Ativistas americanos desafiam Casa Branca, vão a Cuba e voltam aos EUA

Washington, 28 jul (EFE).- Um grupo de jovens ativistas americanos cruzou neste sábado a fronteira entre Canadá e Estados Unidos, voltando de uma viagem a Cuba para desafiar a proibição de visitar a ilha feita pelo embargo de Washington contra o país caribenha.

De acordo com o site do jornal “The Buffalo News”, cerca de 80 ativistas do grupo “Brigada Venceremos” cruzou sem problemas a passagem fronteira entre as Cataratas do Niágara, no Canadá, e Buffalo, no estado de Nova York (EUA).

Uma advogada que colabora com o grupo, Molly Doherty, afirmou que quando os ativistas reconhecem que estiveram em Cuba, são permitidos a entrar. Mas, depois, muitos recebem uma carta oficial informando que devem pagar uma multa de US$ 7.500 ou mais.

O grupo, formado em 1969 para se solidarizar com o regime de Havana, organiza todos os anos viagens de brigadas de trabalho a Cuba.

A viagem da “Birgada Venceremos” coincide com a polêmica sobre a visita do diretor de cinema Michael Moore à ilha para comparar os sistemas de saúde de Cuba e dos EUA.

Moore afirmou na quinta-feira que o Governo americano enviou uma intimação para esclarecer a viagem.

A ação do grupo de ativistas coincide também com uma iniciativa de vários parlamentares democratas no Congresso para aliviar o embargo ao povo cubano.

Washington impôs um embargo a Cuba em 1963, quatro anos após a guerrilha de Fidel Castro tomar o poder na ilha, e dois após uma frustrada tentativa de invasão organizada pela CIA.
Fonte : UOl

Rizzolo: Essa imbecilidade do governo americano em proibir a ida de cidadãos norte americanos à Cuba denota o infantilismo de Bush. A ação do grupo de ativistas coincide também com uma iniciativa de vários parlamentares democratas no Congresso para aliviar o embargo ao povo cubano. Washington impôs o boicote a Cuba em 1963, quatro anos após a guerrilha de Fidel Castro assumir o poder na ilha — e dois após uma frustrada tentativa de invasão organizada pela CIA. Depois de Michael Moore, agora foi a vez dos ativistas americanos cruzando neste sábado a fronteira entre Canadá e Estados Unidos, voltando de uma viagem a Cuba para desafiar a proibição de visitar a ilha feita pelo embargo , numa demonstração contrária a essa ” babaquice “. Bush se desmoraliza dia a dia.

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Decreto-lei de W. Bush oficializa tortura da CIA

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“O propósito derradeiro da lei, em outras palavras, é o de proteger os perpetradores potenciais, não as vítimas potenciais”, afirmou o jornalista David Cole sobre a cláusula final proibindo os torturados de processar Bush e a CIA

O Torturador-em-Chefe George W. Bush assinou, através de uma ordem executiva, na sexta-feira dia 20 de julho, a retomada pela CIA, oficialmente, nos EUA e no mundo inteiro, de seus trabalhos de tortura e sevícia, agora sob suposta “proteção” da sua reinterpretação das proibições estabelecidas pelas Convenções de Guerra de Genebra. Sua “reinterpretação”, a “ordem executiva” que assinou, além de inteiramente impotente para mudar seu fracasso no Iraque e no Afeganistão, não torna legal a tortura. É, no máximo, a confissão de que é dele a responsabilidade pela tortura. Quanto a qualquer seriedade da lei, registre-se que segue proibido o contato do Comitê Internacional da Cruz Vermelha com os presos nas mãos da CIA, ou destes com seus familiares.

Dois altos funcionários do governo Bush disseram ao “Washington Post” que agora “suspeitos sob custódia dos EUA poderão ser levados imediatamente para o programa de ‘interrogatório reforçado’ e sujeitos a ‘técnicas que vão além das permitidas aos militares dos EUA”. De acordo com o jornalista Karen de Young, a lei de Bush carece de “qualquer detalhe sobre as reais técnicas de interrogatório”. Já o diretor da CIA, general Michael Hayden, disse que a lei de Bush permitirá à CIA “focar no nosso trabalho vital” – traduza-se por tortura -, “confiante que nossa missão e autoridade estão claramente definidas”.

