Petrobras investe no setor de álcool em parceria com Japão e grupos nacionais

A Petrobrás irá fechar os cinco primeiros contratos com parcerias privadas para a construção de complexos de produção de álcool nos próximos três meses. Até o início da produção, previsto para 2009, o montante investido será de US$ 200 milhões a US$ 250 milhões em cada usina.

Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento da Petrobrás, explica que a estatal entrará nos negócios como investidora ao lado do grupo japonês Mitsui que, juntos, terão de 20% a 30% em cada um dos projetos, além de contrato de exclusividade na compra do combustível. “As cinco unidades são privadas. São empreendedores brasileiros que estão apresentando esses projetos”, disse Costa.

A Petrobrás e a Mitsui vão ancorar os recursos para fomentar os empreendimentos. Em troca, terão o direito de compra do álcool produzido por 15 anos. Ficará a cargo de ambas empresas a logística e a venda do produto. O álcool inicialmente será destinado ao Japão.

Segundo Costa, o período de 15 anos de contrato tem como objetivo “garantir a estabilidade de fornecimento por longo prazo – condição prévia imposta pelos asiáticos”.

Empresários que apresentaram os projetos e serão controladores das usinas, ficarão responsáveis por obter o financiamento, que terá como garantia o contrato de fornecimento à Petrobras e à Mitsui. Os empreendedores poderão contar com empréstimos do BNDES e do JBIC (Banco de Cooperação Internacional do Japão, na sigla em inglês).

NAYARA DE DEUS
Hora do Povo
Rizzolo: Quando se fala em empreendedores brasileiros privados, precisamos especificar se realmente são brasileiros, existe uma verdadeira corrida nesse setor, e não existe ainda um órgão regulador específico, que não seja a Petrobrás, vez que as caracteristicas do alcool são diversas das do petróleo envonveldo plantio, usinas, etc.; o ideal é termos um tipo de uma Alcoolbras, que analise essa corrida ao ouro e privilegie inclusive em termos de financiamento empresas genuinamente brasileiras, sem isso, iremos contar semanalmente, com ” especuladores profissionais ” como George Soros que nem sabia que especular em país alheio é feio. A produção e a distribuição do Alcool deve estar prioritariamente nas mãos de capitais essencialmente nacionais, a reboque temos que ter uma política em relação aos trabalhadores rurais dessa área e insistir em melhores condições de trabalho e profissionalização principalmente na mecanização, não podemos deixar de prestigiar o capital nacional, e fazer com que a massa trabalhadora rural participe dessa fatia do desenvolvimento nacional, como bem fez Zé Dirceu num comentário “Faz-se necessária, de imediato, uma política nacional de zoneamento agrícola para a cana-de-açúcar e as oleaginosas, para evitarmos a monocultura, a expulsão da produção de alimentos e a degradação de terras. Além do zoneamento, é necessário exigir, dos plantadores de cana e de oleaginosas, a proteção das matas ciliares e um percentual de reflorestamento. A política reguladora deve, ainda, impedir o controle por estrangeiros de terras não apenas nas zonas de fronteira, como já proíbe a Constituição, mas em todo território nacional. Não devemos vacilar em impor limites a essas compras, e proteger a empresa nacional. Trata-se de uma questão de segurança energética nacional que exige uma política nacional e um órgão ou empresa que regule o setor.”

Agora chega de entregar tudo para os interesses internacionais, não podemos deixar que elite de usineiros vendam todas as Usinas ao capital internacional e fiquem como administradores dos interesses estrangeiros, deixando o povo brasileiro a ver navios. Mas infelizmente já está acontecendo isso, uma tremenda falta de patriotismo !

MP e polícia investigam desvios milionários na Nossa Caixa do governo de José Serra

O Ministério Público e a polícia civil do Distrito Federal denunciaram ao Gaeco, órgão do MP do Estado de São Paulo responsável pelo combate ao crime organizado, que existem “fortes indícios” de que está ocorrendo um esquema milionário de desvio de dinheiro público no banco paulista Nossa Caixa nos moldes do que foi descoberto no banco de Brasília (BRB), que deixou um rombo de R$ 50 milhões. Segundo os investigadores, o esquema na Nossa Caixa envolveria as mesmas empresas, por meio de contratos idênticos, só que com valores imensamente superiores do que no BRB.

De acordo com as investigações das autoridades do DF, o esquema funcionava por meio da contratação pelo BRB, sem licitação, da Asbace (Associação Nacional de Bancos), que subcontratava outras empresas como a ONG Caminhar, a ATP Tecnologia e Produtos e a FLS Tecnologia para prestar serviços aos bancos. Estas empresas realizavam trabalhos fictícios para receber o dinheiro do banco, que depois era distribuído entre os integrantes da quadrilha através de saques bancários com cartões corporativos emitidos pela ONG Caminhar.

A operação desencadeada em Brasília levou 20 pessoas à cadeia, entre elas o ex-presidente do BRB, Tarcísio Franklin de Moura, e o então secretário-geral da Asbace, Juarez Lopes Cançado. O atual presidente da Nossa Caixa, Milton Luiz de Melo Santos, foi indicado pelo governador José Serra em janeiro. Santos também assumiu, há um mês, a presidência da Asbace. Os investigadores da Polícia Civil de Brasília afirmam que enquanto os contratos irregulares do BRB com a Asbace giravam em torno de R$ 3 milhões mensais. Já os firmados entre a Asbace e a Nossa Caixa somam cerca de R$ 15 milhões.

Hora do Povo

Rizzolo: Observe que a imprensa pouca relevância dá a esse prenúncio de escândalo, é claro, envolve diretamente o PSDB, e mais, o ” modos operandi” é o mesmo, ou seja a cartilha da corrupção obedece aos esquemas que já foram desmantelados em Brasilia que funcionava por meio da contratação pelo BRB, sem licitação, da Asbace (Associação Nacional de Bancos), e ONGs. Uma vergonha, duvido que tudo seja divulgado na proporção das leviandades acusatórias costumeiras da imprensa golpista.

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Corte Suprema abole limites a anúncio eleitoral pago nos EUA

A Suprema Corte dos EUA tomou, na segunda-feira, 25, decisão que deixa sem freios algum a interferência do poder econômico no processo eleitoral norte-americano ao permitir que empresas financiem propaganda eleitoral em rádio e TV, inclusive negativas contra adversários políticos. A decisão é ainda mais grave, num país em que não há horário eleitoral gratuito.

A sentença, aprovada por 5 votos a 4, anulou uma decisão do eleitoral de 2004. Naquele ano, um grupo de Wisconsin pagou por um anúncio que exortava os eleitores a não votar em senadores favoráveis ao aborto. O anúncio mencionava os nomes de políticos, incluindo o democrata Russel Feingold, que estava em plena campanha pela reeleição. O tribunal eleitoral proibiu o anúncio e o grupo recorreu e o caso chegou à Suprema Corte, que decidiu que a propaganda deveria ter sido permitida. A composição da Suprema Corte norte-americana foi bastante alterada depois que Bush fez seguidas indicações de conservadores.

O senador Feingold criticou a decisão: “A Comissão Eleitoral Federal não pode permitir que voltem os dias de anúncios falsos de questões políticas e gasto ilimitado em campanhas. Se esse for o resultado da decisão, a Corte terá restado um grande desserviço ao país”, disse antes de saber do resultado.

MANIPULAÇÃO

Também na segunda-feira, a Corte Suprema dos EUA decidiu que os contribuintes norte-americanos não podem reclamar na Justiça contra a destinação de recursos públicos pelo governo Bush para financiamento de grupos religiosos. A votação, que também foi por 5 votos a 4, apoiou Bush ao determinar que a organização Fundação Liberdade Religiosa não tinha o direito de entrar com processo contra o governo por violar a Constituição ao organizar conferências, nas quais, grupos religiosos foram favorecidos em detrimento de organizações seculares.
Hora do Povo

Rizzolo: Eu tenho dito que os EUA está muito longe de ser considerado uma democracia justa, participativa, o que podemos inferir nessas notícias é que o poder econômico é quem determina o desenrolar da política americana, onde a grande massa populacional, além de alienada pela mídia, fica do lado de fora da participação política, o maciço financiamento do processo eleitoral pelas empresas, a mídia sendo favorecida por grandes grupos que a seu bel prazer que com a chancela da Suprema Corte americana faz e dirige a opinião pública aos seus interesses e dos grupos privados a que financiam; observe que a manipulação é tamanha que os contribuintes norte-americanos não podem reclamar na Justiça contra a destinação de recursos públicos pelo governo Bush para financiamento de grupos religiosos reacionários, é claro, fica patente que democracia manipulativa é o que impera nos EUA, ” o padrão democrata e de liberdade do ocidente ” , Bela democracia !

