Lula: com Petrobrás e Angra 3 não vai faltar energia no Brasil

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“Mas nós precisamos produzir mais. A energia nuclear é uma energia limpa, não emite CO2, portanto, não vai causar o efeito estufa no planeta Terra e a tecnologia do Brasil é perfeita”, afirmou o presidente na inauguração da P-52

“Para crescer acima de 5%, nós vamos ter que dizer aos investidores que não vai faltar energia neste País a partir de 2012”, afirmou o presidente Lula, ao anunciar, na quinta-feira, em Angra do Reis-RJ, a retomada da construção da usina nuclear de “Angra 3”. O anúncio foi feito durante a cerimônia de batismo da plataforma de prospecção P-52, da Petrobrás.

“Até 2012 está garantido, mas nós precisamos produzir mais”, disse Lula. “A energia nuclear é uma energia limpa, não polui, não emite CO2, portanto, não vai causar o efeito estufa no planeta Terra”, argumentou o presidente. “Se for termelétrica de carvão, sim, se for termelétrica de óleo diesel, sim, mas essa é nuclear e a tecnologia do Brasil é perfeita”, salientou. “Posso dizer para vocês que nunca acontecerá no Brasil o que aconteceu em Chernobil”.

Emocionado ao lançar a plataforma da Petrobrás, Lula lembrou que a indústria naval brasileira foi praticamente destruída nos últimos anos. “Eu, que passei metade da minha vida dentro de uma fábrica, comecei a matutar como era possível um país que já tinha tido, na década de 70, a segunda indústria naval do mundo, ter deixado desaparecer, como podiam simplesmente ter desmontado um setor da economia brasileira, com potencial tão extraordinário?”, indagou. Com capacidade para produzir 180 mil barris por dia, a plataforma P-52, lançada pelo presidente, é a primeira a ser construída no Brasil e será instalada no campo de Roncador, na Bacia de Campos, na primeira quinzena de setembro.

“E a gente simplesmente tinha desmontado, jogado milhares de trabalhadores ao léu, nós tínhamos levado trabalhadores ao desespero. A gente estava comprando tudo. Tudo o que a gente precisava fazer, tinha que comprar em Singapura ou na Noruega ou na Espanha ou comprava não sei onde”, denunciou Lula. “Nada contra esses países, nós queremos ser os melhores parceiros deles, mas, eu, antes de pensar em qualquer coisa, tenho que pensar que uma nação só é nação se as pessoas estiverem trabalhando, comendo e estudando, senão isso não é nação”.

“Pois bem, nós fizemos esse desafio. Alguns acreditavam, outros não acreditavam, e hoje eu estou aqui na frente desta extraordinária plataforma. E vocês vão ver a produção de vocês sair para alto mar e, daqui a alguns dias, começar a tirar petróleo lá de perto do Japão”, acrescentou o presidente.

CONTEÚDO NACIONAL

Lula aproveitou para elogiar o trabalho da Petrobrás. “É uma empresa privilegiada neste País, porque a qualidade dos seus profissionais é invejada em qualquer outra empresa de petróleo”, disse.

“Tem uma história engraçada”, acrescentou Lula. “Quando eu fui indicar o José Sérgio Gabrielli, para ser o diretor financeiro da Petrobrás, me disseram o seguinte: ‘Não coloque, que o mercado não vai aceitar’. É verdade. Eu, primeiro, nunca tinha conversado com esse tal de mercado, ou seja, certamente esse tal de mercado não votou em mim”, brincou.“Esse companheiro foi quem atingiu a auto-suficiência”, completou.

Lula defendeu que todas as plataformas sejam construídas no Brasil. “O que nós queremos é que a Petrobrás negocie com as empresas com a seriedade que sempre negociou, mas tendo um rumo: nós precisamos, mais do que queremos, não é que nós queremos, nós precisamos, que a P-56 seja feita aqui”, argumentou.

