O Papa Bento XVI, em nome da Igreja Católica, quer assinar antes do final do mandato do presidente Lula uma concordata, ou seja, um acordo diplomático entre o Estado do Vaticano e o Brasil, prevendo, entre outras coisas, o ensino obrigatório da religião nas escolas públicas do Brasil.
Mesmo o Estado brasileiro sendo laico e a Constituição garantindo a liberdade religiosa, a nossa Lei de Diretrizes e Bases da Educação já prevê o ensino religioso, com matrícula facultativa, como parte do currículo do ensino fundamental da rede pública, determinando, porém, o respeito à diversidade cultural religiosa, e vedando quaisquer formas de proselitismo. Torná-lo obrigatório, como quer o Vaticano, representaria um desrespeito à uma lei brasileira, que o define como facultativo. Exatamente para respeitar a liberdade religiosa prevista na Constituição.
A Igreja quer, também, que não se reconheça o vínculo empregatício entre ela e os padres, um pedido bastante estranho para quem prega a justiça social e o respeito aos direitos trabalhistas.
Mas a última proposta é a que me parece a mais grave: vantagens na concessão de passaportes para missionários nas áreas indígenas. Sem prejuízo da participação limitada e controlada de missionários na Amazônia, já é hora do Brasil colocar um ponto final na verdadeira ocupação estrangeira da Amazônia via “missionários” estrangeiros, de qualquer seita ou religião.
O que precisamos é da presença do Estado Brasileiro, das FFAAs, da Receita Federal, do Incra, do Ibama, dos postos de saúde, de escolas, das PMs e da Polícia Civil. Enfim, de uma alternativa sustentável para o desenvolvimento da Amazônia.
enviada por Zé Dirceu
Obs. Exigir o ensino obrigatório do catolicismo na rede pública é um absurdo num páis que possui diversidade religiosa como o nosso, agora vantagem na concessão de passaporte para missionários na Amazônia só pode ser brincadeira , até porque de a maioria de “missionário” não tem nada, são sim representantes dos interesses internacionais na Amazônia . Temos que dar um basta e defender nossa soberania pois os interesses no nosso país vem de todos os lados, só não podia imaginar vindo da Igreja. Lamentável , é temos mesmo que pensar sério num PAC de reestruturação militar !
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