Chico Buarque -Meu caro amigo

Final de Semana, Relaxar , Se lembra dessa ? “Que a coisa aqui tá preta”.., a única coisa é que se fosse hoje as “notícias frescas” não poderiam ser as da da mídia golpista ( risos… ). Fico por aqui hoje com a presença da Famíla Gordon´s um London Dry Gin presente dado pelo meu grande amigo o Sindicalista Ricardo Patah, futuro Presidente da Central Sindical UGT, sem deixar de dar atenção ao colaboradores de sempre do Blog, Jhonny Walker, e Jack Daniel, quem disse que não tem americano que colabora aqui , hein !

Lula orienta PT a não trepidar com arenga golpista contra Renan

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É “coisa de fascismo” a ação de parte da mídia, aponta Renan

Presidente do Senado reuniu-se com Lula e afirmou que não vai “permitir calúnias, maledicências”. “Isso não pode continuar”

Na quarta-feira, o presidente Lula, mobilizado pelos acontecimentos no Senado, onde alguns senadores da oposição – mais precisamente, a bancada do ex-PFL – resolveram despir-se da dignidade senatorial para rebaixar-se a cortesãos da mídia golpista, pedindo o afastamento do presidente da Casa, solicitou ao senador Renan Calheiros que fosse ao Planalto.

Horas depois de conversar com o presidente do Senado, Lula convocou a liderança do PT naquela instituição – a senadora Ideli Salvati e o senador Tião Viana. O presidente discutiu a questão, perfilando sua posição de que o PT não deve se intimidar diante da campanha contra Renan. Segundo uma fonte citada pelo jornalista Tales Farias, referindo-se aos problemas no Conselho de Ética, Lula teria comentado: “vocês foram loucos de colocar o Suplicy no Conselho!”. Não sabemos se ele disse exatamente isso. Mas, se disse, estamos mais uma vez pasmados com a clarividência do nosso presidente…

GUARDIÃO

Como guardião constitucional das instituições republicanas, Lula, provavelmente, percebeu que nada há de mais desmoralizante para uma câmara legislativa – e, no caso, trata-se daquela que alguns chamam de “Câmara Alta” – do que afastar seu presidente meramente porque há uma campanha orquestrada contra ele. Quando a verdade não importa mais, a própria instituição passa a ser inútil para a Nação, pois deixa de ser um órgão do país para transformar-se em instrumento subserviente de uma oligarquia, de uma plutocracia, ou de um bando – o que é mais ou menos a mesma coisa.

Não é esse o caso do Senado brasileiro. Ele tem dado, nos últimos dias, apesar de alguns percalços no seu Conselho de Ética, demonstrações de que não aceita esse papel. O apoio da maioria dos senadores ao seu presidente, contra uma cruzada das mais barulhentas, deverá ficar na História como um momento de brilho e independência.

Mas que haja dentro do Senado, ainda que seja uma pequena minoria, quem se proponha a compor o coro de uma infâmia, é algo bastante grave. Pois, até agora, embora pareça incrível a alguns, nada há contra o senador Calheiros. É risível que haja quem repita como se fosse verdade o que a mídia diz – e apresente como prova da verdade o fato de que é a mídia que o diz.

Não estamos nos referindo ao povo. Este, depois da campanha presidencial passada, está, na maior parte, se lixando para o que a mídia golpista fala e berra. Prefere formar sua opinião tomando como referência o presidente Lula, o que, sem dúvida, é mil vezes mais confiável. Há dias, tentaram crucificar o irmão mais velho de Lula. Mas quando este garantiu que se tratava de um bom sujeito, acabou o charivari – e o presidente, como mostrou o Ministério Público ao excluir Vavá do processo judicial em que queriam envolvê-lo, estava com a razão. O que foi mais um motivo para reforçar a confiança do povo em seu presidente.

Como disse, também na quarta-feira, o senador Calheiros, “estamos vivendo no Brasil uma coisa de fascismo, que acredita que quanto maior a mentira maior a capacidade das pessoas de acreditarem nela. Isso não pode continuar”.

Um desavisado perguntou a Renan sobre quem estava agindo de forma fascista. A resposta: “não é o Conselho de Ética, não é o Senado, não é a imprensa, é parte da imprensa”.

Realmente, é a parte golpista da mídia. Porém, é a própria atitude de Renan que está fazendo fracassar o golpismo. Na sua avaliação, “as injustiças vão parar porque essas coisas estão cansando e não há nenhuma prova contra mim. Fizemos a prova contrária. O que for necessário fazer eu faço para que a verdade prepondere, o meu limite é esse. Não vou permitir ser assassinado moralmente sem provas. Não vou permitir calúnias, maledicências, vou mostrar ao Brasil que não tenho nada a ver com isso”.

São tristes os tempos onde se acusa sem provas e o acusado é obrigado a mostrar provas de que é inocente. Mas isso está no fim. A vitória de Lula contra essa canalha golpista foi, provavelmente, o marco da virada nesse sentido. O caso do senador Renan Calheiros está se tornando a consolidação dessa virada. Naturalmente, já apareceram os juristas do “julgamento político”, que entendem essa expressão como igual à condenação sem provas. Porém, o próprio Renan expôs essa indigência, ao citar Ruy Barbosa, repelindo um julgamento em que se emite a sentença e depois vai-se arrolar supostas provas que a justifiquem.

Segundo informou Renan, em sua conversa de 40 minutos com Lula, expôs a situação, o fato de que os documentos já entregues mostrarem sua inocência, manifestando ao presidente da República que “a verdade prevalecerá”. Algumas fontes relataram que o presidente teria dito: “se querem transformar isso numa guerra entre governo e oposição, pior para eles”. Ao presidente do Senado, Lula frisou que entendia os ataques ao aliado como uma tentativa de desestabilizar o governo: “os radicais deles ficam sempre muito irritados quando saem pesquisas colocando a minha popularidade em alta”.

CONFUSÃO

Lula considerou que “o pessoal do nosso lado bobeou na escalação dos membros do Conselho de Ética”, o que é a mais pura verdade. Se dependesse da maioria esmagadora dos senadores, essa confusão já teria acabado. A acusação era, e é, absurda. Os acusadores nada provaram – tanto assim que passaram a levantar uma carrada de ilações e suspeitas que nada têm a ver com o que se está julgando, na tentativa de mascarar a falta de provas.

Não é possível a quem pretende alguma justiça para o mundo – ou, se não para o mundo, para si próprio, que seja, conviver com uma injustiça tão clamorosa. Mas é evidente que não é apenas Renan que querem atingir com essa campanha, mas o próprio governo Lula. Não há outra explicação para a reincidência diária num caso tão escasso de substância.

C.L.

Hora do Povo
Rizzolo: Concordo com o senador Calheiros, “estamos vivendo no Brasil uma coisa de fascismo, que acredita que quanto maior a mentira maior a capacidade das pessoas de acreditarem nela. Isso não pode continuar”. Essa mídia golpista não descansa enquanto não conseguir desqualificar o governo Lula, e aqueles que com ele fizeram a coalizão, é impressionante, nada comprovaram, tudo no campo das ilações desviadoras, sem provas , do falar por falar, apenas para desqualificar, uma vergonha, mas tanto no campo aéreo como no caso desses amotinados controladores, quanto no caso da mídia golpista sobre Renan, Lula foi rápido , e agiu bem, na velocidade do golpe.

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Escroque da mídia, Murdoch se lança sobre Wall Street Journal

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Com uma carreira de serviços que inclui a fraude que elegeu Bush, o monopolista se lança à tomada do principal porta-voz do capital financeiro dos EUA, o “The Wall Street Journal” e da empresa que detém seu controle acionário, a Dow Jones, que publica os índices da bolsa

Após erguer, à base de escroqueria e serviços ao que há de mais sórdido no Império, um monopólio da mídia em três continentes, o magnata Rupert Murdoch lançou-se à tomada do principal porta-voz do capital financeiro dos EUA, o “The Wall Street Journal”, e da empresa que detém seu controle acionário, a Dow Jones, que comanda ainda a manipulação na maior Bolsa de Valores do mundo, a de Nova Iorque, por meio da publicação dos seus índices.

Às vésperas da agressão ao Iraque, Murdoch afirmou em entrevista publicada por um dos seus jornais: “Nós não podemos retroceder agora ou entregamos o Oriente Médio nas mãos de Sadam… Penso que Bush está agindo de forma muito moral e muito correta e ele vai em frente com isso”.

“Acho que Tony”, acrescentou, “está sendo extraordinariamente corajoso e forte. Mas ele está tendo muita coragem como fez em Kosovo e em vários problemas na velha Iugoslávia”.

Seus jornais não ficavam atrás. O New York Post publica, entre suas matérias e editoriais a favor da guerra, artigo de um ex-agente do serviço secreto do exército dos EUA, Ralph Peters, afirmando que o “impecável” Collin Powell estava fazendo um “trabalho soberbo” e “revelando fortes evidências” que justificavam a guerra contra o Iraque.

