Sem nada contra Renan, golpistas apelam para que ele se enforque

Ressalva às notas de Renan é só em 1/15 do total de vendas

Ou seja, restrição da PF é apenas em 10 notas fiscais. Sobrariam R$ 1.206.361,26, mais do que suficiente para os R$ 390 mil pagos pelo presidente do Senado a Mônica Veloso

A mídia golpista e suas ramificações no Congresso começaram uma nova campanha – ou uma nova ladainha na campanha contra o senador Renan Calheiros. Já que não têm como, nem com que condená-lo, querem que o senador seja seu próprio carrasco, renunciando à Presidência da Casa. Se tivessem provas, é evidente que condenariam o senador. Como não têm, querem que renuncie, para que a renúncia seja a prova que não conseguiram. Ao contrário dos débeis mentais do PSOL, tradicional massa de manobra da reação, o PSDB nem mesmo tenta condená-lo no Conselho de Ética. Limita-se a postergar a situação, pedindo o adiamento da votação, com o pretexto de supostas novas diligências. Quer, na falta de provas, procrastinar infinitamente. Sabem que a decisão seria pelo arquivamento ou absolvição, pois não há provas. Portanto, o seu negócio é evitar que o Conselho tome essa decisão.

PERÍCIA

Realmente, provas não há. Vejamos o laudo da Polícia Federal sobre os documentos que o presidente do Senado apresentou ao Conselho de Ética da instituição.

Em seu ofício à PF, o Conselho de Ética estabeleceu os seguintes quesitos a serem respondidos pelos peritos: 1) são autênticas as notas fiscais? 2) são autênticas as Guias de Transporte de Animais? 3) a quantidade de vacinas para febre aftosa compradas é compatível com o número de reses do rebanho? 4) há compatibilidade entre os recibos de venda de gado e os depósitos em contas bancárias?

Nossos leitores, que conhecem os prodígios da mídia golpista, certamente não se surpreenderão em saber que, apesar de todo o alarde feito em torno desse relatório da perícia, a reposta foi positiva em todos os quatro quesitos, ou seja, amplamente favorável ao presidente do Senado. Que essa mídia haja unanimemente propalado que o relatório era desfavorável a Renan, que teria apontado “fraudes” e o escambau, isso somente coloca mais uma vez a nu o caráter dessa cruzada infame, e de seus promotores.

Por exemplo, de toda a batelada de notas fiscais, a perícia da PF achou problemas – aliás, pequenos – apenas em 10 delas, referentes a vendas de gado no valor total de R$ 122.879,83 (fls. 9 do Laudo da Polícia Federal).

Porém, o total de vendas de gado periciado pela PF monta a R$ 1.329.241,09 (fls. 10 e 11). Ou seja, mesmo que se eliminassem todas as notas fiscais onde os peritos viram problemas, sobrariam R$ 1.206.361,26. O que é mais do que suficiente para os R$ 390 mil que Renan pagou à senhorita Mônica Veloso até fevereiro de 2006, e ainda sobrariam R$ 816.361,26.

Qualquer contabilista sabe que não existe contabilidade sem um ou outro problema, até porque trata-se de uma atividade humana. Mesmo quem tem um exército de contadores, desses que os Marinho da “Globo” têm à sua disposição, sabe que sempre existe tal ou qual papel de que alguém se esqueceu, ou esqueceu de preencher de acordo com o figurino. Portanto, fazer um carnaval em torno de 10 notas fiscais, referente a um décimo do total de vendas periciado – e a 1/15 do total que ele efetivamente vendeu – é cinismo e falta de vergonha. Imagine-se o que deve ser a contabilidade de uma fazenda no interior de Alagoas. Para essas condições, a do senador Renan até que é bastante precisa.

