Levantamento da Liderança do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo aponta que, atualmente, tramitam 3.031 processos de contratos irregulares referentes aos sucessivos governos tucanos, de 1998 para cá. Há oito anos que a Assembléia Legislativa, sempre dominada pela maioria que sustentou e, ainda, sustenta estes governos, não tomava decisão nenhuma sobre esses processos. Deste total de contratos irregulares, analisando somente o período de 1998 a 2002, cerca de 400 são da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano – CDHU, onde residem os maiores casos de corrupção do Estado.
Os processos foram encaminhados à Assembléia pelo Tribunal de Contas do Estado que são transformados em Projeto de Decreto Legislativo – PDL – e analisados pelas comissões de Finanças e Orçamento e de Fiscalização e Controle. Só após percorrer esse caminho é que os processos seguem para a deliberação do Plenário da Assembléia, onde os deputados decidem se os PDL’s serão enviados ao Ministério Público para abertura de inquérito ou se serão arquivados. Isso não estava sendo feito.
A bancada do PT levantou esse problema no ano passado, quando o deputado Enio Tatto assumiu interinamente a presidência da Comissão de Finanças e Orçamento. Descobriu-se que havia mais de mil contratos irregulares parados na Comissão.
Recentemente, um “pente fino” nestes PDLs constatou que dos 1.432 contratos referentes ao período 1998/2002, 398 são de obras da CDHU e envolvem 77 mil unidades habitacionais construídas e a quantia de R$ 2,4 bilhões em valores atualizados.
Daqueles 398 PDLs referentes à CDHU, 41 receberam uma reforma por um parecer de relator designado pelo presidente da Assembléia. Ou seja, o Tribunal considerava irregular, comunicava a Assembléia e, na Comissão, o relator mudava o parecer do Tribunal e o PDL voltava a ficar estacionado. Outra coisa grave deste modus operandi tucano é que, esses processos, se fossem encaminhados ao Ministério Público para apuração, já se teriam passados muitos anos, correndo-se o risco da prescrição dos possíveis crimes. Este esquema continua no governo Serra. Recentemente, o Diário Oficial publicou novos pareceres “reformando” contratos considerados irregulares pelo TCE e, de novo, muitos deles referentes à CDHU.
Além de utilizar todas as manobras possíveis para barrar as CPIs na Assembléia Legislativa de São Paulo, como as da Linha 4 do Metrô, da Nossa Caixa e do envolvimento de policiais com a máfia de caça-níqueis e, com isso, passar para o povo uma falsa imagem de governo sem corrupção, os tucanos se utilizam desse outro esquema, por si só escandaloso, para encobrir fraudes nas administrações tucanas em São Paulo.
O líder do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo, Simão Pedro, diz que a bancada está atenta aos escândalos da CDHU e já oficiou o Ministério Público sobre as providências que este órgão têm ou não tomado sobre estes casos. Aos poucos, a sociedade paulista e brasileira vai tomando consciência do “farisaísmo” dos tucanos de apontar cisco nos olhos dos outros para disfarçar suas próprias ações.
Do Site do Zé Dirceu
Rizzolo: Essa é uma forma perversa de esconder as verdadeira falcatruas do Tucanato, essas ” manobras Tucanas ” devem ser rechaçadas pelo povo, que até pela timidez que a imprensa golpista noticia passa-se por “expedientes burocráticos”; os tucanos usam de todas as formas para engavetar as safadezas para encobrir fraudes nas administrações tucanas em São Paulo. E depois se alçam como moralistas, dão seminários nos Jardins para a elite, e promovem conspirações na calada da noite, com discursos rasos, vazios e golpistas. Um belo exemplo foi FHC que fez importante pronunciamento, ontem, em São Paulo, para uma platéia de empresários.
Como diz Paulo Henrique Amorim no seu Blog ” O Farol de Alexandria disse que “as brechas entre ricos e pobres não devem ser aumentadas na política” Referia-se, evidentemente, ao Presidente Lula, que, segundo FHC, “aumenta as brechas entre ricos e pobres”.Vamos dar uma olhada em quem comanda a “Americas Quarterly”, da Americas Society, tradicional think tank americano ligado à família Rockeffeler. Não confundir com o Council on Foreign Relations, que fica num prédio em frente, na região nobre da Park Avenue, em Nova York.O Council é muito mais importante do ponto de vista político e acadêmico.Na Americas Society, David Rockefeller é o Chairman Honorário. É herdeiro da família que fundou o Chase Manhattan Bank e a Esso.Bill Rhodes é o Chairman. Rhodes é do Citibank e negociou a dívida externa brasileira, do lado do Citibank, é claro. Susan Segal é quem toca a Americas Society. Antes de exercer essa função, trabalhou nos bancos JP Morgan e Chemical/Chase, onde teve participação ativa nas negociações das dívidas dos países do Terceiro Mundo. Ela participou da negociação das dívidas do Chile e das Filipinas. No mundo encantado de Rockefeller, Rhodes e Segal não existe brecha entre ricos e pobres – de preferência, não existem pobres. O Farol conhece bem esse eleitorado.” Ótima reflexão do Paulo Henrique Amorim, e Nobre lugar pro FHC falar sobre pobres.
Belos representantes da elite , hein !