Longa entrevista à TV cubana confirma recuperação de Fidel

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Muito animado, com falas pausadas e uma aparência mais saudável, o presidente licenciado de Cuba, Fidel Castro, voltou a aparecer na TV local nesta terça-feira (5). Em sua primeira entrevista concedida nos últimos dez meses, Fidel declarou em rede nacional, no programa noturno Mesa Redonda, que sua doença “não é nenhum segredo de Estado”.

Em julho passado, o estadista entregou o poder provisoriamente a seu irmão Raúl Castro e passou por delicadas cirurgias intestinais. À TV, Fidel, de 80 anos, minimizou os boatos sobre seu real estado de saúde. “Estou fazendo o que devo fazer, já que não há segredo de nada”, disse, para depois enfatizar: “Falam em caráter de segredo de Estado. Que segredo de Estado?”.

Fidel vestia roupas esportivas – incluindo um agasalho azul, branco e vermelho, com a bandeira cubana estampada na altura do peito. O vídeo, de cerca de uma hora, foi pré-gravado na segunda-feira pela equipe do jornalista cubano Randy Alonso O chefe da Revolução Cubana dedicou amplo espaço de seu discurso para falar da situação de seu país.

Exaltou, também, a visita a Cuba do secretário-geral do Partido Comunista do Vietnã (PCV), Nong Duc Manh. “Ele é uma pessoa muito inteligente, com uma experiência sólida e muita energia. Veio para trabalhar, para visitar os lugares de interesse – uma visita de trabalho de verdade”, disse sobre Manh. O líder cubano, ao que tudo indica, teria aceitado um convite para visitar o Vietnã em breve.

Audiência

Em Miami (EUA), onde vivem vários exilados cubanos, as cadeias hispânicas de TV interromperam a programação para exibir a entrevista. A população cubana acompanhou a transmissão com muita atenção e pôde atestar que o aspecto de Fidel era mais saudável, comparando-se com vídeos anteriores difundidos em Cuba.

Foi a segunda aparição do estadista na TV em três dias. No domingo, foi divulgado seu primeiro vídeo em quatro meses. As imagens mostravam Fidel de pé, em traje esportivo, falando animadamente durante uma reunião com Manh.

A última aparição em público de Fidel foi em 26 de julho do ano passado – um dia antes de ser submetido a uma cirurgia que o obrigou a se licenciar, no dia 31. Durante o tempo em que ficou afastado, Fidel publicou 14 artigos de opinião no jornal oficial cubano Granma.

Progresso

A evolução demonstrada nas fotos e vídeos de Fidel desde que ele deixou o poder dão mais credibilidade aos relatos oficiais de que o líder estaria praticamente recuperado. Ele indicou no dia 23 de maio – em um dos artigos que passou a escrever a partir do final de março – que não tinha muito tempo nem disposição para a imprensa.

“Para filmes e fotos que requerem que eu corte constantemente o cabelo, a barba, o bigode, e me adorne todos os dias, não tenho tempo agora. Tais apresentações, além disso, multiplicam os pedidos de entrevistas”, declarou então.

No mesmo artigo, Fidel falou pela primeira vez de sua saúde e explicou que sofreu várias operações. Ele escreveu que, durante meses, dependeu de “veias furadas e cateteres” para se alimentar. Hoje, em contrapartida, recebe “por via oral tudo o que é necessário para a recuperação”.

Da redação, com agências

Hora do Povo

Rizzolo: “Por uma generosidade divina a quantidade de pessoas no mundo que torcem para que Fidel sobreviva é muito maior do que aqueles que conspiram pela sua morte, até porque seus corações duros já morreram há muito tempo, e no vácuo da desesperança e na escuridão dos ideais que se esvairam, sobrevive apenas a exploração e o egoísmo, na triste trilha do individualismo”.
Fernando Rizzolo

Diretor-geral da PF: “Zulmar Pimentel é homem íntegro”

O diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Lacerda, afirmou que “é possível que tenha havido algum equívoco no afastamento” do diretor-executivo da instituição, Zulmar Pimentel, determinado pela ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Cal-mon, responsável pelo inquérito da Operação Navalha.

Paulo Lacerda lamentou a saída de Zulmar, com quem disse ter uma amizade de mais de 30 anos. “Posso afiançar que ele tem o perfil de homem íntegro. Nunca deu motivos para se duvidar da sua idoneidade. Ao contrário, sempre se caracterizou pelo rigor nas suas ações”, acrescentou.

Lacerda explicou que Zulmar foi ao Ceará cumprindo uma determinação sua para avisar a João Batista Paiva Santana, superintendente regional da PF, que ele seria afastado do cargo e que o ato de exoneração seria publicado no “Diário Oficial” do dia seguinte. “Não queríamos que ele (Santana) soubesse da determinação pelo ‘Diário Oficial’”, disse.

