Lula: “povo exige que notícias sejam dadas com seriedade”

O presidente Lula defendeu uma imprensa séria e mais responsável durante a cerimônia de abertura do 24º Congresso Brasileiro de Radiodifusão, realizado na terça-feira em Brasília. “Ganha a marca da verdade quando a coisa é noticiada com a seriedade que o povo compreende e exige que seja, porque se alguém que faz um discurso, que dá uma notícia – ou a transmite – exagera em seu noticiário, ele pode ter três meses de audiência grande, mas um dia ele vai perceber que a audiência caiu porque ele deixou de ser verdadeiro”, afirmou.

Lula lembrou que “o Brasil espera que todos os homens que assumam responsabilidades” enalteçam “a democracia, porque a democracia não é um valor pequeno, a democracia é a razão das grandes lutas de toda a humanidade em todos os tempos. Ao mesmo tempo, convencer as pessoas e as instituições de que a nossa responsabilidade aumenta na medida em que aumenta o nosso poder”.

“Às vezes o político se engana, às vezes o intelectual se engana, às vezes os jornalistas se enganam, às vezes os radialistas se enganam, achando que eles podem se transformar em formadores de opinião pública capazes de, em tudo que falarem, terem a mágica da verdade”, assinalou o presidente.

Sobre o trabalho da Polícia Federal e a Operação Navalha, ele disse que considera muito importante o seu trabalho para fortalecer a democracia e consolidar as instituições brasileiras. “Teremos muito mais tranqüilidade quando ela fizer seu trabalho, e mais tranqüilidade nós teremos ainda quando ela não permitir que um processo iniciado vaze, para alguém criar uma imagem negativa de uma pessoa sem ter terminado o processo”, disse.

O 24º Congresso Brasileiro de Radiodifusão reúne cerca de 1,8 mil dirigentes e profissionais de rádio e televisão e foi realizado pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert). Durante o congresso, serão discutidos temas como a implantação da TV digital e a discussão do modelo digital para o rádio, além de responsabilidade social e o papel da radiodifusão no processo de desenvolvimento social.

Durante almoço com o secretário-geral do Partido Comunista do Vietnã, Nong Duc Manh, no Itamaraty, na terça-feira, perguntado sobre a não renovação da concessão da RCTV da Venezuela, Lula respondeu: “É um problema da legislação e do governo da Venezuela”. “Não opino sobre isso da mesma forma que eu não quero que eles dêem palpite nas coisas que eu fizer aqui”, enfatizou.

Hora do Povo

Obs. Acho que Lula mandou dois recados um o para a Veja e outro subliminarmente aos golpistas que fazem mal uso das concessões de TV, Lula achou melhor não opinar, agora não provoquem porque quem pergunta o que quer ouve o que não quer.

Tuma: ” Ele nem precisava ter recibo dela”

Extratos e recibos de Renan desmontam a chantagem

Até membros de partidos adversários se solidarizam com o presidente do Senado

Na quarta-feira, dia 30, o advogado do senador Renan Calheiros entregou ao corregedor do Senado, Romeu Tuma, os extratos e recibos que demonstram a origem dos recursos repassados antes do reconhecimento de sua filha, em dezembro de 2005.

A rigor, o senador, depois do que apresentou na segunda-feira, não teria que apresentar mais nada. Mas o circo dos fariseus, puxados pela “Veja”, passou dois dias enchendo a paciência do senador com a história de que os recursos que Renan despendeu com a filha e sua mãe antes do reconhecimento da paternidade não tinham origem comprovada. Como se o senador tivesse que provar alguma coisa – e não eles, que estavam acusando-o.

FONTES

É evidente porque ele não tinha em seu poder os comprovantes do que foi obrigado a pagar antes do reconhecimento oficial da paternidade. Os sacripantas de “Veja” sabem perfeitamente o motivo dessa ausência de documentação, como, aliás, qualquer cidadão que seja adulto – e não seja clinicamente um imbecil. É triste – e constrangedor, sobretudo para o senador, mas também para nós – que tenhamos de entrar em tal assunto, mas, infelizmente, esse é o preço para que a canalhice não prospere. Graças aos céus o senador Romeu Tuma, com sua argúcia sherlockiana, conseguiu resumir o problema em poucas e sintéticas palavras, restando a nós apenas reproduzi-las: “A ausência do recibo não compromete. Ele não precisava pedir recibo a ela, poderia ser constrangedor, já que não havia uma relação às claras. Ele pode ter passado o dinheiro e não ter cobrado recibo. O que ele tem que provar é que tinha fundos para fazer os pagamentos”.