Mas vamos à resposta dos peritos da PF aos quesitos propostos pelo Conselho de Ética do Senado. Eles concluem que:

1) “as notas fiscais examinadas apresentam numeração de série e de Selo Fiscal de Autenticidade compatível com as AIDFs [Autorização para Impressão de Documentos Fiscais – documento emitido pelas Secretarias da Fazenda para que o talonário de notas fiscais seja impresso]” (fls. 18) – ou seja, as notas fiscais são autênticas; 2) sobre as Guias de Transporte de Animais, consta uma “certidão expedida pela Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária do Estado de Alagoas – ADEAL, em 18/06/07” (fls. 3), atestando que o conjunto das GTAs são autênticas – uma parte delas, é verdade, ainda não foi conferida; 3) “foram adquiridas vacinas contra a febre aftosa para a vacinação de pelo menos 1.500 bovinos em 2004, 1800 bovinos em 2005 e 1600 bovinos em 2006” (fls. 20), o que é compatível com o número de reses do senador Renan e com as vendas de gado durante os anos mencionados; 4) “Os Peritos mediante a realização de confronto entre os valores e datas dos recibos de vendas de gado e os valores depositados na conta-corrente nº 232.252-8 mantida na agência nº 2636-0 do Banco do Brasil em nome de Renan Calheiros não identificaram divergências” (fls. 20).

MIXÓRDIA

Antes que algum mal intencionado golpista (além dos mal intencionados, existem os que são golpistas porque são pascácios e marias-vai-com-as-outras) venha reclamar que nós extraímos do texto o que nos interessa, esclarecemos: transcrevemos trechos que importam para a situação do senador Renan Calheiros. O resto, como disse o senador Romero Jucá, é irrelevante, não tem a menor importância, desse ponto de vista. São minudências, pequenos problemas nos documentos, que não afetam em nada a essência da questão, porque não alteram o fato de que o senador tinha recursos próprios para pagar as despesas em questão. Com exceção de mentes penetrantes como a do senador Suplicy, sempre candidato a desbancar o senador Tuma como xerloque oficial do Senado, não há ninguém de boa índole que ache importante essa mixórdia. Algumas coisas nela parecem apenas ignorância: por exemplo, as considerações sobre as Guias de Transporte Animal, documento que o próprio Ministério da Agricultura reconhece que hoje é uma bagunça. Outras coisas parecem apenas repetição da mídia: por exemplo, a afirmação de que “não foi possível afirmar que as transações comerciais ali descritas [nas notas fiscais] efetivamente ocorreram (entrega do gado)”. Como disse um senador, daqui a pouco vão exigir do presidente do Congresso que apresente as fotografias das vacas vendidas, com uma tatuagem no traseiro: “Fui propriedade de Renan Calheiros”. Mas é quase certo que algum espiroqueta vai dizer que isso também não prova que o gado foi vendido por Renan…

O fato é que o laudo da PF, apesar desses problemas típicos da situação atual da instituição, mostra que Renan falou a verdade. Aliás, é incrível que o presidente do Congresso não possa ter um rebanho de 1.700 cabeças de gado, num país onde os pecuaristas medem seus rebanhos pela casa das dezenas ou centenas de milhares de reses. No entanto, antes a mídia dizia que Renan tinha menos bois do que dizia. Agora, chegaram à conclusão de que é muito pouco. Logo, ele deve ter umas vacas escondidas…

CARLOS LOPES

Hora do Povo

Rizzolo: Está claro o golpe, a perseguição à aqueles que fizeram a coalizão em torno de Lula, como não existe prova de nada, até porque, se tivessem provas, é evidente que condenariam o senador, querem que renuncie, para que a renúncia seja a prova que não conseguiram. É um absurdo , sem contar aqueles que querem aparecer como o senador Suplicy dotado de mente penetrante, agora atuando como ” investigador das causas do além “.

O fracasso das negociações da rodada Doha

Fracassou a rodada de Doha, por culpa exclusiva dos Estados Unidos e da Europa, que queriam que nós, Brasil e o Grupo dos 20, cedêssemos no principal. Ou seja, abríssemos nosso mercado industrial, mesmo antes deles anunciarem qual seria a redução que fariam nos subsídios agrícolas. Algo impensável. Aceitar isso é voltar ao colonialismo e fez bem nossa delegação, presidida por Celso Amorim, de dizer um NÃO e ponto final. Pior foi a encenação que montou a delegação americana, nos acusando de ter antecipado as passagens, querendo colocar nas costas do Brasil e da Índia o fracasso da rodada de Doha, quando eles sabem muito bem que só eles, Estados Unidos e Europa, são os responsáveis.

