Petrobras investe no setor de álcool em parceria com Japão e grupos nacionais

A Petrobrás irá fechar os cinco primeiros contratos com parcerias privadas para a construção de complexos de produção de álcool nos próximos três meses. Até o início da produção, previsto para 2009, o montante investido será de US$ 200 milhões a US$ 250 milhões em cada usina.

Paulo Roberto Costa, diretor de Abastecimento da Petrobrás, explica que a estatal entrará nos negócios como investidora ao lado do grupo japonês Mitsui que, juntos, terão de 20% a 30% em cada um dos projetos, além de contrato de exclusividade na compra do combustível. “As cinco unidades são privadas. São empreendedores brasileiros que estão apresentando esses projetos”, disse Costa.

A Petrobrás e a Mitsui vão ancorar os recursos para fomentar os empreendimentos. Em troca, terão o direito de compra do álcool produzido por 15 anos. Ficará a cargo de ambas empresas a logística e a venda do produto. O álcool inicialmente será destinado ao Japão.

Segundo Costa, o período de 15 anos de contrato tem como objetivo “garantir a estabilidade de fornecimento por longo prazo – condição prévia imposta pelos asiáticos”.

Empresários que apresentaram os projetos e serão controladores das usinas, ficarão responsáveis por obter o financiamento, que terá como garantia o contrato de fornecimento à Petrobras e à Mitsui. Os empreendedores poderão contar com empréstimos do BNDES e do JBIC (Banco de Cooperação Internacional do Japão, na sigla em inglês).

NAYARA DE DEUS
Hora do Povo
Rizzolo: Quando se fala em empreendedores brasileiros privados, precisamos especificar se realmente são brasileiros, existe uma verdadeira corrida nesse setor, e não existe ainda um órgão regulador específico, que não seja a Petrobrás, vez que as caracteristicas do alcool são diversas das do petróleo envonveldo plantio, usinas, etc.; o ideal é termos um tipo de uma Alcoolbras, que analise essa corrida ao ouro e privilegie inclusive em termos de financiamento empresas genuinamente brasileiras, sem isso, iremos contar semanalmente, com ” especuladores profissionais ” como George Soros que nem sabia que especular em país alheio é feio. A produção e a distribuição do Alcool deve estar prioritariamente nas mãos de capitais essencialmente nacionais, a reboque temos que ter uma política em relação aos trabalhadores rurais dessa área e insistir em melhores condições de trabalho e profissionalização principalmente na mecanização, não podemos deixar de prestigiar o capital nacional, e fazer com que a massa trabalhadora rural participe dessa fatia do desenvolvimento nacional, como bem fez Zé Dirceu num comentário “Faz-se necessária, de imediato, uma política nacional de zoneamento agrícola para a cana-de-açúcar e as oleaginosas, para evitarmos a monocultura, a expulsão da produção de alimentos e a degradação de terras. Além do zoneamento, é necessário exigir, dos plantadores de cana e de oleaginosas, a proteção das matas ciliares e um percentual de reflorestamento. A política reguladora deve, ainda, impedir o controle por estrangeiros de terras não apenas nas zonas de fronteira, como já proíbe a Constituição, mas em todo território nacional. Não devemos vacilar em impor limites a essas compras, e proteger a empresa nacional. Trata-se de uma questão de segurança energética nacional que exige uma política nacional e um órgão ou empresa que regule o setor.”

Agora chega de entregar tudo para os interesses internacionais, não podemos deixar que elite de usineiros vendam todas as Usinas ao capital internacional e fiquem como administradores dos interesses estrangeiros, deixando o povo brasileiro a ver navios. Mas infelizmente já está acontecendo isso, uma tremenda falta de patriotismo !

MP e polícia investigam desvios milionários na Nossa Caixa do governo de José Serra

O Ministério Público e a polícia civil do Distrito Federal denunciaram ao Gaeco, órgão do MP do Estado de São Paulo responsável pelo combate ao crime organizado, que existem “fortes indícios” de que está ocorrendo um esquema milionário de desvio de dinheiro público no banco paulista Nossa Caixa nos moldes do que foi descoberto no banco de Brasília (BRB), que deixou um rombo de R$ 50 milhões. Segundo os investigadores, o esquema na Nossa Caixa envolveria as mesmas empresas, por meio de contratos idênticos, só que com valores imensamente superiores do que no BRB.