“E tem a reforma da P-53. Logo, logo, a Petrobrás vai pensar nas 57, 58, 59, 60, 61. Logo, logo, vocês vão estar produzindo essa coisa tão extraordinária, que outros países do mundo vão falar: ‘Bom, vamos comprar plataforma, vamos encomendar do Brasil’. Aí, a gente vai começar a mandar para fora”, disse Lula.

MARINHA MERCANTE

Ele anunciou ainda que “depois de recuperar a indústria naval brasileira, nós vamos recuperar a Marinha Mercante brasileira”. “Não tem explicação um País do tamanho do Brasil, que exporta 150, 160 bilhões de dólares por ano, não ter uma Marinha Mercante poderosa”, defendeu. “Nós vamos ter que fazer parcerias outra vez e nós vamos fazer a indústria naval voltar a produzir os navios que nós precisamos”, acrescentou.

O presidente cumprimentou o presidente da Transpetro, Sérgio Machado, presente ao ato, e agradeceu por ele ter assumido o compromisso de cumprir a sua meta de produção de navios no Brasil, anunciada em sua campanha. “Já encomendamos 26 navios, 19 já estão contratados, quatro vão ser contratados nos próximos dias e três serão contratados para o Porto de Itajaí”, lembrou. “Esses navios, logo, logo, estarão sendo construídos em estaleiros do Rio de Janeiro, estaleiros do Rio Grande, no Rio Grande do Sul, estaleiros no Porto de Suape, em Pernambuco, e a maioria aqui no Rio de Janeiro”, anunciou.

Lula terminou seu discurso assinalando o bom momento por que passa a economia brasileira. “Nós estamos vivendo um momento no Brasil que eu acho que em 100 anos de República nós não vivemos”, disse. “As coisas andando, tudo certinho no Brasil. A economia está crescendo. O PIB cresceu, no segundo bimestre, 4,3%”, acrescentou. “Obviamente que eu estou sempre querendo mais, mas há uma tendência de que vai crescer mais no terceiro trimestre, depois vai crescer mais no quarto trimestre, depois vai continuar crescendo no primeiro trimestre de 2008, no segundo, no terceiro, por quê? Porque o País está preparado para ter uma caminhada longa de crescimento”, completou o presidente.

SÉRGIO CRUZ
Hora do Povo

Rizzolo: Não há dúvida que temos que desenvolver nossa indútria naval, não é possivel conceber um Brasil sem uma indútria naval e uma marinha mercante forte. Quanto a energia temos que optar de uma vez por todas pela energia nuclear como disse Lula ” A energia nuclear é uma energia limpa, não emite CO2, portanto, não vai causar o efeito estufa no planeta Terra e a tecnologia do Brasil é perfeita”, quanto aos ambientalistas e aqueles que desconfiam da segurança da Usina, deviam estar mais preocupados com a Segurança Nacional e o desenlvimento do Brasil, não há desenvolvimento sem Energia suficiente.

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TCE diz que contrato da gestão Alckmin é irregular

A notícia saiu quase escondida na Folha de hoje (só para assinantes): o Tribunal de Contas do Estado julgou ontem irregular um contrato para obras de ampliação da calha do rio Tietê, um dos principais projetos da gestão do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). O contrato de 2003 corresponde à fase 2, executada em Pirapora do Bom Jesus, Cabreúva e Itu. O tribunal diz que o valor (R$ 14,154 milhões) excedeu o orçado (R$ 12,013 milhões). Para o TCE, o Departamento de Águas e Energia Elétrica poderia ter feito nova licitação para obter valor menor.

O Estadão (só para assinantes) vai um pouco mais além e também com muita discrição informa que, na verdade, o Tribunal de Contas do Estado julgou irregulares dois contratos do governo Geraldo Alckmin (PSDB) que somam R$ 45,6 milhões. Auditores identificaram ‘falhas graves, como exigências restritivas que prejudicaram a competitividade’ nos processos de contratação de empreiteiras para obras de limpeza e rebaixamento da calha do Rio Tietê e de recuperação da pista e regularização de acostamentos da Rodovia Mogi-Bertioga. E, é claro, destaca que a decisão não é definitiva. O governo ainda pode recorrer ao Pleno do TCE.