Tamanho é o isolamento de Bush, que a rejeição de sua lei extravasou pelos mais insuspeitos sustentadores de sua política nos últimos anos. No site da revista “Time”, Ana Marie Cox ironizou o alvoroço sobre a questão: “A boa notícia: nós não torturamos! A má notícia: quanto ao que seja tortura, como os violadores serão punidos, se ou não haverá tortura, bem, você terá de acreditar na palavra deles”. Ana Marie também registrou que nos “direitos humanos básicos” estabelecidos na lei de Bush, “não está incluído o sono”. Ainda de acordo com o “WP”, nas palavras de uma “fonte” da inteligência, a nova lei “contém tudo que a CIA precisa e mais do que ela tinha pedido.”

“NOVOS MÉTODOS”

Foram dez meses de “suspensão” oficial dos “novos métodos de interrogatório”. Não que a CIA tenha parado, por algum momento, de torturar. Mas, desde outubro do ano passado, o antro vinha encenando ter suspendido a tortura, após tardia decisão da Suprema Corte, passados cinco anos de silêncio, no caso “Hamdan v. Rumsfeld”, ter declarado que qualquer preso sob custódia dos EUA, em qualquer local do planeta, tinha direito à proteção das Convenções de Genebra, de que os EUA são signatários. Hamdan está seqüestrado em Guantánamo. A CIA chegou até a repassar para o Pentágono 14 cativos de suas prisões secretas. Certamente, uma pequena parte, só para constar.

A sentença pela validade das Convenções de Genebra se seguiu ao debate dentro do Congresso dos EUA, provocado pelos escândalos da tortura, estupro e assassinato em Abu Graib, Bagran e Guantánamo. Meio por temerem o que poderia, daqui em diante, acontecer no estrangeiro com os soldados norte-americanos capturados, e ainda numa tentativa de lavarem a face do exército norte-americano ali flagrado, os congressistas dos EUA aprovaram, contra Bush, o chamado “Ato do Dever Militar”. O “Ato” faz alguns reparos, bastantes limitados, à barbárie, e determinou “interrogatórios de acordo com o Manual Militar”. Note-se que o exército dos EUA sempre torturou em massa, de que é prova seu mais afamado centro de adestramento de torturadores, a “Escola das Américas”. Tornara-se público, ademais, que a CIA realizava os “vôos da tortura” ao longo do planeta e mantinha prisões secretas em muitos países, com a cumplicidade de seus governos.

Na verdade, apesar de toda a repercussão sobre os “novos métodos” de tortura da CIA e do Pentágono, sabe-se que eles são um tipo particularmente sórdido de “amaciamento” dos presos, um acréscimo aos métodos essenciais de tortura. O que veio à tona em Abu Graib não foram os porões ensangüentados da CIA, mas as ante-salas das câmaras de tortura. Não foram os agentes da CIA que foram flagrados, mas os débeis mentais treinados pelo general Miller no fracassado intento de quebrar a Resistência iraquiana. O essencial está no “velho manual”: choque elétrico, trucidamento, afogamento, estupro, uso de drogas e mutilação.

CONVENÇÃO DE GENEBRA

Por se tratar disso, é que propositalmente o texto da “ordem executiva”, depois de fazer um imbróglio entre as Convenções de Guerra de Genebra, e as “interpretações” de Bush, enuncia generalidades supostamente contra a tortura, mas deixando os furos para encobrir seus autores e mandantes. Como destacou Jonathan Hafetz, do Centro Brennan pela Justiça da Escola de Direito da Universidade de Nova Iorque, a ordem executiva “proíbe atos intencionais e ultrajantes de abuso, mas somente onde o propósito é humilhar e degradar um indivíduo”. Assim, se um torturador “diz que essas técnicas, seja a simulação de afogamento ou técnicas de stress, são feitas para arrancar informação, não para humilhar um detido, eles podem argumentar que isso não iria contrariar a ordem executiva”. “A mesma coisa quanto a atos para denegrir a religião de alguém”, explicou Hafetz. “Se você arranca o Alcorão de alguém, não para denegrir, mas como uma técnica de interrogação para obter informação – o que eles fizeram no passado – eles poderiam argumentar que isso é permitido sob a lei”. Outro trecho da “lei”, como assinalou o jornalista David Cole, do site “Salon”, “parece permitir ferir ou espancar um suspeito o tempo que for, enquanto o ferimento não trouxer ‘risco de morte, dano de função significativo ou dor física extrema,’ um termo inteiramente subjetivo.” Já “uma autoridade sênior” da CIA disse ao “WP” que “qualquer uso futuro do ‘extremos de calor e frio’ seria sujeito a ‘uma interpretação razoável’ … não estamos falando em induzir hipotermia à força”.

