Haja isenção!!!

Está no Estadão de ontem (sábado) um exemplo lapidar de como a mídia, especialmente a impressa, trata, com pesos absolutamente diferentes, denúncias que envolvam o governo federal e as que se dão no âmbito dos governos estaduais de oposição, especialmente os tucanos. O suposto envolvimento de Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do presidente Lula, com pessoas ligadas à máfia dos caça-níqueis, presas na operação Xeque-Mate da Polícia Federal, ocupa a manchete de capa da edição do jornal, repetida na página 4. Vavá foi indiciado pela Polícia Federal por suposto tráfico de influência, por ter sido flagrado, em telefonemas grampeados, pedindo, segundo documentos vazados à imprensa, valores entre R$ 2 mil e R$ 3 mil.

Na mesma edição, duas páginas à frente, na 6, em uma coluna no canto direito inferior, o jornal registra com a máxima discrição possível: “Documento detalha propina a servidores”. O texto, de um único parágrafo, diz que “levantamento preliminar da Polícia Civil detalha o pagamento de propina a servidores de prefeituras paulistas pela máfia da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), que teria desviado R$ 135 milhões em seis anos. Em 12 meses, escolhidos aleatoriamente no levantamento, foram pagos R$ 452 mil a agentes de 18 municípios. Documento apreendido, que traz repasses registrados como QLN (quanto leva nisso), vai instruir os 19 inquéritos abertos”.

Para quem não se lembra, a CDHU pertence ao governo do Estado de São Paulo que, nos últimos 12 anos, vem sendo governado pelos tucanos. Como se pode depreender do tratamento dado aos dois casos, para a mídia parece que nem toda corrupção tem de ser combatida. O moralismo conservador do jornal, como mostra este exemplo, parece ter lado e cor. O combate firme, determinado e constante à corrupção, que defendemos e que vem sendo feito pela Polícia Federal, é uma bandeira que, segundo mostra a cobertura de certa mídia, deve ser empunhada seletivamente. Não podemos pactuar com moralismo seletivo e partidário. A ética é um valor democrático e o combate à corrupção tem que ser um atividade cotidiana, acima de cargos e partidos, onde todos os cidadãos sejam tratados igualmente, respeitados seus direitos e a presunção da inocência.
enviada por Zé Dirceu

Rizzolo> Verifiquei ” in loco” esse interessante fato, e é impressionante a distinção entre uma notícia armada para desmoralizar Lula de forma indireta e a outra tímida, quase que incomodados em dar a notícia sem alarade. Foi essa postura golpista que fez com Chavez apoiado na Constituição não renovasse a concessão. Hoje a mídia é um partido político, induz eo leitor a forma a opinião que ” eles determinam ” , boa observação do Zé !

Homenagem a ” alguns” Parlamentares – Ópera do Malandro

Nada melhor do que rever a Ópera do Malandro por Chico Buarque, tão atual não é, nos remete a pensar naqueles naqueles que iludem o povo através do voto de defendem a pilhagem.

“Só falta formalizar a construção de Angra 3”

“O Programa Nuclear é um dos esteios de um projeto de nação que vem sendo executado para que o Brasil seja um país mais justo, independente e desenvolvido”, afirmou o ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, durante a posse do presidente das Indústrias Nucleares do Brasil (INB), Alfredo Tranjan Filho.

Rezende destacou que o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) examinará o Programa Nuclear Brasileiro, no próximo dia 25, e deve formalizar a construção de Angra 3. “A expectativa é de que seja aprovada, até porque já há gente dentro do Ministério do Meio Ambiente a favor da energia nuclear”, afirmou. “O caminho a partir dessa decisão será muito amplo. Com ela e com os estudos que estão sendo feitos para construção de mais um conjunto de usinas no país teremos um enorme campo pela frente. Isso representa grandes desafios para todo o sistema nuclear. Teremos mais disposição e energia”, completou.