Imaginem se essa notícia fosse referente a alguma obra do governo federal ou de algum governo estadual ou prefeitura do PT. Certamente ganharia destaque na primeira página dos jornais com um título muito mais incisivo, tipo “TCU condena governo Lula” ou “TCE condena governo do PT”.

São os dois pesos e duas medidas da nossa mídia.
enviada por Zé Dirceu

Rizzolo: Ah ! Mas é claro tudo com a maior discrição, a imprensa não pode magoá-los ( o PSDB ), não é, afinal eles representam a direita, o capital, o mercado, o neoliberalismo, e a exploração.
Agora é como o Zé disse , “Imaginem se essa notícia fosse referente a alguma obra do governo federal ou de algum governo estadual ou prefeitura do PT. Certamente ganharia destaque na primeira página dos jornais com um título muito mais incisivo, tipo “TCU condena governo Lula” ou “TCE condena governo do PT”.

E ainda tem gente que chama isso de Estado livre e democrático, hein ! com essa mídia golpista. Enquanto não destruirem o governo Lula eles não descansam !

PAC vai investir R$ 1 bilhão na urbanização de favelas do Rio

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As obras vão desde saneamento básico e construção de moradias à pavimentação de ruas e instalação de postos de saúde e policiais. A parceria prevê recursos do PAC e contrapartida do governo do Rio

Uma parceria entre o governo federal e o governo do Estado do Rio de Janeiro irá transformar a vida dos cerca de 300 mil moradores das favelas da Rocinha, do Complexo do Alemão e de Manguinhos com o projeto de urbanização das favelas do Rio.

Através do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento), o governo federal irá investir R$ 960 milhões que, somados aos recursos do Estado, serão destinados à pavimentação de ruas, obras de saneamento, construção de moradias, escolas, postos de saúde e policiais e de áreas de lazer. Os recursos serão liberados pela Caixa Econômica Federal, e as obras iniciam no dia 22 de outubro.

De acordo com Ícaro Moreno Júnior, presidente da Emop (Empresa de Obras Públicas do Rio de Janeiro), o projeto de urbanização tem como principal objetivo o combate ao tráfico: “A grande virada é exatamente isso. Você vai nas comunidades e quem comanda na sociedade realmente são os traficantes. Então essa mudança para o Estado tutelar, e isso, não só através das intervenções e sim das políticas públicas, o Estado comandando”, afirmou Moreno Júnior, em entrevista ao jornalista Paulo Henrique Amorim, no último dia 18.

ROCINHA

Serão realizadas obras nas três favelas do Rio. À população da Rocinha será entregue um grande presente: uma passarela criada por Oscar Niemeyer, que irá integrar a favela com Gávea e São Conrado. Com 150 mil habitantes, na Rocinha também serão construídos um centro de esporte e lazer e uma unidade hospitalar. Moreno Júnior disse ainda que “nós selecionamos uma área de 5,5 hectares, no meio da Rocinha, onde tem o maior índice de tuberculose, onde tem pouca ventilação, pouca iluminação. E ali nós estamos trabalhando com ruas, transformando, porque ela está muito adensada, e estamos construindo unidades habitacionais de até três andares”.

Já estão previstos 450 apartamentos para acolher os removidos na Rocinha e, em Manguinhos, serão prédios com 2 mil apartamentos. Para o presidente da União Pró-Melhoramentos dos Moradores da Rocinha, William de Oliveira, “ninguém gosta de deixar sua casa. Mas tem horas em que isso é preciso. A comunidade vai apoiar. Esse projeto vai mudar a história da Rocinha”.

No Complexo do Alemão serão investidos R$ 495 milhões, e a principal obra é a construção de um teleférico, que tem a meta de facilitar a acessibilidade dos cerca de 100 mil moradores da comunidade. As ruas serão alargadas e o teleférico será integrado às estações de trem e metrô. “Nós vamos passar, no mínimo, a ter ruas de quatro metros a sete metros”, explica Moreno Júnior.

