Ofensiva contra o monopólio privado

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Ao anunciar que não renovará a concessão pública da rede de televisão RCTV, presidente Hugo Chávez questiona o poder dos empresários sobre os meios de comunicação

Claudia Jardim

de Caracas (Venezuela)

A história dos meios de comunicação da Venezuela deverá ganhar um marco divisor no domingo (27), quando a concessão do canal de televisão RCTV – um dos grupos mais poderosos e antigos da comunicação do país – chega a seu final e não será renovada.

O governo de Hugo Chávez argumenta que o canal é “antidemocrático” e “desrespeita as regras de responsabilidade social” estabelecidas pela legislação, razão pela qual decidem não renovar a concessão à emissora.

À meia-noite do domingo, o sinal do canal 2, que transmite a RCTV, será substituído pelo da nova TV de serviço público, a Teves, criada há em maio. “Acabou a concessão e agora nasce esta nova televisão que aumentará a liberdade de expressão e opiniões”, afirmou Chávez durante um seminário sobre o “direito à informar e a estar informado”, realizado em Caracas, dia 18.

Na avaliação do presidente não renovar a concessão à RCTV significa um ato de “soberania” e de “recuperação do espectro radioelétrico”. Para o ministro de Comunicação e Informação, William Lara, a democratização dos meios depende da participação da sociedade. “Haverá mais democracia na TV, no rádio, nos jornais venezuelanos quando mais pessoas participarem no desenho da mensagem”, afirmou, ao assegurar que a direção do novo canal Teves atuará de maneira independente ao Estado.

“A vida é uma novela”

Já para a oposição não renovar a concessão da emissora representa um ataque à liberdade de expressão. A uma semana do fim da concessão, a oposição reuniu, no sábado (19), milhares de pessoas nas principais avenidas da zona Leste da cidade para protestar contra o que denominam o “fechando da RCTV”, como divulga a campanha dos meios de comunicação privados, solidários à rede. Os empresários ignoram o argumento legal do término da concessão pública.

“Queremos liberdade de expressão, não queremos comunismo. A RCTV é nossa”, disse ao Brasil de Fato, Guillermina Oropeza, uma das dezenas de manifestantes que vestiam camisetas com a frase “A vida é uma novela”. RCTV é a principal produtora de telenovelas no país. Durante a marcha, antigos cenários, equipamentos de gravação e roupas de artistas da RCTV utilizados em telenovelas exibidos em cima de caminhonetes contrastavam com grafites pintados nos muros da cidade registrando lemas como “Pátria, socialismo ou morte” ou “Viva a Revolução Bolivariana”.

No domingo (20), uma caravana vermelha de carros e motos percorreu a zona Oeste da capital, dessa vez, para apoiar a decisão do governo. Estão previstas outras manifestações de rua, tanto para apoiar como para rechaçar o fim das transmissões por canal aberto da emissora RCTV. A oposição anunciou que não acatará a decisão do governo.

Acerto de contas

Ainda que o argumento seja jurídico, a batalha lançada pelo presidente venezuelano contra o braço midiático da oposição traz à tona uma disputa que se arrasta desde abril de 2003, quando o chamado “golpe midiático” pretendeu derrocar a Chávez do poder.

O golpe articulado por parte das Forças Armadas dissidentes e grupos de oposição fracassou e com evidenciou que os meios de comunicação assumiram abertamente o papel de partidos políticos, orientando pela televisão as manifestações de 11 de abril de 2002 e ocultando, dois dias depois, o levantamento popular que permitiu o regresso de Chávez à Presidência.

A partir de então, ganhou força a discussão entre os simpatizantes do governo sobre a democratização dos meios de comunicação, da responsabilidade social e da participação popular nos meios de comunicação, em especial na televisão.

No ar há 53 anos, a RCTV já havia sido sancionada por governos anteriores com multas e interrupção temporária da programação por desrespeitar a lei de telecomunicações. Dessa vez, fora do ar na freqüência VHF, o canal somente poderá transmitir sua programação por TV à cabo. (Leia mais no jornal Brasil de Fato edição 221)
site Brasil de Fato

Obs. Um amigo meu ligado ao Governo Chavez me disse que além de promover o golpe a programação na sua grade tinha insinuações sexuais ( mulhers nuas ) em periodo da tarde horário em que a maioria das crianças estavam em casa, tudo pra gerar audiência e lucrar. Quer saber minha opinião ? Chavez fez muito bem, afinal a concessão é pública. E ponto final.

Renan agora é alvo dos golpistas

Antes de comentar qualquer fato sobre as denúncias sem embassamento probatório de cunho puramente golpista da revista Veja contra Renan Calheiros vamos ler novamente o artigo do Jornal Hora do Povo quando ela ataca a esquerda do PMDB, observem o “modos operandi ” dessa nobre revista da editôra 1º de abril.

trecho do Jornal Hora do Povo

” Essa histeria verdadeiramente mussoliniana ( agora sobre o caso Renan ) não é diferente da difamação contra Ulysses, retratado como louco, das falsificações contra Ibsen Pinheiro, contra o qual a “Veja” forjou uma prova para condenar um inocente, e das infâmias contra o presidente Lula e sua família. Atendo-se ao último caso, porque é o mais atual, a “Veja” é o único lugar onde um picareta como Mainardi pode escrever coisas como: “Se [Lula] perder, tem de ser cassado. Se ele ganhar, tem de ser cassado. (…) eu sou golpista”; “os cangaceiros entraram para o imaginário nordestino. Por isso Lula foi reeleito. Mas um dia tudo muda. Como eu sei? A marca de suor na camisa do porteiro mostrava uma cabeça degolada”; “se Lula disse, uma certeza a gente pode ter: é mentira”; “o lulismo realmente ganhou o mundo. Em sua forma mais autêntica: o dinheiro sujo”; ou, escondendo-se atrás do escritor americano Henry David Thoreau: “o eleitor é um cavalo. (…) o eleitor é um cachorro. Eu repito, citando Thoreau: o eleitor é um cavalo, o eleitor é um cachorro, o eleitor é um cavalo, o eleitor é um cachorro, o eleitor é um cavalo, o eleitor é um cachorro. Insulte o eleitor”.