Aliás, para fazer passar esse projeto de agressão e pirataria, Murdoch já contri- buira quando participou da fraude na Flórida que levou Bush a usurpar a Casa Branca. Sua rede, a Fox News, anunciou que Bush “ganhou” na Flórida quando a contagem ainda estava no meio e a margem de Bush caía vertiginosamente. Foi a chamada para criar o clima e fazer passar a fraude e evitar a finalização da recontagem dos votos exigida por Al Gore.

OLIGARCAS

Quando o esganado novo-magnata, já com o pé na cova, Rupert Murdoch, fez a proposta e avançou para comprar o The Wall Street Journal, tradicionais oligarcas da mídia se ouriçaram.

“A briga pela propriedade de suas emissoras de TV mostra a confluência de forças de mídia, negócios e interesses políticos que é central na forma como Murdoch construiu o seu conglomerado global de informação”, diz a matéria de 25 de junho do New York Times.

“Em 2003 o Congresso estava no limiar de limitar qualquer companhia de possuir estações locais de TV que chegassem a mais de 35% das residências norte-americanas. As estações da Fox de Murdoch atingiam perto de 39%, significando que ele poderia vir a ter que vender algumas”, relata o NYT. “Uma força de ataque de lobistas de Murdoch se juntou a outras companhias de mídia para trabalhar na questão. A Casa Branca deu apoio ao conglomerado e líderes do Congresso concordaram em aumentar o limite até 39%”.

O presidente da Federal Communications Comminssion (FCC), na época, Michael Powell, propôs uma ampla flexibilização das regras de propriedade de mídia incluindo o aumento do limite de 35 para 45%. Agora os principais assessores de Powell, Susan Eid e Paul Jackson, trabalham para Murdoch.

“Um dos líderes do movimento no Congresso para limitar a propriedade era o senador Trent Lott, do Partido Republicano do Mississipi. Mas, ao final, ele também concordou com a ampliação que interessava a Murdoch. Antes da votação, a HarperCollins, editora de Murdoch, assinou um contrato de 250.000 dólares para a publicar as memórias de Lott”.

O senador Arlen Specter, republicano da Pensilvânia, recebeu US$ 24.506 pelo seu livro “Paixão pela verdade”. A senadora Kay Bailey, republicana do Texas, recebeu US$ 141.666 por seu livro “Heroínas Americanas”. Specter, Bayley e Lott tinham o assento nos comitês Judiciário e de Comércio, onde a questão do monopólio de mídia era debatida.

Mostrando seu incômodo com Murdoch, que começou com um jornal na Austrália, enriqueceu montando ta- blóides marrons na Inglaterra, e pelo mesmo caminho marginal adquiriu sua rede nos EUA, o NYT – que na hora de apoiar a invasão do Iraque colocou colunistas como Judith Miller para apoiar a agressão baseada em mentiras propaladas por Bush – segue: “Trinta anos depois que o australiano Murdoch chegou e transformou o New York Post num tablóide inflamado e direitista, sua holding, a News Corporation, ofereceu US$ 5 bilhões para comprar um pilar do establishment dos negócios, a Dow Jones, que detém o The Wall Street Journal”.

“Ele deu garantias de manter a linha editorial do jornal aos membros da família Bancroft (os oligarcas que hoje são os donos do WSJ). Ao adquirir o The Times of London em 1981 deu garantias similares, mas os ex-editores denunciaram que ele envolveu o Times em suas operações de mídia de qualquer forma”, diz o jornal de Nova Iorque.

Para passar por cima das leis que limitam a posse por estrangeiros ele se tornou cidadão americano e das leis que impedem a propriedade de estações de TV e jornais nas mesmas regiões, ele se comprometeu a vender alguns jornais, mas imediatamente começou a procurar formas de superar essa lei.

Em 1985, Murdoch pagou US$ 2 bilhões para comprar estações de televisão com as maiores audiências. Então, Ted Kennedy, cuja linha política tinha feito dele um dos principais alvos da de Murdoch, particularmente o The Boston Herald, que sempre se referia ao senador como “Fat Boy” (“Rapaz Gordo”), com sua atuação legislativa contra a expansão dos monopólios de mídia quase forçou Murdoch a vender o New York Post.

Já na Inglaterra, Blair garantiu que seu governo permitiria a ele manter intacto suas holdings inglesas, muitos no Partido Trabalhista eram favoráveis a limites para propriedade de mídia. Mas como disse o seu porta-voz de 1998-2001, Lance Price, Blair “silenciosamente saiu fora dessa política”. O ex-editor dos The Sunday Times (o mais conhecido dos tablóides ingleses de Murdoch), Andrew Neil, declarou: “A atitude de Blair foi muito clara. Desde que a imprensa de Murdoch fosse benévola ao governo Blair ela seria deixada intacta”.

Para mudar leis a seu favor teve apoio de Bush e do presidente da Câmara dos Deputados, o republicano Newt Gingrich. A HarperCollins deu também a Gingrich um contrato para publicação de seu livro no valor de US$ 4,5 milhões quando o congresso se preparava para mudar as leis de mídia.

Antes disso, quando o presidente da Federal Communications Comission (FCC) do governo Clinton, Read E. Hundt, abriu investigação para verificar se sua holding, a News Corporation, havia violado regras da comissão ao formar a Fox Network, foi entre os republicanos que encontrou apoio. “De acordo com 2 ex-funcionários da FCC, o principal lobista de Murdoch na época, Preston Padden, se encontrou com o chefe de equipe de Hundt numa cafeteria e disse a ele que ele não conseguiria ‘emprego nem para cuidar de cachorro’, se a FCC fizesse a News Corporation perder uma única licença de TV”, informa o NYT.

No final, a FCC concluiu que o negócio havia violado regras, porém Hundt negou-se a tirar licenças de Murdoch dizendo que essa quebra não tinha efeito retroativo.

NATHANIEL BRAIA

Hora do Povo
Rizzolo: A tajetória desse escroque é impressionante, com essa última investida na compra do principal porta-voz do capital financeiro dos EUA, o “The Wall Street Journal”, e da empresa que detém seu controle acionário, a Dow Jones, que comanda ainda a manipulação na maior Bolsa de Valores do mundo, a de Nova Iorque, completa-se o que podemos chamar de ” império da manipulação” , nada o detem, conflitos mundiais, religião, cidadania, país, governos, nada, tudo pela manipulação sem contar seus tentáculos por aí. Mais uma vez, bela democracia americana !! Discipúlo de Rockfeller..

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Vargas denuncia ação de suíço contra controle do espaço aéreo

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Deputado André Vargas entrega à CPI cópias de e-mails enviados pelo suíço Christoph Gilsen aos cabeças da insubordinação dos controladores

O deputado André Vargas (PT-PR) denunciou a ingerência do suíço Christoph Gilsen, presidente da Federação Internacional de Controladores de Tráfego Aéreo (Ifataca), que através de e-mails insuflava o motim dos controladores de vôos, “atacando a imagem do Brasil, interferindo em assuntos internos do país, a partir de uma ação planejada com o objetivo deliberado de criar um ambiente de pânico e insegurança na opinião pública e desmoralizar o sistema de tráfego aéreo e a segurança de tráfego aéreo no Brasil”. “É inadmissível e tem que ser apurado”, afirmou Vargas.

Descrevendo as cópias de e-mails, recebidas em seu gabinete, de forma anônima, enviadas pelo suíço Gilgen e um controlador lusitano a um grupo de controladores brasileiros, o deputado André Vargas relata, em entrevista ao jornalista Paulo Henrique Amorim, que “eles dizem coisas como elogiando a luta dos colegas, dizendo que eles estão lamentando a falta de ‘retorno e de garra de vocês’, dos controladores do Brasil, ‘mas, mesmo assim, eu preciso pedir para vocês’, diz o suíço, ‘façam mais, mais, sobretudo mantenham a pressão, mantenham a proa e não deixem mais sair o peixe da rede, seria bem lamentável, após ter lutado tanto e ter feito 80% do trabalho, então, mantenham a proa e forneçam as coisas que pedimos aqui’, ou seja, informações, ‘para falar com a imprensa brasileira’, ou seja, eles falam assim aquilo que eles combinaram por e-mail, falam aqui no Brasil que está articulado o conteúdo que os controladores militares, hoje presos, estão combinando com eles”.

Já o controlador português diz em um dos e-mails: “tenham certeza de que tanto Chris, à maneira dele, e eu, à minha maneira, temos feito lobby onde é necessário. E tenho a certeza que está a dar os resultados que esperávamos…”.