Segundo a Secretaria de Estado de Obras do Estado, no Complexo do Alemão será criado ainda o Parque Serra da Misericórdia, a construção de um grande lago, e o plantio de árvores em uma área de 400 hectares.

MANGUINHOS

Em Manguinhos, será urbanizada a Avenida Leopoldo Bulhões e a linha férrea será elevada a 3,5 metros de altura, permitindo a construção de um grande parque linear na região e postos para a implantação de políticas públicas. “Nós vamos ter centro de geração de renda”, disse Moreno. “Esse parque é um parque de integração. Nós vamos buscar integrar e abrir. Você não tem mais muros, você abre e integra esse binário da Uranos com a Leopoldo Bulhões”, explica. “O parque vai ligar também com a Avenida Brasil, que hoje é longe”.

Na visita ao Rio de Janeiro, na semana passada, o presidente Lula destacou que “é na concentração de muita gente morando de forma inadequada, em condições inaceitáveis, com criança repartindo lugar com rato e barata, que se forma a cabeça de uma pessoa que nasceu para ser mulher e homem de bem. São essas condições de moradia que levam a descaminhos que não gostaríamos”. No Programa Café com o Presidente, dessa segunda-feira, Lula destacou a expectativa de investimentos proporcionada pelo PAC, e afirmou que “nós vamos colocar R$ 40 bilhões nos próximos três anos e meio na urbanização de favelas e em saneamento básico. A partir deste ano, começa a aparecer esse dinheiro na praça, começam a ser feitos os contratos com as empresas e começa a construção com a geração de emprego e com a distribuição de renda”.

Para o governador Sérgio Cabral, “estamos fazendo um programa social para ocupar meninos e meninas nas comunidades. Vamos começar pelo Complexo do Alemão em função de todo o enfrentamento que estamos tendo naquela região”. Cabral disse ainda que “temos uma parceria muito sólida com o presidente Lula, que vai se desdobrar para as comunidades do Rio em investimentos urbanísticos nunca feitos antes do Estado do Rio de Janeiro”.

JÚLIA CRUZ
Hora do Povo
Rizzolo: É atuando na inclusão social que o problema da criminalidade diminuirá, o tráfico existe porque não existe a presença do Estado, o investimento previsto pelo PAC de R$ 40 bilhões nos próximos três anos e meio na urbanização de favelas e em saneamento básico é um avanço enorme do governo Lula na direção da inclusão social. Agora pra elite, isso é gastar dinheiro à toa, ou então como eles gostam de dizer, ” precisamos ensinar a pescar ” ,” não fazer melhorias “, depois ficam fazendo passeatas a favor da paz etc. O que se precisa é inclusão social, distribuição de renda , e o resto você mesmo sabe o que é necessário, mudar o regime, né .

Venezuela: Chávez lança a industrialização socialista

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“Serão abertas 48 fábricas de máquinas e ferramentas, 8 de equipamentos e materiais elétricos, entre outras de vários ramos”, afirmou o presidente venzuelano. “Nas próximas semanas começarão a funcionar 200 fábricas socialistas”, completou

“Nas próximas semanas começarão a funcionar 200 fábricas socialistas”, anunciou o presidente Hugo Chávez, durante a inauguração no estado de Zulia da primeira etapa do Complexo Termelétrico Ciclo Combinado G/J Rafael Urdaneta, no dia 16.

“Estamos pondo fim à orientação imposta ao nosso país pelo modelo neoliberal de só extrair petróleo. Serão abertas 48 fábricas de máquinas e ferramentas, oito de equipamentos e materiais elétricos, 88 fábricas de alimentos, 12 de produtos químicos, 19 de plástico, vidro e pneumáticos, 10 de vestuário, oito de transporte, quatro de moradias e três de reciclagem”, afirmou o presidente, lembrando que o país está transitando pelo caminho que o levará a um novo modelo social, “deixando atrás o sistema econômico capitalista de exploração e gerador de pobreza”.