Além de Zulmar, a ministra Eliana Calmon determinou o afastamento dos delegados Antônio César Nunes, superintendente da PF na Bahia, e Paulo Bezerra, ex-superintendente e atual secretário de Segurança Pública do Estado.

Hora do Povo

Rizzolo: A Ministra Calmon não me parece ser uma pessoa inconsequente, de qual forma ele Zulmar terá oportunidade do contraditório na eventual ação penal. Agora ´so uma pergunta :Como pode a Polícia Federal ficar com um diretor-geral interino num momento como o que vivemos ? quem controla no momento a Polícia Federal? Quem exerce o controle funcional da instituição? O Ministro da Justiça, logo o Presidente da República? O Ministério Público? O Poder Judiciário? Ou ninguém?

A mídia e os salários do Judiciário

Os desembargadores de todo Brasil vão ao STF exigir a manutenção de seus salários, acima do teto constitucional de R$ 24.500. Alegam que essa redução, determinada pelo órgão de controle externo do judiciário, o Conselho Nacional de Justiça, fere o principio constitucional da irredutibilidade dos vencimentos dos magistrados. Uma pergunta que não cala: a mídia não fará uma campanha contra esses salários? Juiz pode, parlamentar não pode? Ou tudo não passava de campanha moralista, ou pior, contra o Poder Legislativo? Onde estão as vozes escandalizadas que gritavam na mídia, inclusive os articulistas dos grandes jornais e das redes de TV, além dos âncoras, exigindo a redução dos salários dos deputados e senadores? Calaram-se?
enviada por Zé Dirceu

Rizzolo: Ah! Mas com esses eles tem medo, não é, não convem, não vamos magoa-los… Isso é o Brasil, e essa é a mídia que está com a concessão e o poder midiático em geral para gerir interesses próprios, o povo brasileiro que se dane, não é ! devem pensar ” Vamos enxergar só o que nos interessa, o resto a gente finge que não vê ”

“Nós precisamos atualizar a legislação. Nunca tirar os direitos dos trabalhadores”

“O que precisamos no Brasil é uma simplificação, uma atualização da relação trabalhista. Nunca tirar os direitos dos trabalhadores”, declarou o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, em reunião com a direção da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). “Isso foi unânime aqui, o que me deixa muito confortado porque até o momento esta discussão estava sendo feita pelo enfoque errado” completou.

O ministro destacou a “sintonia total” que existe entre o governo e os empresários para garantir a manutenção dos direitos já conquistados pelos trabalhadores, uma modernização da legislação trabalhista sem que haja ônus para a classe trabalhadora. “Eu não falo de reforma trabalhista, mas de atualização das leis trabalhistas. Muitas questões, que não sejam retiradas de direitos dos trabalhadores, poderão ser atualizadas”, afirmou Carlo Lupi.

Ele declarou que entre os direitos que o governo não abre mão estão o 13° salário, as férias remuneradas e a licença maternidade.

Paulo Skaf, presidente da Fiesp, disse que “há um consenso de que é preciso realizar a reforma trabalhista, com uma legislação menos engessada, mas sem prejuízo do trabalhador”.

Hora do Povo

Rizzolo; Uma reforma na legislação trabalhista,sem que haja ônus para a classe trabalhadora, sem tirar os direitos já alcançados é o ideal, agora o que não pode é tentar surrupiar a CLT com aquela emenda safada nº 3, às vezes eu penso que a elite acha que agindo dessa forma muda as coisas, ainda vivem no tempo da ditadura em que o trabalhador era amordaçado, ou o coitadinho nem jornal lia. Olha que progresso neoliberal, até a OAB/SP apoia a Emenda 3, que coisa triste, não ? Quem diria.

‘Henrique, à frente do BC, é um de nós’, diz o presidente do Citibank

Mr. William Rhodes saudou a extraordinária “coragem e convicção” de Meirelles para contemplar os interesses de Wall Street

“Henrique tem um background bancário e por isso é, de certa maneira, um de nós”, enfatizou o presidente do Citibank, William Rhodes, ao apresentar o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, na Reunião de Primavera do Instituto da Finança Internacional (IIF), instituição que reúne um pouco mais de 300 bancos e fundos de investimentos.

É a segunda vez que Rhodes contempla Meirelles com afagos do tipo dispensado no convescote de Atenas, quer dizer, na Reunião de Primavera realizada na sexta-feira passada. Em janeiro, no Fórum Econômico Mundial, já havia setenciado: “Ele é homem de confiança do sistema financeiro internacional e acredito que também dos banqueiros brasileiros”.

Rhodes fala com conhecimento de causa, afinal preside um dos maiores monopólios financeiros já visto, portanto beneficiário dos juros siderais implantados pelo referido Henrique. Só mesmo um representante da banca internacional para promover uma queima de R$ 629,41 bilhões em transações com juros, em pouco mais de quatro anos, o grande feito de Meirelles. Obviamente que isso não sai de graça. Se de um lado alguém ganha, no caso o sistema financeiro, sobretudo estrangeiro, de outro alguém paga a fatura, ou seja, o setor produtivo. O problema é que esse último é quem promove o crescimento, gera emprego etc.