Além disso, parece óbvio que Renan estava sendo vítima de uma chantagem. Se havia alguma dúvida sobre esse último ponto, o advogado da mãe da filha se encarregou de eliminá-la. Não somente por suas declarações após o pronunciamento de Renan: por que a tentativa de respaldar a “Veja” depois que Renan mostrou que a história disseminada por esta não tinha fundamento? O acordo já tinha sido feito, a pensão – convenhamos: mais do que generosa – já tinha sido acertada na Justiça. Para que respaldar a “Veja”, então? Por que não haviam conseguido o que queriam?

É claro que “Veja” aceitou esse tipo de fonte – se é que não a buscou, o que talvez seja o mais provável – porque há muito o seu elemento é a difamação. Sendo assim, que fontes teria, senão os chantagistas, contumazes ou de ocasião? Não existem outras para esse repulsivo ofício.

Entre os documentos entregues ao senador Tuma estão os recibos assinados pela mãe da filha e pelo seu advogado, referentes ao fundo de R$ 100 mil, mencionado por Renan, destinado “às despesas futuras com educação, desenvolvimento cultural da criança”. Este era o fundo que, segundo o advogado da mãe declarou após o pronunciamento de Renan na segunda-feira, não existia. No entanto, nos dois recibos de R$ 50 mil está escrito exatamente o que o senador disse: o dinheiro era destinado a um fundo com aquele objetivo.

Dessa vez a Globo, no “Jornal Nacional”, resumiu bem a questão: “O presidente do Senado encaminha novos documentos à Corregedoria. Entre eles, recibos que provam ter dado dinheiro para a criação de um fundo para a educação da filha. Quem assinou os recibos foi o advogado que desmentiu a existência desse fundo”. Entrevistado em seguida, o advogado disse que realmente havia assinado aqueles recibos, mas que eles eram “uma simulação”. Simulação de quê? Será que ele tem por hábito simular que recebeu o que não recebeu, inclusive com recibo? Desse susto certamente que ninguém corre o risco de morrer. Vejamos a declaração que o mesmo causídico perpetrou horas depois: “Na época foram feitos dois recibos para justificar os pagamentos, e a fórmula que se encontrou foi essa”. Se isso fosse verdade, seria uma confissão de chantagem. Por que seria necessário um motivo falso para “justificar os pagamentos”? Ou seja, por que esses pagamentos eram injustificáveis por um motivo verdadeiro? É interessante que não haja qualquer sinal de que o sujeito tenha percebido o significado do que falou. Também não notou que assinar recibos falsos é um crime capitulado no Código Penal. Parece que ele acha natural essas coisas.

Porém, a razão real para a negação de que Renan constituiu o fundo para a educação e desenvolvimento cultural da filha, apesar dos recibos que o provam, vem mais adiante na declaração do advogado: “esse dinheiro não existe mais, foi usado como o que é: uma complementação de pensão alimentícia. Foi usado no aluguel e em outras despesas”. Complementação da pensão alimentícia? R$ 100 mil? Além dos R$ 8 mil que Renan, nessa época, pagava com esse fim? Aluguel? Mas não é o próprio advogado que revelou que Renan pagava o aluguel? Quanto às “outras despesas”, não queremos saber quais foram. Daqui a pouco vão acabar descobrindo que a mãe gastou o dinheiro pagando o advogado. Seja como for, R$ 100 mil não é pipoca. Aliás, é muita pipoca. Mas o fato é que o fundo que Renan estabeleceu não existe porque foi torrado.

