Rússia abandona tratado de Forças Armadas da Europa

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou neste sábado um decreto pelo qual o país abandona o tratado das Forças Armadas Convencionais na Europa (FACE).

A iniciativa foi justificada como reação “às extraordinárias circunstâncias que afetam a segurança da Federação Russa e exigem a adoção de umas medidas inadiáveis”, diz a nota oficial divulgada pelas agências russas.

Putin havia anunciado pela primeira vez a possibilidade de uma moratória sobre o cumprimento do tratado em abril passado, na sua mensagem sobre o estado da nação. Ele suspende assim um dos mais importantes tratados de desarmamento da Guerra Fria.

O acordo foi assinado em 19 de novembro de 1990, um ano antes da desintegração da União Soviética. Na época, Mikhail Gorbachov era o líder soviético e George Bush, pai do atual presidente americano, ocupava a Casa Branca.

O Ministério de Relações Exteriores comunicará aos países signatários do tratado a decisão da Rússia. O Kremlin acusa a Otan de não cumprir o FACE e tinha proposto convocar uma conferência extraordinária dos signatários.

Em resposta, a secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, tinha pedido que a Rússia não abandonasse o tratado, que considerou “um dos mais importantes do século XX”.

A decisão está relacionada aos planos americanos de posar elementos de seu escudo antimísseis na Europa Oriental, que a Rússia considera uma “ameaça direta” à sua segurança.

Fonte: EFE
Site do PC do B

Rizzolo: É evidente que diante da má intenção dos EUA em não querer emplementar em conjunto com a Rússia os plano de posar elementos de seu escudo antimísseis na Europa Oriental. Só podia dar nisso. agora a pergunta final :Será que os EUA acham a Russia é um país de idiotas ? Será que não percebem que os russos já ” sacaram” a intenção subliminar americana de instalar mísseis visando a Russia ?

Licenças de TV e soberania nacional

O jornalista chileno Ernesto Carmona compilou dados sobre outras licenças que foram canceladas ou invalidadas no mundo. Por que ninguém falou delas?

A União Internacional de Telecomunicações (UIT) reconhece amplamente o “direito soberano de cada Estado a regulamentar suas telecomunicações, levando em conta a importância crescente das telecomunicações para a salvaguarda da paz e o desenvolvimento econômico e social dos Estados…”.

No mundo muitos países adotaram antes decisões soberanas de não renovar e inclusive, abolir concessões, por exemplo:

O Perú, em abril de 2007, dispôs o fechamento de dois canais de televisão e três de rádio por descumprir a Lei de Rádio e Televisão, licenças vencidas e utilização de equipamentos não registrados.

No Uruguai, dezembro de 2006, as licenças das emissoras de rádio 94.5 FM e Concerto FM, de Montevidéu, foram canceladas e, além disso, também revocaram uma resolução que ampliava a cobertura do sinal a cabo Multicanal, pertencente ao grupo Clarín da Argentina.

Em El Salvador, em julho de 2003, a licença da Salvador Network foi invalidada.

No Canadá, em junho de 1999, também foi anulada a licença à Country Music Television (CMT).

Nos Estados Unidos, a Administração Federal de Comunicações (FCC, siglas em inglês), revocou, em junho de 1969, a licença à WLBT-TV; em 1981, à WLNS-T; em abril de 1999, à Trinity Broadcasting invalidou sua licença para a WHTF-TV; em abril de 1998, à Daily Digest (Rádio). Entre 1934 e 1987, 141 estações nos EUA perderam suas licenças, entre elas, 102 por não serem renovadas. Em 40 casos, foi cancelada a licença sem esperar que esta expirasse. Na década de 80 do século 20, dez licenças não foram renovadas.

Na Europa, a Espanha cancelou, em julho de 2004, a licença à TV Laciana (canal a cabo local) e, em abril de 2005, fechou as emissoras de rádio e de TV de sinal aberto em Madri; e depois, em julho do mesmo ano, dispôs o fechamento da TV Católica.

A França cancelou a licença de TV& em fevereiro de 1987, em dezembro de 2004, revocou a da Al Manar; e em dezembro de 2005, fechou a TF 1 por ter posto em dúvida a existência do holocausto.

