente, nada têm a temer”, diz a nota.

A questão a ser resolvida para colocar o país no caminho do desenvolvimento não é a eliminação de direitos trabalhistas, mas a aprovação imediata das medidas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) que Lula enviou ao Congresso Nacional.

Além de um retrocesso nas relações de trabalho, a emenda 3, inclusive, está totalmente na contramão do espírito do PAC, que tem como objetivo o desenvolvimento, investimento na produção, geração de emprego de qualidade – que implica em carteira assinada -, distribuição de renda e inclusão social.

VALDO ALBUQUERQUE

Hora do Povo
Obs. Atenção Plena hein !!

“Veja” injuria qualquer um que não se curve ao seu golpismo

Xingamentos ou fraudes contra Ulysses, Che, Ibsen, Lula, Chávez, Kirchner e outros evidenciam sua decomposição

Em duas páginas que parecem escritas por alguém babando na gravata, ou, talvez, comendo a gravata, de tanto ódio impotente, a “Veja”, em sua última edição, publicou algo com o título “Um perigo chamado MR-8”. Esse movimento “cujo nome”, segundo a revista, “faz referência à data da morte de um dos mais frios assassinos da história, o argentino Ernesto ‘Che’ Guevara”, é aquinhoado com os costumeiros xingamentos de troglodita que na “Veja” são destinados aos democratas, chamem-se eles Lula ou Ulysses, Ibsen ou Sarney, Itamar ou Quércia, Dirceu ou Dilma, Chávez ou Evo, Kirchner ou Correa. Em suma, a todo e qualquer indivíduo que seja livre, que seja democrata, que não se submeta à sua linha fascistóide, de subserviência totalitária ao que existe de mais putrefato no mundo.

FRAUDE

Por essa razão, na mesma edição, “Veja” se dedica a agredir o movimento sindical. Qual o problema que ela vê nele? Ter conquistado um novo patamar de união em sua luta, sepultando divisões anteriores, inclusive estabelecendo unidade em torno do presidente Lula para fazer o país se desenvolver.

No caso do MR8, diz a “Veja” que se trata de um “grupelho”, “terrorista”, que “vende seus serviços sujos de atemorização a quem paga mais”, “já serviu de tropa de choque a políticos de biografia conturbada”, “arruaceiros”, “uma centena de foras-da-lei”, etc., etc., etc., e não se entende porque a revista dedicou a segunda matéria da edição a grupo tão sem importância…

O pretexto para essa ridícula descarga de impropérios furibundos – que nada têm a ver, evidentemente, com jornalismo – é uma suposta ameaça de morte feita ao destrambelhado Diego Mainardi, num editorial nosso, da “Hora do Povo”, publicado na edição do último dia 27. A ameaça de morte (v. editorial na primeira página desta edição) é falsa, como qualquer leitor pode comprová-lo simplesmente lendo o texto. Mas não é por acaso que a “Veja” e seus lulus amestrados recorreram a essa fraude.

Porém, antes de prosseguir, deixemos claro uma questão: a “Hora do Povo” não pertence ao MR8. Este Movimento muito se orgulha de ter participado da fundação do nosso jornal, e de contribuir com ele, através de seu suor e de seu sangue. Mas a “Hora do Povo” não é do MR8. Nossa casa não é a “Veja”, que pertence ao Civita, também proprietário da alma de alguns de seus funcionários. Nós somos um patrimônio do povo brasileiro e, como tal, da Humanidade. Não pertencemos a ninguém. Mas é natural que o Civita e seus poodles não consigam entender tal coisa. Como poderia um boletim fascistóide entender o que é a imprensa democrática?

Essa histeria verdadeiramente mussoliniana não é diferente da difamação contra Ulysses, retratado como louco, das falsificações contra Ibsen Pinheiro, contra o qual a “Veja” forjou uma prova para condenar um inocente, e das infâmias contra o presidente Lula e sua família. Atendo-se ao último caso, porque é o mais atual, a “Veja” é o único lugar onde um picareta como Mainardi pode escrever coisas como: “Se [Lula] perder, tem de ser cassado. Se ele ganhar, tem de ser cassado. (…) eu sou golpista”; “os cangaceiros entraram para o imaginário nordestino. Por isso Lula foi reeleito. Mas um dia tudo muda. Como eu sei? A marca de suor na camisa do porteiro mostrava uma cabeça degolada”; “se Lula disse, uma certeza a gente pode ter: é mentira”; “o lulismo realmente ganhou o mundo. Em sua forma mais autêntica: o dinheiro sujo”; ou, escondendo-se atrás do escritor americano Henry David Thoreau: “o eleitor é um cavalo. (…) o eleitor é um cachorro. Eu repito, citando Thoreau: o eleitor é um cavalo, o eleitor é um cachorro, o eleitor é um cavalo, o eleitor é um cachorro, o eleitor é um cavalo, o eleitor é um cachorro. Insulte o eleitor”.