A revista do Bob Civita lançou o seu ataque contra Renan na sexta-feira – a distribuição foi antecipada, supõe-se que acharam que isso causaria mais danos à reputação do senador. No mesmo dia, até o senador Artur Virgílio recomendou “cautela” aos seus colegas do PSDB. O senador Agripino, líder do DEM, limitou-se a pedir que Renan respondesse às acusações. Já o senador Pedro Simon, a quem não se pode acusar de falta de vigilância quando o assunto é a moral parlamentar, lembrou que a “Veja” havia fabricado provas contra o deputado Ibsen Pinheiro.

Tinham razão. Na segunda-feira, depois do pronunciamento de Renan, a história havia desmoronado. A própria oposição havia se solidarizado com o presidente do Congresso. Na quarta, os últimos focos de chicana foram, simplesmente, erradicados como se alguma água sanitária houvesse entornado sobre as calúnias. Até os que, na mídia, haviam seguido – ou por tolice, ou por oportunismo, ou por mera ingenuidade – a intentona de “Veja” contra o presidente do Congresso, no essencial foram tratar de outros assuntos.

RACISTAS

A falta de escrúpulos de “Veja”, seu total descompromisso com a verdade, já são notórias inclusive entre homens que podem não gostar do governo Lula, mas não são crápulas. Não há nada na revista do Bob Civita que se pareça com jornalismo, exceto, talvez, o papel, já que, pelo tipo, não serve para outro fins. Trata-se de um panfleto truculento, com notórias ligações partidárias – entre outras, ligações com o Partido Nacional, o grêmio dos nazistas da África do Sul.

Restou ao Civita e aos racistas sul-africanos que são donos de “Veja”, o apoio do senador Jeferson Peres e do Psol. O primeiro, por amargo e reacionário. O segundo, por presepada – ou seja, para aparecer, embora, verdade seja dita, não há algo mais parecido com um ultra-direitista do que um ultra-esquerdista. Esse exército de Brancaleone – nome que escrevemos com um certo sentimento de injustiça, pois o original não era tão ruim assim, além de ser divertido – foi tudo o que resultou de uma campanha sórdida que por pouco não termina antes de começar.

CARLOS LOPES

Hora do Povo

Obs. Os chantagistas são as fontes de Veja ,os sacripantas de “Veja” , agora essa última parte do artigo esta ótima principalmente quando se digirem aos Trotskistas que querem aparecer.

Renan mostra prova da torpe escroqueria de Veja e suas fontes

Renan: “é a hora de repor a verdade e enterrar a insídia”

Presidente do Senado rechaça calúnias de “Veja”

Na última segunda-feira, durante 23 minutos, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, se dirigiu aos seus pares, às demais lideranças políticas presentes, e aos cidadãos que acompanhavam o seu discurso em todo o país. O motivo de seu pronunciamento, já anunciado desde o fim de semana, era o ataque contra ele por parte de “Veja” – cuja distribuição foi, inclusive, antecipada.

DIFAMAÇÃO

A revista dos Civita acusara Renan de ter a pensão de uma filha – e o apartamento onde esta morava – pagos por “um lobista da Mendes Júnior”. A empresa Mendes Júnior desmentiu qualquer pagamento. O cidadão acusado de ser “lobista” é Cláudio Gontijo, um velho amigo de Renan, que, realmente, como disse o senador, serviu de mediador entre ele e a mãe da criança. A “Veja”, como sempre aquela mistura de mau-caratismo e debilidade mental, pergunta: “Se [o dinheiro pago por Renan para a filha] era seu, por que o lobista [isto é, Cláudio Gontijo] fazia a intermediação?”. Parece até que Renan poderia estar freqüentando mensalmente a casa da mãe da filha, ele, um homem casado, querendo continuar seu casamento, com a mãe da criança querendo obter mundos e fundos, aproveitando-se da situação – coisa, aliás, evidente na matéria de “Veja” (quem poderia ser a fonte?), e mais evidente ainda nas declarações de seu advogado, após o pronunciamento de Renan. O sr. Bob Civita tem tanta condição de atirar pedras no senador por ser adúltero quanto aqueles judeus que Cristo execrou quando tentavam apedrejar a adúltera do Novo Testamento. Mas, é a esse nível de imprensa marrom, invadindo a vida pessoal alheia, que a “Veja” chegou – ou nunca saiu, talvez.

