Doha: Lula diz que acabou a subserviência aos países ricos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez nesta segunda-feira (2) um dos seus mais duros discursos com relação à postura que o Brasil passou a adotar nas suas relações comerciais externas. Falando diretamente sobre o enfrentamento do governo brasileiro na Rodada Doha da Organização Mundial do Comércio (OMC), Lula ressaltou: “Pela primeira vez tivemos a coragem de não ceder às economias desenvolvidas, como Estados Unidos e União Européia”.

No discurso proferido na cerimônia de comemoração dos 50 anos da Scania do Brasil, em São Bernardo do Campo (ABC paulista), Lula afirmou que seu governo fez questão de dizer, que a partir de agora as negociações serão em outro patamar. “Fizemos questão de dizer que tinha acabado aquele momento de subserviência. Queremos ser tratados em pé de igualdade”, disse o presidente.

Lula fez questão de recorrer a alguns números para demonstrar que a opção do Brasil foi realmente a melhor possível. “Nos últimos três anos os EUA subsidiaram sua agricultura em US$ 15 bilhões, e somente no último ano foram US$ 11 bilhões. Além disso, eles queriam incluir uma cláusula no acordo para elevar esses subsídios para US$ 17 bilhões.”

O presidente disse também que o Brasil pode fazer esse enfrentamento porque vive um momento de crescimento estabilizado. “O mundo precisa aprender que o Brasil resolveu assumir a sua grandeza política e econômica.”
Ainda sobre a nova postura brasileira nas negociações internacionais, Lula disse: “Respeito é bom e nós gostamos de dar e receber”. Na sua avaliação, o Brasil precisa deixar de ser pequeno, de ser a esperança do mundo e o país do futuro. “Chega de ser um monte de adjetivos que nunca se concretizaram, nos agora vamos concretizar”.

Da redação, com agências
Site do PC do B

Rizzolo: Vou transcrever um cometário que já anteriormente fiz sobre essa questão de Doha: ” os EUA e a União Európeia, são governos fracos, em final de mandato, sem apoio eleitoral em seus países. Uma Europa sem liderança e sem política comum, a não ser defender com unhas e dentes essa política fracassada de subsídios agrícolas. De nossa parte devemos tirar todas as lições, continuar negociando, mas cuidar do Brasil e do Mercosul, da integração da América do Sul, do nosso mercado interno, aprofundando nossa política de desenvolvimento e nossa política industrial e de inovação. Não dá para confiar e acreditar nas instituições internacionais como elas estão hoje e com a presente hegemonia norte-americana e européia, o que querem é subjulgar os interesses de países como o Brasil e a Índia, e de sobra acusam nos acusam e à India de termos sido culpados pelo fracasso das negociações ”

Acrescentaria apenas desta feita que a parte essas questões já elencadas por Lula, não devemos esqueçer que muito embora exista a ” alegria do etanol” quando da vinda do Bush ao Brasil ele não ofereceu absolutamente nada em termos de diminuição da tarifa ele categoricamente não concorda com a reivindicação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para a redução imediata da tarifa norte-americana de importação do biocombustível brasileiro, que é de US$ 0,54 (cerca de R$ 1,13) por galão. Só para não esquecer que em primeiro lugar os interesses do império.

É preciso investigar as denúncias contra a CDHU

A matéria “Em SP, petistas querem investigar tucano“, da Folha de hoje (só para assinantes) diz que o PT deve encaminhar esta semana uma representação ao Conselho de Ética da Assembléia Legislativa, para que o órgão investigue o deputado Mauro Bragato, líder do PSDB, acusado de envolvimento no esquema de fraudes em licitações da CDHU (Companha de Desenvolvimento Habitacional e Urbano).

De acordo com investigações comandadas pelo Ministério Público e pela Polícia Civil, Bragato, ex-secretário de Habitação na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), é suspeito de ter recebido propina da construtora FT. Em depoimento à polícia, Edson Menezes, ex-mestre-de-obras da FT, afirmou que levava envelopes com dinheiro (R$ 1,5 mil a R$ 4 mil) ao escritório do então secretário em Presidente Prudente (SP), base eleitoral de Bragato.

As denúncias são graves e precisam ser investigadas. Já há um pedido de instalação de uma CPI da CDHU protocolado na Assembléia Legislativa de São Paulo, mas que, a exemplo de outros pedidos de CPIs, como a da Nossa Caixa e do Metrô, estão sendo proteladas pelos tucanos paulistas.