“Vamos reverter essa política de submissão aos interesses dos países poderosos que nos impõem a importação de máquinas, de tecnologia, e até de materiais derivados do petróleo, como o plástico, numa nação reconhecida como o quinto exportador mundial de óleo cru”, assinalou.

AUTO-SUFICIÊNCIA

Sobre a produção de alimentos, Chávez disse que seu governo trabalha para se tornar auto-suficiente em curto espaço de tempo. “Mais de 70% dos produtos consumidos ainda não se produzem aqui, e nós temos enormes potencialidades. Podemos, e vamos, ser auto-suficientes e ainda exportar produtos como carne, leite e outros”, assegurou, advertindo que as fábricas que hoje agem de forma especulativa, se recusando a vender leite pelo preço regulado pelo Estado para evitar abusos, poderão ser expropriadas. “Quem trabalhar dentro da lei, quem não atropelar os direitos da população, quem não tiver como regra o roubo, a especulação e a desonestidade pode ficar tranqüilo. Nós respeitamos a propriedade privada”, falou.

O chefe do Estado ainda informou que nas próximas semanas serão entregues computadores, telefones celulares, carros e motos fabricados e montados no país com a assessoria da China e do Irã.

Hugo Chávez anunciou a criação da Comissão Central de Planificação que tem como objetivo “acabar com a autonomia, que representa uma certa dilapidação de recursos e esforços, dos entes do Estado”, durante o programa “Alô, Presidente”, que se transmitiu desde o estado de Barinas, onde deixou inaugurado o Centro Técnico Socialista Produtivo Florentino.

PLANEJAMENTO

O presidente manifestou que a autonomia dentro das empresas do Estado não tem como coexistir com o projeto de governo que está sendo aplicado no país. “Estamos entrando na etapa de planificação centralizada por categorias estratégicas, macro-setores integrados. Temos que integrar os planos num grande plano unificado, com níveis, com objetivos, com frentes, com áreas determinadas. É assim que o desenvolvimento avança mais e melhor, com muita mais solidez. Não pode uma empresa querer resolver seu problema sem conhecimento do que acontece no resto da economia”, afirmou, sublinhando que “no capitalismo o que impera é a autonomia gerencial, de planificação. É o interesse de uns poucos contra todo mundo. Nós queremos que a produção cresça, com prioridade para os setores chave, que a distribuição seja cada vez mais justa e isso só com planificação centralizada”.

“Dizem que o Estado tomando conta da produção é ineficiente, é corrupto, é burocrata. Isso é para que acreditemos que o capitalismo é que é bom, que é eficiente. Para que acreditemos que os monopólios é que são melhores. Mentira. Temos que ficar alertas. Não podemos baixar a guarda, todos os funcionários, a população inteira é que deve lutar contra esses flagelos”, conclamou.

O ministro de Energia e Petróleos, Rafael Ramírez, ratificou que a Corporação Elétrica Nacional é a nova entidade que agrupará às 14 empresas que se encarregam da geração de eletricidade no país.

Hora do Povo

Rizzolo: A frase principal de Chavez que devemos extrair no artigo, é a seguinte : “Dizem que o Estado tomando conta da produção é ineficiente, é corrupto, é burocrata. Isso é para que acreditemos que o capitalismo é que é bom, que é eficiente. Para que acreditemos que os monopólios é que são melhores. Mentira. Temos que ficar alertas. Não podemos baixar a guarda, todos os funcionários, a população inteira é que deve lutar contra esses flagelos” . Pois é, é o discurso universal dos exploradores, não é, é o desprezo pelo Estado que a mídia golpista ” adora enviar na cabeça do povo”.