REVELAÇÃO

Cole denunciou que “as palavras mais reveladoras” da lei de Bush “vêm no final”. A sua última seção estabelece expressamente que a lei “não cria quaisquer direitos imputáveis contra os Estados Unidos ou seus funcionários por qualquer vítima, enquanto expressamente oferece aos funcionários da CIA uma defesa contra qualquer tentativa de serem responsabilizados pelo abuso”, afirmou. “O propósito derradeiro da lei, em outras palavras, é proteger os perpetradores potenciais, não as vítimas potenciais”, destacou. Melhor dizendo, é uma manifestação de que os mandantes dos perpetradores, a começar pelo criminoso de guerra W. Bush, estão sentindo imperiosa necessidade de uma fachada “legal” de encobrimento, enquanto sua aventura no Iraque desaba.

ANTONIO PIMENTA
Hora do Povo

Rizzolo: Na realidade o decreto oferece imunidade aos torturados da CIA uma vergonha em se tratar de um país que se diz “liberal ” que de liberal nada tem. Como diz o o diretor da CIA, general Michael Hayden, disse que a lei de Bush permitirá à CIA “focar no nosso trabalho vital” – traduza-se por tortura -, “confiante que nossa missão e autoridade estão claramente definidas”. Uma vergonha descabida !

Venezuela compra na Rússia os submarinos da quarta geração

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Os especialistas militares da Venezuela mantêm as “consultas ativas” com seus colegas da Rússia com objetivo de adquisição de um importante lote de submarinos , noticia esta quinta-feira (14) Ria-Novosti, citado uma fonte anónima do setor naval russo.

“ Agora é demasiado cedo para informar data ou cifras concretas “ , mas as negociações tratam de diferentes variantes , em particular, do fornecimento de “ submarinos da quarta geração Amur-950 e Amur-1650”, assim como “ modelos do projeto 636 que têm integrado um sistema lança-mísseis”, disse a fonte.

Os sistemas de mísseis russos Club-S, integrados em submarinos , não têm comparação no mundo. Foram desenvolvidas para destruir objetos submergidos em água, costeiros e de superfície aquática em condições da forte resistência radioelectrónica e de fogo.

Segundo o jornal russo Kommersant o ajuste comercial já está confirmado e o acordo será assinado durante a visita do presidente venezuelano Hugo Chávez à Rússia nas finais deste mês . De acordo com jornal que cita hoje suas fontes também anónimas, Caracas encomendou cinco submarinos diesel-eléctrico 636 e quatro de um novo modelo de submarino diesel-eléctrico Amur 677E que irá fornecido às Forças Armadas russas só este ano. O lote está avaliado em 1-2 bilhões de dólares .

Se a venda for realizada, poderia convertir-se “em um novo fator de irritação nas relações entre Moscou e Washington”, comenta Kommersant.

Venezuela quer submarinos para enfrentar um eventual bloqueio naval dos EUA.

Desde 2005, Caracas gastou 3.400 milhões de dólares (2.600 milhões de euros) em armas de Rússia, incluindo 24 aviões de caça, 35 helicópteros militares, sistemas de defesa aérea e 100.000 metralhadores Kalashnikov.

Por Lyuba Lulko
Pravda RU.

Rizzolo: A indústria de armamento russo é extremamente desenvolvida, as encomendas da Venezuela irritam o governo dos EUA. No Brasil precisamos desenvolver o submarino nuclear que será um grande passo na defesa de nossa soberania em face a possibilidade de autonomia frente à extenção de nossa costa marítima.

Cansei de que ? Contra fatos não há argumentos !

Aos golpistas um vídeo elucidativo. Enganar o povo vai ser difícil viu !

