Com Lula, salário mínimo cresceu 3,5 vezes e atinge US$ 200

“Salário mínimo virou máximo” é o título de uma matéria assinada por Adriana Nicacio e publicada na IstoÉ desta semana. De acordo com a revista, a “valorização do real eleva o ganho dos mais pobres e faz com que o presidente Lula consiga cumprir uma promessa de campanha”.

Isso porque, pela primeira vez desde a implantação do salário mínimo no país, o valor ganho pelos brasileiros gira em torno de US$ 200. É um piso salarial inferior a de vizinhos como o Chile e a Venezuela, como revela a tabela abaixo, elaborada pela IstoÉ. Mas, em quatro anos e meio de governo Lula, o mínimo ficou 3,5 vezes maior se avaliado em dólar.

Confira a íntegra da matéria.

Salário mínimo virou máximo

Por duas décadas, o salário mínimo de US$ 100 fez parte do imaginário dos sindicalistas. Essa meta era tida como a única capaz de manter o poder de compra dos trabalhadores, em tempos de inflação galopante. Sabia-se que tão logo fossem alcançados os US$ 100, o novo marco seria de US$ 200, e assim por diante. Pois bem, chegou a hora de se perseguir outro valor, porque desde 1º de junho, quando o dólar bateu em R$ 1,90, o salário mínimo ronda os US$ 200.

Tudo isso devido à valorização do real, claro, e aos aumentos sucessivos do mínimo nos últimos dez anos, que subiu 100% acima da inflação. Na comparação com a América Latina, o Brasil deixou de ter um piso baixíssimo – em 2003 o mínimo equivalia a US$ 56,8 – e conquistou um razoável.

No Chile, por exemplo, a menor remuneração é de US$ 250, na Venezuela é de US$ 286. “Os mais pobres talvez não saibam, mas a desvalorização do dólar é muito boa para eles”, explica o professor Marcelo Neri, chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV/ RJ. “A valorização do câmbio gerou uma redução na inflação para os mais pobres, o que também reduziu a desigualdade”, completa.

É a primeira vez que o mínimo tem o mesmo poder de compra da época de sua criação, em 1940, por Getúlio Vargas, de acordo com Neri. O mínimo de Getúlio foi um dos mais altos do Brasil.

Ar de vitória

A empregada doméstica Márcia Cavalcante Mota, 44 anos, não conhece bem a história, mas garante que está muito mais fácil comprar agora do que há sete anos, quando recebeu o seu primeiro salário mínimo.

Separada do marido, ela se viu obrigada a trabalhar por qualquer preço para sustentar três dos cinco filhos. Hoje, Márcia continua recebendo um salário, R$ 380, mas pode comprar um pouco mais. Para ela, além da remuneração, que tem aumentado, o crédito também está mais fácil.

“Eu fui ao supermercado e comprei R$ 200 em alimentos, dividi em duas vezes”, conta Márcia, com ar de vitória. “No próximo mês, eu compro picado, e assim a gente vai sobrevivendo. Não me importa se o meu salário vale US$ 200, o que me importa é que estou podendo comprar mais.”

Márcia faz parte de uma multidão. O mais importante para 44 milhões de brasileiros é o que o mínimo pode comprar. Para eles, o Dieese tem uma boa notícia. De acordo com o supervisor técnico do Dieese/DF, Clóvis Scherer, em maio, pela segunda vez, foi possível comprar duas cestas básicas com um único salário. A primeira ocorreu em agosto de 2006. Antes disso, só se comprava uma ou nenhuma, como ocorreu, por exemplo, entre maio de 1998 e fevereiro de 1999.

Melhor para quem ganha pouco

Apesar de a queda do dólar não se refletir automaticamente na redução da cesta básica – há outros fatores importantes, como condições climáticas e a safra -, o Índice de Custo de Vida, medido pelo Dieese, mostra que a inflação dos mais pobres foi de 0,38% em maio, um porcentual menor do que a média de 0,63%.

Mas para Márcio Pochmann, pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Unicamp, o salário mínimo em US$ 200 tem outro significado. “Reflete a artificialidade da taxa de câmbio e é desfavorável para a exportação.” É claro que os exportadores não estão gostando do câmbio alto, mas a competição interna com a entrada de produtos importados beneficia quem ganha pouco.

O benefício, contudo, só existe porque a inflação está sob controle. Ex-ministro do Trabalho, no governo de Itamar Franco, o economista Walter Barelli lembra que comprou uma briga com o então ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, até conseguir estipular o mínimo em US$ 100.