Mídia golpista muda de acusação contra o presidente do Senado

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Welligton Salgado novo
relator

Provas de Renan fazem mídia mudar de assunto

Sem nada de consistente, “Veja” forja quilos de acusações contra senador

No dia 24 de maio último, “Veja” trouxe em sua capa, sob a presunção de denúncia, a acusação de que o presidente do Senado, Renan Calheiros, tinha a pensão de sua filha com Mônica Veloso paga pela construtora Mendes Júnior, através de um lobista que “atuava nas sombras”. Segundo “Veja”, o valor pago mensalmente era “sempre de R$ 16,5 mil”, juntando a pensão mais o aluguel de uma casa no valor de R$ 4,5 mil. “O lobista pagava 12.000 reais mensais de pensão para uma filha do senador, de 3 anos de idade. A pensão foi bancada por Cláudio Gontijo de janeiro de 2004 a dezembro do ano passado”, diz a acusação. Provas? Nenhuma.

DOCUMENTOS

Estava ali o presidente do Senado, com sua vida pessoal exposta em meio a uma enxurrada de supostas denúncias. Veio a primeira mordida. Era o sinal para o cardume de piranhas atacar, isto é, tirar conclusões, julgar e condenar o presidente do Senado. Mesmo sem ter a obrigação de provar a sua inocência, o senador fez um pronunciamento e apresentou aos seus pares documentos, extratos de movimentações bancárias, declarações de IR, com saques e tudo mais, mostrando que tinha condições de sobra para pagar a pensão.

Detalhou todos os pagamentos. Mostrou que a pensão não era R$ 16,5 e sim R$ 12,5 mil. Muito bem. “Veja” mudou de assunto. Não falou mais, nem disse de onde saiu o valor de R$ 16,5 mil. O foco mudou. Pensaram eles, “o Renan não pode estar falando a verdade e se estiver, não importa”. Logo vem a outra “denúncia” e alguns jornais estampam na manchete: “Renan ratificou declaração do Imposto de Renda”. “Pegamos ele! Tá explicado! Renan alterou seu IR para adequar os valores à sua movimentação”. No dia seguinte a Receita Federal desmentiu, disse que não houve nenhuma ratificação. Mais uma mentira desmontada. Bem, talvez agora se emendem…

Espera aí! “Precisamos deslocar um batalhão de urubus para Alagoas, revirar cada pedra. Vamos requentar denúncias, àquelas usadas em períodos eleitorais. Pega a história do primo, dizer que ele era laranja, que o Renan havia colocado uma fazenda em seu nome para fugir do fisco”. Lá vai o senador providenciar a escritura, mostrar que a fazenda estava em seu nome. Notem que a acusação inicial, isto é, que a Mendes Júnior pagava a pensão da filha, fica em segundo plano.

Antes disso, o senador apresentou os primeiros documentos ao corregedor, senador Romeu Tuma, e para os colegas. Logo chegam nas mãos da mídia. Além dos rendimentos de senador, cerca de R$ 12 mil mensais, lá estava uma receita de R$ 1,9 milhão, nos últimos quatro anos, oriunda da venda do gado que cria em suas fazendas. Renan declarou ainda que possui 1,7 mil cabeças. Mentira!, berram. “O caseiro disse que eram 1.100”. Outro diz que não, eram 400 cabeças. Outro vai mais longe, “o senador não tem nenhuma, é virtual”. Tem quem diga também que o senador é apenas um colecionador, ele deixa o boi no pasto até morrer e falsifica os recibos para dizer que vendeu. Tudo é possível, menos que ele possa ter tido rendimentos de R$ 1,9 milhão para custear os cerca de R$ 390 mil pagos de pensão a Mônica Veloso em quatro anos.

Não é só isso. A última acusação, a mais recente, começou na sexta-feira e se estendeu até o fechamento desta edição, às 4 horas de terça-feira. “O Renan falsificou os recibos, os compradores do seu gado não existem, ele não apresentou as notas fiscais e, se apresentou, são “frias”. Lá vai o senador, seus advogados e assessores correndo para reunir os documentos, dar as explicações, etc.

Juntou tudo, mostrou aos senadores as Guias de Transporte Animal (GTA) – que comprova não só a quantidade de rezes vendidas como o tamanho do rebanho -, as notas fiscais de cada uma das transações, recibo, cheque nominal do comprador, comprovante de depósito em conta corrente, extrato da conta com o depósito, recolhimento de imposto e o registro da transação no Imposto de Renda, documentos relativos à vacinação do gado e as notas fiscais das compras da vacina, enfim, tudo. Só não apresentou a impressão “cascal” de cada boi e cada vaca, junto com o DNA de cada um porque não deu tempo ainda.

