A farra dos bancos

Primeiro foi o Bradesco. Os jornais da terça-feira, sete de agosto, trouxeram a notícia do novo recorde histórico. O lucro líquido declarado pelo banco alcançou, no primeiro semestre deste ano, a espantosa soma de R$ 4,007 bilhões, um montante superior em 27,9% ao abocanhado no mesmo período no ano de 2006. Até então, era o maior resultado já obtido em um semestre por um banco privado no Brasil.

No dia seguinte, no entanto, o pódio de ouro do ganho financeiro tinha novo titular: o banco Itaú. Seu lucro líquido declarado no semestre foi de R$ 4,016 bilhões, resultado 35,8% superior ao obtido no mesmo período do ano passado. Superou o concorrente nesta corrida absurda, onde o vendaval da rapina legalizada e contínua concentra a riqueza num número cada vez menor de mãos.

Logo em seguida virão os resultados dos bancos privados menores, onde a mesma tendência de aceleração do ganho na intermediação financeira deve ser registrada. E também o resultado do Banco do Brasil que, embora público, opera no mesmo diapasão dos bancos comerciais. Uma verdadeira farra ensandecida que os jornais noticiam com ares de fatalidade natural. É a lógica implacável do modelo econômico dominante, diante do qual ao cidadão é reservada a condição de vítima silenciosa.

São dados que afirmam o Brasil como um verdadeiro paraíso dos banqueiros, onde a extorsão financeira nada de braçada. O gráfico tipo escadinha, que compara nos semestres a lucratividade da banca privada, se desenha com patamares cada vez mais elevados e sofre uma súbita elevação neste ultimo período. No caso em pauta, dados dos primeiros semestres, o Itaú evoluiu assim: em 2004, R$ 1,824 bilhão; em 2005, R$ 2,474 bilhões; em 2006, R$ 2,958 bilhões; em 2007, R$ 4,016 bilhões. A escadinha do Bradesco não é diferente, e ambos anunciam que vão lucrar ainda mais no próximo semestre.

Como diria o nosso loquaz presidente, nunca em nenhum governo ou momento da história, desde que os fenícios inventaram o dinheiro, se ganhou tanto em tão pouco tempo. Até a Folha de S. Paulo, em editorial do dia 8/8, afirmou que “os banqueiros (…) continuam acumulando motivos, medidos na casa dos bilhões, para aplaudir o governo petista”. Não foi, é claro, o governo Lula que inventou a engrenagem infernal do cassino financeiro. Mas está comprometido com ela até a medula, pois a política econômica do governo é o principal motor da sangria desatada.

Sem dúvida, os ganhos da casta financeira no Brasil suplantaram o patamar do humanamente tolerável. Esse dinheiro que gera dinheiro é o reverso dos gargalos que atravancam o funcionamento dos demais setores da economia. Recolhido nas fortalezas inexpugnáveis da banca privada, livre de qualquer tipo de controle social, ele é uma fonte de dominação e avassalamento. O Banco Central, que deveria ser o agente público regulador do sistema financeiro, presta serviço ao inimigo. Ao operar como guardião dos postulados da macroeconomia conservadora, ele abre largas avenidas para a reprodução continuada da espetacular farra dos bancos.

escrito por Léo Lince , sociólogo.
Site Correio da Cidadania

Rizzolo: “Difícil distinguir um assalto à banco da fundação de um banco”. Essa frase atribuída a Karl Marx nunca foi tão precisa. Se pudesse ver os lucros dos bancos brasileiros durante o governo Lula, o velho revolucionário alemão seria certamente tomado de súbito pavor. Tenho dito com frequência que esses lucros chegam à raia da imoralidade num país pobre como o nosso, não é possível que diante da miséria reinante num páis como o nosso a ciranda especulativa beneficie banqueiros que apoiam a política neoliberal, e que estão a serviço do capital internacional, não é possível que não apareça uma voz patriota e diga que isso é imoral e que esse dinheiro e esse lucro baseado na política econômica estabelecida de cassino onde os patamares de juros que alimentam o dinheiro na especulação, e não na produção deve ser revertido e controlado por um Banco Central ético. Falta ética para o Banco Central e apesar de apoiar a política neodesenvolvimentista de Lula não posso conviver com essa verdadeira farra, a farra dos Bancos. A quem interessa esses lucros ? Ao povo brasileiro é que não é . Tem muita falta de patriotismo aí no meio, viu !

Pesquisa na Bolívia aprova governo Evo Morales

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O governo do presidente Evo Morales teve avaliação “bom” e “ótimo” de 51% dos bolivianos, contra 24% de “ruim” e “péssimo”, conforme pesquisa divulgada nesta semana pelo instiututo Variables y Tendencias. Em uma escala de notas de um a sete, 68% deram mais de 3,6 a Evo, enquanto o vice-presidente Álvaro García Linera foi aprovado por 63%. Em todas as 18 cidades pesquisadas o presidente obteve nota média acima de 3,5%, inclusive na “Meia Lua”, os departamentos do oriente boliviano onde se concentra a oposição.