INVESTIMENTOS

O ministro destacou a tecnologia nacional de enriquecimento de urânio desenvolvida no Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP) e lembrou que o Brasil não pode desperdiçar suas reservas de urânio, nem o domínio do ciclo de processamento do minério para ser utilizado pelas usinas nucleares. “Nossas reservas dão para abastecer Angra 1,2 e 3 por pelo menos 520 anos, não podemos deixar essa riqueza debaixo da terra” avaliou Rezende. O Brasil é o sexto país em reserva de urânio no mundo, suas reservas somam cerca de 300 milhões de toneladas.

Sobre os investimentos para o enriquecimento de urânio em escala industrial, Rezende destacou: “o presidente Lula disse que não faltarão recursos para concluir a indústria e que não vai ser preciso exportar urânio para gerar divisas e pagar pelo programa”.

Inaugurada no ano passado, a fábrica de enriquecimento da INB localizada no município de Resende (RJ) já está em operação com as ultracentrífugas com tecnologia 100% nacional desenvolvidas pela Marinha, mas ainda necessita de investimentos para iniciar o processo em escala industrial.

AUTO-SUFICIÊNCIA

De acordo com o presidente da INB, vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia, a meta da estatal é alcançar a auto-suficiência no ciclo do combustível nuclear, que inicia com a extração do urânio e encerra com a produção do elemento combustível que abastece as usinas de Angra. Com os investimentos, a INB espera fornecer, até 2010, 60% do combustível consumido por Angra 1 e 2.

“Como já temos tecnologia e profissionais de ponta, faltam agora investimentos para que possamos fazer das Indústrias Nucleares do Brasil uma das mais expressivas fabricantes de combustível nuclear do mundo, o que a meu ver é uma realidade não muito distante”, afirmou Tranjan.

Hora do Povo
Rizzolo: Necessitamos de investimentos para que possamos fazer das Indústrias Nucleares do Brasil uma das mais expressivas fabricantes de combustível nuclear do mundo, como disse o Ministro, o Brasil não pode desperdiçar suas reservas de urânio, nem o domínio do ciclo de processamento do minério para ser utilizado pelas usinas nucleares, agora esse pessoal do meio ambiente faz o jogo do imperialismo, o mesmo jogo daqueles do Senado sabem qual é né ? Defensores intransigentes do capital espoliativo internacional, depois é a desculpa de meio ambiente para emperrar o desenvolvimento nuclear, no Senado de falta de liberdade da mídia na Venezuela, para defender a Globo, e por ai afora. Falta mesmo é amar o Brasil.

Por que Lula e Temporão incomodam tanto a Igreja Católica

A Igreja brasileira discorda do programa de Lula que instaura a gratuidade dos contraceptivos. Para a instituição, o governo deveria investir os recursos da saúde pública em necessidades mais urgentes da população. A matéria é de Annie Gasnier para o Le Monde deste sábado (9).

A Igreja Católica não gostou nem um pouco do novo programa de planejamento familiar que acaba de ser implantado pelo governo brasileiro, três semanas depois da visita, em meados de maio, do papa Bento 16.

“Trata-se de uma verdadeira febre anticoncepcional, de uma grave infração à lei natural que estabelece um vínculo entre a relação sexual e a transmissão da vida”, estima o bispo de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, Rafael Cifuentes, o presidente da Comissão Episcopal para a vida e a família.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou em 28 de maio, em São Paulo, o lançamento de um programa social para o seu segundo mandato, dotado de uma verba de R$ 110 milhões, que se destina a ajudar as famílias brasileiras “a evitarem gravidezes que não são programadas ou desejadas”.

Trata-se de democratizar o acesso aos métodos contraceptivos, principalmente para as classes sociais as mais desfavorecidas e as menos informadas, uma vez que as famílias de renda mais elevada já planejam há muito tempo o número de filhos desejados.

Desigualdades regionais

No Brasil, a taxa de natalidade é de 2,4 filhos por mulher, mas o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e de Estatísticas) estabelece distinções em relação a essa média. As famílias que vivem com menos de R$ 3 por dia têm 5,3 filhos – e até mesmo 6,3 no Nordeste, uma das regiões mais pobres do país. Enquanto isso, famílias cujo salário mensal está acima de R$ 2.000 têm 1,1 filho – ou seja, uma taxa equivalente à média européia.