Na Inglaterra, o governo de Margaret Thatcher cancelou a licença a uma das maiores estações de televisão da Inglaterra, simplesmente, por ter difundido notícias não gratas, ainda que absolutamente verdadeiras. Simplesmente, argumentou que “se já tiveram a estação durante 30 anos, por que deviam ter um monopólio?”. No mesmo Reino Unido, a autoridade dispôs, em março de 1999, o fechamento temporário da MED-TV-canal 22; em agosto de 2006, revocou a licença à ONE TV; em janeiro de 2007, a licença à Look 4 Love 2, em novembro de 2006, StarDate TV 24; e em dezembro de 2006, cancelou a do canal de televendas AUCTIONWORD.

Em 1990, a Irlanda cancelou a licença para começar a transmitir a TV3.

Na Rússia, em agosto de 2000, uma emissora de televisão foi fechada por ter difundido publicidade subliminal e, em março de 2002, foi encerrada a TV-6.

Em agosto de 2002, em Bangladesh, na Ásia, cancelaram a licença à Ekushey Televisão (ETV). Em nenhum destes países, houve campanhas como a atual da Rádio Caracas Televisão, que durou 53 anos.
Fonte: Granama Cuba

Rizzolo:Engraçado nessa lista não consta em nenhuma oportunidade o Brasil, que subserviência , hein! Precisamos analisar de perto essas questões das renovações automáticas das concessãoes que passa no caso brasileiro pelo Legeslativo, ao estipular a renovação automática das concessões de rádio ou TV, nossa Constituição acaba por estabelecer mecanismo evidente de apropriação privada de serviço público. De um direito contratual público, que careceria ser renovado periodicamente por licitação pública, passamos a ter um direito contratual atípico, que independe de licitação para sua renovação e que só pode deixar de ser realizada por votação nominal de dois quintos do Congresso.

Estabeleceu-se aí inegável imoralidade no âmbito de nossa Carta Magna, uma nódoa em nossa Constituição cidadã. Concessões de serviço público se transformaram em capitanias hereditárias de famílias notórias ou de políticos. Tal situação nada tem de republicana, remetendo à forma como a aristocracia do Estado Imperial se apropriava privadamente dos bens e serviços públicos

Fórum Social do Mercosul debate em Curitiba consolidação da integração latino-amerina

“Que esta chamada pela integração latino-americana ressoe por todo o continente. As condições para o rompimento com as políticas neoliberais que escravizam, que submetem, que desgraçam o nosso continente e os povos do mundo todo amadurecem a cada dia. Lutemos, avancemos, que não temos nada a perder a não ser as amarras que nos mantém atados ao subdesenvolvimento, à desesperança, à margem da vida”, conclamou o governador do Paraná, Roberto Requião, na abertura da Chamada Geral pela Integração Latino-Americana.

Realizada entre os dias 5 e 7 de julho, no Centro de Convenções de Curitiba, a reunião contou com a presença mais de 3 mil representantes de movimentos sociais para debater alternativas para ampliar e consolidar a integração dos países latino-americanos.

“Nosso objetivo é fazer uma integração social, cultural e política, e não somente a econômica, que já existe, não só a do comércio, que também já existe”, defendeu o deputado federal Doutor Rosinha (PT/PR, vice-presidente do Parlamento do Mercosul.

O economista Nilson Araújo Souza, membro do Comitê Central do MR8, defensor de uma integração pautada no fortalecimento das forças produtivas dos países que compõem o continente, disse que no Brasil a questão ganhou força no atual governo.

APOIO À VENEZUELA

Ao discursar na plenária “Soberania dos Povos e a Consolidação da Democracia na América Latina”, o filósofo Emir Sader, professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, ressaltou que, manipulando o fato de o governo da Venezuela não ter renovado a concessão da RCTV, “a direita brasileira cria uma armadilha para que a Venezuela deixe o Mercosul”. Postura apontada por José Reinaldo de Carvalho, secretário de Relações Internacionais do PCdoB, como uma interferência inaceitável na soberania da Nação irmã. “Estamos solidários a Chávez”, afirmou.

O coordenador nacional do MST, João Pedro Stédile, criticou a forma como vem sendo conduzida a questão do Mercosul e defendeu que a integração latino-americana deve levar em conta os problemas sociais dos povos que habitam o continente, apontando como focos de resistência países como Bolívia e Venezuela.

Também sobre este assunto, as entidades sindicais de trabalhadores em transportes de países da América do Sul e do Caribe, presentes ao encontro, aprovaram um documento ao Senado da República Federativa do Brasil em apoio à imediata aprovação da inclusão da República Bolivariana da Venezuela como membro pleno do Mercosul.