São governos fracos, em final de mandato, sem apoio eleitoral em seus países. Uma Europa sem liderança e sem política comum, a não ser defender com unhas e dentes essa política fracassada de subsídios agrícolas. De nossa parte devemos tirar todas as lições, continuar negociando, mas cuidar do Brasil e do Mercosul, da integração da América do Sul, do nosso mercado interno, aprofundando nossa política de desenvolvimento e nossa política industrial e de inovação. Não dá para confiar e acreditar nas instituições internacionais como elas estão hoje e com a presente hegemonia norte-americana e européia.

Agora mais do nunca temos que aprofundar as mudanças no Brasil, sem que isso signifique retomar as negociações internacionais e defender nossos interesses junto com os paises do G-20. Mais do que isso, o Brasil tem de assumir cada vez mais sua liderança, mas fortalecendo-se internamente, com a aceleração de seu desenvolvimento e fortalecendo nossa aliança regional, criando já o Banco do Sul e iniciando um processo de aprofundamento do Mercosul, única saída para os impasses do mundo nesse começo de século.
enviada por Zé Dirceu

Rizzolo: Na verdade existe uma tentativa de domínio por parte dos EUA e Europa em querer impor as condições do nosso mercado de forma que sejam do interesse deles, e, ao mesmo tempo nos desmoralizar do ponto de vista de país atrasado alegando culpa pelo fracasso da rodada de Doha. Essa tática embassada e delineada pela mídia contribui para desmoralizar o Brasil e a Índia, países que incomodam ( quebra de patentes ) os EUA .

A America Latina tem que pensar de dentro pra fora, como diz o Zé ” Temos que cuidar do Brasil e do Mercosul, da integração da América do Sul, do nosso mercado interno, aprofundando nossa política de desenvolvimento e nossa política industrial e de inovação”. A implementação do Banco do Sul , um aprofundamento do Mercosul com nossos parceiros é o caminho para o desenvolvimento, até a Asia já pensa em ter um banco para se livrar das relações EUA e FMI.

Superávit primário

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O Banco Central publicou, nos jornais da semana, alguns dados da nossa contabilidade pública referentes aos idos de abril. Um espanto. Segundo a matéria de capa de quase todos os cadernos econômicos dos grandes jornais, o Brasil bateu, naquele mês, recorde histórico de economia para pagamento dos juros. Essa “economia”, o mal chamado superávit primário, somou R$ 23,5 bilhões, o maior valor já registrado desde que se mede tal descalabro.

Para se avaliar o tamanho bestial de tal quantia, basta dizer que ela quase equivale ao que o governo imagina investir em obras o ano inteiro: R$ 25 bilhões. Ou seja, em um mês se gasta em juros quase tanto quanto se reserva para investir o ano inteiro. O tão propagandeado PAC, outra comparação, desembolsou nos quatro primeiros meses deste ano apenas R$ 680,7 milhões. Perto da roleta cassino, uma aceleração merreca. Já o superávit primário de abril triplicou em relação ao de março.

Fica claro que o governo predica uma prioridade e pratica outra. Manquitola em tudo o mais, mas paga os juros com uma precisão suíça. Entre janeiro e abril, o total de juros pagos pelo setor público somou R$ 51,1 bilhões, ou 6,56% do produto bruto. Ou seja, todo santo dia, em média, se transferiu do tesouro público para a roleta do cassino financeiro a bagatela de R$ 426 milhões. Quase o PAC do quadrimestre por dia, uma sangria desatada que explica a permanência dos inúmeros gargalos na produção e, ao mesmo tempo, a euforia dos rentistas.

Essa overdose de dinheiro injetado na jogatina é um absurdo. Assim como absurdo é o próprio conceito com que tal operação se inscreve na nomenclatura da contabilidade atual. Invenção recente, o superávit primário é contemporâneo da supremacia absoluta do capitalismo financeiro. Os contadores formados antes do surto neoliberal não tinham conhecimento dele e, na certa, considerariam uma heresia o fato, hoje comum, de se poder ostentar um déficit nominal ao lado de um vistoso superávit primário. Nem os jornais escondem mais: é a cota reservada para os que mandam no mundo do dinheiro.