Segundo a pesquisa, a medida mais popular do governo de esquerda iniciado no ano passado foi a nacionalização do petróleo e gás, destacada por 57% dos entrevistados. Em segundo lugar vem a bolsa escolar “Juancito Pinto”, com 16%, e em terceiro a ajuda aos pobres, comn 9%.

A popularidade de Evo varia conforme a renda e escolaridade, concentrando-se nos setores mais pobres. Na faixa de menor escolaridade a aprovação ao presidente chega a 71%, contra 32% na faixa de nível universitário. Nas zonas camponesas a pesquisa também foi mais favorável ao governo. “Os extratos sociais pobres dão um maior respaldo ao presidente e uma nota mais alta à gestão do governo, acima de cinco pntos em uma escala de um a sete, em relação aos extratos econômicos e níveis educacionais elevados”, comentou Oscar Calasich, diretor geral do instituto de pesquisa.

A sondagem foi realizada em julho e consultou 2.500 bolivianos. Incluiu as cidades de La Paz, Cochabamba, Santa Cruz e Sucre, assim como áreas ruirais e urbanas de Caranavi, Patacamaya, Achacachi, Quillacollo, Sacaba, Punata, Villa Tunari, Montero, La Guardia, San Julián, Yapacaní, Camiri e Yamparáez.

Com informações da http://www.bolpress.com/
Site do PC do B

Rizzolo: Ah ! mas os que se alçam como liberais e democratas não gostam desse tipo de democracia em que o povo apoia o presidente de forma maciça, eles não gostam de presidente com a cara de povo. Eles gostam é do ” Cansei ” que por sinal nem o reacionário do Jô Soares está apóiando, e olha que pro Jô não apoiar é porque já sabe de antemão que é “fria “, como diz a canção ” triste é viver na solidão ….” isolamento total. E o pior , olha a música exibida no programa do Jô satirizando o ” Cansei .

“Cansei, cansei,
A passeata não tem fim.
Eu me arrumei no meu jardim
Tomei um calmante, um excitante e um licor de jasmim.
Cantei, cantei,
Às oito e meia da manhã.
Meu tênis Prada eu calcei
E depois andei, desfilei, desfilei, caminhei…
Sentei, sentei,
Pra descansar de andar assim.
E num momento eu entendi
Que eu não percebi
Por que eu estava aqui.
Não me toquei que eu não devia mais gritar
Que o certo era eu esperar
A hora de votar, de votar, de votar…
Chorei, chorei,
Até ficar com dó de mim…

Fonte Blog Entrelinhas

Família aciona corte da Otan em Haia pelo assassinato de Milosevic

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O Tribunal montado pelos agressores da Iugoslávia sabia do grave estado de saúde de Milosevic e impediu seu tratamento em Moscou em 24 de fevereiro de 2006, causou sua morte em 11 de março

Em nome da família do presidente iugoslavo Slobodan Milosevic, a advogada canadense Tiphaine Dickson, está exigindo judicialmente do assim chamado “Tribunal Penal para a Iugoslávia” (TPPI), que sejam apresentadas todas as “evidências” para o esclarecimento da morte dele sob “custódia”, duas semanas após ter tido negado pedido para tratamento de urgência em Moscou, com todas as garantias do governo russo. “Não é de surpreender que a família caracterize a vergonhosa morte de Milosevic na prisão como um assassinato”, afirmou a advogada, em entrevista ao jornalista russo V. Krsljanin.

Seqüestrado em Belgrado e entregue ao tribunal da Otan que se auto-intitulou de “Tribunal Penal para a Iugoslávia, em Haia, onde foi mantido em cativeiro, o presidente Milosevic foi encontrado morto em sua cela no dia 11 de março do ano passado, quando a fase que se iniciaria de seu “julgamento” seria a sua defesa. Durante uma década, Milosevic havia encabeçado a resistência do povo iugoslavo ao brutal desmembramento, fomentado pelos EUA e Alemanha, e que se expressou da forma mais crua e nua nos 78 dias de bombardeios da Otan contra seu país, com milhares de mortes e vasta destruição de escolas, fábricas, pontes e até asilos de idosos. No “Tribunal”, ele assumira a própria defesa, e o que o império pensava que seria uma “lição” nos que resistiam, se tornou uma tribuna de denúncia dos crimes de guerra e dos complôs contra a Iugoslávia. Como assinalou Tiphaine, ele estava “concentrado e determinado a demonstrar – como afirmara em muitas ocasiões – que tinha havido uma guerra: uma guerra contra a Iugoslávia”.