As cópias dos e-mails foram apresentadas na CPI que trata da questão, e serão submetidas a análise. “Nós recebemos de forma anônima, no nosso gabinete, vários e-mails que foram trocados pelos controladores presos Moisés Almeida, Wellington Rodrigues e Carlos Trifilio com este controlador, com esse suíço, combinando estratégias de pressão sobre o sistema de tráfego aéreo, combinando estratégias de pressão de atuação em relação à mídia, conteúdos de entrevista e usando terminologias absolutamente inaceitáveis. Quer dizer, um suíço vem, ataca o nosso sistema, quer dizer, ataca o Brasil, a soberania nacional, a imagem do Brasil”, denunciou o deputado André Vargas.

FANTÁSTICO

Para Vargas, a imprensa deve ter cuidado “com aqueles que eles trazem como verdadeiras autoridades”. “Eles não são autoridades”, disse. “Um grande meio de comunicação, uma grande veículo de comunicação dá essa projeção é insegurança para os brasileiros, muito mais insegurança para aqueles que querem vir para o Brasil, quer dizer, de outros países, isso me parece que é inaceitável, é preciso chamar atenção para isso, que temos responsabilidade, centralidade para que resolvamos o problema e não criemos mais problemas, como tem acontecido”.

No domingo passado, o suíço Chistoph Gilsen teve espaço privilegiado no Fantástico, da TV Globo, para atacar o Brasil. No mesmo dia, foi entrevistado pela “Folha de São Paulo” para falar sobre a segurança do espaço aéreo brasileiro.

A Aeronáutica repudiou as declarações do sujeito (v.matéria ao lado) e afirmou: “causa estranheza que, no momento em que o Comando da Aeronáutica afasta controladores que buscavam desacreditar o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, surja um representante da IFATCA para questionar a eficiência do software utilizado no Brasil”.

LUIZ ROCHA
Hora do Povo

Rizzolo: Mas eu já tinha dito no primeiro dia no meu humilde blogzinho que esse camarada o suíço Christoph Gilsen, presidente da Federação Internacional de Controladores de Tráfego Aéreo (Ifataca) é um grande conspirador a serviço da direita internacional em parceria com esse português que é meio atrapalhado, dizer que a mídia precisa tomar cuidado é uma certa inocência de Vargas, ora, está claro que eles forma buscar esse camarada lá fora porque a coisa aqui estava fervendo e não queriam comprometer ninguem dos amotinados, então, muito sabiamente, a mídia foi até lá fora e trouxe essa dupla ” maravilhosa ” dessa Federação , para ” darem uma força” no amotinamento e ” balançar ” a opiniaõ pública, agora a mídia ” tomar cuidado ” e dizer que não sabia é uma inocência hein Vargas!

Venezuela avisa que não se submeterá ao Brasil pelo Mercosul

O vice-ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Rodolfo Sanz, disse nesta quinta-feira (28) que seu país não vai se submeter às condições do Senado brasileiro para que seja aceito no Mercosul. Para ingressar no bloco como membro permanente, a Venezuela depende de autorização dos Congressos dos países membros. Uruguai e Argentina já aprovaram a adesão, porém faltam os parlamentos brasileiro e paraguaio.

A aprovação de um documento no Senado do Brasil pedindo que o líder venezuelano renovasse a concessão da RCTV, emissora de televisão privada mais antiga da Venezuela, não agradou ao presidente Hugo Chávez, que chegou a afirmar que os senadores eram “papagaios” dos Estados Unidos.

Para Sanz, parte do Congresso brasileiro é de direita e “inimiga da integração”. Após encontro de chanceleres e ministros de Economia, preliminar à Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, ele afirmou: “A vontade de integração não está sujeita, não está condicionada a ter uma atitude que nos obrigue responder aquilo que consideramos agressões ao governo venezuelano. Não aceitamos nenhum tipo de condicionamento de nenhum país e de nenhuma potência”.

E completou: “O presidente Chávez caracteriza-se por responder sempre às declarações que considera agressivas à soberania do país e que considera, de alguma maneira, espécie de intromissão nos assuntos internos do país”.

Já o chanceler brasileiro Celso Amorim disse acreditar que o presidente venezuelano deveria dar “uma palavra simpática” aos parlamentares. “Eu já mencionei que uma palavra simpática em relação ao Congresso brasileiro que, afinal de contas, foi eleito legitimamente como Chávez foi eleito legitimamente, ajudaria [na aprovação do protocolo]. A boa vontade é sempre positiva de lado a lado”, afirmou.

Empresários brasileiros e acordos comerciais

Sanz criticou também setores empresariais brasileiros, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que seriam contrários à adesão da Venezuela ao Mercosul. “É encobrir interesses de setores econômicos que não apostam em uma integração verdadeira”, afirmou, acrescentando que o empresariado diz que o ingresso da Venezuela pode prejudicar a relação do Mercosul com outros blocos econômicos.

Sobre os acordos comerciais com Brasil e Argentina, uma das exigências para ingressar no Mercosul, o vice-chanceler venezuelano respondeu que “nenhum país abre suas fronteiras para liquidar sua indústria nacional”.

A Venezuela deveria ter fechado no início do ano a programação comercial com Brasil e Argentina, sócios com as maiores economias do bloco, mas o prazo foi prorrogado até setembro. “Isso não é processo de integração”, acrescentou Sanz. Os venezuelanos já acertaram as questões comerciais com Uruguai e Paraguai.

Agência Brasil
Site do PC do B

Rizzolo: O que existe por trás disso é um vontade da mídia golpista brasileira e de parte do empresariado reacionário de provocar o Chavez, eles apostam numa não aproximação da Venezuela com o Mercosul, beneficiando o império de quem são reprsentantes; essa conversa de que Chavez deveria dar “uma palavra simpática” aos parlamentares, é uma brincadeira, não é, ou uma humilhação, em primeiro apenas lugar alguns Senadores fomentaram essa agressão, e Chavez ao que me consta, é Presidente da República de um país vizinho, pela ordem natural,, um Presidente que também foi eleito democraticamente merece mais deferência que Senadores que de forma provocadora difamaram um Presidente da República de país soberano, agora depois de tudo, pedir uma ” palavra doce ” , não concordo, acho que deveriam invés esperar a “palavra doce de Chavez ” se retratarem e se desculparem , afinal perderam uma grande oportunidade de ficarem calados em relação a essa questão , assim como fez o Presidente Lula.

Secretário nega excessos da polícia no Complexo do Alemão

Por Maurício Thuswohl, na Carta Maior

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A invasão das favelas do Rio de Janeiro, que deixou 19 mortos reúne 1.400 policiais e é considerada a maior do gênero no Brasil. O secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, comemora resultados e diz que outros pontos da cidade poderão ser ocupados.

Pela primeira vez, depois de pelo menos uma década, as forças de segurança pública do Rio de Janeiro colocaram em xeque os traficantes que controlam o Complexo do Alemão, conjunto de favelas localizado na Zona Norte da capital. A poucos dias da operação de cerco e ocupação de parte da região completar dois meses, um efetivo de cerca de 1.400 policiais invadiu simultaneamente diversas favelas do complexo nesta quarta-feira (27), numa ofensiva que resultou em 19 mortos (número que ainda pode aumentar) e é apontada pelas autoridades como a maior ação policial conjunta já realizada no Brasil.

A invasão do Complexo do Alemão mobilizou 700 homens da Polícia Civil, 550 da Polícia Militar e 150 da Força Nacional de Segurança (FNS). Além da grande quantidade de policiais, e também de mortos, outros números resultantes da operação são elevados. Foram apreendidos 113 quilos de maconha, 30 quilos de cocaína, três quilos de crack (dois em pedra e um em pasta) e cem frascos de lança-perfume, além de mais de dois mil projéteis de calibres variados e de grande quantidade de pólvora e espoleta para fabricar munição.

A apreensão de armas foi ainda mais significativa: cinco pistolas, um revólver calibre 38, quatro morteiros, um lança-rojão, duas submetralhadoras e, para especial alegria dos policiais, duas metralhadoras antiaéreas calibre .30 de uso (que deveria ser) exclusivo das Forças Armadas. Segundo informes da Secretaria de Segurança Pública, essas metralhadoras já haviam sido usadas pelos traficantes para tentar abater helicópteros da polícia em incursões anteriores ao complexo.

O fato mais comemorado pelas autoridades, entretanto, foi a chegada da polícia a determinados pontos do Complexo do Alemão considerados inacessíveis há quase dez anos, como as localidades conhecidas como Areal, Matinha e Chuveirinho. Localizados nas proximidades da favela da Fazendinha, numa das áreas mais altas do complexo e onde os barracos se juntam ao que ainda resta de vegetação nativa na Serra da Misericórdia, esses trechos eram usados como quartéis-generais do tráfico e serviam para o armazenamento de armas e drogas.

Esses pontos concentraram o maior número dos mortos em confronto. Escoltados na subida pelos carros blindados da PM (os Caveirões) ao mesmo tempo em que cercavam as saídas pela parte alta do complexo, os policiais surpreenderam os traficantes, que não tiveram muitas oportunidades de fuga: “Foi igual a dar tiro em pato no parque de diversões”, resumiu um policial civil após a operação.