É só conferir o estrago que os juros altos têm causado ao câmbio. Depois de cair para baixo de R$ 2, a cotação do dólar já acena romper a barreira de R$ 1,90. No mesmo dia em que Meirelles se reunia com a agiotagem internacional a cotação do dólar encerrou a R$ 1,902, o menor valor desde 31 de outubro de 2000. Isso depois de no dia anterior o BC ter comprado no chamado “mercado de câmbio” US$ 1,8 bilhão, a maior aquisição já feita em um único dia, em mais uma vã tentativa de deter a trajetória descendente da moeda norte-americana.

O resultado é que setores afetados pelo câmbio adverso, como por exemplo a indústria de calçados, estão transferindo suas unidades para outros países ou fechando ou anunciando que irão fechar as portas.

Segundo o BC, esses dólares comprados no “mercado de câmbio” são destinados às reservas internacionais, que já estão em cerca de US$ 140 bilhões. “O Brasil tem um regime cambial flutuante e uma política de fortalecimento das reservas. Nós acumulamos neste ano um valor aproximadamente igual ao de 2006”, disse Meirelles na reunião do IIF. Interessante, e do agrado do sistema financeiro internacional, é que para a compra desses dólares o BC emite títulos remunerados pelos maiores juros do mundo e aplica esses dólares (as reservas) em títulos norte-americanos a juros de 5,25%, bem inferiores aos juros estabelecidos no Brasil, demonstrando mais uma vez o alto custo para ampliar essas reservas.

Na apresentação de Meirelles aos confrades, o presidente do Citibank teceu loas à atuação do seu dileto Henrique na presidência do BankBoston. Daí resultou o seu “background bancário” – isto é, o seu acúmulo no sistema financeiro – e ser um integrante da confraria, segundo Rhodes. “Ele tem demonstrado uma enorme coragem e convicção no BC”, completou o banqueiro. Há um equívoco nesta declaração, ainda que inevitável para o presidente do Citibank. Coragem e convicção são necessárias para contemplar os interesses de 180 milhões de brasileiros, não os de meia dúzia de especuladores estrangeiros. Não é possível acender uma vela a Deus e outra ao Diabo.

VALDO ALBUQUERQUE
Hora do Povo

Rizzolo: Esse William Rodhes é sujeito talvez distraido, de tão acostumado a tratar pessoalmente com o Meirelles ás vezes se esqueçe . Provavelmente, deve entre amigos chamar o Meirelles de ” our boy ” , ´so com muita “coragem e concicção” nos interesses internacionais pode-se chegar a ser um grande representante da banca internacional . Como diz a linguagem popualar o Rhodes já ” esta dando muita bandeira “, com o Meirelles, disfarça Rodhes.

Uma declaração lamentável

Segundo a imprensa, o ministro Guido Mantega disse ao novo Secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, que ele tem que aprender a dizer não, já que dizer sim, no cargo, é quebrar os cofres públicos. Lamentável! Mesmo que seja só uma figura de retórica, revela que o uso do cachimbo faz a boca torta, como diz o ditado popular. O ministro Guido Mantega sabe que os ministros pedem recursos mínimos para máximas carências do país. O que precisa é diminuir os juros. E de uma vez só, em 1 por cento já, e depois mais 2 por cento até o final do ano, ganhando 50, 60 bilhões de reais no serviço da dívida interna. Essa é a solução e nada a impede ou inviabiliza hoje.

Dizer não pode, é fácil e bom, mas pode quebrar o país. Ou pior, gastar mais no futuro, como está acontecendo com as estradas e o meio ambiente. Contingenciamos no passado e, agora, acumulamos custos econômicos e sociais totalmente desnecessários.

Espero que não passe de uma frase de efeito e que o espírito do governo seja o de aumentar os gastos onde eles são necessários. E tudo mundo sabe onde são. Está aí, na cara, na realidade do dia a dia de todos brasileiros. Isso sem falar no extraordinário crescimento da arrecadação no primeiro quadrimestre. Portanto, a filosofia deveria ser como fazer para aumentar os recursos para as áreas mais necessitadas, entre elas a segurança e a justiça, a cultura e o meio ambiente, a juventude e a educação, os transportes e as áreas urbanas degradadas de todo esse imenso Brasil.

Desculpem o desabafo.
enviada por Zé Dirceu

Rizzolo: Foi uma má colocação, espero, mas há de se dizer que Mantega ao que tudo parece quiz agradar aqueles que falam de tudo menos de juro baixo, aqueles que acham a TV pública éum gasto á toa, aqueles que querem muita auteridade para fazer superávit primário para pagar a dívida externa, espero que eu esteja errado.