Enquanto Serra se opõe à lei que proíbe bingos, PF fecha-os em SP

A Polícia Federal fechou, na segunda-feira, as últimas cinco casas de bingo que ainda funcionavam em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. A operação apreendeu mais de mil máquinas de caça-níqueis e vídeo-pôquer, entre outras. A cidade tinha sete casas de bingos e duas já haviam sido fechadas há algumas semanas.

Segundo o delegado Lindinalvo de Almeida Filho, foi cumprida uma determinação judicial, da 1ª Vara Federal de Ribeirão Preto, por crime de contrabando, pois as máquinas contêm produtos eletrônicos que entraram ilegalmente no país. “A operação foi para encerrar as atividades de todos os bingos”, afirmou.

Uma lei aprovada na Assembléia Legislativa em 2005, promulgada no início do ano, proibiu a instalação, utilização e locação de máquinas caça-níqueis, videobingo e vídeo-pôquer em bares e restaurantes do Estado. Contudo, alegando conflito de competência com a União, o governador José Serra ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar impedir a aplicação da lei.
Hora do Povo
Rizzolo: Essa Lei aprovada na Assembléia Legislativa é de autoria de um grande amigo meu que é o Romeu Tuma Jr. uma lei que tinha como resgate a descência e a não proliferação do jogo, que sempre à reboque traz a prostituição e o desalentos às famílias pobre. Pois bem, o governador José Serra ingressou com ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar impedir a aplicação da lei. Sem comentários ..as conclusões você tira..

Popularidade e aprovação do presidente Lula são altas

Os jornais de hoje divulgam com discrição os resultados da nova pesquisa de opinião da CNT/Sensus, mostrando que a aprovação ao governo e a popularidade do presidente Lula continuam altas.

Segundo a pesquisa, 64% dos entrevistados aprovam o presidente Lula – a melhor avaliação dos últimos dois anos e quatro meses, e só 29,8% desaprovam. Da mesma forma, 47,5% fazem uma avaliação positiva do seu governo, enquanto 14% avaliam o governo negativamente.

Além disso, a pesquisa mostrou que 47,5% dos entrevistados acham que a política econômica tem sido conduzida de forma adequada, enquanto 40,6% acham que a condução tem sido inadequada.

Para o diretor da Sensus, Ricardo Guedes, esses resultados extremamente positivos são conseqüência direta do desempenho da economia, das ações de combate à corrupção, do sucesso das políticas sociais do governo, como o Bolsa Família, e do carisma do presidente Lula.

Ao contrário do que imagina a oposição e a mídia, que insiste em potencializar qualquer notícia que possa atingir o governo do presidente Lula, o povo brasileiro mostra que continua entendendo e acreditando nos rumos e nas políticas do governo.

Os jornais, no entanto, ao noticiar a pesquisa preferiram fazer uma vinculação dos seus resultados com as denúncias, não comprovadas aliás, de envolvimento do irmão do presidente Lula, o Vavá, com a máfia dos bingos e um suposto tráfico de influência. “Maioria desaprova Vavá, mas apóia Lula”, foi o título do Estadão. E “Apesar de Vavá, Lula mantém aprovação de 64%, diz Sensus”, o da Folha (só para assinantes).

Um resultado chama a atenção na pesquisa. A aprovação do presidente Lula é maior nas faixas mais baixas de renda – 72,3% entre os que ganham até 1 salário mínimo; 66,1% entre os que ganham de 1 a 5 salários mínimos – e menor nas faixas mais altas de renda – 53,4% de 5 a 10 salários mínimos; 52,3% de 10 a 20 salários mínimos; e 31,7% entre os que ganham mais de 20 salários mínimos.

Numa demonstração inequívoca de que os menos favorecidos reconhecem, ainda mais, o que o governo do presidente Lula tem feito por eles.

enviada por Zé Dirceu

Rizzolo: É mas pra infelicidade da mídia reacionária “Apesar de Vavá, Lula mantém aprovação de 64%, diz Sensus”, é interessante notar que a questão do combate à corrupção é algo que também influência na aprovação do governo; a popularidade do presidente Lula nas camadas de renda mais baixa da população é muito grande até porque Lula desenvolveu um ” dialeto” específico ” com os mais humildes, um modo de falar, um linguajar próprio, não da eliete, que facilita a intercomunicação e o passar das idéias, agora vai demorar muito pro PSDB criar alguem com esse dialeto. ( risos…)

Deputados buscam ajuda contra internacionalização da Amazônia

Integrantes da Comissão da Amazônia – Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Márcio Junqueira (DEM-RR), Perpétua Almeida (PCdoB-AC) – e outros deputados da região Norte estiveram, nesta segunda-feira (25) reunidos no Palácio do Itamaraty com o Secretário Geral das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães para tratar das questões relacionadas a compra de áreas na Amazônia por Organizações Não Governamentais estrangeiras que estão sendo veiculadas na mídia.