O conceito foi inventado pela casta financeira para garantir o “meu pirão primeiro”. Com ele, cravaram uma gigantesca sanguessuga nas burras do Tesouro, através da qual privatizam, na fonte, parcelas cada vez maiores dos recursos públicos. Ainda assim, a dívida só faz crescer. Na mesma ocasião, o Banco Central informou também que a dívida líquida do setor público fechou abril em R$ 1,080 trilhão, 44,4% do PIB. É a lógica do modelo econômico que faz do Brasil o paraíso do rentismo.

Lá atrás, ainda nos primórdios da conversão lulista, o escritor Luiz Fernando Veríssimo, em bela crônica, foi buscar na mitologia grega uma explicação para o fenômeno. Como Teseu, Lula teria sido escolhido para derrotar o Minotauro da dívida. Os milhões de votos seriam o fio de Ariadne a lhe indicar os caminhos. Entrou no labirinto e não mais voltou. Emissários enviados para saber as razões da demora encontraram os dois animados no maior bate-papo. Os dois continuam amigos até hoje e, confortavelmente instalados no labirinto financeiro, comemoram juntos os recordes sucessivos do superávit primário.

Léo Lince é sociólogo.
Correio da Cidadania

Rizzolo: Todos sabem que apoio em grande parte as diretrizes do governo Lula, contudo, minha ressalva se faz nessa ” economia ” que é um assalto chamada ” superavit primário “, ou seja, em um mês se gasta em juros quase tanto quanto se reserva para investir o ano inteiro, o governo “economizou” em abril R$ 23,5 bilhões , recorde histórico de economia para pagamento dos juros; é uma verdadeira sangria na economia, até quando vamos suportar isso ? Porque não criamos coragem e fazemos como a Argentina ? a resposta: Lula não tem correlação de forças. Concordo , em termos, o Brasil é um país muito pobre, temos que repensar essa dívida , negocia-la , reavalia-la agora ficar pagando isso não dá , né. Eu acho que não precisa ser Trotskista para entender esse número absurdo. Vamos esperar a famosa correlação de forças, até para termos esperança num Brasil melhor e menos subserviente à espoliação internacional.

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Comissão da Amazônia reage a tentativa de internacionalização da região

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A Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional aprovou hoje (20/06), em reunião ordinária, requerimento das deputadas Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), presidente da CAINDR, e Perpétua Almeida (PCdoB-AC), solicitando, por parte dos órgãos responsáveis, investigação das ações da Organização Não-Governamental Coll Earth. A ONG está divulgando na mídia nacional e internacional projeto de arrecadação de recursos para compra de áreas da floresta Amazônica.

O projeto da entidade propõe que os doadores patrocinem por 35 libras – cerca de R$ 140,00 – meio acre de terras, o que equivale a dois mil metros quadrados de mata. De acordo com a justificativa das duas deputadas, essa ação está mobilizando o Parlamento Europeu. Foi divulgado na mídia internacional que só na primeira semana vinte mil pessoas contribuíram com recursos financeiros.

As parlamentares consideram essa ação muito grave. Além delas, os deputados Carlos Souza (PP-AM), Urzeni Rocha (PSDB-RR), Maria Helena (PSB-RR), Zequinha Marinho (PMDB-PA), Sebastião Bala (PDT-AP) e Asdrubal Bentes (PMDB-PA) se manifestaram contra a ação da ONG e outras que visam a internacionalização da Amazônia.

Grupo de Trabalho – Foi aprovado, por sugestão do deputado Asdrubal Bentes, a formação de um Grupo de Trabalho que deverá encaminhar este assunto. Dentro das ações, propostas pelas duas deputadas, já está agendado para a próxima segunda-feira, às 16h, audiência com o Secretário do Ministério de Relações Exteriores, embaixador Samuel Pinheiro.

Turismo – As duas parlamentares assinaram também, conjuntamente, requerimento, aprovado por unanimidade, que solicita a realização de audiência pública com a Ministra do Turismo, Marta Suplicy.

O evento visa debater os desdobramentos das Medidas Provisórias do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) referentes aos recursos destinados à instalação de infra-estrutura turística na Amazônia.

“O PAC é uma ferramenta para viabilizar as obras estratégicas do País. E o Eco turismo é uma grande possibilidade de desenvolvimento da Amazônia. Porém, não se faz sem infra-estrutura”, disse Vanessa Grazziotin.