Na segunda-feira, o senador Renan Calheiros não falou da tribuna. Preferiu falar da cadeira de presidente do Senado. Ao final, aplaudido pelos senadores, estes fizeram fila para cumprimentá-lo efusivamente, inclusive os senadores e líderes da oposição (ver matéria nesta página). O motivo dessa unanimidade, desse repúdio à chantagem e à infâmia, é claro, diante do conteúdo do seu pronunciamento.

“Hoje, a vida pública transformou-se num alvo permanente de suposições, mentiras, difamações, calúnias que, sem a menor responsabilidade, são propagadas sem que as pessoas tenham qualquer meio de defender-se diante de avassaladora ação de parte da mídia que constrói, deforma e expõe pseudo-fatos como verdades”, afirmou o senador. “Têm a obrigação de falar aqueles que não têm o direito nem podem se calar. Impus-me um silêncio doloroso e indignado nos últimos dias. Mas agora é hora de repor a verdade, de refutar a mentira, de enterrar a insídia”.

Renan resumiu os fatos, deformados e, alguns, falsificados por “Veja”:

“Trata-se de uma ignomínia a que fui submetido, em torno da qual padeci durante os últimos três anos. Confesso que tive uma relação, que me deu uma filha. Como todos os casos de uma paternidade não programada, episódios como esse geram contendas que muitas vezes, como ocorreu, terminam nas Varas de Família. Eu não fugi a esse calvário. Assumi, como pai, minhas responsabilidades. Revelo que, logo que tive conhecimento da gravidez, impossibilitado de fazê-lo pessoalmente em virtude da circunstância que se impunha, pedi a um amigo que intermediasse meu apoio. Voluntariamente reconheci a paternidade conforme escritura pública registrada no Cartório do 2º Tabelião de Notas em 21 de dezembro de 2005. O documento está à disposição. Desde então passei a pagar a pensão mensal de 3 mil reais. Nos dois primeiros meses – dezembro de 2005 e janeiro de 2006 – o pagamento se deu por cheques nominais do Banco do Brasil. Ambos compensados na conta número 103921-9 do Unibanco, cuja titular é a mãe, a representante legal da beneficiária, conforme atestam tais documentos. Eles estão à disposição e, por si, desmentem que terceiros teriam pago a pensão por mim até dezembro de 2006. A partir de fevereiro de 2006 o pagamento de R$ 3 mil mensais passou a ser deduzido dos meus subsídios de senador, descontado em folha. Este documento, bem como os demais, está à disposição. Anteriormente a estas datas, prestei assistência à gestante em valor maior – em torno de R$ 8 mil mensais – até o reconhecimento da paternidade. Além disso, honrei com meus recursos próprios o aluguel de uma casa entre 15 de março de 2004 e 14 de março de 2005. Posteriormente, arquei com o aluguel de um apartamento entre março e novembro de 2005 para a gestante. Os recursos estão todos devidamente declarados no meu imposto de renda, bem como a própria pensão alimentícia. Minhas declarações de renda comprovam minhas afirmações, que já são entregues anualmente ao Senado. Todas as despesas são absolutamente compatíveis com minha renda declarada. Disponibilizei ainda de minhas reservas, repito, de minhas finanças, um fundo de R$ 100 mil reais para garantir as despesas futuras com educação, desenvolvimento cultural da criança”.

Renan aborda, em seguida, as exigências da mãe da criança:

“Surgiu o pedido de aumentar a pensão que eu vinha pagando de 3 mil reais, além do fundo de educação já constituído. Poucas pessoas de minha estrita relação pessoal, além dos advogados, compartilhavam dessas agruras. Um deles era Cláudio Gontijo, de quem sou amigo há mais de 20 anos, quando nem sequer cogitava em trabalhar na empresa. O fato de trabalhar para a empresa Mendes Júnior nenhuma relação tem com o assunto. Ele era a pessoa para fazer a interlocução entre as partes, uma vez que também tinha amizade com a mãe da criança. Eu não nego e não renego minhas amizades. Serve para este episódio e para todos os outros. As matérias jornalísticas derivaram de especulações políticas do que estaria no processo. Não passam de ilações e interpretações perversas. Finalmente, na audiência do último dia 25, fizemos um acordo em juízo e acertamos a pensão, encerrando, assim, esse doloroso episódio de minha vida pessoal”.

