A PF se defende

A PF se defende

O diretor de Inteligência da Polícia Federal, Renato Porciúncula, disse, na Folha de hoje, na matéria “Diretor da PF rebate críticas e diz não haver ilegalidades” (só para assinantes),que a instituição não trabalha “na calada da noite” e que todo o procedimento é autorizado pela Justiça.

Incomodado com as críticas do Judiciário sobre a atuação da PF, Porciúncula afirmou que, daqui a pouco, vão querer que a PF “tome pílulas para ficar invisível” ou saia para fazer as operações dentro de “tubulações”.

Ele rebateu as críticas do ministro Gilmar Mendes, do STF, de que há pirotecnia no trabalho da PF. “Não há que se falar em ação truculenta ou ilegalidade da PF. Estamos fazendo tudo de acordo com as normas jurídicas. Tudo é relatado para o Poder Judiciário. Está tudo registrado, os acertos e os eventuais erros”, disse.

O diretor de inteligência argumenta que hoje a imprensa acompanha as operações em tempo real e que a PF não tem o que fazer para impedir isso. “A PF continua a mesma, os meios de comunicação é que mudaram e hoje transmitem informações para o mundo em segundos”, disse. “Fico espantado quando as pessoas dizem que a polícia fez pirotecnia. Mas como esconder? Estamos aceitando sugestões para saber como a PF vai fazer para que as operações não sejam vistas”, afirmou.

O diretor da PF tem todo o direito de defender o trabalho da instituição no combate à corrupção no Brasil. Que, insisto, deve ser valorizado e apoiado. Mas isso não significa fechar os olhos para alguns excessos que, por ventura venham a ser cometidos, nem mesmo desconhecer a existência comprovada de vazamentos de documentos e informações sigilosas para alguns veículos de comunicação. Nem alguns prisões arbitrárias e espetaculosas, como, por exemplo, a de Rogério Burati, no ano passado, pela Polícia Civil, em São Paulo, que nem sequer era réu, e foi vestido de presidiário, algemado e colocado num camburão, com evidentes objetivos políticos.
enviada por Zé Dirceu

Obs. Como advogado coordenador da Comissão de Direito e Prerrogativas da OAB/SP acompanhei várias diligências e invasões de escritórios de advocacia representando a OAB/SP, pude constatar de perto o profissionalismo e o nível aprimorado tanto dos Delegados Federais que eram resposnsáveis pelo cumprimento dos mandados em São Paulo , quanto dos agentes.
Agora os mandados esses sim eram genéricos, e davam abertura para excessos, o que não ocorria, engraçado não é , quem expedia os mandados ? E agora abre-se uma polêmica sobre a atuação da Polícia Federal, por que será não é ? Cabe uma reflexão.

Veja a entrevista do Presidente da Associação do Delegados da Polícia Federal, Sandro Avelar, concedida ao jornalista Paulo Henrique Amorim no seu Blog Conversa Afiada
Vale a pena conferir.