As denúncias contra a CDHU são graves e referem-se a irregularidades que se arrastam há doze anos. Por que os tucanos têm tanto medo dessas CPIs?
enviada por Zé Dirceu

Rizzolo: A quantidade de CPIs que os tucanos protelam é uma coisa impressionante . Agora impressionante mesmo é essa mídia golpista a ” Folha ” que coloca o artigo da seguinte forma:
” Petistas querem investigar tucano “, o seja, o artigo já começa dizendo que ” são os petistas” tudo para já desqualificar a denúncia colocando-a como questão partidária, e alem disso lá no radapé da página , bem tímida, se fosse isso com o PT imaginem como seria. Essa CDHU é uma caixa preta Tucana, e temos que investigá-la, aliás existem irregularidades há 12 anos, nesse órgão, está na hora, não ?

Michael Moore dá palestra no Congresso sobre seu novo filme “Sicko” e a saúde nos EUA

O deputado democrata de Michigan, John Conyers Jr., convidou o cineasta Michael Moore para uma exposição sobre seu novo filme “Sicko” no Congresso norte-americano. Moore, autor de “Tiros em Columbine” e “Fahrenheit 11/09”, denuncia em novo trabalho – cuja estréia nacional nos EUA ocorre nesta sexta-feira, 29 -, a falência do sistema de saúde dos EUA, essencialmente privado e sob o domínio do monopólio dos seguros de saúde, que deixa sem cuidados de saúde mais de 45 milhões de norte-americanos.

O filme “Sicko” é baseado no depoimento de milhares de pessoas, material de arquivo de noticiários e mostra sistemas de saúde pública em países como o Canadá, França, Reino Unido e Cuba, em pleno funcionamento. Durante a realização do documentário, o cineasta, que foi filmar na base norte-americana de Guantánamo, acabou levando a Havana dez bombeiros que ficaram doentes depois dos destroços tóxicos das torres gêmeas e esperam nos Estados Unidos por tratamento médico há cinco anos e meio. O intuito era mostrar um país onde a assistência de saúde é pública e universal, e colocar em questão o fracasso do sistema de saúde norte-americano. Além de trazer à tona as ligações entre o cartel dos remédios e as campanhas de Bush e dos republicanos.

“Eu penso que um filme pode fazer diferença: Eu acredito nisso”, afirmou Moore aos congressistas que disputaram espaço no plenário para ouvi-lo. “Estou vindo aqui porque eu realmente quero contribuir para o debate nacional sobre o assunto”.

O congressista Fabian Nunez, democrata de Los Angeles, declarou que “a conclusão a que você chega depois de assistir o documentário é que nós temos um sistema de saúde à beira do colapso”.

Pesquisas de opinião mostram que a cobertura nacional de saúde é de longe a maior preocupação doméstica dos cidadãos norte-americanos.
Hora do Povo

Rizzolo: Essa questão da saúde nos EUA é dramática, e o sistema de saúde no Brasil é ” inspirado ” nesse sistema excludente, os papagaios brasileiros com os neoliberais sempre sucatearam a saúde pública para dar de ” mão beijada” o istema de sáude aos grupos privados dos quais a maioria da classe média é refem, até porque o resto da população não tem assistência médica digna.
Puxa, quanta coisa boa em termos sociais e éticos tem nos EUA, não ? Vamos torcer para os democratas voltarem.

O combate à corrupção

A matéria “PF prendeu 6,2 mil em operações sob Lula”, da Folha de hoje (só para assinantes), que é, inclusive, a manchete principal do jornal traz dados importantes: desde 2003, primeiro ano do governo do presidente Lula, a Polícia Federal já desencadeou 357 grandes operações com a prisão de 6.225 pessoas, média de quase quatro suspeitos detidos por dia. Segundo a polícia, entre os presos estavam pelo menos 945 servidores públicos acusados de corrupção. No total, 210 pessoas foram presas temporariamente, 203 foram indiciadas, 378, denunciadas (acusadas formalmente na Justiça) e 19, condenadas – dez de forma definitiva.

Esses números são comemorados pela direção da PF como um marco no combate ao crime: “A polícia busca hoje maximizar os meios de investigação, desarticular quadrilhas em todo o país, como nunca foi feito antes”, disse o delegado-geral da entidade, Paulo Lacerda.