Cana-de-Açúcar – A deputada Perpétua Almeida obteve aprovação de mais três requerimentos, além dos citados acima. Dois deles tratam da regulamentação do plantio, cultivo e colheita da cana-de-açúcar nos Estados da Amazônia. Eles requerem envio de indicação aos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e do Meio Ambiente para que seja publicada Portaria regulamentando essa questão.

“É correta a preocupação de se buscar novas formas de energia, mas quando se trata da Amazônia temos que ser mais criteriosos. Sou favorável ao cultivo de cana-de-açúcar na região, mas temos que ter regras rígidas”, destacou Perpétua.

Ações Ambientais – Outro requerimento aprovado, de Perpétua Almeida, solicita a realização de audiência pública com o Governador do Estado do Amazonas, Eduardo Braga, para debater as ações ambientais daquele Estado. “O governador criou o Bolsa Floresta, projeto que precisamos conhecer mais e estudar a possibilidade de implantá-lo em outros Estados” justificou a parlamentar.

De Brasília,
Bety Rita Ramos
Site do PC do B

Rizzolo: Isso é um absurdo a questão da Amazônia é mais grave do que imaginamos, essa ONGs, e esses ” missionários ” que de missionários não tem nada a não ser serem lacaios do império, tentam de todas as formas com recurso do exterior a manter uma empreitada de ” invasão branca da Amazônia ” tenho dito e alertado sobre esse perigo. Temos que manter extrema vigilância no território amazônico pois a pilhagem é de toda a espécie desde recursos naturais explorados por indústrias farmacêuticas até vendas de áreas.

O tema tem tudo a ver com a reestruturção das nossas Forças Armadas , PAC militar, Energia Nuclear, e acima de tudo espírito de patriotismo.

Maioria do povo é a favor da reestatização da Vale

Uma pesquisa realizada pelo Instituto GPP – Planejamento e Pesquisa registrou que a maioria dos brasileiros é a favor da reestatização da Companhia Vale do Rio Doce. De duas mil pessoas entrevistadas, 50,3% responderam favoravelmente, enquanto 28,8% se posicionaram contra e 21,5% disseram não saber responder. O resultado foi noticiado pela Agência Carta Maior, que teve acesso aos dados.

A pergunta respondida foi: “agora gostaria que dissesse se é a favor ou contra da seguinte medida: o governo retomar a Vale do Rio Doce”. A pesquisa foi realizada entre os dias 19 e 22 de maio, em 17 estados. As pessoas ouvidas tinham 16 anos ou mais. A Região Norte apresentou maior índice de apoio à volta da Vale ao controle do Estado, isto é, do povo brasileiro: 62,5%.

A CVRD foi privatizada na bacia das almas na gestão tucana, em maio de 1997, pelo valor simbólico de R$ 3,338 bilhões, à época. Além das riquezas minerais – maior jazida de ferro do mundo, em Carajás (PA), por exemplo -, tinha um complexo que englobava 54 empresas, além de dois sistemas de mineração-ferrovias-porto. Nada disso foi levado em consideração quando foi preparado o edital de venda pela empresa de consultoria norte-americana Merril Linch.

A pesquisa foi feita a pedido do DEM, o antigo PFL, que, procurando se encontrar, está vendo que discurso deve adotar perante o eleitorado. “Foi uma pesquisa de posicionamento, para entender como o cidadão está vendo o país e os partidos”, afirmou o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ). Segundo o cientista político Nelson Carvalho, um dos responsáveis pela pesquisa, o governo Lula foi aprovado e o PT identificado como defensor dos trabalhadores, dos pobres e da classe média. Não é de bom tom falar mal do Bolsa Família. Privatização, então, fora de cogitação. Já a redução dos juros vai de encontro aos desejos dos cidadãos.
Hora do Povo

Rizzolo: A privatização da Companhia Vale do Rio Doce pelo valor simbólico de R$ 3,338 bilhões, foi o maior assalto ao patrimônio público brasileiro, sob a batuta da gestão tucana em maio de 1997, coisa muito triste. Já disse que não sou contra as privatizações, quer privatizar ? Tudo bem, vai buscar recurso no exterior, vai construir assumindo o risco da obra, e depois sim vai poder explorar durante certo tempo pagando o que tomou lá fora, agora tomar patrimônio público, que foi construido com dinheiro público, dinheiro suado do trabalhador brasileiro, comprar a “preço de banana” e depois ganhar dinheiro à vontade , Ah ! isso aí tudo mundo quer não é, e a direita representada pelo DEM e PSDB estão pra isso, ou você acha que estão interessados no bem estar do povo brasileiro ?