Calma lá. “O senador só mostrou esses documentos para os senadores, aliados e da oposição”. Tem que mostrar para a mídia, afinal ela está acusando, ela está julgando, ela é que condena e ela que quer submeter a Casa. Entre um ataque e outro, o senador Renan Calheiros se mantém sereno, não perde a calma: “Não estou pedindo o direito da dúvida, estou trazendo a certeza da verdade com os documentos que apresentei”.

Depois disso, “Veja” se supera, acusa novamente Renan e desta vez o crime é ter vendido carne para fora de Alagoas, uma região condenada pela aftosa. “A maior parte de sua criação foi vendida a empresas de Maceió e até a uma da Paraíba, contrariando as determinações de segurança sanitária”, diz. Eu já não entendo mais, Renan vendeu ou não vendeu gado?

O presidente do Conselho de Ética, Sibá Machado, decidiu pedir que a Polícia Federal faça uma perícia nos documentos apresentados. Ao saber disso, a mídia começa a chiar. “Estão fazendo acordão no Senado, querem abafar a investigação”. E já começam a tentar desqualificar a PF: “Não dá para confiar na perícia da PF, ela não irá checar os documentos, só vai ver se são verdadeiros”.

Ao mesmo tempo, fazem pressão sobre os senadores. “Não pode arquivar o processo, tem que chamar dezenas de testemunhas, tem que condenar o presidente do Congresso”. Até mesmo os senadores da oposição começam a perceber que amanhã podem ser as próximas vítimas. Com uma afirmação que cai como uma luva para a mídia, o insuspeito senador Arthur Virgílio desabafa: “Vi os documentos do Renan, mas uma perícia lhes dará legitimidade. Não me parecem coisas perdidas. Torço pelo senador. Sou tucano, não ave de carniça”.

O que virá agora? Tem ainda a Zoraide, senhora de 84 anos, que admitiu ao jornal “O Globo” que comprava o gado do senador e pagava em cheque. O senador advertiu, é uma senhora brava, anda armada em sua fazenda. Daqui a pouco, um chato a serviço da mídia vai encher a paciência de Dona Zoraide, vai levar chumbo no traseiro, e logo virá a manchete: “senador manda matar jornalista, que escapa ferido nas nádegas”.

Ou melhor, tem outra. Depois da última versão da mídia ser desmontada, só lhes resta a seguinte: “Renan recebia dinheiro da Mendes Júnior através do Gontijo, comprava bois virtuais, declarava no Imposto de Renda, depositava o dinheiro na conta, sacava o dinheiro da conta, passava para o Gontijo, que passava para Mônica”. Como diz a minha avó: “Tenha santa paciência”.

CHANTAGEM

Mas todas essas invenções, campanhas difamatórias e condenações sumárias têm o único objetivo de transformar as instituições reféns dos interesses mesquinhos da mídia. A Humanidade já presenciou incontáveis devassas, denúncias infundadas, “pinçadas com a astúcia de répteis”, movidas por fariseus ou inquisidores para levar seus inimigos à forca, à fogueira, à tortura ou ao cárcere. Passaram-se os anos e os seguidores de Torquemada modificaram os seus métodos, mas mantiveram a essência: acusar sem provas, julgar e condenar, inocente ou culpado, não importa. O importante para eles é sangrar o acusado, dia-a-dia, até ele sucumbir ou sobreviver desgastado.

A cruzada movida pela mídia contra o presidente do Congresso, Renan Calheiros, é um dos exemplos. Mudam de acusações, as versões, os personagens, como mudam de roupa. Se uma ilação é publicada hoje, desmentida amanhã, não importa. Querem protelar o máximo possível as acusações para enfraquecer o presidente do Senado, a Casa, na tentativa de chantagear e submeter coletivamente os senadores.