Realmente, os números são significativos e mostram que nunca se combateu tanto a corrupção em nosso país, como no governo Lula. É bom destacar, também, que boa parte dessas operações da PF estão relacionadas com escândalos e irregularidades que tiveram início no passado e não foram combatidas.

Uma prova concreta de que o governo Lula tem sido rigoroso no combate à corrupção e aos desvios de recursos públicos, seja pela ação da Polícia Federal, seja da Controladoria Geral da União.
enviada por Zé Dirceu

Rizzolo: Os escândalos do passado trazem um legado de corrupção que agora estão sendo combatidos no governo Lula, precisou um operário para enfrentar as corrupções como nunca fora feito antes, é claro que isso incomoda os lacaios do neoliberalismo que foram em grande parte os colaboradores indiretos e diretos na deflagração da lama de corrupção. Isso já não aconteceu no governo FHC que usava a Polícia Federal só para fins políticos a mais celebre operação da Polícia Federal, no Governo do FHC o ” De Gaulle brasileiro “: foi aquela para desmanchar a candidatura de Roseana Sarney a presidente da República, e ajudar a candidatura de José Serra. Quando acabou a operação, um agente da Polícia Federal mandou um fax ao Palácio do Alvorada com a expressão “missão cumprida”. Que vergonha hein ! , isso é o PSDB.

Charge de Lane para o Jornal de Brasília

Pra começar a segunda de bom humor !!

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do Site do PC do B

Sinais de esclerose econômica

Com a maior especialização da economia nos ramos de menor valor agregado, perde o país, especialmente os trabalhadores com ocupação precária

21/06/2007

Marcio Pochmann

A divulgação da nova série das contas nacionais pelo IBGE reacendeu a discussão sobre o panorama da economia brasileira neste início do século XXI. Os defensores do modelo econômico atual imediatamente trataram de valorizar tanto a dimensão contabilmente maior em 10% da economia nacional como a pretensa eficiência produtiva derivada de uma deprimida taxa de investimento agregado.

Mesmo com a relativa ampliação do tamanho do Produto Interno Bruto (PIB), não é possível considerar que a economia nacional tenha abandonado a sua trajetória de mais de um quarto de século de semi-estagnação produtiva. Além disso, o país não consegue abandonar o bloco de economias subdesenvolvidas, com PIB per capita situado na 85ª posição do ranking mundial.

De um lado, percebe-se que a comparação do PIB de 2005 com o de 2000 indica a prevalência de uma ridícula variação média de apenas 2,7% ao ano. De outro, constata-se a presença de sinais não desprezíveis de esclerose econômica precoce assentada justamente no baixo comportamento dos investimentos.

Como se sabe, o conjunto dos investimentos representa o elemento central de vigor e dinamismo de todo o sistema produtivo nacional. No caso brasileiro, a taxa de investimento em 2005 foi 3% menor que do ano 2000. Ainda que lentamente esteja se recuperando do tombo que levou entre 2002 e 2003, poderá levar ainda muito mais tempo para extirpar o tumor da esclerose precoce, uma vez que o retorno ao vigor das economias dinâmicas atuais implica taxa de investimento acima dos 25% do PIB. Evidentemente que não é impossível a elevação em 10 pontos percentuais do investimento como proporção do Produto Interno Bruto Nacional, mas isso exige mudança tanto no atual modelo econômico como na inserção do Brasil na globalização.

Na perspectiva atual, com o ritmo de expansão do produto bem inferior ao da geração dos postos de trabalho (3,9% ao ano), prossegue o quadro geral da regressão da produtividade. Em 2005, por exemplo, a economia brasileira foi 1,5% menos produtiva que a do ano de 2000, além de ter convivido com aumento médio anual de 3,5% dos desempregados.

Frente a isso, a economia parece confirmar os sinais de esclerose precoce dos tecidos produtivo e social. Além do sofrível desempenho da economia brasileira, assiste-se ao avanço simultâneo do padrão asiático de emprego da mão-de-obra. Ou seja, a geração de ocupações com contida remuneração, intensa rotatividade e elevada jornada de trabalho.

No contexto de baixa expansão da atividade econômica, houve a ampliação em mais de 16% no nível de ocupação da mão-de-obra em todo o país nesta primeira metade da década. Mas o tipo de ocupação gerada tem sido estruturalmente precário, com queda do valor da remuneração, sendo 3,5% abaixo da verificada em 2000.