“A Amazônia é alvo freqüente de denúncias. Desta vez soubemos do projeto de uma Agência Americana que diz querer preservar a Bacia Amazônica angariando fundos de doadores. Vamos fazer o que for possível para impedir este tipo de ajuda”, explica a presidente da Comissão, deputada Vanessa Grazziotin.

O Secretário Geral das Relações Exteriores, Samuel Pinheiro Guimarães, ao ser questionado sobre as ações do Ministério das Relações Exteriores em vista deste fato, explicou desconhecer a informação. “Para a nossa surpresa o Itamaraty não tinha essas informações, mas já se prontificou a nos ajudar”, coloca a presidente.

O secretário desmentiu também que exista algum acordo internacional firmado pelo governo brasileiro. “Isso não é verdade. Não há nenhum acordo internacional”, frisou.

A deputada Perpétua Almeida explicou que os deputados estão atentos às questões que propõe a internacionalização da Amazônia. “Temos que ser vigilantes e alertar o Itamaraty . Queremos punição para este pessoal”, informa.

Ficou acordado que deputados, representantes do Ministério das Relações Exteriores e Incra vão se reunir para tratar desta questão e buscar soluções.

Presos

Além deste tema, esteve na pauta da reunião o tráfico de crianças e adolescentes para exploração sexual na divisa do Amapá com a Guiana Francesa e os brasileiros presos na Venezuela que não recebem nenhuma assistência do governo brasileiro. “Tragam o pedido formalizado que iremos ver o que podemos fazer por lá”, respondeu o secretário-geral.

De Brasília
Diovana Miziara
Site do Pc do B

Rizzolo: Tenho sido repetitivo, nesse assunto, mas essa questão da Internacionalização da Amazônia é grave, temos que enfrentar essa questão de frente, analisar de perto esse projeto de uma Agência Americana que diz querer “preservar a Bacia Amazônica” angariando fundos de doadores, o Ministério das Relações Exteriores dizer que desconhece a informação, é no mínimo estranho, deveria pelo menos já ter investigado. Por isso eu insisto, laboratórios internacionais, missionários estrangeiros, ongs americanas e européias, pesquisadores do alem, naturalistas mal intencionados, botos da Holanda, apaixonados por passarinho vindos da Suécia, esse pessoal todo tem quer ser mandado embora de uma vez por todas, até o papa vem até aqui pedir ” para que aceitemos os missionários “, ora, isso é uma brincadeira, vamos reestruturar nossas Forças Armadas, por que já somos bem grandinhos, e ninguem aqui precisa da tutela internacional para tomarmos conta do que é nosso, até sangue de índio eles tiram, vai você nos EUA tirar sangue de índio pra ver o que te acontece ? Manda esse pessoal ” passear ” !

Fiesp responsabiliza EUA e UE pelo encerramento da negociações do G-4

“Sem concessões recíprocas, não pode haver acordo. Os setores industrial e agroindustrial brasileiros não aceitarão um simulacro como resultado de pouca disposição até agora demonstrada pelos Estados Unidos e pela União Européia, em concluir a Rodada de Doha”, afirmou Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), comentando o encerramento da reunião de ministros da área de comércio dos países do G-4, realizada na Alemanha.

Skaf considerou como correta a posição do governo brasileiro nas negociações. “A conclusão de um acordo equilibrado e ambicioso da Rodada de Doha, da Organização Mundial do Comércio (OMC), é fundamental para o Brasil e se constitui em prioridade para os interesses da sociedade em nosso país”, disse.“Estamos confiantes num possível resultado positivo na mesa de negociações’, disse o presidente da Fiesp.

Hora do Povo

Rizzolo: Fica claro que o Brasil tem se colocado numa posição firme, e o posicionamento da Fiesp nessa questão demonstra o endosso e a confiança do empresariado paulista nas conduções das negociações.