Os corpos de treze mortos foram recolhidos pela própria polícia, e seis outros foram levados em uma Kombi até a porta da 22ª DP (Penha). Um outro corpo, que pode ser o da vigésima vítima da invasão do Alemão, foi abandonado na manhã desta quinta-feira (28) em frente à outra delegacia próxima ao complexo, no bairro de Bonsucesso. Além dos mortos, todos apontados como traficantes, um policial levou um tiro e seis moradores ficaram feridos por balas perdidas. O comando da polícia admite a possibilidade de que outros corpos ainda estejam no alto dos morros.

“Polícia deve agir”

Segundo o secretário estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, todas as 19 pessoas mortas entraram em confronto direto com a polícia e, por isso, eram presumíveis traficantes. Até a tarde desta quinta, apenas sete das 19 vítimas haviam sido identificadas por parentes, fato que, por enquanto, reforça a tese da polícia de que os mortos eram “soldados” do tráfico sem vínculos diretos com a comunidade.

Em entrevista ao RJ-TV da Rede Globo, Beltrame negou que a polícia tivesse entrado para matar no Complexo do Alemão. “A polícia não vai a essas localidades para levar a violência. Ela vai para cumprir sua determinação constitucional e garantir os direitos, inclusive o direito de ir e vir, dos habitantes. O problema é que em alguns pontos do Rio de Janeiro a polícia é rechaçada com tiros quando tenta se aproximar. Nesse caso, a polícia não tem que reagir, ela tem que agir para acabar com o problema”, disse.

O secretário comemorou a falta de baixas no lado da polícia: “Quando a polícia atua com inteligência, de maneira planejada e organizada, é possível organizar operações bem-sucedidas como essa”. Beltrame também ressaltou à chegada dos policiais às “fortalezas” de Areal, Matinha e Chuveirinho: “Atingimos locais que não eram acessíveis para a polícia há bastante tempo. Agora, vamos intensificar nossa presença. O Estado tem que se fazer presente e libertar os moradores que vivem sob as leis do tráfico, num estado informal”.

Ainda falta muito

Apesar de impressionante, a quantidade de armas e drogas apreendida pelos policiais é pequena se comparada ao efetivo poder do tráfico no Complexo do Alemão: “O material apreendido é grande, mas sabemos que ainda tem coisa no local”, admitiu Beltrame. Para se ter uma idéia, o comando da PM acredita que os traficantes do complexo possuam um arsenal de 150 fuzis AR-15 e, entre outras coisas, mais seis metralhadoras antiaéreas calibre .30 iguais às apreendidas.

A principal preocupação da polícia nos próximos dias, segundo o secretário, é evitar que os bandidos tentem deixar o Complexo do Alemão para se abrigar em outros pontos da cidade: “Eles estão cercados e acuados. A presença policial vai continuar, para impedir a entrada e a saída de traficantes no complexo”, disse o secretário, que continuará a contar com a ajuda da FNS na ocupação.

Os possíveis esconderijos para os traficantes do Alemão em fuga seriam as favelas da Mangueira e do Jacarezinho, duas outras “centrais” do tráfico de drogas carioca também localizadas na Zona Norte da cidade. Empolgado com o resultado da operação em curso, Beltrame já admite, sem citar nomes, que essas comunidades também possam ser ocupadas no futuro próximo: “Nós planejamos executar operações semelhantes em outras áreas do Rio de Janeiro”, disse.

Agência Carta Maior
Site do PC do B

Rizzolo: Acho que a polícia agiu muito bem, na pessoa do secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame. Fica patente a ousadia de um grupo que pretende desafiar o Estado, é claro, que se existe narcotráfico , é porque não existe a presença do Estado sendo produto da miséria e da falta de oportunidade, contudo o Poder Público não pode ficar sendo disputado por grupos armados comandados por marginais, que podem muito bem amanhã ter conteúdo ideológico estranhos à democracia.

É impossível imaginar, que existam áreas consideradas inacessíveis há quase dez anos, como as localidades conhecidas como Areal, Matinha e Chuveirinho, trechos esses que eram usados como quartéis-generais do tráfico e serviam para o armazenamento de armas e drogas. Isso me lembra a China antes de Mao Tse Tung; é claro que depois dessa fase, é preciso levar depois recursos econômicos suficientes pra não deixar voltar o que era antes, senão esse sacrifício de agora não terá valido nada, terá sido absolutamente em vão

O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, João Tancredo, baseado em relatos de moradores, disse que a polícia cometeu “um massacre de civis” durante a operação, precisamos ser cautelosos nessa questão, sou membro da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SP , e pessoalmente parece que a polícia agiu com cuidado de praxe e costume, de qualquer forma tudo tem que ser apurado nas formas da Lei e com rigor, a população pobre não pode ser vitima da violência policial, o que me preocupa, é que a operação está sendo realizada bem às vésperas da abertura dos Jogos Panamericanos, o que pode dar a impressão de estar fazendo uma “higienização” no município em função do grande evento esportivo. Isto pode ser o ponto de partida para uma militarização conjuntural da cidade nos mesmos moldes instituídos durante a Rio-92. Truculência policial é uma coisa inadmissível, é só acontece aos pobres vítimas da ganância da elite.

Entidades protestam pela vinda de concessionário da RCTV ao Brasil

Em oposição ao ato em ”defesa da liberdade de imprensa”, organizado pela Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), Associação Nacional de Jornais (ANJ) e outras entidades patronais do setor de comunicação, organizações e movimentos sociais realizaram hoje (28) um ato de repúdio ao concessionário da RCTV, Marcel Granier, em frente ao Meliá Mafarrej, em São Paulo, mesmo local onde aconteceu o ato organizado pelas patronais.

O ato de repúdio reuniu movimentos sociais, organizações da sociedade civil e entidades que lutam pela garantia de liberdade e o direito à comunicação de todos os cidadãos. Segundo Carolina Ribeiro, representante Coletivo Brasil de Comunicação (Intervozes), um dos organizadores do ato de repúdio, juntamente com a Executiva Nacional de Estudantes de Comunicação Social (Enecos), os manifestantes foram impedidos de participar do ato organizado pelas patronais, anteriormente divulgado como público. Cerca de 40 participantes permaneceram em frente ao hotel com faixas de protesto e nariz de palhaço, enquanto o ato pela liberdade de imprensa ocorria dentro do auditório com a presença da imprensa e convidados.

Rádios comunitárias

Segundo o Intervozes, a manifestação foi realizada em ”defesa da pluralidade, da diversidade, das rádios comunitárias, do acesso aos meios de comunicação e ao conhecimento por toda a população, do fim das oligarquias na mídia”, além de lutar pela ”defesa de tantas outras bandeiras históricas construídas com o objetivo de democratizar a comunicação, assim como a sociedade brasileira como um todo”.

As rádios comunitárias legalmente autorizadas, exploradas por associações e fundações, aparecem como um dos mais importantes instrumentos para a efetiva democratização da comunicação no Brasil. Estas, no entanto, se transformaram em instrumento de barganha política, configurando uma prática conhecida como ”coronelismo eletrônico de novo tipo”. É o que afirma uma pesquisa realizada pelo Instituto Para o Desenvolvimento do Jornalismo (Projor), com apoio da Fundação Ford, que durante mais de 18 meses reuniu um banco de dados com informações sobre 2.205 rádios autorizadas a funcionar pelo Ministério das Comunicações. O número representa 80,44% das rádios que já haviam sido autorizadas até janeiro de 2007.

Segundo a pesquisa, os principais resultados obtidos confirmam que, entre as 2.205 rádios pesquisadas, foi possível identificar vínculos políticos em 1.106 ou 50,2% delas. Outro dado alarmante no setor é que a maioria das rádios comunitárias funciona no país de forma ”irregular” porque não conseguiu ser devidamente autorizada e, entre a minoria autorizada, mais da metade opera de forma ilegal.

Ligações perigosas

Para o Intervozes, as rádios deveriam ser um meio de exercício de direito à comunicação, mas não é o que acontece. ”Primeiro, porque a lei que regularizou as rádios comunitárias é excludente. Ela mais dificulta do que facilita o exercício do direito à comunicação. E, segundo, porque o processo de outorga para funcionamento de uma rádio comunitária é um interminável e tortuoso caminho que poucos conseguem percorrer. Existem milhares de pedidos de outorga aguardando autorização para funcionamento no Ministério das Comunicações”, disse a organização.

A pesquisa comprovou também a existência de duplicidade de outorga em 26 emissoras (1,2% das associações ou fundações comunitárias), ou seja, ao menos um integrante da diretoria da rádio comunitária pertence à diretoria de uma outra concessionária de radiodifusão educativa, comercial ou comunitária, procedimento proibido por lei.