A exceção disso ocorreu no setor primário, que registrou elevação de quase 25% na remuneração média do conjunto dos seus trabalhadores entre 2000 e 2005. É importante destacar, contudo, que o setor primário caracteriza-se por oferecer as menores remunerações do país. No ano de 2005, por exemplo, a remuneração média paga aos trabalhadores do setor primário representava apenas 49,9% do rendimento médio nacional, enquanto em 2000 era de 38,6%.

No setor industrial, por exemplo, a ocupação cresceu mais rapidamente no ramo de maior valor agregado (19,3%), embora tenha sido justamente este que mais tenha reduzido o valor da remuneração média de seus ocupados (-8,6%). O segmento com grau médio de valor agregado foi o que apresentou maior acréscimo na remuneração dos ocupados. No setor terciário da economia nacional, a queda no valor do rendimento do trabalho foi uma constante. Mas justamente nos serviços vinculados à produção e à distribuição, base da difusão da terceirização da mão-de-obra no Brasil, ocorreu a maior desvalorização no rendimento médio dos ocupados entre 2000 e 2005.

Assim, a maior expansão relativa na geração dos postos de trabalho ocorreu simultaneamente ao rebaixamento da remuneração da mão-de-obra ocupada. Os serviços sociais, que tiveram o segundo melhor desempenho na geração de ocupações, apresentaram a menor redução no valor da remuneração dos trabalhadores no mesmo período analisado. Certamente, as reformas neoliberais não deixaram de ser responsáveis pela instalação da esclerose precoce que se verifica no interior do tecido produtivo do país. Compatível com o envelhecimento das fontes de dinamismo econômico encontra-se a asfixia do conjunto de investimentos, representado cada vez mais pela precarização dos postos de trabalho ou pelo desemprego.

Nesse contexto, o vigor da ocupação somente pode assentar-se nas atividades produtivas que aprofundam o padrão asiático de emprego da mão-de-obra. Com a maior especialização da economia nos ramos de menor valor agregado e contido conteúdo tecnológico, perde o país, especialmente os trabalhadores com ocupação precária. Em contrapartida, cresce a renda dos proprietários, fundamentalmente dos detentores de riqueza financeira. A esclerose precoce que contamina o conjunto de setores produtivos combina tanto com o silêncio do cemitério identificado pela estabilidade monetária a qualquer custo como o emprego asiático dos trabalhadores.

Marcio Pocchmann é economista.
Site Brasil de Fato

Rizzolo: A opção neodesenvolvimentista do governo Lula, que ainda possue traços de neoliberalismo leva evidentemente a uma economia nos moldes asiáticos onde o valor dos salários é comprimido comprometendo os tecidos produtivo e social; a maior expansão relativa na geração dos postos de trabalho ocorreu simultaneamente ao rebaixamento da remuneração da mão-de-obra ocupada. Os serviços sociais, que tiveram o segundo melhor desempenho na geração de ocupações, apresentaram a menor redução no valor da remuneração dos trabalhadores no mesmo período analisado, isso leva a uma degeneração econômica que podemos verificar na qualidade do emprego. Fica claro que com patamar de juros as atividades que poderiam gerar empregos de relação remunerativa maior não existe. Uma pena.

Fim dos muros? Democratas prometem reforma da imigração

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Dois dias após o colapso de uma grande reforma da imigração no Senado, os pré-candidatos presidenciais democratas prometeram que, se eleitos, promoverão uma legislação que protegerá os trabalhadores e dará aos imigrantes ilegais um caminho para a cidadania.

Em um fórum na Disney World patrocinado pela Associação Nacional das Autoridades Latinas Eleitas e Nomeadas (Naleo), os candidatos disseram que também apóiam uma segurança mais forte na fronteira e a repressão aos empregadores que exploram trabalhadores sem documentos.

“Como presidente, eu sancionarei uma abrangente reforma da imigração”, disse o senador Barack Obama, de Illinois. “Eu quero que minhas filhas cresçam em uma comunidade em que todas as pessoas, e não apenas algumas, sejam consideradas como parte do sonho americano.”

Obama também defendeu seu voto no ano passado para a construção de um muro de 1.130 km ao longo da fronteira entre Estados Unidos e México, dizendo que não acredita que “boas cercas fazem bons vizinhos”, mas que o Congresso tinha que dar confiança ao povo americano de que estava comprometido com um processo ordenado de imigração como parte de uma reforma mais ampla.

