Uma sabotagem pode ter ocasionado a pane no sistema elétrico do Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta) 4, em Manaus, que prejudicou o tráfego aéreo brasileiro no fim de semana. A assessoria de imprensa do Comando da Aeronáutica informou hoje (22) que abriu sindicância para investigar o caso.
O prazo para apresentação do laudo é de 40 dias. Além da possibilidade de sabotagem, serão investigadas possíveis falhas nos procedimentos para acionar os geradores de energia sobressalentes e problemas técnicos dos equipamentos.
De acordo com a assessoria, não havia motivo para o sistema falhar, pois não houve interrupção do abastecimento de energia pela companhia local.
Outro motivo para desconfiança é o momento do incidente. O período da noite é considerado horário de pico devido ao grande números de vôos internacionais que cruzam a região – a imprensa publicou relatos, não confirmados pela Aeronáutica, de que aviões vindos do exterior tiveram de voltar para seus locais de origem devido à pane.
O Cindacta 4 possui dois geradores de reserva onde foram constadas “anormalidades”, informou nota divulgada ontem. No momento do incidente, apenas um foi acionado, o que sobrecarregou o sistema e levou à falta total de energia.
Os problemas no controle de tráfego aéreo ganharam repercussão quando houve o acidente com o Boeing da Gol em 29 de setembro do ano passado. Desde então, controladores têm sido culpados e, ao mesmo tempo, têm apontado falhas na infra-estrutura e nas condições de trabalho de maneira geral. O impasse levou a greves que provocaram caos nos aeroportos mais de uma vez e a situação ainda não foi solucionada.
Na última terça-feira, um acidente com um Airbus da TAM causou a morte de 187 ocupantes e outras tantas vítimas que estavam no solo, já que o avião se chocou contra um prédio da própria companhia aérea. A tragédia voltou a alimentar a discussão. Estão sendo apresentados indícios de que pode ter havido falha do piloto ou da aeronave.
Na manhã de hoje, quase 40% dos vôos programados atrasaram e 9% foram cancelados. Entre meia-noite e 11 horas, houve 243 atrasos de mais de uma hora e 57 cancelamentos entre as 616 partidas programadas nos aeroportos administrados pela Infraero no país. Em Congonhas (SP), um terço dos vôos foi cancelado entre 6 e 11 horas, período no qual a assessoria da Infraero disponibilizou os dados.
Agência Brasil
Site do PC do B
Rizzolo: Isso ai precisa ser devidamente apurado, sabotador é o que não falta, agora falar em gerador com problemas se não houve queda de energia, é meio estranho, porque o sistema de ” no break” justamente aciona os geradores quando não há energia, mas se não caiu, então não foi acionado; uma coisa é certa, sabotador não falta, e explicação técnica tambem não .
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