Ainda de acordo com a pesquisa, dos 1.106 casos detectados em que havia vínculo político, 1.095 (99%) eram relativos a um ou mais políticos que atuam em nível municipal. Além disso, todos os outros 11 casos restantes são referentes a vínculos com algum político que atua em nível estadual ou candidatos derrotados a cargos de nível federal.
Site do PC do B

Rizzolo: Esse “convescote” já tinha sido anunciado por mim, vez que havia sido publicado uma matéria na Venezuela sobre esse encontro. Essa questão das rádios comunitárias da forma que está, é uma ilusão ” pra inglês ver”, fazem de tudo pra complicar a outorga do funcionamento, complicam muito, exatamente para a coisa ficar só para meia dúzia que ” sabem os caminhos burocráticos”,não é possível que 50,2% dessas emissoras comunitárias, outorgadas entre 1999 e 2004 e que são administradas por instituições e fundações, têm uma profunda vinculação política e religiosa, isso é uma vergonha, porque isso vem de encontro a exclusão da comunição às camadas mais pobres , e beneficia os ” barões” da mídia que não querem ser importunados , depois vem com aquela conversa imbecíl de que as ” rádios comunitárias atrapalham os vôos comerciais na interferência ” , ora, só um oligofrêgico acredita nisso. É a elite sempre conspirando contra a maioria do povo braisliero.

Número de ricos cresce mais no Brasil do que no mundo

O número de milionários no Brasil cresceu 10,1% no ano passado em relação a 2005, para 120 mil pessoas, uma expansão mais acelerada que a da média mundial, que foi de 8,3%, e próxima da registrada na América Latina, de 10,2%. Nesse mesmo período, o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro avançou 3,7%.

De acordo com estudo da Merrill Lynch e da Capgemini, a alta no preço de commodities como soja e petróleo e a valorização do real em relação ao dólar influenciaram o crescimento no país do total de pessoas com ativos financeiros de pelo menos US$ 1 milhão. Além disso, a alta no consumo privado e nos investimentos e a queda na inflação colaboraram para a expansão.

Na comparação com os demais Brics (grupo dos grandes emergentes que tem também Rússia, Índia e China), o Brasil só avançou em número de milionários mais do que os chineses. Na China, o total de milionários cresceu 7,8%, na Rússia, 15,5%, e na Índia, 20,5%. A maior alta foi em Cingapura, onde o número cresceu 21,2%.

Mas a China continua a ser, entre os Brics, o país que tem mais pessoas com pelo menos US$ 1 milhão: 345 mil. O Brasil é o segundo, seguido por Rússia, com 119 mil pessoas, e Índia, 100 mil. Os EUA são o país com mais milionários, 2,920 milhões – o total cresceu 9,4% no ano passado.

Desigualdade

O Brasil é o 10º país com maior desigualdade da renda no mundo entre 126 nações, segundo estudo do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) do final do ano passado, ficando a frente de países como Bolívia, Serra Leoa e Lesoto.

No ano passado, a soma da riqueza dos milionários cresceu em seu ritmo mais rápido em sete anos, 11,4%, atingindo US$ 37,2 trilhões. Só na América Latina, região onde houve o maior avanço, ela se expandiu em 23,2% em 2006.

Assim, os 9,5 milhões de pessoas que têm pelo menos US$ 1 milhão controlaram mais da metade do PIB mundial de 2006, que foi de US$ 66,229 trilhões em paridade de poder de compra, segundo o FMI.

Eles possuem mais de 30 vezes o PIB brasileiro, que foi de US$ 1,068 trilhão, e quase três vezes o dos EUA, o maior do mundo, de US$ 13,245 trilhões. O patrimônio per capita dos milionários foi de US$ 3,916 milhões.

O estudo também mostrou que o total de “ultramilionários”, aqueles que têm mais de US$ 30 milhões, cresceram 11,3%, para 94.970 pessoas. Juntas, elas possuem uma fortuna de US$ 13,1 trilhões.

Fonte: Folha de S.Paulo
Site do PCdo B

Rizzolo: Não podemos ostentar a vergonha do Brasil ser o 10º país com maior desigualdade da renda no mundo entre 126 nações, segundo estudo do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) do final do ano passado, ficando a frente de países como Bolívia, Serra Leoa e Lesoto. Fico imaginando o que o trabalhador que pouco tem para o sustento de sua família, que assiste a violência e a miséria na perifieria, que não tem saúde pública, pensa quando recebe essa notícia que é alardada pela mídia como um grande feito, o pior não é o fato dos que enriqueceram , mas a ausência de um Estado que assista aqueles que permanecem na miséria.

Câmara aprova proposta de Manuela para regulamentação de estágio

A Câmara aprovou nesta quarta-feira a regulamentação de estágios profissionais para alunos do ensino médio, profissionalizante e superior. A proposta foi aprovada na forma de um substitutivo feito em conjunto pelos deputados Átila Lira (PSB-PI) e Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) ao Projeto de Lei 993/07, do Poder Executivo. O texto segue para o Senado.

Segundo Manuela, a atualização da lei sobre estágios era necessária, principalmente no que se refere à adequação às propostas pedagógicas de universidades elaboradas na última década. A legislação atual (Lei 6494/77) foi elaborada antes da Constituição de 1988 e será revogada pela proposta.

A proposta regula também a concessão de estágio a alunos do ensino médio. Atualmente, a lei prevê estágio para estudantes de ensino superior e de educação profissional.

Como o projeto tramitava em regime de urgência constitucional, Átila Lira e Manuela D’Ávila ofereceram pareceres em nome das comissões de Educação e Cultura; e de Trabalho, de Administração e Serviço Público, respectivamente. Pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, o deputado Paulo Maluf (PP-SP) já havia se manifestado ontem favoravelmente à constitucionalidade e à técnica legislativa da proposta.

Mão-de-obra

De acordo com Manuela D’Ávila, o projeto vai garantir que os estagiários não sejam explorados como mão-de-obra barata. A intenção da proposta é caracterizar melhor a prática do estágio para evitar o uso de alunos como substitutos de mão-de-obra. Um dos instrumentos do projeto é a aplicação de multas pela fiscalização trabalhista, variáveis de R$ 240 a R$ 2,4 mil, à pessoa jurídica que descumprir as novas regras. Os deputados incluíram a correção da multa com base na inflação.

O dispositivo que mais causou polêmica na discussão foi a punição pelo descumprimento da lei ou dos acordos. Segundo a proposta, empresas que desrespeitarem as normas terão o estágio caracterizado como vínculo laboral para todos os fins da legislação trabalhista e previdenciária. Para alguns deputados, isso poderia inibir a contratação de estudantes. No entanto, o destaque para votação em separado (DVS) apresentado em Plenário para retirar esse dispositivo foi rejeitado.

Além disso, a instituição privada reincidente em qualquer dos casos ficará impedida de receber estagiários por dois anos.

Apesar de receios de que o projeto diminua o número de vagas para os estagiários, Manuela D’Ávila acredita que a proposta dá mais segurança jurídica às empresas. ”Quem tiver a oportunidade de ler o substitutivo vai ter a certeza de que, como teremos segurança jurídica, vai aumentar a capacidade dos empregadores de conceder o estágio”, destacou.

Punições

Entre as contribuições da Câmara à proposta, está a previsão de que o descumprimento da nova legislação conte nas avaliações para reconhecimento de novos cursos e renovação das autorizações a instituições de ensino privadas.

Das 67 emendas apresentadas pelos deputados, 24 foram incorporadas ao texto. Uma delas diz que as empresas deverão liberar os estagiários por meia jornada nos períodos designados pelas instituições de ensino para provas. Os deputados também incluíram os profissionais liberais entre os que podem oferecer estágios, fixaram o seguro do estagiário contra acidentes a valores de mercado e tornaram obrigatório o fornecimento de auxílio-transporte.

Os relatórios de desempenho foram estendidos também às empresas – atualmente são requeridos apenas das escolas e dos alunos -, e elas deverão dar conhecimento aos estagiários sobre suas avaliações. Além disso, os deputados permitiram que estudantes de pedagogia atuem fora das instituições de ensino que os contratarem como monitores e professores de reforço escolar.

Para ajustar os estágios atuais às novas regras, o projeto concede 180 dias, contados a partir da publicação da futura lei.

Sire do PC do B

Rizzolo: Essa atualização da Lei sobre estágios é de suma importância, vez que hoje o empresariado sedento por lucro utiliza o pobre do estagiário como mão de obra barata, sem direitos, e o pior, como é jovem, portanto, tem mais ” gás ” pra trabalhar, uma verdadeira exploração e ainda postergam sua admissão e vinculanto a mesma com mais exigências, mais pressões e mais exploração. Essa postura da maioria dos empresários , é extremamente perversa e leva a um desânimo e a uma tristeza profunda ao jovem, que na esperança da efetivação se presta a todos os desígnios exploratórios dos aproveitadores da condição humana.