Conseguiu. “Mas ninguém recebeu US$ 100, porque no dia seguinte valia US$ 98, US$ 95 e a inflação engolia o salário das pessoas”, lembra. Naquela época, a intenção de Barelli era de elevar o salário mínimo à média dos países do Mercosul, o que representava US$ 200, mas a área econômica do governo não queria nem ouvir falar disso.

“O Brasil chegou lá com uma década de atraso”, diz Barelli. “Só que o problema não é a moeda, mas sim o poder aquisitivo. Estamos longe do que se comprava com um salário no tempo de Juscelino Kubitschek.”
Do site do PC do B

Rizzolo: O que importa é que apesar da política perversa do dolar valorizado, está sobrando um pouco mais de dinheiro nas camadas mais pobres da população, como diz o economista Márcio Pochmann, pesquisador do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho da Unicamp, o salário mínimo em US$ 200 tem outro significado. “Reflete a artificialidade da taxa de câmbio e é desfavorável para a exportação.”

É claro que os exportadores não estão gostando do câmbio alto, mas a competição interna com a entrada de produtos importados beneficia quem ganha pouco. Por outro lado as camadas mais pobres da população diante da míseria que salta aos olhos, vê mais dinheiro no bolso, e sentir mais dinheiro no bolso de quem pouco tem significa muito. Apesar estarmos muito aquem do desejado este salto do mínimo é um avanço do governo Lula, não se esqueçam que 44 milhões de pessoas vivem de salário mínimo , sem contar o reflexo nas aposentadorias , que auxila na manutenção de famílias inteiras desempregadas onde o vovô ou a vovó é que sustenta todo mundo, aliviando o fardo da miséria que sempre assolou esse país.

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Suprema Corte do México cancela concessão automática para as TVs

O Supremo Tribunal do México decidiu, no dia 31 de maio, derrubar a cláusula inscrita na Lei Federal de Rádio e Televisão que garantia que as emissoras de televisão obtivessem renovação automática de licenças de transmissão de rádio e televisão. O tribunal estabeleceu, por 8 votos a 1, que a renovação automática de concessões é inconstitucional.

Essa cláusula começou a valer em abril de 2006, mas segundo os legisladores ela só ocorreu por pressões e a influência das emissoras no período anterior às eleições de julho do ano passado. A lei só servia para fortalecer ainda mais o poder das duas emissoras que dominam o campo televisivo do país. A Televisa controla 70% do mercado televisivo e a TV Azteca controla os 30% restantes. Essa dominação exercida por essas empresas limita a população mexicana de escolher a programação.

Agora as empresas que quiserem renovar suas concessões deverão participar de novo processo de licitação. As concessões serão abertas à concorrência pública.

O juiz Genaro Gongora declarou que “a possibilidade de renovação automática e ilimitada das concessões de freqüência de transmissão viola as garantias de eqüidade, liberdade de expressão, direito de informação e acesso justo à mídia”. O ex-senador, Javier Corral, definiu a anulação da cláusula de um golpe na “longa dominação das ondas de transmissão”.
Hora do Povo

Rizzolo:Muito bem , os governos estão se conscientizando dessa realidade onde a renovação automática é instrumento perverso e antidemocrático. Isso vai chegar aqui, é só esperar !

FHC elogia o especulador Soros

Ao presidir uma mesa de debates num suspeito seminário “Ethanol Summit”, realizado na quarta-feira em São Paulo, Fernando Henrique se desmanchou em elogios e bajulações ao especulador George Soros. A bem da verdade nada de estranho em relação ao que ele já fez quando ocupou a presidência da República, e acoitou alguns office boys do especulador em postos estratégicos das finanças do governo. “Soros está na vanguarda da preocupação com a humanidade”, disse FHC. “Ele é um homem que viu a necessidade imperativa de um novo pacto mundial”, prosseguiu.

Até Soros, que fez sua “carreira” quebrando milhões de pessoas para faturar montanhas de dinheiro, parece que não gostou de tanta babação explícita, e sem óleo de peroba nenhum disse que se deu “conta de que a palavra especulador tem uma visão negativa no Brasil”. “Mas tenho que confessar que sou um especulador”. Quase que repreendeu FHC: “Menos, meu garoto, menos. Você é esforçado, mas assim me complica”.

Hora do Povo

Rizzolo: Ah! Pra ele FHC , Soros é um verdadeiro ídolo , um megaespeculador, estar numa mesa com ele é tudo que mais sonhava na vida, o sujeito é tão especulador, que como faz isso de forma natural , nem sabia que isso é perverso, não se deu conta, é impressionate, quando ouviu de FHC que ele, Soros ” estava na vanguarda da preocupação da humanidade ” deve ter olhado para o FHC e pensado, ” Putz, que coragem que esse cara tem de falar isso ” ( risos..)