Centenas de milhares de pessoas, em desfiles, manifestações e apresentações culturais, comemoraram em todas as cidades da Rússia e dos países da ex-União Soviética, o 62° aniversário da Vitória contra o fascismo na Grande Guerra Pátria, na quarta-feira, dia 9. Os desfiles militares em Moscou e outras cidades russas foram abertos com a bandeira vermelha com o símbolo da foice e martelo.
Semanas antes, deputados da Duma tentaram retirar este símbolo da Bandeira da Vitória através de um projeto que o substituía por uma estrela branca de cinco pontas. Os senadores repeliram a iniciativa o projeto votou aos deputados que o enviaram ao presidente Putin. O presidente russo recusou-se a assinar a sanção à lei e pediu aos deputados que voltassem atrás da renegada iniciativa informando que os veteranos da Grande Guerra Pátria estavam protestando. A maioria dos deputados aprovou então a manutenção da foice e martelo no dia 25 de abril. A partir daí, no dia 7 de maio, o presidente Vladimir Putin promulgou a Lei sobre o Símbolo da Vitória mantendo os símbolos da União Soviética e da luta do povo contra o nazismo, da bandeira que ondeou no 1° de maio de 1945 sobre o Reichtag, sede do governo de Adolfo Hitler, em Berlim.
Em Moscou, 7 mil militares do Exército, da Aviação e a Marinha, desfilaram na Praça Vermelha sob comando do general Vladimir Bakin. As tribunas montadas frente aos muros do Kremlin estavam lotadas com os veteranos da Segunda Guerra, com os uniformes cheios de medalhas.
TRIBUTO
“A Rússia rende tributo à memória de todas as vítimas do nazismo”, disse o presidente Vladimir Putin, chamando a afastar os elementos negativos em torno a esta data e “a concentrar a atenção nos que lutaram contra esse flagelo, assim como no fato de que esse passado possa nos unir para o futuro”. Referiu-se assim à retirada, na semana passada, da estátua do Soldado Libertador perpetrada em Talin, capital da Estónia, pelos fascistas que governam o país.
Dezenas de milhares de pessoas convocadas pelo Partido Comunista da Federação Russa, PCFR, pela Associação dos Oficiais da Rússia, pela Vanguarda da Juventude Vermelha, outros partidos, sindicatos e entidades sociais, marcharam desde a estação ferroviária Bieloruski até a Praça Lubianka, onde realizou-se um ato e apresentações musicais.
“A vitória na guerra só foi possível pelos avanços e conquistas construídos pelo povo soviético naquele período. Em 10 anos, a industrialização comandada por José Stalin permitiu à União Soviética percorrer um caminho que outros países levariam cem anos para conseguir”, assinalou Guenadi Ziuganov, presidente do PCFR. “A nação construiu uma industria moderna que produzia os melhores tanques, os melhores aviões, as ‘katiushas’, e montou uma base produtiva que se mostrou tão poderosa que manteve o front abastecido até com perdas territoriais enormes, no primeiro período da guerra. Mas, foi decisiva a confiança, a identificação do povo soviético com seu Partido Comunista e com seu líder”, assegurou.
As cidades de Oriol, Kursk e Belgorod receberam pela primeira vez os títulos honoríficos de “Glória Militar” pelas suas façanhas durante a Guerra Pátria.
Hora do Povo