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Maioria conservadora derruba pilares da reforma política

A Câmara dos Deputados iniciou na noite desta quarta-feira (27) a votação da reforma política. A primeira votação, porém, sinalizou que uma maioria conservadora do parlamento teme mudar as regras do jogo eleitoral. Liderados pelo PSDB e por caciques políticos personalistas aos quais não interessa o fortalecimento dos partidos, 240 deputados votaram contra a apreciação, pelo plenário da Câmara, de uma emenda aglutinativa que tentava garantir alguns avanços na reforma política sem, no entanto, mudar radicalmente o sistema eleitoral. O resultado da votação, que acabou enterrando em seguida a proposta de lista fechada, inviabilizou também a idéia de financiamento público de campanha: os dois principais pilares da reforma política.

por Cláudio Gonzalez

A emenda aglutinativa apresentada por diversos líderes em relação ao texto do relator Ronaldo Caiado (DEM-GO) para o Projeto de Lei 1210/07, da reforma política, contava com o apoio formal de quatro partidos (PT, PMDB, DEM e PCdoB). Os apoiadores da emenda acreditavam que o conjunto das bancadas que referendaram a emenda teria maioria no plenário em torno de 250 votos (para aprovar o projeto), contando com os votos do PT, DEM, PCdoB, PMDB, PSB e dissidências do PSDB e outros.

Mas a ausência de 70 deputados na votação, somada às dissidências nas bancadas que teoricamente deveriam apoiar o projeto, fez com que a vantagem numérica se invertesse a favor dos que combatem a reforma política. Assim, o requerimento do PMDB que pedia preferência de votação à emenda substitutiva aglutinativa foi rejeitado por 240 votos a 203.

A emenda propunha um sistema híbrido de escolha nas eleições proporcionais. Metade das vagas a que o partido ou federação partidária teria direito seria preenchida obedecendo a ordem da lista apresentada. A outra metade ficaria com os candidatos dessa lista mais votados individualmente pelo eleitor.

Quanto ao financiamento de campanha, o sistema também seria misto, com recursos públicos e recursos privados arrecadados de pessoas físicas.

Com a rejeição do requerimento do PMDB, todos os itens da emenda aglutinativa deixaram de ser apreciados pelo plenário e a questão da lista preordenada acabou sendo definitivamente rechaçada.

Argumentos

O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que atuou como porta-voz dos setores contrários à reforma política, criticou os parlamentares que destacaram a corrupção e o poder econômico na eleição para o Congresso para defender o financiamento público de campanha. “Eu e muitos outros parlamentares fomos eleitos pelo suor e pelo nosso sacrifício. Aqueles que nos acusam podem ter sido eleitos assim. Nesse caso, que saiam do Parlamento”, disse.

Faria de Sá, que apresentou requerimento, rejeitado pelo Plenário, para retirada de pauta do Projeto de Lei 1210/07, da reforma política, criticou o financiamento público. No seu entender, essa medida tiraria o dinheiro destinado a tudo o mais que o País precisa. Ele também afirmou que, se a reforma for aprovada, fará de cobaia os vereadores e prefeitos na eleição do ano que vem.

Já um dos autores da emenda aglutinativa, o deputado Flávio Dino (PCdoB-MA), disse que não há sistema ideal nem reforma boa em si mesma. Para ele, o sistema híbrido representa “o diálogo do sonho com o possível e foi proposto a partir das necessidades históricas do País”. Ele disse que o sistema misto é o que vigora na Alemanha, na França e na Itália.

Votação fatiada

Depois da recusa do Plenário em votar o sistema híbrido, o plenário aprovou requerimento do PR para a votação do Projeto de Lei 1210/07 por grupos de artigos, ou seja, de forma fatiada.

Como o primeiro grupo a ir em votação foi o referente à lista fechada para as eleições proporcionais, constante do substitutivo do deputado Ronaldo Caiado, a tendência demonstrada desde o início dos debates foi a da rejeição desse item.

O resultado da votação, ocorrida já no final da sessão, por volta das 22h30, confirmou a recusa da maioria quanto a essa importante mudança na legislação eleitoral. A proposta de lista fechada tão enfaticamente defendida pelo relator Ronaldo Caiado foi derrotada por 252 contra a lista, 181 votos a favor da lista e 3 abstenções. No total, 436 deputados votaram.

Os demais itens da reforma política, como a fidelidade partidária e o fim das coligações proporcionais devem ser apreciados na próxima semana.

Medo

O medo foi um elemento decisivo para a derrota de uma proposta de reforma política mais avançada.

De um lado, o PSDB teme que a adoção das listas preordenadas e o financiamento público fortaleça partidos mais orgânicos, sobretudo os de esquerda como o PT, PCdoB, PSOL, entre outros. No mesmo sentido, políticos personalistas, caciques regionais e parlamentares sem apego às estruturas partidárias temem que as mudanças nas regras eleitorais lhes tirem prestígio e poder de barganha junto ao eleitorado e sobretudo junto a lideranças empresariais. Não seria exagerado também afirmar que uma parte dos deputados teme não poder mais usufruir de benefícios ilícitos que o atual sistema eleitoral proporciona. Usando uma expressão muito popular, pode-se dizer que a maioria conservadora do parlamento ficou com medo de ”perder a boquinha”.

Site do PC do B

Rizzolo: O que esse pessoal do PSDB e outros querem é continuar num sistema perverso de financiamento privado onde podem de forma tranquila se pertetuarem como lacais do império e dos exploradores, sem serem importunados , contando sempre com o financiamento de suas campanhas pelo empresariado que em contrapartida determinam, cobram, fazem a completa pilhagem através desses parlamentares que acabam se tornando ” longa manus ” da elite. Bela democracia, belo exemplo, depois alguns dizem que ” suaram ” para se elejer, ou aquela velha desculpa neoliberal que o dinheiro do financiemnto público ” poderia ser melhor aproveitado “, não há dúvida melhor aproveitado a proveito deles que teriam com sempre tiveram, dinheiro doado por particulares empresários, agora quanto ao povo brasileiro que vive na miséria, bem, ” eles que se danem ” . Bela democracia !

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O casuísmo dos tucanos paulistas

Para que todo país saiba e tome conhecimento. Em São Paulo, o PSDB, o partido de FHC, Tasso Jereissati, José Serra, Artur Virgílio, Aécio Neves, que em Brasília posa de ético e fiscalizador, não deixa e não quer que nenhuma CPI seja instalada, nem mesmo com decisão da Justiça. Pior, vai apelar para o casuísmo de impedir o funcionamento da CPI da Nossa Caixa, essa mesma, envolvida de novo em denúncias, fazendo funcionar e usando sua maioria composta na base de cargos no governo e recursos orçamentários, que tanto critica em Brasília. Cinco CPIs frias, só para ocupar o número constitucional de CPIs e não permitir o funcionamento da CPI da Nossa Caixa.

O presidente da Assembléia Legislativa, o tucano Vaz de Lima, recorreu da decisão do Tribunal de Justiça que mandava instalar todas as CPIS com número regimental. O Tribunal não fez mais que a obrigação, pois já havia decisão do Supremo Tribunal Federal nesse sentido. Perdeu feio, mas na prática ganhou, já que o Tribunal não mandou instalar a CPI da Nossa Caixa e sim as com número mínimo, que são 74. Isso mesmo, 74 CPIs não instaladas. Ou seja, aprovou só o princípio e não o caso específico, o que permitiu aos tucanos o casuísmo de instalar, usando a maioria que têm na Assembléia, outras cinco CPIs e assim deixar impune todas as denúncias – e são tantas – contra os doze anos de gestão deles na Nossa Caixa.
enviada por Zé Dirceu

Rizzolo:Essa manobra Tucana, é uma vergonha para a nação, depois posam de moralistas, se arrigementando no denuncismo contra todos e tudo que não pertence a curriola tucana. Fica patente a má fé na utilização desse tipo de expediente para acobertar escândalos e , evidentemente, ter um “saldo” maior de ” moralidade” para falar mal dos outros que fazem e trabalham para os mais necessitados desse país , via engajamento político.

Serra presenteia grileiros do Pontal com as terras da reforma agrária

Governador de São Paulo quer entregar 300 mil hectares de terras públicas a somente 200 latifundiários, legalizando a posse de áreas do Estado que deveriam ser socializadas na conflituosa região

O governador José Serra (PSDB) enviou à Assembléia Legislativa de São Paulo um projeto de lei presenteando os grileiros do Pontal do Paranapanema com terras devolutas, que deveriam ser utilizadas para fim de reforma agrária na conflituosa região. O projeto de Serra prevê a “regularização” de 200 fazendas, numa área total de 300 mil hectares, legitimando a posse para quem usurpou o patrimônio alheio.