ALESSANDRO RODRIGUES
Hora do Povo

Rizzolo: Mas é a essa palhaçada toda que a revista da direita se presta, acaba se desmoralizando , porque quer de qualquer jeito arrumar alguma coisa que desmoralize o governo Lula, até o vinho italiano da degustação da “Famiglia Civita” fica com mais ” Tanino “, é não por causa da uva , não, é de raiva. Como bem disse o artigo deste a questão das notas dos bois , quando ” Só não apresentou a impressão “cascal” de cada boi e cada vaca, junto com o DNA de cada um porque não deu tempo ainda” .

O senador Wellington Salgado (PMDB-MG), que foi escolhido para ser o novo relator do processo contra Renan no Conselho de Ética, explicou que um erro de digitação levou a uma denúncia de que Renan teria apresentado dois recibos com um mesmo número de cheque. Salgado mostrou os documentos com os cheques originais que comprovam o erro de digitação. Em seguida, rasgou as cópias dos documentos.

”O senador Renan Calheiros não é mais o presidente do Senado, é o alvo. É aquele que tem que ser atingido todos os dias por todos os jornais. Ele me apresentou os dois cheques e os dois recibos. Estão aqui. Mas essa prova não vai ser mostrada no jornal. O que querem que a gente faça? Isso? [Nesse momento ele rasgou as cópias]. É isso que temos que fazer com as provas?”, perguntou Wellington Salgado.

Bela mídia acusatória, acusam , depois mudam de assunto, depois , outras acusações, depois atacam novamente, no caso da Veja, acho que talvez tenha sido aquele cursinho de marxismo da Cia, que o Civita fez, onde aprendeu as teorias de Vladimir Ilich Ulianov, mais conhecido como Lênin cujo um dos principais livros é ” Um passo à frente, dois passos para trás ” que ele leu, não aprendeu e quer aplicar com o Renan. . É, esse cursinho de marxismo só fez mal pra ele, a ponto da Veja se tornar hoje um encarte, porque o que a elite consciente lê mesmo é a Vejinha ” pra pegar um cineminha, ou trocar o carpet de madeira da sala” . Já os jornais , esses já estão todos cerrando fileira para açoita-lo dia a dia , é a democracia estilo EUA onde quem governa são os meios de comunicação, isso vai acabar, viu.

O avanço da agricultura familiar

Quando Lula assumiu, os créditos para nossa pequena agricultura eram de R$ 2,3 bilhões. Para a safra de 2007/08 serão de R$ 12 bilhões. Ou seja, pela primeira vez temos créditos, baixa inadimplência e aumento da produção agrícola familiar. No Brasil, o agricultor familiar tem peso na produção – 34,5% de toda produção agrícola nacional, 44,3% do milho, 95,9% do fumo e 27,8% da soja. Ou seja, precisamos de uma agricultura familiar forte e em expansão, não só para garantir a produção de alimentos, mas para evitar um maior êxodo rural e o maior inchaço das grandes e médias cidades brasileiras.

O desafio agora é outro. Como diversificar a produção da pequena propriedade, hoje concentrada em milho e soja (47%) e como direcionar a assistência técnica e o crédito para feijão, arroz, tomate e mandioca. Na safra de 2005/06 foram 1,9 milhão de contratos, o que demonstra o alcance do crédito público a nossa agricultura familiar. Ponto para o Brasil.
enviada por Zé Dirceu

Rizzolo: Sem dúvida a agricultura familiar é o caminho para o desenvolvimento na produção de alimentos. O governo Lula investiu mais em reforma agrária e agricultura familiar do que no agronegócio. Pela primeira vez, inclusive, na história do país, os recursos do Tesouro para subsidiar juros de financiamento agrícola foram maiores para a agricultura familiar do que para a agricultura patronal, o argumento de que o governo brasileiro prioriza o agronegócio, não é verdadeiro, os números estão aí.

O que precisamos é cada vez mais investirmos nesse segmento, até entendo que a vocação barsileira está na agricultura familiar vez que grande parte da migração deu-se no passado em função da falta de uma política nesse sentido.