“Esse é o falso escândalo que a Nação estarrecida acompanha. Não se pode avaliar o que significa a repercussão dessas especulações sórdidas na vida íntima das pessoas, a corrosão que implica na vida das famílias, da mulher, dos filhos e principalmente da criança que tem direito a viver sem traumas”.

“Essa é a verdade. Todos os recursos pagos foram meus, recursos próprios, para os quais tenho condições, de acordo, repito, com minhas declarações de Imposto de Renda que, mais uma vez reitero, estão à disposição. Estão aqui todos os documentos atestando meus rendimentos, as quantias que me possibilitaram arcar com as despesas, também declarada em juízo e outras necessidades a que supri”.

Referindo-se a uma matéria publicada pelo jornal “O Globo”, sobre propriedades suas que estariam em nome de outros, o senador declarou:

ABSURDOS

“Vejam a que ponto chegamos neste teatro de absurdos. A única novidade é que estas mesquinharias passaram a interessar a outros. Por estas inverdades já processei mais de dez vezes um jornaleco local, que até foi obrigado a mudar de nome para fugir da Justiça. Foi divulgada suposta omissão patrimonial no Imposto de Renda. Eis aqui novamente a verdade, a verdade, nada além nada aquém. Imposto de Renda de 2004, ano calendário 2003. Está aqui!: Fazenda Novo Largo, com todos os detalhes e informações: de quem, quando e como adquiri a propriedade. Está aqui no meu Imposto de Renda”.

“Neste calvário regido por mãos que atiram pedras e se escondem, encontrei amparo nas reflexões do ex-deputado e brilhante filósofo Roland Corbisier um libelo que está completando 52 anos, mas cuja atualidade é desconcertante. Disse ele: ‘Essa mania de denunciar, de acusar, de julgar e de condenar, antes de ouvir a defesa dos acusados, essa obsessão do inquérito, da devassa, essa complacência no escândalo, na publicação do escândalo, esse gosto em comprometer e desmoralizar o poder público, os homens que o exercem ou que aspiram a exercê-lo, essa precipitação, essa leviandade em atacar e condenar, sem o menor respeito pela justiça e pela verdade, essa sofreguidão, essa impaciência em fazer justiça com as próprias mãos, em dizer a última palavra a respeito de pessoas e dos assuntos em debate, essa atitude moralista e farisaica, pretensiosa e auto-suficiente, é uma atitude que, a prazo longo, se revela a mais nociva à formação política e mesmo à formação moral do país. Porque é impossível dissociar, na acusação, na agressão aos homens públicos, aos homens que exercem o poder, os próprios homens, enquanto indivíduos, dos cargos que ocupam e a função que exercem’”.

Hora do Povo
Obs. Tudo para atacar a coalizão feita em torno de Lula, é a ” Famiglia Civita” esta se complicando.

O G-8 e o meio ambiente, por Fidel Castro

Por Fidel Castro, na imprensa cubana

Para os não informados – eu sou o primeiro deles –, o G-8 significa o grupo de países mais desenvolvidos, com inclusão da Rússia. A esperada reunião, que começa dentro de seis dias, despertou grandes expectativas devido à crise política e econômica que ameaça o mundo.

Deixemos que o noticiário fale por si.

A agência alemã de notícias DPA informa que o ministro alemão de Transporte e Cidades, Wolfgang Tiefensee, declarou que “os países da União Européia se unificaram em uma estratégia comum”.

“Os ministros europeus das Cidades, reunidos na cidade alemã-oriental de Leipzig num conselho informal sob o lema ‘Desenvolviemnto urbano e coesão territorial’, usarão uma estratégia comum para a proteção do meio ambiente e a contenção da mudança climática”.

“Por exemplo, no sul da Europa poderia ocorrer um aumento de até 6 graus nas temperaturas durante o verão, enquanto no litoral seria de se temer fortes tempestades no inverno”, advertiu Tiefensee.