A questão da RCTV norteou a mesa que discutiu a democratização dos meios de comunicação. A deputada venezuelana Marelis Perez Marcano disse que em seu país há 73 redes de televisão regionais e 200 emissoras alternativas e que a concessão da RCTV foi negada porque esta “promovia a insurgência civil contra a Constituição do país”. “No lugar da RCTV temos agora a Televisão Social da Venezuela (TSV), uma tv de serviço público necessária ao país, que conta com humoristas, atores, jornalistas e outros profissionais com seus direitos trabalhistas garantidos”, completou a parlamentar.

JOSI SOUSA

Hora do Povo

Rizzolo: A identificação das forças reacionárias brasileiras que não querem a integração latino -americana usa o expediente de desqualificar a Venezuela como democracia, como diz o filósofo Emir Sader, “a direita brasileira cria uma armadilha para que a Venezuela deixe o Mercosul”, até porque isso fragiliza interesses norte americanos no continente. Como diz Requião não temos nada a preser até porque os países imperialistas jamais abrirão seus mercados para nós latino americanos.

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Luta de classes na Venezuela

Luta de classes na Venezuela

por Umberto Martins*

Karl Marx e outros pensadores notaram que a luta de classes tem sido o fio condutor do movimento da sociedade humana na história pelo menos desde o fim do chamado comunismo primitivo. “A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas de classes”, proclama o famoso “Manifesto Comunista”, de 1848, escrito por ele e Friedrich Engels.

Esta verdade, reiterada depois por Lênin e outros líderes revolucionários, não transparece à primeira vista na superfície dos fatos nem é percebida pelo senso comum; no mais das vezes é falseada ou escamoteada pelo pensamento dominante. Por isto, é oportuno evocá-la na análise da conjuntura política atual, em especial tendo em vista os acontecimentos em curso na Venezuela, onde a marcha de uma revolução que não faz segredo dos seus objetivos antiimperialista e anticapitalista acirra as contradições políticas, divide opiniões e desperta fortes paixões.

Uma guerra entre capital e trabalho

Sob uma ótica marxista não é difícil enxergar na agitada arena política do país vizinho a evolução radicalizada da luta de classes, cujos personagens principais são, nesta altura da vida, os mesmos que Marx apontava, no século 19, como protagonistas do drama social moderno: o capital, de um lado, e o trabalho, do outro.
Parece claro, hoje, que as pessoas que lideram a oposição ao governo Chávez, assumindo uma posição abertamente contrarevoluciária e pró-imperialista, encarnam os interesses do capital. São representantes da grande burguesia financeira, das transnacionais dos Estados Unidos e outras potências capitalistas; do imperialismo em geral; associados às classes dominantes locais (burgueses e latifundiários).

De outro lado, não devemos duvidar que o programa e as iniciativas da revolução bolivariana têm por fundamento os interesses e as aspirações históricas da classe trabalhadora, aqui compreendida, num sentido mais amplo que o habitual, como o conjunto da população trabalhadora, assalariados da cidade e do campo, desempregados, subempregados, autônomos, camponeses sem terra e pequenos proprietários rurais.

A bandeira do socialismo

São muitos os exemplos concretos que ilustram os vínculos da revolução e de seu principal dirigente, o presidente Hugo Chávez, com a classe trabalhadora. É o caso, entre outros, dos decretos sobre a reforma agrária, as pescas e os hidrocarbonetos; valorização do salário mínimo (agora o maior da América Latina); redução da jornada de trabalho para 35 horas semanais até 2010; revisão das privatizações promovidas pelos governos neoliberais e nacionalizações em setores estratégicos da economia que estavam sob controle das multinacionais.

O compromisso com a construção do socialismo do século 21 e as iniciativas que têm sido adotadas nesta direção – incluindo a instalação de fábricas socialistas, as nacionalizações, a aposta na democracia participativa e a instalação de conselhos populares (já foram criados cerca de 20 mil desde 2006) – definem e fortalecem o caráter social, proletário, da revolução bolivariana. A este respeito, é oportuno lembrar, aqui, as palavras proferidas por João Amazonas em entrevista à revista “Debate Sindical” (nº 41):

“Os trabalhadores devem ter presente que o socialismo é a sua grande bandeira, a sua grande aspiração de progresso e de libertação da opressão capitalista”.