Renan vê “esquizofrenia” em seus caluniadores

“Está claro que querem assassinar a minha honra, mas não vão assassinar, porque não tem prova contra absolutamente nada”. Com estas palavras, ditas na segunda-feira, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB/AL), reagiu aos seus caluniadores.

A falta de qualquer coisa contra o presidente do Senado está levando os inquisidores ao desespero, caindo nas mais grosseiras contradições e mentiras, como mais uma vez fez “Veja” no último final de semana. Sem o menor pudor, a revista afirma num texto espalhado por quatro páginas, “apresentando” dezenas de supostos “elementos”, que Renan não provou que teve uma renda de R$ 1,9 milhão nos últimos quatro anos e, portanto, que o “lobista” da Mendes Júnior pagou a pensão da sua filha. Nas quatro páginas seguintes, “Veja” afirma o contrário, isto é, que o senador “enriqueceu na política” e que tem um patrimônio milionário de cerca de R$ 10 milhões de reais.

CONTRADIÇÕES

Na matéria com a versão de que Renan não tinha rendimentos para pagar a pensão, e precisava “recorrer aos favores financeiros do lobista da Mendes Júnior”, “Veja” diz que o senador comprovou a venda de “1.153 animais, o que lhe renderia cerca de 1 milhão de reais”. Apesar de admitir aí que o senador já teria recursos suficientes para pagar três pensões para Mônica Veloso, fato que já desmonta a sua acusação inicial, a revista considera que as demais cabeças de gado não pertenciam ao senador porque as GTAs (Guias de Transporte Animal) estavam em nome de parentes do senador.

Na segunda matéria, na mesma edição nº 2.014, “Veja” afirma que o senador acumulou uma “fortuna respeitável” que “bate na casa dos 10 milhões de reais”. “É dono de três fazendas com 1.742 cabeças de gado. Tem um apartamento na orla de Maceió, a casa à beira-mar na paradisíaca Barra de São Miguel e cinco caminhonetes de luxo”, diz “Veja”, ressaltando que o senador ainda não passou para o seu nome a herança deixada pelo pai, 712 hectares de terra, que serão divididos entre oito irmãos. Neste ponto, é importante ressaltar que na edição anterior, “Veja”, desta vez para dizer que Renan não tinha recursos, afirmou que o senador tem “1.100 bois, 600 a menos do que informou”. No entanto, para quem não tem coerência nem mesmo em matérias na mesma edição, seria exigir demais que as falsificações atuais levassem em consideração as da semana passada, ou retrasada.

Para chegar ao patrimônio de dez milhões, a revista se baseou em projeções e avaliações dela própria. A revista não considera possível que, em 29 anos de vida pública, o senador pudesse comprar alguma coisa, financiar algo, investir, ou poupar. O aumento patrimonial foi calculado somente sobre os vencimentos de Renan como deputado estadual, deputado federal, ministro, senador, etc, o que já seria suficiente. Apenas numa nota de rodapé, a revista admite que “aplicações financeiras” ou valorização do patrimônio que ocorreram nestes 29 anos não foram levadas em consideração. Simplesmente a revista pegou a declaração de Imposto de Renda do senador e disse que os imóveis são subfaturados, que seu apartamento não vale R$ 135 mil e sim R$ 1 milhão.

MANIPULAÇÃO

Ou seja, para mentir e manipular vale tudo. Na primeira matéria, Renan superfaturou o seu Imposto de Renda para dizer que vendeu mais bois do que vendeu e na segunda subfaturou o mesmo Imposto de Renda para dizer que tem um patrimônio menor. Mas a “Veja” “descobriu” tudo, da mesma forma que “descobriu”, ou melhor, forjou o superfaturamento 1.000% nas movimentações bancárias do deputado Ibsen Pinheiro, que foi cassado com base na sua mentira.

O objetivo da cruzada contra Renan foi exposto pelo advogado do senador, Eduardo Ferrão, afirmando que a mídia quer transformar as instituições públicas e seus representantes em reféns dos seus interesses. “O que importa (para não ser atacado) é estar bem com eles (mídia). Estando bem com eles, está tudo certo. Eles não admitem que alguém se oponha”, afirmou.

Para o senador, “esse processo é esquizofrênico. Estamos vivendo uma crise com ataques diários, com assuntos que não têm nada a ver com o decoro. Havia dito que essa coisa de renúncia não era parte do meu dicionário, mas é mais do que isso, mais do que uma questão gramatical, é de personalidade”.