EVIDÊNCIAS MÉDICAS

Porta-voz do “Comitê Internacional de Defesa de Milosevic”, Tiphaine atualmente representa sua viúva, Mira Markovic. A advogada acrescentou que “o que é necessário agora é a completa e transparente liberação de todas as evidências médicas – inclusive amostras de sangue e de tecidos”. O Tribunal, que havia recusado no dia 24 de fevereiro de 2006 permissão a Milosevic para tratamento cardíaco de emergência em Moscou, causando sua morte no dia 11 de março, nomeou um de seus próprios juízes para uma ‘inquirição interna’, Kevin Parker.

Sobre a peça de encobrimento desincumbida por Parker, Tiphaine afirmou que “é impossível aceitar” suas conclusões, já que, “além dos defeitos que podem ser percebidos numa leitura superficial”, sofre da “falta da mínima aparência de imparcialidade”. “Nemo judex in sua causa. Ninguém pode ser o juiz de seu próprio caso”, enunciou. Também de acordo com discurso do embaixador Churkin no Conselho de Segurança na época, “nem mesmo as questões apresentadas ao TPPI pela Federação Russa foram respondidas adequadamente”.

Em uma carta aberta a Parker, há um ano atrás, o filho de Milosevic, Marko, denunciou que “a autópsia foi conduzida sem a presença de uma equipe de especialistas independentes, enviada por nossa família, apesar de toda a nossa insistência” e que “foi negado aos médicos russos acesso ao corpo e às amostras de tecidos”. Como registrou a advogada, o relatório do tribunal da Otan, não apenas “exonera o TTPT, como acusa o presidente Milosevic pela sua própria morte”. Ela caracterizou ainda o relatório por “surpreendentes lapsos na lógica e raciocínio trôpego”. “A morte do presidente Milosevic sob custódia foi uma tragédia. No mínimo, desfecho tão chocante mereceria uma completa investigação, séria e cientificamente fundada, e acima de tudo, independente e imparcial”.

CONDIÇÃO CRÍTICA

Em sua carta aberta, Marko Milosevic afirmou, ainda, que “a questão não é ou não se meu pai foi assassinado ou envenenado. A questão é que um antigo chefe de Estado, mantido sob custódia da ONU, estava gravemente doente e constantemente reclamando de sua condição médica. O quadro de saúde dele foi avaliado muitas vezes por especialistas médicos como muito ruim. Foi negado a ele adequado, se é que teve algum, tratamento médico, e então ele morreu. Ao mesmo tempo, aqueles que negaram a ele o tratamento estavam inquestionavelmente cônscios de quais seriam as conseqüências. O Dr. Shumilina advertiu no dia 6 de novembro [de 2005] que a condição dele era tão crítica que ele poderia morrer a qualquer momento”.

“Todas as garantias [do governo russo] tinham sido asseguradas, e o TPPI ignorou tudo. Obviamente, de forma deliberada, pois eles estavam a par de todos os fatos. Então ele morreu.

“O Tribunal, e todos da acusação, cometeram um assassinato deliberado. Eles o condenaram à morte no dia 24 de fevereiro, quando rejeitaram seu pedido para liberação provisória”, afirmou Marko. Ao ignorar mesmo “as garantias da Federação Russa (pelas explicações de que faltava credibilidade a essas garantias, parece que o Tribunal atribuiu a si próprio o mandato de avaliar a credibilidade até mesmo dos Estados membros permanentes do Conselho de Segurança)”, acrescentou. “A sentença pronunciada no dia 24 de fevereiro foi levada a efeito no dia 11 de março. Esse é o fato e a verdade. Qualquer outra especulação é apenas uma manobra política evasiva”.

ANTONIO PIMENTA
Hora do Povo

Rizzolo: Não resta a menor dúvida uqe essa morte sempre foi suspeita um “tribunal” completamente controlado e financiado pelos EUA e pela Otan chamdo de chamado Tribunal Criminal Internacional para a Iugoslávia (TCII) de Haia. Esse TCIJ, que foi uma ideia da ex-secretária de estado dos EUA, Madeline Albright e dos seus aliados europeus, foi instalado por uma única razão: para justificar e legimitar os 78 dias de bombardeamentos da Iugoslávia em 1999.

Dirigentes e políticos que resistiram aos seus planos tiveram que pagar pela sua resistência com as sua vidas, como foi agora o caso de Slobodan Milosovic.

Os “conquistadores” da ex-Iugoslávia unida, após dividirem o país, causando guerras e destruição, bombeardamentos de civis e estados, queriam “branquear” estes acontecimentos em Haia. A humanidade e os que amam a paz no mundo não podem, nem querem esquecer os crimes imperialistas na Iugoslávia. Uma vergonha !