Histeria capitalista

A defesa do socialismo reveste-se de particular importância neste momento histórico, ainda fortemente influenciado pelas idéias e políticas neoliberais que ganharam ares de verdades absolutas após a queda do Muro de Berlim. Não é de estranhar, portanto, a reação histérica das hostes capitalistas e de sua famigerada mídia contra a revolução e o presidente Hugo Chávez, taxado pelos representantes do capital financeiro de autoritário, populista, fanfarrão e demagogo devido à sua firme determinação de destruir o velho regime e abrir caminho para o socialismo do século 21. O ruído reacionário dos meios de comunicação monopolizados pela burguesia reflete a luta de classes no plano ideológico.

Assim como não se faz um omelete sem quebrar os ovos é também impossível promover uma verdadeira revolução social sem contrariar interesses de classes, que no caso estão profundamente enraizados. A reforma agrária se choca com os interesses dos latifundiários, as nacionalizações não são do agrado das transnacionais, a semana de trabalho de 35 horas assusta os capitalistas e assim por diante. A dura experiência histórica sugere que uma revolução que se preza não pode se dar ao luxo de tratar um inimigo poderoso e sem escrúpulos à base da paz e amor.

Hipocrisia burguesa

A mídia capitalista recorre ao expediente nazista de transformar mentira em verdade à base da repetição e massificação para mascarar o verdadeiro caráter de classes da luta política em curso na Venezuela e vilipendiar seus líderes, apresentando o drama político como um embate entre autoritarismo e democracia. É uma hipocrisia sem medidas.

Conforme notou o grande escritor e comunista português José Saramago, Hugo Chávez já se submeteu “sete vezes às urnas e venceu todas” (www.vermelho.org.br/base.asp?texto=21352). Foram os inimigos do presidente que recorreram a um golpe militar fascista, em abril de 2002, na vã e desesperada tentativa de reverter o processo revolucionário, defendido com vigor pelo povo e setores (majoritários) das Forças Armadas. O tiro saiu pela culatra, a radicalização da luta política renovou as energias revolucionárias.

Ficou fartamente comprovado que o putsch malfadado foi urdido em Washington. Para que não restassem dúvidas quanto à sua natureza de classe, foi liderado por um destacado líder capitalista, o breve Pedro Carmona, que à época presidia a Fedecamera, principal associação empresarial venezuelana. Seria preciso mais para comprovar a oposição do capital e dos capitalistas (enquanto classe) à revolução bolivariana?

Pequena burguesia em disputa

Para Marx e Engels, capitalistas proprietários dos meios de produção (burgueses), de um lado, e trabalhadores despojados desses meios (proletários), do outro, constituem as duas classes fundamentais do sistema social moderno, classes antagônicas e em perpétua luta. Porém, não são os únicos atores desta nossa história

É certo que, no jogo político, formações sociais intermediárias entre as duas classes fundamentais, geralmente identificadas como a classe média ou pequena burguesia (assalariada ou proprietária), também têm seu peso e papel, oscilando (no caso) entre as trincheiras do capitalismo neoliberal e a revolução bolivariana.

Vacilante por natureza, conforme já observava Lênin, a pequena burguesia é particularmente sensível ao canto de sereia da mídia capitalista em torno da “democracia” e tem sido alvo freqüente das manipulações contra-revolucionárias golpistas lideradas pelos porta-vozes do capital financeiro. Seu posicionamento político não é desprezível e pode ser decisivo. Por isto, é um segmento em disputa, que as forças da revolução devem procurar ganhar ou, ao menos, neutralizar.

Classe e nação

É notável na experiência da revolução bolivariana o entrelaçamento entre as chamadas questões nacional e social. O caráter antiimperialista do processo em curso, que tem nos EUA seu principal inimigo, é indubitável. Trata-se da iniciativa política mais ousada e avançada na América Latina em prol do direito à autodeterminação dos povos e da soberania nacional. E os fatos sugerem que, na atualidade e destacadamente em nossa região, não é possível desvincular a questão nacional da luta de classes.

Há muito, os grandes capitalistas da Venezuela andam de mãos dadas com os imperialistas dos EUA e da Europa; já nada têm de patriotas; capitularam à concupiscência das transnacionais, a quem cederam a exploração sem peias das riquezas naturais do país; seus representantes governaram de costas para o povo e penhoraram os interesses da nação junto à banca internacional e ao FMI, em nome da “globalização neoliberal”. Por tudo isto, a questão nacional vem assumindo, simultaneamente, um nítido caráter de classe.