ALESSANDRO RODRIGUES
Hora do Povo

Rizzolo: É como eu sempre digo, a idéia básica é o golpe, mesmo nas contradições da acusação o saldo é sempre a desqualifição do acusado, até porque nem todo mundo acompanha a trama até o final, e numa análise perfunctória, persiste a idéia de que Renan cometeu erros, essa tática reacionária golpista , gera o ” levante acusatório” sem o menor conteído probatório; como bem expôs o Nobre colega Advogado de Renan “a mídia quer transformar as instituições públicas e seus representantes em reféns dos seus interesses. “O que importa (para não ser atacado) é estar bem com eles (mídia). Estando bem com eles, está tudo certo. Eles não admitem que alguém se oponha”.

Reeleger Lula de novo, é vontade da maioria, diz pesquisa do PSDB

Em pesquisa tucana população aprova Lula e quer 3º mandato

PT e PMDB são os partidos preferidos, Bolsa Família é o ponto alto do governo Lula e as privatizações foram o mais negativo de FHC

Pesquisa nacional encomendada pelo PSDB revelou que a maioria dos eleitores aprova a atual política do governo e quer votar de novo no presidente Luiz Inácio Lula da Silva para um terceiro mandato. A pesquisa, que acabou vazando, ouviu 3.500 pessoas em todo o Brasil. Perguntados se votariam em Lula para um terceiro mandato, no caso dele poder se candidatar nas eleições presidenciais de 2010, 56% dos entrevistados responderam afirmativamente.

DESALENTO

As perguntas foram elaboradas pelo sociólogo Antonio Lavareda e pelo deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR). Foram 65 questões apresentadas aos entrevistados, entre elas qual o partido político de sua preferência. O Partido dos Trabalhadores (PT), do qual Lula é o presidente de honra, apareceu como a agremiação mais bem avaliada. O PMDB foi o segundo na preferência dos entrevistados. Para tristeza dos tucanos, o PSDB, partido patrocinador da enquete, amargou uma sofrível terceira colocação. A pesquisa mostrou também que o aliado do PSDB, o DEM (ex-PFL), tornou-se uma legenda completamente desconhecida do eleitorado.

Um outro resultado que atormentou os tucanos é que os programas sociais – em especial o Bolsa Família – criados pelo atual governo, e bastante criticados por eles, são vistos pelos eleitores da pesquisa como o ponto alto do governo Lula. Os entrevistadores do PSDB tentaram ainda sondar se havia programas criados na administração tucana com alguma repercussão nos dias de hoje. Tiveram uma grande decepção. A maioria dos entrevistados – mais de 40% – considerou que apenas o presidente Lula tomou iniciativas na área social. Menos de 25% identificou programas sociais com administrações tucanas.

Comprovou-se também na sondagem do PSDB, o fato que já tinha sido revelado por uma outra pesquisa, encomendada, na semana passada, pelo DEM (ex-PFL): que boa parte do eleitorado desaprova e condena a privatização das empresas estatais. As privatizações foram consideradas o ponto mais negativo da administração de Fernando Henrique Cardoso.

A pesquisa do PSDB também veio revelar que o apoio à reeleição do presidente Lula está crescendo em todo o país nos últimos meses. E este fato ocorre sem que nenhuma campanha esteja sendo feita neste sentido. Cresce o apoio à reeleição de Lula, mesmo com o presidente da República repetindo reiteradamente que não pretende candidatar-se em 2010.

Aliás, além disso, a única campanha que vem ocorrendo no momento no país não é a favor de Lula, muito pelo contrário, o que ocorre é a empreitada da mídia golpista contra o presidente, contra o seu governo e contra a coalizão política que o apóia. No entanto, pelo visto, parece que o efeito está indo em direção oposta a que gostariam os seus promotores.

Este crescimento do apoio à reeleição do presidente Lula é mais evidente quando comparamos a atual pesquisa do PSDB com a do Instituto Brasmarket, encomendada pela revista “IstoÉ” e publicada na edição de 15 de maio da Hora do Povo. O Instituto Brasmarket apurou no final de abril um equilíbrio entre os que queriam o fim da reeleição e os que defendiam ampliá-la. Em Belo Horizonte, por exemplo, 25% queriam extingui-la e 25% desejavam aumentá-la. Já em São Paulo, 31,4% achavam que a reeleição devia se manter como está e 22% afirmaram desejar que ela fosse ampliada. A Brasmarket ouviu 16.436 pessoas nas capitais brasileiras, entre 8 e 20 de abril, com exceção do Distrito Federal. Como vimos, a situação se alterou e é bem diferente. O apoio à reeleição de Lula é muito maior hoje no país e já passa dos 56% de aprovação.