Com o objetivo de barrar a criminosa usurpação, que legitima a grilagem de terra em todas as propriedades fundiárias com mais de 500 hectares, uma onda de ocupações se alastrou pelas fazendas da região desde a quarta-feira passada. O movimento é organizado pelo MST (Movimento dos Sem Terra), Movimento dos Agricultores Sem-Terra (MAST), Movimento do Trabalhador Rural e Sem-Terra do Brasil (Mtrsb), Associação Rural dos Sem-Terra (ATST) e a União dos Sem-Terra (Uniterra), que exigem urgência para a retirada do projeto da Assembléia. A operação de resistência ao assalto às terras devolutas foi chamada de “Operação São João” ou “Inverno Quente”, e unifica o conjunto dos movimentos sociais, que têm o apoio da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil) na luta por justiça no campo.

Localizado no extremo oeste de São Paulo, o Portal é marcado por anos de confrontos contra o latifúndio improdutivo e pela posse da terra, em conflagrações que trouxeram ao conhecimento da sociedade a gravidade da questão agrária no estado mais rico do país. Recentemente, em fevereiro, houve a ocupação de 24 fazendas no chamado “Carnaval da ocupação de terra”. “Foi o carnaval da ocupação de terras improdutivas e de terras devolutas, que pertencem ao governo e estão ocupadas ilegalmente”, afirmou José Rainha Jr, um dos líderes do MST, lembrando que “com a unificação dos movimentos sociais que atuam no campo, a mobilização ganha força para fazer a reforma agrária acontecer de fato”.

Reunidas no dia 20, em Presidente Venceslau, as lideranças da luta pela terra debateram estratégias para evitar que o governador José Serra consiga consumar o seu projeto, mobilizando a sociedade e o parlamento paulista para resistir ao projeto.

Conforme a proposta apresentada pelo governador tucano, propriedades que compreendem entre quinhentos e mil hectares – e que encontram-se em litígio, mas que são terras devolutas, portanto deveriam ser utilizadas para a reforma agrária – não mais serão socializadas, mas apropriadas legalmente pelos grileiros. Assim, apenas 15% das áreas retornariam ao executivo em troca da regularização dos restantes 85%. Nas propriedades entre mil e dois mil hectares, a “concessão” – isto é, a devolução ao Estado do que não lhes pertence – deverá ser de 20%, e nas propriedades acima de dois mil hectares, 25%, ficando os latifundiários com 80% e 75% de suas áreas originais regularizadas pelo Estado, respectivamente. Um Robin Hood às avessas.

Segundo Lino Macedo, presidente nacional do Movimento dos Agricultores Sem-Terra (MAST) e da diretoria executiva da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), “todos os movimentos são contra este Projeto de Lei. Nós estamos montando uma pauta que será enviada aos órgãos competentes, como a Secretaria da Justiça, o Ipesp (Instituto de Previdência do Estado de São Paulo) e o governo do estado”. “Este é um projeto inaceitável, pois acabaria com a possibilidade da reforma agrária aqui no Pontal”, acrescentou.

No mesmo dia ocorreu uma reunião com a comissão de seleção para o assentamento de famílias do MAST, em Presidente Venceslau. Os assentamentos têm prazo de 30 dias para serem concluídos, mas das 1.000 famílias acampadas, somente 35 foram assentadas.

Em palestra no último sábado, Serra estampou a essência do seu projeto pró-latifúndio improdutivo: “a reforma agrária bem-feita envolve um componente econômico insuportável. Desapropriação, crédito para o agricultor, educação, habitação, estradas e assistências. É impossível pelo seu custo”.
Hora do Povo

Rizzolo: Realmente isso é um absurdo na realidade é ir na contramão da história , benefiando quem vive de exploração e especulação com terra, presentear grileiros do Pontal do Paranapanema com terras devolutas, que deveriam ser utilizadas para fim de reforma agrária na conflituosa região, é uma vergonha descabida, presisamos nos mobilizar porque essa sede de servir ao poder, aos que indiretamente lutam para um Brasil pior tem que ser rechaçada, é uma maneira de privatizar o que é público terras que deveriam ser utilizadas na reforma agrária concedidas ao trabalhador rural, aliás o o Portal é marcado por anos de confrontos contra o latifúndio improdutivo e pela posse da terra.

EUA recua e aceita devolver US$ 25 mi da Coréia Popular

Após o governo Bush recuar de seu ato de embolsar 25 milhões de dólares pertencentes à Coréia Popular, no qual insistiu durante um ano e meio, o governo de Pyongyang anunciou que está recebendo a visita de uma delegação da Agência Internacional de Energia Atômica. Na segunda-feira 25, o país recebeu, também, o enviado especial de Washington, Christopher Hill.

Porta-voz do ministério das Relações Exteriores da RPDC confirmou a restituição dos fundos do banco Delta Ásia de Macau, como exigido pelo lado norte-coreano, “pondo assim fim à controversa questão dos fundos congelados”. A Coréia Popular “levou a sério a questão do descongelamento dos fundos não por causa da quantidade de dinheiro mas porque a ação de congelamento de fundos era uma manifestação vívida da política hostil em relação ao país”, ressaltou o porta-voz.
hora do Povo

Rizzolo: Acho que já estava na hora, afinal essa postura hostil arrogante típica do governo Bush tem que acabar.

Pisa no Senado dono de TV que promoveu golpe, crimes de sonegação, evasão e lavagem de dinheiro

O senador Eduardo Azeredo (PSDB/MG) – fundador do valerioduto e afastado da presidência do seu partido em virtude desta constatação pública – apresentou proposta para a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, convidando o golpista e dono da RCTV, Marcel Granier, para atacar o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, no Senado.

Tucanos e demos (ex-pefelistas) atacam a decisão soberana do governo venezuelano de não renovar a concessão da RCTV. Além de ser promotora do golpe de 2002 contra o governo eleito democraticamente, a emissora está envolvida com crimes de sonegação de impostos, evasão de divisas, lavagem de dinheiro, propaganda da prostituição, divulgação de pornografia e apropriação das contribuições previdenciárias de seus funcionários.
Hora do Povo

Rizzolo:Agora eu pergunto, como é que esse Tucano fundador do valerioduto convida esse camarada que foi escurraçado da Venezuela, sendo que nem o próprio Presidente da República Lula quiz tomar partido, alegando a não revovação da concessão como uma questão interna da Venezuela. Isso só pode ser uma articulação visando a provocação interna e externa levando o Brasil a se indispor com a Venezuela e que desemboca com a idéia de prejudicar as negociações do Mercosul, é a dinâmica do golpe, da intriga, da saia justa, da indisposição, enfim é a mídia golpista dando abrigo e colocando no colo esse camarada, e olha, não tenho ainda certeza mas me parece que ele vai dar uma passadinha na Fiesp, será que o Paulo Skaf está sabendo ?

Alem disso haverá, segundo informações um ” convescote ” com empresários dia 27 no Maksud com apoio de uma Revista chamada Imprensa que por sua vez conta com ” apoio” das seguintes associações:

ABAP – Associação Brasileira das Agências de Publicidade
ABERT – Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão
ABI – Associação Brasileira de Imprensa
ABRA – Associação Brasileira de Radiodifusores
AESP – Associação das Emissoras de Rádio e TV do Estado de São Paulo
ANER – Associação Nacional de Editores de Revistas
ANJ – Associação Nacional de Jornais
CENP – Conselho Executivo das Normas Padrão
FENAPRO – Federação Nacional das Agências de Propaganda

Isso só pode ser uma brincadeira , muito triste, muito preocupante hein !

Enquanto Serra se opõe à lei que proíbe bingos, PF fecha-os em SP

A Polícia Federal fechou, na segunda-feira, as últimas cinco casas de bingo que ainda funcionavam em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. A operação apreendeu mais de mil máquinas de caça-níqueis e vídeo-pôquer, entre outras. A cidade tinha sete casas de bingos e duas já haviam sido fechadas há algumas semanas.

Segundo o delegado Lindinalvo de Almeida Filho, foi cumprida uma determinação judicial, da 1ª Vara Federal de Ribeirão Preto, por crime de contrabando, pois as máquinas contêm produtos eletrônicos que entraram ilegalmente no país. “A operação foi para encerrar as atividades de todos os bingos”, afirmou.

Uma lei aprovada na Assembléia Legislativa em 2005, promulgada no início do ano, proibiu a instalação, utilização e locação de máquinas caça-níqueis, videobingo e vídeo-pôquer em bares e restaurantes do Estado. Contudo, alegando conflito de competência com a União, o governador José Serra ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar impedir a aplicação da lei.
Hora do Povo
Rizzolo: Essa Lei aprovada na Assembléia Legislativa é de autoria de um grande amigo meu que é o Romeu Tuma Jr. uma lei que tinha como resgate a descência e a não proliferação do jogo, que sempre à reboque traz a prostituição e o desalentos às famílias pobre. Pois bem, o governador José Serra ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar impedir a aplicação da lei. Sem comentários ..as conclusões você tira..