“A seca que ameaça a Espanha e a escassez de água na Polônia são outros dois exemplos dos desafios que confrontam a União Européia, agregou o alemão ao fim da reunião”.

Por sua vez, a AFP comunica que “o ministro alemão do Meio Ambiente, Sigmar Gabriel, classificou de ‘muito difícil’ que a próxima cúpula do G-8 obtenha um êxito quanto ao problema do aquecimento global, devido à oposição dos Estados Unidos”.
“A Alemanha será o país-anfitrião da cúpula, em Heiligendamm entre 6 e 8 de junho, dos oito países mais industrializados do planeta.”

“Embora muitos nos Estados Unidos desejem um outro tipo de política sobre o aquecimento global, ‘desgraçadamente o governo de Washington impede’ que essa postura se materialize, diz o ministro social-democrata alemão.”

“A chanceler alemã, Angela Merkel, fará uma ‘forte sinalização’ sobre a necessidade de se agir com urgência quanto ao assunto; a administração estadunidense multiplica suas demonstrações de oposição”.

A agência britânica Reuters comunica: “Os Estados Unidos rejeitaram a proposta alemã para conseguir que o Grupo dos Oito estabeleça restrições mais duras às emissões de carbono, que produzem o aquecimento global, segundo um rascunho do comunicado a ser apresentado na reunião”.

“Os EUA, porém, têm sérias preocupações de fundo sobre esse esboço de declaração, ao qual a Reuters teve acesso”.

“O tratamento da mudança climática contraria completamente nossa posição e atravessa múltiplas ‘linhas vermelhas’ em termos com os quais simplesmente não podemos concordar, disseram os negociadores estadunidenses.”

“Esse documento é chamado ‘final’, porém nunca concordamos em nada com o linguajar climático presente no texto”, agregaram.

“A Alemanha quer um acordo que contenha a elevação das temperaturas, que corte as emissões globais em 50% dos níveis de 1990, até o ano 2050, e que incremente a eficiência energética em 20% até 2020. Washington rejeita todos esses objetivos.”

(Toni) Blair declara que vai persuadir seu amiro George (W. Bush), mas o certo é que agregou mais um submarino aos três em construção atualmente na Grã-Bretanha, elevando em mais US$ 2,5 bilhões o gasto em armas sofisticadas. Talvez alguém equipado com os novos softwares de Bill Gates possa fazer a conta dos recursos que os gastos bélicos negam à humanidade, em termos de educação, saúde e cultura.

George deve dizer o que realmente pensa na reunião do G-8, inclusive sobre o tema dos perigos que ameaçam a paz e a alimentação dos seres humanos. Que ele não trate de escapar, assessorado por seu amigo Blair.

Agência Prensa Latina
Site do PC do B

Obs. E depois os Estados Unidos se alçam como o ” protetor da humanidade” preocupado com a ” Liberdade ” , mas na verdade estão sim é cuidando de seus próprios interesses ( o império ) como ninguem, temos muito que aprender com os imperialistas a começar a ter uma Forças Armadas como costumo dizer ” á altura da nossa extenção territorial ” precisamos de um PAC militar, desenvolver nossa indústria bélica ( já tivemos, lembra da Engesa ?) , e acima de tudo amar o Brasil, agora a clássica pergunta: Ou será que só eu acho isso ?

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Quintino: “Emenda 3 é a pauta dos derrotados nas eleições”

“Diante do crescimento da unidade dos movimentos sociais e das manifestações de rua, a direita tenta uma marcha à ré, com a sua mídia colocando em pauta a agenda perdedora das últimas eleições”

“Derrotada nas ruas e nas urnas, a direita anti-brasileira agora tenta impor sua pauta sobre a sociedade, utilizando-se desavergonhadamente dos seus jornais, rádios e televisões para pressionar por uma marcha à ré. No nosso entender, tanto a armação em defesa da emenda 3 – que assalta os direitos dos trabalhadores e inviabiliza a fiscalização dos abusos nas relações de trabalho – como a pressão em defesa da Reforma da Previdência, da regulamentação do direito de greve e da aprovação do limitador da inflação mais 1,5% anuais nos salários dos servidores por dez anos (Projeto de Lei Complementar 01), são expressões da rearticulação dessas forças reacionárias”.