De acordo com as investigações das autoridades do DF, o esquema funcionava por meio da contratação pelo BRB, sem licitação, da Asbace (Associação Nacional de Bancos), que subcontratava outras empresas como a ONG Caminhar, a ATP Tecnologia e Produtos e a FLS Tecnologia para prestar serviços aos bancos. Estas empresas realizavam trabalhos fictícios para receber o dinheiro do banco, que depois era distribuído entre os integrantes da quadrilha através de saques bancários com cartões corporativos emitidos pela ONG Caminhar.

A operação desencadeada em Brasília levou 20 pessoas à cadeia, entre elas o ex-presidente do BRB, Tarcísio Franklin de Moura, e o então secretário-geral da Asbace, Juarez Lopes Cançado. O atual presidente da Nossa Caixa, Milton Luiz de Melo Santos, foi indicado pelo governador José Serra em janeiro. Santos também assumiu, há um mês, a presidência da Asbace. Os investigadores da Polícia Civil de Brasília afirmam que enquanto os contratos irregulares do BRB com a Asbace giravam em torno de R$ 3 milhões mensais. Já os firmados entre a Asbace e a Nossa Caixa somam cerca de R$ 15 milhões.

Hora do Povo

Rizzolo: Observe que a imprensa pouca relevância dá a esse prenúncio de escândalo, é claro, envolve diretamente o PSDB, e mais, o ” modos operandi” é o mesmo, ou seja a cartilha da corrupção obedece aos esquemas que já foram desmantelados em Brasilia que funcionava por meio da contratação pelo BRB, sem licitação, da Asbace (Associação Nacional de Bancos), e ONGs. Uma vergonha, duvido que tudo seja divulgado na proporção das leviandades acusatórias costumeiras da imprensa golpista.

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Corte Suprema abole limites a anúncio eleitoral pago nos EUA

A Suprema Corte dos EUA tomou, na segunda-feira, 25, decisão que deixa sem freios algum a interferência do poder econômico no processo eleitoral norte-americano ao permitir que empresas financiem propaganda eleitoral em rádio e TV, inclusive negativas contra adversários políticos. A decisão é ainda mais grave, num país em que não há horário eleitoral gratuito.

A sentença, aprovada por 5 votos a 4, anulou uma decisão do eleitoral de 2004. Naquele ano, um grupo de Wisconsin pagou por um anúncio que exortava os eleitores a não votar em senadores favoráveis ao aborto. O anúncio mencionava os nomes de políticos, incluindo o democrata Russel Feingold, que estava em plena campanha pela reeleição. O tribunal eleitoral proibiu o anúncio e o grupo recorreu e o caso chegou à Suprema Corte, que decidiu que a propaganda deveria ter sido permitida. A composição da Suprema Corte norte-americana foi bastante alterada depois que Bush fez seguidas indicações de conservadores.

O senador Feingold criticou a decisão: “A Comissão Eleitoral Federal não pode permitir que voltem os dias de anúncios falsos de questões políticas e gasto ilimitado em campanhas. Se esse for o resultado da decisão, a Corte terá restado um grande desserviço ao país”, disse antes de saber do resultado.

MANIPULAÇÃO

Também na segunda-feira, a Corte Suprema dos EUA decidiu que os contribuintes norte-americanos não podem reclamar na Justiça contra a destinação de recursos públicos pelo governo Bush para financiamento de grupos religiosos. A votação, que também foi por 5 votos a 4, apoiou Bush ao determinar que a organização Fundação Liberdade Religiosa não tinha o direito de entrar com processo contra o governo por violar a Constituição ao organizar conferências, nas quais, grupos religiosos foram favorecidos em detrimento de organizações seculares.
Hora do Povo

Rizzolo: Eu tenho dito que os EUA está muito longe de ser considerado uma democracia justa, participativa, o que podemos inferir nessas notícias é que o poder econômico é quem determina o desenrolar da política americana, onde a grande massa populacional, além de alienada pela mídia, fica do lado de fora da participação política, o maciço financiamento do processo eleitoral pelas empresas, a mídia sendo favorecida por grandes grupos que a seu bel prazer que com a chancela da Suprema Corte americana faz e dirige a opinião pública aos seus interesses e dos grupos privados a que financiam; observe que a manipulação é tamanha que os contribuintes norte-americanos não podem reclamar na Justiça contra a destinação de recursos públicos pelo governo Bush para financiamento de grupos religiosos reacionários, é claro, fica patente que democracia manipulativa é o que impera nos EUA, ” o padrão democrata e de liberdade do ocidente ” , Bela democracia !