O ex-senador da Carolina do Norte, John Edwards, obteve aplausos entusiasmados quando disse que “nunca apoiaria a construção de um muro por toda a nossa fronteira sul”. Edwards disse que distribuiria mais pessoas e mais tecnologia ao longo da fronteira como medidas de manutenção da lei, ao mesmo tempo em que ofereceria aos imigrantes ilegais que já estão aqui “um caminho para a cidadania”.

A senadora Hillary Clinton de Nova York disse que ficou decepcionada pelo Senado não ter seguido adiante com seu projeto de imigração e que a base para qualquer medida futura deve ser o “caminho para a legalização” para os 12 milhões de imigrantes sem documentos que já estão aqui.

Hillary Clinton também disse que os Estados Unidos devem acabar com a guerra no Iraque e retirar os soldados americanos de combate, um sentimento manifestado por todos os pré-candidatos, que incluíam os senadores Chris Dodd, de Connecticut, e Joseph Biden, de Delaware, assim como o deputado Dennis Kucinich, de Ohio, e o governador do Novo México, Bill Richardson, que é latino.

Os candidatos subiram ao palco um de cada vez e responderam perguntas sobre imigração, guerra no Iraque, terrorismo, educação e saúde.

Uma platéia de várias centenas de pessoas aplaudiu de pé cada candidato, mas o mais celebrado foi Richardson, que a certa altura pediu por mais tempo para falar dizendo: “Eu sou o único latino concorrendo à presidência, me dê um tempo”.

O comentário provocou grande aplauso, risadas e gritos de aprovação. Uma reação semelhante se seguiu quando Richardson declarou: “A primeira coisa que cairá quando for presidente é este muro”.

Richardson também criticou a forma como a imprensa americana retrata os imigrantes, como pessoas saltando um muro. Ele disse que as imagens deviam incluir os trabalhadores rurais “que quebram suas costas para trazer a agricultura a este país”, pessoas que limpam os banheiros de hotéis e o “imigrante latino que morreu por este país” nas forças armadas.

Ele encerrou sua participação dizendo em espanhol para a platéia que eles eram sua família, mas que não deviam votar nele apenas por ser latino.

“Vamos a ser una historia. Vamos a ganar”, ele disse, que significa: “Vamos fazer história. Vamos ganhar”.

Segundo uma pesquisa USA Today/Gallup divulgada nesta semana, Hillary
Clinton tem uma grande vantagem entre os eleitores latinos: 59% dos democratas latinos disseram que apóiam Hillary, em comparação a 13% para Obama, 11% para Richardson, 7% para Edwards e 1% para Biden.

A Naleo também convidou pré-candidatos presidenciais republicanos à convenção, mas apenas um compareceu, o deputado Duncan Hunter, da
Califórnia. Uma platéia agradecida aplaudiu Hunter de pé na sexta-feira, quando ele subiu ao palco.

Diante do único suporte para candidato, decorado em vermelho, azul e branco, Hunter foi perguntado sobre seu plano para consertar o sistema de imigração do país.

“Nós precisamos construir o muro e construí-lo rapidamente”, ele disse.

Segundo ele, um muro de 260 metros de altura ajudaria a segurança nacional, impediria o crime e a violência ao longo da fronteira e impediria as pessoas de morrerem no deserto devido ao calor.

“Se 200 garotos por ano morressem em um canal, a primeira coisa que você faria é cercá-lo com um muro”, ele disse.

Fonte: Cox Newspapers
Tradução: George El Khouri Andolfato / UOL Mídia Global
Site do PC do B

Rizzolo: A política conservadora republicana de Bush esta se esvaindo, é claro que os democratas com uma visão mais humana e menos preconceituosa absorvem a simpatia do eleitorado latino e do saxão menos belicista. Esse muro é uma vergonha, e os democratas mais progressistas o repudiam. Exploração internacional, promoção de invasão no Iraque, apoio irrestrito a Isarel utilizando o povo judeu como massa de manobra, ( e fico muito à vontade pra dizer isso porque sou de origem judáica ), conspirações da CIA no âmbito internacional, atrocidades em Guantanamo, muro contra latinos, embargos à Cuba e muitas outras coisas. Acho que o povo americano precisa resgatar o espírito de liberdade que tanto pregam.