Com isso, os custos dos métodos contraceptivos serão reduzidos de maneira drástica. O ministro da Saúde, José Temporão, anunciou a comercialização de cartelas de pílulas, de ampolas para injeções anticoncepcionais e de preservativos com um desconto de 90%, nas farmácias populares e afiliadas credenciadas pelo programa Farmácia Popular.

As pílulas e os preservativos já são distribuídos gratuitamente nos postos de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) – mas o objetivo é ampliar o seu acesso para um público mais vasto. Também serão incentivadas as vasectomias. Essas micro-cirurgias, que já vêm sendo praticadas de modo amplo, custam menos do que as operações de ligaduras de trompas.

Todos esses métodos serão objetos de uma campanha de educação nas escolas, nos centros comunitários, nos centros de saúde e nos meios de comunicação. Um dos seus objetivos é de alcançar as adolescentes das favelas das grandes cidades, onde, segundo o IBGE, os nascimentos aumentaram em 42%, dos quais mais da metade não foi o fruto de uma união estável.

“Cultura da morte”

O aumento da natalidade em favelas urbanas resulta num número cada vez maior de crianças abandonadas que vivem nas ruas. Assim, em qualquer esquina nos bairros residenciais, tais como os da zona sul do Rio de Janeiro, é possível ver moleques, cuja idade, em geral, não passa de 4 a 5 anos, fazendo malabarismos na calçada com bolas de tênis, diante dos veículos parados no farol.

Descalços, encharcados durante a estação das chuvas, trajando geralmente camisetas puídas, eles passam então entre os carros para pedir uma moeda. Nunca o pai ou a mãe aparecem nos arredores.

Três semanas depois da visita do papa, que condenou enfaticamente o aborto e a “cultura da morte”, Brasília fez questão de sublinhar que a sua iniciativa está orientada “em favor da vida”, uma vez que os casais terão a possibilidade de escolha para planejar a sua família.

Bento 16 havia preconizado antes a castidade em discurso que ele pronunciou perante 30 mil jovens reunidos em São Paulo. A reação da Igreja católica foi tanto mais viva que o ministro da Saúde também deu início a um debate sobre a liberalização da interrupção voluntária de gravidez, a qual permanece proibida até hoje – uma questão sobre a qual ele gostaria de organizar um referendo.

Para José Temporão e para o presidente Lula, trata-se de um problema de saúde pública: 1 milhão de abortos clandestinos estariam sendo praticados anualmente no Brasil, e 4 mil mulheres morreriam das conseqüências dessa cirurgia.

Le Monde

Rizzolo: Uma igreja que considera os Evangelicos como seitas, o que se pode esperar ? Um país como o Brasil que no passado perseguia -os, como cristãos de segunda categoria, a mando da Igreja Católica, não pode se deixar manipular pelo fundamentalismo religioso arcaico. A prova esta na Igreja Universal . Quando um líder católico, no Brasil, seria humilhado como foi o evangélico Edir Macedo ? Lula deixou claro que o Brasil é um Estado laico, agora, sinceramente, se o Bento não gostou ou não gosta da política do nosso governo o problema é da Igreja, espero que seja incisivo com as atrocidades cometidas pelos EUA no encontro com Bush. Será que vai ser ? Duvido.

A operação de cerco à Rússia e à China

É cínica a declaração de George W. Bush, durante a reunião do G-8, de que são inofensivas as novas bases de escudos antimísseis norte-americanos na Europa do Leste. O que está em curso é uma ampla operação voltada contra o reforço da soberania militar da Rússia e a emergência da China como potência no sistema de relações internacionais.

A mando de Bush, no último dia 14 de maio Condoleezza Rice, secretária do Departamento de Estado americano, reuniu-se em Moscou com membros do governo e o próprio presidente Vladimir Putin. Após, afirmou enfaticamente: “Os Estados Unidos precisam seguir adiante e usar tecnologia para se defender e faremos isso”.

A secretária de Bush se referia à oposição ao veto russo à construção de bases militares com escudos de antimísseis na Polônia e República Theca. Além disso, manifestou os objetivos da estratégia imperialista dos Estados Unidos no esquartejar da antiga Iugoslávia: “jamais”, “é impossível” Kosovo integrar novamente a Sérvia, sentenciou.