Mídia orquestra nova onda golpista

Por Altamiro Borges

Como alerta o jornalista Eduardo Guimarães em seu blog Cidadania, “que ninguém se iluda, o golpe está em gestação”. Na mesma toada, Luiz Carlos Azenha, que preferiu deixar a poderosa TV Globo para escrever livremente no seu blog Vi o Mundo, ataca a manipulação na cobertura da tragédia de Congonhas: “Os objetivos da mídia a gente já sabe: enfraquecer o Lula de olho nas eleições de 2008. É a única explicação razoável para tanto exagero, distorção, omissão e mentira”. Já o irreverente Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada, também garante que uma nova onda golpista da mídia está em curso – e “só o governo Lula parece que não vê”.

Estas e outras poucas vozes críticas e independentes, num país sob o violento cerco da ditadura midiática, têm razões de sobra para os seus temores. Fragorosamente derrotada nas eleições de outubro passado, a mídia burguesa está novamente excitada e ouriçada. Na prática, ela ocupa o papel, descrito pelo intelectual italiano Antonio Gramsci, de “partido da direita”, substituindo o PFL (travestido de Demo) e o PSDB, que foram rechaçados nas urnas e estão divididos e sem rumo. Desde sua posse, o presidente Lula não teve um minuto sequer de folga. A cada dia surge uma nova denúncia midiática para fustigar, desgastar e paralisar o seu governo.

Quatro investidas rasteiras

A onda denuncista, sem provas ou escrúpulos, é brutal. O jornalismo, de fato, sucumbiu diante da sanha golpista da mídia. Não há qualquer preocupação com a investigação séria, o espaço para as opiniões contrárias sumiu, os adjetivos grosseiros substituíram o substantivo, as vidas humanas tornaram-se o palanque do jogo sujo e politiqueiro. A neutralidade e a imparcialidade, presentes nos cursos de jornalismo e nos ridículos manuais de redação das empresas, viraram letra morta. Colunistas regiamente pagos e com livre acesso entre os magnatas do dinheiro e do poder tornaram-se porta-vozes do preconceito e da mentira, serviçais da residual elite nativa.

Até agora já foram quatro investidas. Como não dá para espinafrar diretamente o presidente Lula, que goza de enorme popularidade e conta com os bons ventos – sempre aparentes – da economia, os ataques covardes ocorrem pelos francos. Primeiro foi o alarde contra o irmão do presidente, o desconhecido Vavá, que ocupou dezenas de manchetes nos jornais e farto espaço nas TVs. Como não houve qualquer prova contra o governo, Vavá sumiu do noticiário e voltou ao anonimato, sem que a mídia desse qualquer explicação ou desculpas. Mais uma vez valeu a “presunção da culpa”, num afronta à Constituição, que garante a “presunção da inocência”.

Renan e as vaias no Pan

Na seqüência, o presidente do Senado, Renan Calheiros, que sempre freqüentou os corredores do poder e nunca foi incomodado, virou o alvo preferencial. O mote foi um caso extraconjugal. Mas, como ironizou o governador Roberto Requião, a mesma mídia nunca falou nada sobre o romance do ex-presidente FHC com a repórter Miriam Dutra, da TV Globo, que também gerou um filho bastardo. O ataque a Renan Calheiros, independentemente do seu passado, foi mais uma abjeta manobra para enfraquecer um importante aliado do atual governo, para paralisar as suas ações e, se possível, para levar à presidência do Congresso um senador direitista.

Com o recesso parlamentar, a nova orquestração se deu na abertura dos jogos Pan-Americanos. Uma vaia bem ensaiada, como retratou um vídeo no Youtube, num estádio lotado por uma elite capaz de pagar R$ 250,00 pelo ingresso, intimidou e “entristeceu” o presidente Lula. O prefeito Cesar Maia, um marqueteiro de quinta-categoria e um dos expoentes fascistas do Demo, nem escondeu seu golpe rasteiro, que alimentou as manchetes dos jornais. Ele acaba de anunciar no seu ex-blog a venda pela internet de camisetas com os dizeres “Eu vaiei o Lula no Pan”.