O presidente Hugo Chávez percebeu, depois de muitas provas, que o projeto de libertação nacional e integração solidária dos povos latino-americanos não pode ser conduzido a bom termo pelas mãos sujas da grande burguesia; que o capitalismo neoliberal não rima com soberania. Com razão, defende a valorização do trabalho e enxerga no proletariado o protagonista da transformação social. A revolução que dirige vem em boa época e o tempo parece conspirar a seu favor na história.

Embora possa não parecer, o sistema imperialista hegemonizado pelos EUA não é perene e está em crise (econômica, política e militar), a ordem monetária ancorada na supremacia do dólar, corrompida pelo déficit comercial e pelo parasitismo, entrou em decomposição. O inimigo é poderoso, mas não é invencível. As forças políticas identificadas com a luta antiimperialista e a justiça social não devem vacilar em empenhar toda solidariedade à revolução bolivariana e ao presidente Chávez. É na batalha entre sombra e luz que se fecunda a história e o futuro pede passagem.

Viva o socialismo do século 21!

Umberto Martins, Jornalista, membro da Secretaria Sindical Nacional do PCdoB.
Site do PC do B

Rizzolo: Começar a edificação do socialismo implicaria substituir prevalência de um regime sujeito às leis do lucro, por um outro em direção às necessiades sociais. Na realidade mudar as relações de produção subordinar as mesmas aos ditames e interesses das forças produtivas. A questão do equlíbrio entre as relações de produção e as forças produtivas é na realidade a meta do soicialismo . A partir do momento em que um, modelo econômico e político, dirigido pela vontade majoritária da população, assume tais características,teria começado a vigorar uma forma embrionária de socialismo. Fica patente que nada se relaciona com a gestação de um modelo neodesenvolvimentismo, não há como as duas concepções interagirem ao mesmo tempo, vez que são radicamente contrárias, até porque a concorrência pelo lucro impede a progressiva formação de ilhéus coletivistas no capitalismo o que quase sempre é distorcido pela concorrência que impede essa formação social.

No Brasil e na Argentina acredita-se que a etapa anterior ao socialismo é o neodesenvolvimentismo, Tanto Lula quanto Kirchner, lideram esse eixo de centro esquerda, eu particularmente não compactuo dessa corrente acredito que postular que o socialismo pode ser iniciado num período contemporâneo leva a defender sem disfarces a identidade socialista, ao invés disso favorecer uma etapa neodesenvolvimentista induz ao titubeio à luta anticapitalista.

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Pentágono não atinge as metas de recrutamento militar há dois meses

O serviço de recrutamento do Exército dos EUA não conseguiu atingir as metas de recrutamento em junho pelo segundo mês consecutivo, um agravante para os defensores da permanência da ocupação do Iraque, já que os números de baixas da guerra não param de aumentar.

O Exército deixou de recrutar no mínimo mil novos alvos de sua meta de 8400 soldados para o mês de junho, afirmou um oficial do Pentágono que preferiu manter-se anônimo, segundo o “New York Times”. Os números não foram oficialmente divulgados ainda.

O tenente-coronel Dan Baggio, porta-voz do Exército, recusou-se a confirmar os dados, mas reconheceu a queda na quantidade de recrutados. “Não é uma tragédia”, admitiu. “Quando não atingimos a meta é algo a se preocupar, mas não estamos em pânico”.

Em maio, 400 alistados a menos foram registrados da meta de 5500, a primeira vez em dois anos que o serviço de recrutamento falhou em atingir suas metas. O declínio coincide com o forte aumento de baixas no Iraque, onde oficialmente 331 soldados morreram no segundo trimestre deste ano, pior período desde o início da ocupação, em março de 2003.

O declínio no recrutamento no mês de junho é ainda mais preocupante para o Pentágono especialmente porque é verão no hemisfério norte – período de férias escolares – quando normalmente o serviço de recrutamento não encontra dificuldades para atingir sua meta. “Um dos grandes desafios é o recrutamento para uma guerra longa, e é isso o que estamos vendo agora”, afirmou o oficial do Pentágono.

Hora do Povo

Rizzolo: O povo americano já se deu conta que essa guerra não tem sentido, tanto é que o governo americano recruta mercenários para o Iraque , é a privatização da guerra. A vantagem é que os mercenários não contam nas baixas. Uma vergonha, hein ! è sempre assim , começam , ” levam um pau” e não sabem como terminar e se debandar.