A afirmação é do secretário geral da CUT, Quintino Marques Severo, para quem “o veto do presidente Lula à emenda 3 representa uma importante sinalização para o movimento sindical e social sobre a disposição de enfrentamento com estes setores, que querem a sua aprovação pois ela significa o retrocesso neoliberal, o apagão de direitos”.

De acordo com Quintino, as declarações de alguns integrantes do governo sobre uma possível Reforma da Previdência são um equívoco, pois “demonstram contemporização com a propaganda do adversário”. “Ou não foi a Globo que pautou, via Fantástico, o tema, contando com o apoio do Ipea? Se comprovadamente não há déficit na Previdência e se o problema é justamente impedir a sangria de recursos da seguridade social para o pagamento de juros, como nos tristes tempos de Palocci, por que não meter o dedo na ferida? Por que não cobrar as centenas de bilhões dos empresários fraudadores e devedores do INSS? Por que não modificar a forma de contribuição das empresas à Previdência, cobrando sobre o faturamento e não pela folha de pagamento, a fim de onerar mais quem emprega menos?”, questionou.

NEGOCIAÇÃO

No mesmo sentido, acrescentou Quintino, “a forma como foi colocado o debate sobre a regulamentação do direito de greve – sem que seja dada nenhuma garantia de negociação coletiva, nem de respeito à Mesa Nacional de Negociação – e a tentativa de aprovar um limitador à folha de pagamento do funcionalismo, com o Projeto de Lei Complementar, o PLP 01, que acabaria inviabilizando novas contratações e os próprios planos de carreira, são propostas que vêm na contramão dos avanços propostos pelo Programa de Aceleração do Crescimento, um grave equívoco”. Especificamente em relação ao PLP 01, sublinhou o dirigente cutista, “vamos divulgar e ampliar o debate na sociedade para desmistificar a idéia de que investimento no setor público seja gasto. Esse limitador é inclusive um tiro no pé do PAC, pois cria restrições ao crescimento e inviabiliza o funcionamento do Estado, impedindo a realização de concursos”. Conforme Quintino, “a CUT reafirma a defesa de uma Previdência Pública e pela ampliação de direitos, tema que faz um enfrentamento claro com setores da mídia, que têm pautado esse debate, vendendo a idéia de que a Previdência no Brasil é uma benesse, que muitos dos beneficiados são marajás, numa manipulação grosseira. Reafirmamos que a Previdência Social tem de ser pública e deve ampliar direitos”. Além disso, ressaltou, “é preciso falar a verdade sobre a Previdência, que vem sendo muito distorcida pelos setores interessados na sua privatização. Reafirmamos: a Previdência não é deficitária e o suposto déficit é, na verdade, fabricado de acordo com a versão dos privatistas, que incluem no cálculo políticas sociais e públicas”.

MOBILIZAÇÃO

Do ponto de vista da CUT, esclareceu, “está claro que somente a crescente unidade e mobilização dos setores organizados, tendo à frente as centrais sindicais e os movimentos sociais, abrirá caminho para o avanço. Sem uma ação de maior protagonismo, não conseguiremos incorporar as tão necessárias contrapartidas sociais ao PAC, vinculando a liberação de recursos, como no caso da construção civil, à geração de empregos com carteira assinada, à garantia de direitos”. Para Quintino, “o debate sobre a mudança da política econômica, com a redução dos juros e do elevado superávit primário, graças às mobilizações, está ganhando peso na sociedade, e será fundamental para garantir a necessária alocação de recursos para a construção de um Estado indutor do desenvolvimento”.

LEONARDO SEVERO
Hora do Povo

Obs. O Quintino tem razão, somente uma frente será capaz de deter a pauta dos derrotados, dessa direita arcaica e reacionária, a direita anti-brasileira que agora tenta impor sua pauta sobre a sociedade, utilizando-se desavergonhadamente dos seus jornais, rádios e televisões para pressionar por uma marcha à ré . Patriotismo, amar o Brasil, isso eles nem sabem o que é , estão apenas pautados no lucro, e a especulação.