Serrista e Bornhausen querem lotear e privatizar aeroportos

O ex-senador Jorge Bornhausen (DEM-PFL/SC), atualmente na presidência da fundação de estudos do partido, apresentou relatório onde defende a “privatização” dos aeroportos brasileiros como “modelo” para a gestão do sistema de transporte aéreo do país. Em seminário realizado em São Paulo, na segunda-feira, Bornhausen reivindicou que a administração dos 66 aeroportos subordinados à Infraero seja concedida a grupos privados.

Segundo o “modelo” idealizado pelo DEM-PFL, as atribuições da Infraero – que ficaria subordinada à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) – seriam apenas de fiscalização e planejamento estratégico da estrutura aeroportuária. Os aeroportos seriam desmembrados e sua administração loteada entre “três grandes empresas” privadas. “É hora de colocarmos novamente na ordem do dia a questão das privatizações, tão injustamente difamadas e que trouxe significativos resultados para o país”, propala Bornhausen em seu relatório.

Além de ser defendida pelos dem-pefelistas, a proposta recebeu o endosso do vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), que durante o seminário manifestou o desejo do governador paulista, o também tucano José Serra, de comandar o processo de privatização do sistema aeroportuário no Estado.

Jorge Bornhausen, que aparece agora com a conversa de entregar a administração dos aeroportos a particulares, é apontado como sócio (ele nega) de uma empresa que explora as free shops de quase todos os terminais brasileiros com vôos internacionais, a Brasif, da qual foi vice-presidente em 1991 e 1992. Na CPI sobre o setor aéreo da Câmara dos Deputados, o deputado Miro Teixeira (PDT/RJ) defendeu que fosse investigada a obscura venda da Brasif para uma empresa suíça.

A proposta de privatização dos aeroportos dos tucanos e ex-pefelistas acontece após os insistentes e estranhos problemas nos aeroportos, que têm irritado os usuários. Abanados pela campanha da mídia contra o controle aéreo do país e a Infraero, tucanos e pefelistas, como o senador Demostenes Torres (DEM-PFL/GO), relator da CPI do setor aéreo no Senado, insistem Serrista e Bornhausen querem lotear e privatizar aeroportos

Segundo o blog “osamigosdopresi-dentelula.blogspot”, antes de começarem os problemas no setor aéreo, um deputado do DEM-PFL/DF promoveu um churrasco com os controladores de vôo, em 24 de setembro de 2006, numa chácara em Brasília, em campanha eleitoral. Na ocasião, de acordo com o blog, revelou aos controladores que havia um grupo estrangeiro interessado na “privatização” do sistema de controle aéreo brasileiro. Só privatizando, explicou, seria possível aumentar os salários.

Hora do Povo

Rizzolo: Mas é evidente, que os problemas nos aeroportos estão todos sendo orquestrados pela mídia e pelos “privateiros” que agora querem abocanhar os aeroportos, observe que o discurso do democrata Jorge Bornhausen é já esta començando a dizer que ” privatizar é bom ” que as privatizações foram ” tão injustamente difamadas “, só pode ser uma brincadeira, né, eu acho que artigo do HP é autoexplicativo , e mereçe apenas um comentário a mais, um pouco intrigante, a pergunta é a seguinte: O que leva um ser humano, ou melhor, quais os componentes que atuam no cerebro do ponto de vista da neuropsiquiatria, que fazem uma determinada pessoa ter uma formação Comunista, e derepente se tornar da noite pro dia reacionário e capitalista do PSDB , será que é a mesma reação bipolar que atua naqueles que do dia pra noite se transformam em ” Antonio Conselheiro ” ou se vestem todo de branco dizendo que encontram ” o caminho ” e ” a verdade” ?

Será que Alberto Goldman tem a reposta ? Afinal ele já foi tudo isso, não é ( risos…)