Governo revisa dados e conclui que 12,4 milhões vivem em favelas

O Brasil tem o dobro de moradores de favelas do que apontavam as estatísticas feitas durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1994-2002). O atual governo federal, disposto a encarar o problema da habitação de frente e sem maquiagens, solicitou a revisão dos cálculos e concluiu que o país tem 12,4 milhões de pessoas vivendo em condições precárias em 3,2 milhões de domicílios. Os cálculos do investimento necessário para resolver o problema também estão sendo revistos.

Antes, o dado reconhecido oficialmente era de 6,3 milhões de pessoas em 1,4 milhão de domicílios. A mudança se deu por uma reavaliação dos dados do Censo de 2000 do IBGE (Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O órgão não divulga dados de moradores de favelas. Porém, o item aglomerado subnormal era usado como referência para cálculos dos moradores por ser o único dado consolidado que se aproxima dessa realidade.

O próprio IBGE concorda que esse item subdimensiona o problema e que outros cálculos podem ser feitos a partir dos dados obtidos no censo, que são públicos e estão disponíveis a qualquer pessoa ou instituição. O instituto confirma ainda que estão sendo feitos estudos para mudar a definição do aglomerado subnormal a partir do Censo de 2010, para aproximá-lo mais da realidade.

Os novos cálculos foram feitos pelo CEM (Centro de Estudos da Metrópole), órgão ligado ao Cebrap (Centro Brasileiro de Análise e Planejamento), por encomenda do Ministério das Cidades.

O trabalho consistiu em identificar, nos próprios dados do IBGE, locais em que a situação socioeconômica dos moradores é bastante próxima daqueles moradores dos aglomerados subnormais.

Eduardo Marques, presidente do Cebrap, explicou que, para identificar a situação socioeconômica dos moradores a partir do Censo do IBGE, foram elaborados modelos estatísticos para cada uma das regiões metropolitanas do país. Cidades que não fazem parte de regiões metropolitanas foram agrupadas de acordo com características comuns.

Para o IBGE, são aglomerados subnormais áreas em que a posse do terreno é irregular –invasões de áreas públicas, por exemplo– e que têm pelo menos 51 domicílios. Ou seja, favelas com até 50 barracos não eram computadas. Favelas que ocuparam terrenos privados também não.

Novos investimentos

No resultado do Censo há ainda outras distorções. Favelas como Heliópolis, em São Paulo, e Rocinha, no Rio, são consideradas apenas parcialmente como aglomerados subnormais. Ou seja, para o IBGE, nem todos os moradores de Heliópolis vivem em condições que exijam uma política governamental para melhorar sua condição de vida.

”O tipo de população subnormal [do IBGE] está certo, embora ele subdimensione o problema”, disse Marques. Segundo ele, o cálculo do Cebrap também se aproxima da realidade, mas ainda assim subestima o problema, porque não identifica, por exemplo, pequenos núcleos de favelas encravados em bairros de alto padrão.

Com a constatação de que o número de pessoas em condições precárias –favelas, cortiços, palafitas e outros–é praticamente o dobro do que apontavam as estatísticas, o governo refez também os cálculos de quanto será necessário investir para solucionar o problema.

Segundo Júnia Santa Rosa, diretora de Desenvolvimento Institucional e Cooperação Técnica da Secretaria Nacional de Habitação, do Ministério das Cidades, o valor a ser investido pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) em áreas como habitação popular e saneamento básico já leva em conta a nova realidade.

O PAC prevê gastos de R$ 4,6 bilhões por ano para os próximos quatro anos em favelas e projetos de habitação, contando apenas recursos do Orçamento da União. Em 2006, saíram do Orçamento R$ 990 milhões para habitação popular (até três salários mínimos).

O levantamento foi em 555 municípios de regiões do país onde, de acordo com o Ministério das Cidades, se concentram 98% do problema de habitação precária ou irregular.

Com informações da Folha Online
Site do PC do B

Rizzolo: O subdimensionamento do problema acarreta algumas idíeas falsas . Contudo esse número de 12,4 milhões é dado expressivo que vem de encontro com a necessidade de um plano de desenvolvimento como o PAC que prevê gastos de R$ 4,6 bilhões por ano para os próximos quatro anos em favelas e projetos de habitação. Só um regime onde há realmente oportunidade e melhor distribuiçõa de renda poderemos resolver essa questão , dinheiro tem, é só deixar de fazer superávit primário. Temos que enfrentar o cerne da questão.

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