Relembrando: 57 anos depois da invasão nazista, a Iugoslávia foi estraçalhada (1998) pelos “bombardeios humanitários” da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), sob a farsa das “questões étnicas” e desavenças religiosas – furiosa campanha patrocinada pelos Estados Unidos.

Rice resmungou ainda, diante dos russos: “Ninguém espere que os Estados Unidos permitirão um veto de alguma forma aos interesses de segurança americanos”. E sabe-se que o governo Bush já decidiu aumentar orçamento militar do país, para mais de 600 bilhões de dólares (2008).

Tudo isso integra os objetivos estratégicos maiores do império: apesar de Austrália, Nova Zelândia, Singapura, Coréia do Sul e o Japão não serem membros, de modo formal, da organização da Otan, eles se encontram atualmente envolvidos em parcerias militares e em acordos com governos associados à organização militar.

Numa recente reunião (dezembro de 2006) na Coréia do Sul, o PNAC (Project for the New American Century – ou Projeto para um Novo Século Americano), grupo integrado por gente como Dick Cheney, George W. Bush, Richard Perle, Lewis Libby, Karl Rove, Zalmay Khalilzhad, Richard Armitage, e Paul Wolfowitz, discutiu-se a criação de uma organização paralela, semelhante à OTAN. No Extremo Oriente e no Pacifico Sul, ela visa uma aliança militar global unificada, estruturada por uma extensa rede de parcerias e acordos militares.

De acordo com Mahdi D. Nazemroaya, pesquisador especialista em geopolítica e questões militares, do Centre for Research on Globalization (Canadá):

1) o Japão violou sua Constituição e gradualmente adapta suas políticas militares com as políticas militares dos Estados Unidos e dos estados membros da OTAN;
2) o Japão e a Coréia do Sul fazem parte de um grande projeto militar dos Estados Unidos, envolvendo o estabelecimento de um sistema de mísseis e de forças rápidas de intervenção, onde Coréia do Norte e a China foram justificativas de “ameaças”;
3) a Austrália – cujas tropas estão em ação nos Balcãs, na ocupação anglo-americana do Iraque, e nos acampamentos da Otan no Afeganistão -, desde o final da “Guerra-Fria”, juntamente com o Japão, tem realizado expressiva cooperação militar, em sintonia com a política norte-americana da bandeira da “guerra global contra o terrorismo”.

Coincidentemente, forças militares de Singapura recebem formação na Austrália, país este que opera no Sudeste Asiático, tendo a marinha australiana navios posicionados desde o Golfo Pérsico ao Mar Arábico e Oceano Pacífico. De fato, o Oceano Índico pode tornar-se um espaço militarizado – a China pretende assegurar circulação nessa área do globo (transporte dos seus abastecimentos energéticos provenientes de África e do Oriente Médio).

Secretamente, os Estados Unidos efetivaram negociações para uma nova base militar norte-americana em Geraldton (Austrália Ocidental, na costa do Oceano Índico). “Penso que este acordo está vocacionado para reordenar a segurança na Ásia Oriental, particularmente com a emergência sempre constante da China”, disse o coordenador do programa de segurança para a Ásia do Royal United Services Institute de Londres.

Ninguém se iluda: ao lento declínio (histórico) da superpotência norte-americana corresponderá, recorrentemente, a busca de extensão militar estratégica. O que necessariamente amplia contradições à sua hegemonia e acelera seu esgotamento.

Site do PC do B

Rizzolo: Essa é a realidade, os EUA se armam e possuem uma ótima estratégia militar no contexto de alianças e acordos militares. Enquanto isso , nós aqui na America Latina , observamos de forma contemplativa o desenrolar dessa hegemonia, até o dia em que pagaremos caro. Acho primordial a discussão militar no desenvolvimento da nossa indústria bélica, na energia nuclear, e nos acordos militares com países da America Latina . Precisamos trazer de volta a intelectualidade militar patriota e progressiata ” porque quando o soldado deixa de ser patriota, acaba fazendo do patriota um soldado ”