Venezuela pode retirar pedido de entrada no Mercosul, diz Chávez

O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse no sábado que pode retirar a solicitação de adesão plena da Venezuela ao Mercosul caso sejam mantidas as pressões de alguns setores ‘de direita’ do Brasil e do Paraguai. Chávez não compareceu à cúpula semestral do bloco, ocorrida nesta semana em Assunção, por conta de uma visita oficial à Rússia, Belarus e Irã. No entanto, a Venezuela foi colocada mais uma vez no olho do furacão devido a um pequeno desacordo com o Brasil diante da suspensão dos direitos de transmissão do canal de televisão RCTV.

‘Realmente, em um Mercosul que está marcado pelo capitalismo, pela concorrência feroz, não estamos interessados em ingressar’, disse o presidente Chávez ao canal estatal de televisão VTV após chegar à Teerã, onde realiza uma visita oficial.

‘Poderíamos agradar à direita brasileira… e à direita paraguaia. Se elas não querem que nós ingressemos no Mercosul, … não teremos nenhum problema, eu mesmo sou capaz de retirar o pedido, não estamos desesperados para ingressar’, acrescentou Chávez.

A Venezuela se uniu ao bloco sul-americano em julho de 2006, porém seu ingresso ainda passa por um processo de adesão.

O Mercosul é composto por Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

Pressões empresariais

Na última quinta-feira (28), o vice-ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Rodolfo Sanz, já havia dito que seu país não vai se submeter às condições do Senado brasileiro para que seja aceito no Mercosul. Para ingressar no bloco como membro permanente, a Venezuela depende de autorização dos Congressos dos países membros. Uruguai e Argentina já aprovaram a adesão, porém faltam os parlamentos brasileiro e paraguaio.

Para Sanz, parte do Congresso brasileiro é de direita e “inimiga da integração”. Após encontro de chanceleres e ministros de Economia, preliminar à Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, ele afirmou: “A vontade de integração não está sujeita, não está condicionada a ter uma atitude que nos obrigue responder aquilo que consideramos agressões ao governo venezuelano. Não aceitamos nenhum tipo de condicionamento de nenhum país e de nenhuma potência”.

E completou: “O presidente Chávez caracteriza-se por responder sempre às declarações que considera agressivas à soberania do país e que considera, de alguma maneira, espécie de intromissão nos assuntos internos do país”.

Já o chanceler brasileiro Celso Amorim disse acreditar que o presidente venezuelano deveria dar “uma palavra simpática” aos parlamentares. “Eu já mencionei que uma palavra simpática em relação ao Congresso brasileiro que, afinal de contas, foi eleito legitimamente como Chávez foi eleito legitimamente, ajudaria [na aprovação do protocolo]. A boa vontade é sempre positiva de lado a lado”, afirmou.

Sanz criticou também setores empresariais brasileiros, como a Confederação Nacional da Indústria (CNI), que seriam contrários à adesão da Venezuela ao Mercosul. “É encobrir interesses de setores econômicos que não apostam em uma integração verdadeira”, afirmou, acrescentando que o empresariado diz que o ingresso da Venezuela pode prejudicar a relação do Mercosul com outros blocos econômicos.

Sobre os acordos comerciais com Brasil e Argentina, uma das exigências para ingressar no Mercosul, o vice-chanceler venezuelano respondeu que “nenhum país abre suas fronteiras para liquidar sua indústria nacional”.

A Venezuela deveria ter fechado no início do ano a programação comercial com Brasil e Argentina, sócios com as maiores economias do bloco, mas o prazo foi prorrogado até setembro. “Isso não é processo de integração”, acrescentou Sanz. Os venezuelanos já acertaram as questões comerciais com Uruguai e Paraguai.

Da redação,
com agências
Site do PC do B

Rizzolo: O Senado brasileiro acabou prestando um desserviço à integração da América Latina em nome da mídia golpista travestida de ” democrata” , é óbvio que jamais o Senado deveria ” se meter ” nessa questão de cunho internacional e de soberania interna da Venezuela, e que não diz respeito à nós. Mas, não, a mando de interessses internacionais e de grupos que pregam a desunião da integração se intrometeram num problema que nem o próprio Presidente da República Lula se dspôs a fazê-lo.

Agora pedir ao Chavez ” uma palavrinha simpática ” aos parlamentares, aí já demais, o raciocínio deve ser válido , não é, se os parlamentares brasileiros sempre dizem um “palavrinha simpatica” à mídia golpista e aos representantes do império, nada mais lógico. Com todo respeito ao chanceler Celso Amorim, mas não é assim que funciona, viu.

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