Certamente que isso é totalmente incompatível com uma imprensa democrática e, de resto, com a própria democracia. Assim como a campanha golpista empreendida por “Veja” contra o governo Lula, ao longo de quase dois anos. É, portanto, algo pouco surpreendente que “Veja” estrebuche porque não consegue apagar do mapa órgãos da imprensa democrática, como a “Hora do Povo”. Não é uma novidade: o fascismo sempre foi incompatível com a democracia.

No entanto, com o dinheiro americano e dos racistas sul-africanos lhe enchendo as burras (v. matéria na pág. 6), a “Veja” e seus donos deveriam estar contentes com a vida que levam. No entanto, não estão. Por quê? Porque de nada vale a sua disposição de prestar serviços a qualquer quadrilha estrangeira, se eles não surtem efeito.

Pois foi exatamente o que aconteceu – e está acontecendo. Durante décadas as forças nacionais, os setores vivos do país, lutaram por uma união que permitisse ao povo brasileiro reconstruir a Nação. Ou seja, que permitisse fazer do Brasil uma grande nação, desenvolvida, justa, independente. A “Veja” sempre foi a ponta de lança raivosa da reação, a difamar as lideranças democráticas, a pregar o atraso e a submissão sem limites e sem freios.

Esta é a razão pela qual um dos “perigos” que ela enxerga no MR8 é ter ficado dentro do PMDB. Pois essa foi a forma que o Movimento achou que era a melhor para lutar pela unidade de todos os brasileiros por um país soberano.

Essa luta dos democratas e patriotas brasileiros foi inteiramente vitoriosa. O que temos hoje, no governo Lula, é um grau de unidade jamais conseguido em nossa História . Existem, agora, todas as condições políticas para mudar o país.

Mas isso significa, por outro lado, que o espaço para os acólitos do atraso e da submissão diminuiu tremendamente. Daí o destempero da “Veja”, colocando para fora, como os abcessos quando são espremidos, o pus acumulado em anos. Não todo ele, que ainda há muito. Mas o que já saiu não é pouca porcaria. Convenhamos que chamar Che Guevara de “um dos mais frios assassinos da história” e xingar os que participaram da luta armada contra a ditadura de “terroristas”, ao modo do falecido delegado Fleury, não é coisa só de fascista. É coisa de fascista retardado.

Mesmo há 40 anos atrás esse tipo de idiotice só era possível porque existia uma ditadura feroz. Porém, mesmo a ditadura mudou, e, em seguida, desapareceu. A História já resolveu, há muito, essas questões. Hoje, é a “Veja” que acusa os militares pela ditadura, não os que participaram da luta armada. Nesse caso, não é apenas cinismo. A bem da verdade, os militares foram responsáveis pelo que houve de desenvolvimento e progresso durante a ditadura – e isso é tudo o que a “Veja” mais odeia: que o Brasil tenha se desenvolvido e possa se desenvolver”.

Jornal Hora do Povo

Obs.Por essas razões, e por muitas outras acreditar que Renan se vendeu ao Gotijo por um aluguelzinho de 4.500,00 reais, que Sarney depois de tudo que foi ia se sujar por um cara ” mixo ” como Zuleido, é ser muito ingênuo, o que a revista pretente é atacar a coalização do PMDB, feita em torno de Lula, é o golpe da direita reacionária, que não aceita estar por baixo de um governo progressista.

Puro desepero ,observe que de acordo com o artigo do HP Veja ataca também os militares diz o trecho do jornal ” Hoje, é a “Veja” que acusa os militares pela ditadura, não os que participaram da luta armada. Nesse caso, não é apenas cinismo. A bem da verdade, os militares foram responsáveis pelo que houve de desenvolvimento e progresso durante a ditadura – e isso é tudo o que a “Veja” mais odeia: que o Brasil tenha se desenvolvido e possa se desenvolver”.

Em conversa com jornalistas, o presidente Lula também fez um breve comentário: “Aprendi neste período todo que pobre de quem fizer o julgamento de uma pessoa por uma matéria. Essas coisas têm que ter um processo, têm que ter uma investigação, têm que ter a chance daquele acusado de prestar as explicações”.

As cautelas nos meios políticos, mesmo em meios hostis a Renan Calheiros, ficam reforçadas dado o histórico da Veja em matéria de denúncias. A revista já trouxe em sua capa ”revelações” como a de que Cuba enviou milhões de dólares em dinheiro vivo para financiar a campanha presidencial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (o dinheiro foi transportado em um jatinho, dentro de caixas de uísque, dizia a reportagem), ou de que as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) prometeram US$ 5 milhões com o mesmo objetivo. A abundâncuia e o teor duvidoso das acusações terminaram por debilitar sua credibilidade, e ensejaram iniciativas como o ”Dossiê (anti) Veja” lançado em outubro de 2006 pelo site http://www.novae.inf.br (clique aqui para ver).

Veja a entrevista no site Fazendo Media do Jornaleiro Fabio Marinho que decidiu não mais vender VEJA de tão revoltado com a Editora 1º de Abril ( dia da mentira )

Acho que já tá bom né ?