Além de mostrar crescimento do apoio à reeleição, a pesquisa do PSDB também confirmou a popularidade de Lula e de seu partido já revelados no levantamento feito antes pelo DEM. Na sondagem do ex- PFL, no início de junho, o PT foi apontado como o partido preferido de 28% dos eleitores no país. Os outros todos juntos não atingiam esse índice. E em relação à opinião sobre o governo Lula, mais de 60% aprovaram o seu desempenho.

REESTATIZAÇÃO

Além de repudiar o carro-chefe da política tucano-pefelista – a entrega das estatais – a maioria dos entrevistados do DEM também aprovou a proposta de reestatização da Companhia Vale do Rio Doce. De duas mil pessoas entrevistadas, 50,3% responderam favoravelmente à proposta de reestatização, enquanto 28,8% se posicionaram contra e 21,5% disseram não saber responder. O resultado foi noticiado pela Agência Carta Maior.

A Vale do Rio Doce foi privatizada na gestão tucana, em maio de 1997, pelo valor simbólico de R$ 3,338 bilhões, à época. Além da maior jazida de ferro do mundo, a empresa tinha um complexo que englobava 54 empresas, além de dois sistemas de mineração-ferrovias-porto. Nada disso foi levado em consideração quando foi elaborado o edital de venda pela empresa de consultoria norte-americana Merril Linch. O lucro de apenas um ano obtido pela empresa foi maior do que o valor pago por ela.

A pesquisa dos tucanos revelou também que, apesar de um cenário confortável para o presidente Lula e o seu governo, o Congresso Nacional não desfruta da mesma simpatia do eleitorado. Enquanto 56% responderam que reelegeriam Lula, 58% responderam que apoiariam a hipótese de fechamento do legislativo. O que o resultado parece demonstrar é que a população quer o Congresso Nacional mais próximo do presidente da República.

SÉRGIO CRUZ

Hora do Povo

Rizzolo: Os dados dessa pesquisa são interessantes, aqueles que detestam a idéia da reeleição de Lula argumentando que é antidemocrático esse posicionamento se calam quando descobrem que a população apoia , quanto aos demais dados da pesquisa o mais interessante é que para o DEM ( exPFL) a emenda ficou pior que o soneto , decidiram se tornar ” democratas” e agora ninguem os reconhece ( risos..).

Quanto á reeleição de Lula , sinceramente nem precisa de pesquisa é só conversar com a população pobre, o fato é que a miséria, a falta de atenção às camadas mais populares foi tanta com o advento do neoliberalismo, que com o pouco que foi feito no governo Lula, até por uma questão de tempo ,como os projetos sociais Bolsa Família e outros ganharam vulto espelhando então a popularidade de Lula na pesquisa, sem contar o fato de que hoje o pobre tem mais dinheiro no bolso, pra ele o que importa é isso. Já nas questões de privatização o povo está mais consciênte e a retórica privatista já não encontra mais eco, muito embora alguns ” incontidos” ainda insistem em mostrar os ” benefícios” da privataria, coisa que nem o Alckmin teve coragem de defender na sua campanha.

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Brasil repele intransigência dos países ricos no comércio externo

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Brasil repele intransigência dos países ricos no comércio externo

“Buscaram acomodar seus próprios interesses defensivos em agricultura e ao mesmo tempo pedir contribuição desproporcional dos países em desenvolvimento no que diz respeito aos bens industriais”, avaliou o presidente Lula, sobre a retirada do Brasil e da Índia de Doha

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, anunciou que foi procurado pessoalmente pela representante de Comércio dos Estados Unidos, Susan Schwab, e, por telefone, pelo comissário europeu de Comércio, Peter Mandelson, dois dias após Brasil e Índia ter suspendido as negociações do G-4 (Brasil, Estados Unidos, Índia e União Européia), que buscava um acordo para a Rodada de Doha, como se convencionou chamar as discussões na Organização Mundial do Comércio (OMC) iniciadas em 2001. “Sem que eu tenha me movido, eles procuraram falar comigo de coisas substanciais, não é nenhuma negociação, mas dizer que querem tentar salvar (a Rodada de Doha), então tudo bem. Isso reforça minha convicção de que fiz a coisa certa”, disse.