Certamente que isso é totalmente incompatível com uma imprensa democrática e, de resto, com a própria democracia. Assim como a campanha golpista empreendida por “Veja” contra o governo Lula, ao longo de quase dois anos. É, portanto, algo pouco surpreendente que “Veja” estrebuche porque não consegue apagar do mapa órgãos da imprensa democrática, como a “Hora do Povo”. Não é uma novidade: o fascismo sempre foi incompatível com a democracia.

No entanto, com o dinheiro americano e dos racistas sul-africanos lhe enchendo as burras (v. matéria na pág. 6), a “Veja” e seus donos deveriam estar contentes com a vida que levam. No entanto, não estão. Por quê? Porque de nada vale a sua disposição de prestar serviços a qualquer quadrilha estrangeira, se eles não surtem efeito.

Pois foi exatamente o que aconteceu – e está acontecendo. Durante décadas as forças nacionais, os setores vivos do país, lutaram por uma união que permitisse ao povo brasileiro reconstruir a Nação. Ou seja, que permitisse fazer do Brasil uma grande nação, desenvolvida, justa, independente. A “Veja” sempre foi a ponta de lança raivosa da reação, a difamar as lideranças democráticas, a pregar o atraso e a submissão sem limites e sem freios.

Esta é a razão pela qual um dos “perigos” que ela enxerga no MR8 é ter ficado dentro do PMDB. Pois essa foi a forma que o Movimento achou que era a melhor para lutar pela unidade de todos os brasileiros por um país soberano.

Essa luta dos democratas e patriotas brasileiros foi inteiramente vitoriosa. O que temos hoje, no governo Lula, é um grau de unidade jamais conseguido em nossa História . Existem, agora, todas as condições políticas para mudar o país.

Mas isso significa, por outro lado, que o espaço para os acólitos do atraso e da submissão diminuiu tremendamente. Daí o destempero da “Veja”, colocando para fora, como os abcessos quando são espremidos, o pus acumulado em anos. Não todo ele, que ainda há muito. Mas o que já saiu não é pouca porcaria. Convenhamos que chamar Che Guevara de “um dos mais frios assassinos da história” e xingar os que participaram da luta armada contra a ditadura de “terroristas”, ao modo do falecido delegado Fleury, não é coisa só de fascista. É coisa de fascista retardado.

Mesmo há 40 anos atrás esse tipo de idiotice só era possível porque existia uma ditadura feroz. Porém, mesmo a ditadura mudou, e, em seguida, desapareceu. A História já resolveu, há muito, essas questões. Hoje, é a “Veja” que acusa os militares pela ditadura, não os que participaram da luta armada. Nesse caso, não é apenas cinismo. A bem da verdade, os militares foram responsáveis pelo que houve de desenvolvimento e progresso durante a ditadura – e isso é tudo o que a “Veja” mais odeia: que o Brasil tenha se desenvolvido e possa se desenvolver.

Por essas razões, “Veja” deixou de abrigar qualquer um que tenha um mínimo de respeitabilidade e passou a ter de recorrer a alguns desclassificados. Porque é esse o espaço social que lhe resta. Aquele dos marginais, dos ressentidos que se escondem nos esgotos da sociedade, dos medíocres que não se conformam que outros não sejam medíocres, das viúvas da Oban e do DOI-CODI, e, de resto, das prostitutas sempre à disposição de qualquer bando reacionário estrangeiro, da CIA aos gangsters do apartheid sul-africano.

DINHEIRO

Portanto, forjar uma ameaça de morte para um sujeito que ninguém leva a sério – e no nome do qual jamais teríamos tocado, se não tivesse abusado da memória de um herói, isto é, da memória de Bacuri (v. matéria nesta página) -, serve apenas para que “Veja” tente esconder seu adiantado estado de decomposição. O que, de todos os modos, é inútil.

Mas é interessante que “Veja” termine o seu vitupério pregando que a “Hora do Povo” não pode receber publicidade do governo e, em suma, que só a imprensa antidemocrática possa receber publicidade oficial. De nossa parte, não nos opomos a que o governo coloque publicidade nos monopólios de mídia, inclusive na “Veja”, apesar de, nesse último caso, isso só servir para financiar o golpismo contra quem paga a publicidade. Do que não abrimos mão é de lutar para que a imprensa democrática também receba a sua parte. Porém, talvez seja esse o objetivo de “Veja” com esse furdunço: receber mais dinheiro do governo.

CARLOS LOPES

Fonte: Jornal Hora do Povo

Obs.” Hoje, é a “Veja” que acusa os militares pela ditadura, não os que participaram da luta armada. Nesse caso, não é apenas cinismo. A bem da verdade, os militares foram responsáveis pelo que houve de desenvolvimento e progresso durante a ditadura – e isso é tudo o que a “Veja” mais odeia: que o Brasil tenha se desenvolvido e possa se desenvolver.” Esse trecho é interessante para uma reflexão.