Urubus na tragédia aérea

A investida mais sinistra e desumana, porém, deu-se com o triste acidente do Airbus A-320 da TAM. Antes mesmo da confirmação dos 200 corpos carbonizados, a mídia sensacionalista já havia achado o culpado pela tragédia, o presidente Lula. Num flagrante desrespeito às vítimas e suas famílias, ela tentou dramatizar ao máximo as chocantes cenas para tirar proveito político do acidente. A Folha de S.Paulo estampou na capa artigo afirmando que “Lula assassinou 200 pessoas”. Edições normais e extraordinárias da TV Globo bombardearam seus telespectadores com informações parciais sobre a crise aérea e a falta das ranhuras no aeroporto de Congonhas.

A cobertura da tragédia foi totalmente unilateral e manipulada. O Estado de S.Paulo chegou a omitir de seus leitores um documento, obtido na mesma noite do acidente, que comprova que o Airbus operava sem o reverso, um freio indispensável na chuva. A mídia também escondeu os dois “incidentes” com a mesma aeronave poucos dias antes da tragédia e não deu destaque ao parecer do Instituto de Pesquisa Tecnológica (IPT) que atestava as condições técnicas da pista do Aeroporto de Congonhas. Talvez devido aos fartos recursos publicitários da TAM, a mídia venal também não alardeou o primeiro mandamento desta empresa: “Nada substitui o lucro”.

Golpe midiático em gestação

Toda esta onda desprezível de manipulação tem objetivos nítidos. Visa pautar a agenda política do país, paralisando e ofuscando as ações do governo (o PAC sumiu do noticiário), e desgastar o presidente Lula, numa intensa campanha de linchamento. Recente pesquisa do Instituto Vox Populi já revela os efeitos desta operação golpista. Lula se mantém com alta popularidade entre os trabalhadores e as camadas mais pobres, mas cresce a sua rejeição entre os setores médios e ricos – num típico processo de “venezuelização” da sociedade. Uma rápida ida aos aeroportos corrobora a pesquisa, com executivos e madames hidrófobos contra “este peão na presidência”.

Com este caldo de cultura, a nova ofensiva da ditadura midiática poderá estimular protestos da “sociedade civil”, reeditando as “marchas da família, com Deus e pela liberdade”, que criaram o clima indispensável ao golpe de 1964. Um ministro do Superior Tribunal Militar, Olympio Pereira, o mesmo que solicitou prisão preventiva do operário Lula durante a ditadura, inclusive já ousou pregar abertamente golpe. Há boatos de que o príncipe das trevas, FHC, está em plena atividade conspirativa. E, agora, ricos empresários e notórios tucanos, a partir de um bunker de mansões em Campos do Jordão, resolveram investir fortunas na campanha intitulada “cansei”.

“Acorda Lula, chama o teu povo”

Não dá para ficar passivo diante desta nova orquestração. Os movimentos sociais, preservando sua autonomia e reforçando a pressão pelo avanço nas mudanças, precisam entrar em estado de alerta para evitar surpresas desagradáveis. A direita golpista, bafejada pela ditadura midiática, já escolheu as suas armas e suas bandeiras. Há um discurso unificado, reproduzido a exaustão, contra a “incompetência administrativa” do governo Lula. Nem a indicação de Nelson Jobim, um político de centro e ex-ministro de FHC, intimidará a oposição neoliberal. Ela não tem mais retorno. Ou derruba o presidente ou o sangra ao máximo com vistas às próximas eleições.

O mesmo alerta serve ao governo Lula, que insiste no beco sem saída da conciliação e alimenta as cobras. Não dá para alisar esta elite preconceituosa e golpista. Não é possível fazer omelete sem quebrar ovos. É preciso maior ousadia no enfrentamento dos graves problemas estruturais do país, contrapondo-se aos interesses mesquinhos desta elite predadora e autoritária; é urgente conclamar o povo, num esforço pedagógico, para evitar o retrocesso e avançar nas mudanças. O veterano jornalista Mino Carta, que conhece bem a postura antidemocrática desta gente, não vacila em afirmar que está em curso um novo golpe no Brasil. “Estamos às vésperas do retorno da Marcha da Família, com Deus e pela Liberdade… Acorda Lula, chama o teu povo”.

Altamiro Borges é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e autor do livro Venezuela – Originalidade e Ousadia (Editora Anita Garibaldi, 3ª edição)

Site do PC dp B

Rizzolo: O governo Lula precisa estar atento e dar uma resposta à altura e não alimentar as cobras, com a teoria da conciliação até porque a direita e a elite não querem conciliação nehuma querem derrubá-lo.

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