Segundo Amorim, após a suspensão das negociações é que “caiu a ficha” dos representantes dos chamados países ricos. “Há uma nítida visão de que não só a nossa firmeza tinha fundamento, legitimidade, como precisam do Brasil e da Índia”. “Vai ver, o que parecia tão absurdo em Potsdam, não parece mais tanto. Se eles estão correndo atrás, é porque tem alguma coisa aí”, frisou.

A intolerante proposta dos Estados Unidos e da União Européia de redução de tarifas de importação de produtos industriais nos países em desenvolvimento, ao mesmo tempo em que ficaria mantido o dumping e as restrições de entrada de produtos agrícolas nos chamados países ricos, levou a que Brasil e Índia dessem por encerrada a reunião do G-4 na quinta-feira (21), em Potsdam, Alemanha. A negociação que havia sido iniciada na segunda-feira (18) tinha previsão de encerramento no sábado. Na avaliação de Celso Amorim, os EUA e UE chegaram à reunião “com um nível de acordo mútuo” e “como sempre ocorreu, o que eles acordam consideram como sendo um acordo e os outros não podem mudar a essência, talvez possam mudar uma pequena vírgula”.

O porta-voz da Presidência da República, Marcelo Baumbach, informou que após o encerramento da reunião em Potsdam, o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, ligou para Lula. Baumbach disse que “o presidente Lula observou que os países desenvolvidos buscaram acomodar seus próprios interesses defensivos em agricultura e, ao mesmo tempo, pedir contribuição desproporcional daqueles em desenvolvimento no que diz respeito aos bens industriais”.

A Rodada de Doha foi iniciada com a proposta de discussão sobre o comércio mundial nos variados setores, como indústria, agricultura e serviços. Em 2003, dois anos após iniciada, chegou-se ao impasse exatamente nas questões que causaram a suspensão da reunião do G-4, que têm o propósito óbvio de sangrar ainda mais os países em desenvolvimento.

Com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), o advogado Durval Noronha de Goyos Jr, árbitro da OMC, observou que “em dez anos de OMC cerca de 73% dos ganhos obtidos com o comércio internacional estão com os países desenvolvidos”. Assim, na década de 1990, enquanto os chamados países ricos aumentaram em US$ 1.938 o valor de suas exportações per capita, os países em desenvolvimento aumentaram apenas em US$ 98.

Celso Amorim destacou que o Brasil procurou expressar na reunião de Potsdam a posição do conjunto dos países em desenvolvimento. “O Brasil sempre sentiu que estava lá não apenas representando a si mesmo, mas representando o G-20 em termos de agricultura. Também tentamos expressar os sentimentos, os pontos de vista e as percepções dos países em desenvolvimento”, sublinhou o ministro.

O ministro avalia que as exportações brasileiras continuarão a crescer. “Não vamos ser catastrofistas. O comércio vai continuar”, afirmou. Segundo o ministro, mesmo com o impasse nas negociações de Doha, as vendas externas brasileiras continuarão crescendo. “Pode ter certeza, o Brasil vai continuar a exportar mais, mais e mais”, disse o ministro. “Precisamos da OMC porque precisamos de boas regras, porque precisamos que os subsídios agrícolas acabem. Vamos também continuar trabalhando para abrir mercados”.

“Queremos ampliar o acordo com a Índia e solidificar as relações no Mercosul e na América Latina”, ressaltou Amorim.
Hora do Povo

Rizzolo: Já disse anteriormente, que os EUA e a União Európeia, são governos fracos, em final de mandato, sem apoio eleitoral em seus países. Uma Europa sem liderança e sem política comum, a não ser defender com unhas e dentes essa política fracassada de subsídios agrícolas. De nossa parte devemos tirar todas as lições, continuar negociando, mas cuidar do Brasil e do Mercosul, da integração da América do Sul, do nosso mercado interno, aprofundando nossa política de desenvolvimento e nossa política industrial e de inovação. Não dá para confiar e acreditar nas instituições internacionais como elas estão hoje e com a presente hegemonia norte-americana e européia, o que querem é subjulgar os interesses de países como o Brasil e a Índia, e de sobra acusam nos acusam e à India de termos sido culpados pelo fracasso das negociações.