Na avaliação do economista Paulo Nogueira Batista Jr., diretor-executivo no FMI, “o campo mais promissor para o Brasil parece ser o das negociações Sul-Sul. Trata-se, primeiramente, de fortalecer e ampliar o Mercosul, além de implementar os acordos assinados pelo bloco com outros países”.
“Nada ganharemos com a retomada das velhas negociações de livre comércio com a União Européia ou com os Estados Unidos. A comissária de Agricultura da UE, Mariann Fischer Boel, já avisou: ‘A Europa nunca será capaz de oferecer bilateralmente o que estava preparada para oferecer nas negociações multilaterais’. Os norte-americanos também descartam acordo com o Brasil ou o Mercosul”, afirmou no artigo “Novo colapso da Rodada de Doha”, no jornal Folha de S.Paulo.
Sobre as negociações do G4 (Brasil, EUA, Índia e União Européia) em Potsdam, Alemanha, suspensas por iniciativa de Brasil e Índia, Paulo Nogueira considerou que “o Brasil atuou bem. Fez o que pôde. Não podia aceitar cortes acentuados nas tarifas sobre importações de bens industriais. Com poucas exceções, as nossas tarifas já são baixas. Foram substancialmente reduzidas em décadas recentes. Elas funcionam hoje como compensação parcial para as desvantagens estruturais ou sistêmicas com que se defrontam as empresas brasileiras (deficiências de infra-estrutura, custo tributário, custo do crédito doméstico, entre outras). Na situação atual em que a moeda brasileira registra substancial e persistente apreciação, uma redução expressiva de tarifas de importação poderia colocar em risco diversos segmentos do nosso parque industrial”.
Hora do Povo
Rizzolo: A América Latina precisa aprender a “pensar de dentro para fora”, esta bem claro que os EUA e a União Européia estão interessados em manter seu mercado e insistir no alto subsídio. Nesse esteio, o Banco do Sul é uma oportunidade de enlaçarmos a dinâmica dos paises da América Latina e termos o respaldo de um Fundo próprio da região. Os representantes do capital internacional que rezam a cartilha do FMI não gostam. A própria Asia já estuda um Fundo Monetário Asiático. Ou seja, nos só podemos contar com os parceiros que efetivamente dão reciprocidade, agora não adianta ensistir nos EUA, acho que já deu pra perceber, não é . Vamos tirar uma lição, com isso, vamos aprender com eles ( EUA) a defender nossos interesses, isso eles sabem fazer muito bem, como são competentes.
03/07/2007 às 7:47 PM
Mandou bem cara.
Esse é o início do fim da colonização dos países industriais. Somente defendendo nossos interesses, seremos capazes de desenvolver um parque industrial competitivo, uma economia interna forte e um padrão de vida mais alto para os cidadãos consumirem mais. Parece que finalmente os europeus e americanos perderam sua influência inquestionável e irrefutável como era no passado.