Efeito dominó de calote e títulos podres detonam crise nos EUA

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Só da Bear Stearns, a quinta maior corretora de investimento dos EUA, evaporaram três fundos especulativos, antes avaliados em US$ 20 bilhões, um deles associado a Merrill Lynch

O abalo, nas bolsas do mundo inteiro e em alguns dos principais bancos e corretoras, na semana passada, trouxe à luz do dia a crise que vem grassando, há pelo menos um ano, nos EUA – o estouro da bolha do setor imobiliário. Em menos de um mês, a quinta maior corretora de investimentos norte-americana, a Bear Stearns; a maior corretora de hipotecas dos EUA, a Countrywide Financial, e a décima maior, a American Home Mortgage Investment; e ainda bancos estrangeiros que também lá operavam fundos especulativos, como o maior banco francês, o BNP Paribas, confessaram o colapso das suas operações de pirâmide financeira ligadas à hipotecas nos EUA. As operações mais especul-ativas ficaram conhecidas como “subprime”, por serem voltadas para aqueles com histórico de inadim-plência e sem capacidade de pagamento, comprovação de renda ou garantias.

A coisa já tinha vindo à tona há um ano atrás, quando o HSBC anunciou que um fundo de hipotecas evaporara, e só se agravou desde então. Em junho de 2007, a maior corretora dos EUA, a Merrill Lynch, se engalfinhou com a Bear Stearns, sobre quem ficaria com o mico de um fundo posto a pique. Ao todo, até aqui, foram três os fundos especulativos da Bear que naufragaram, antes avaliados em US$ 20 bilhões. Assim, era um colapso anunciado, mas os bancos, corretoras e os fundos especulativos aceleraram, no ano passado, sua disseminação, até os chamados empréstimos “subprime” atingirem 30% do total, comparados com 6% em 2002.

HIPOTECAS

O esquema funciona por meio de oferecimento de crédito predatório, com as pessoas sendo empurradas para hipotecas de longo prazo “financiadas” por titulos de curto prazo, que eram rolados entre seguradoras, corretoras e bancos, garantindo polpudas comissões e juros. De acordo com o “Wall Street Journal”, “o acumulado dessas dívidas excede o valor dos investimentos”. Resumindo: nem vendendo a casa dá pra pagar a dívida; e quem não pagar o banco toma a casa. Mas a coisa foi tão longe que, mesmo se executar a casa, o banco, ou quem quer que seja que esteja com o mico na mão, não consegue recuperar o dinheiro que emprestou. Na realidade, a situação que os especuladores estão vivendo é que os títulos de sua pirâmide virtualmente vaporizaram no meio do caminho.

MICO

Bem ao estilo da vigarice neoliberal, a velha pirâmide recebeu nomes pomposos, como “collateralised debt obligations (CDOs)” – o que apenas significava que os empréstimos sem cobertura, ou de duvidosa validade e documentação incompleta podiam ter seu risco disfarçado através dos chamados “derivativos”, negociados e renegociados entre especuladores. Lotes de empréstimos bichados podiam ser disfarçados junto a títulos menos podres, e assim por diante. Até o mico. Naturalmente, a teoria dos derivativos é que eles vão funcionar perfeitamente a menos de uma “problema sistêmico” generalizado. Mas como se sabe há bom tempo, o “sistema”, apesar daquela gente que acreditava no fim da história, é sujeito periodicamente a crises. Aliás, crise é o que não tem faltado: quebra da bolsa de Wall Street em 1987; quebra do México em 1994; da Ásia e do fundo LTCM em 1998; dos ponto.com em 2000; “credit crunch” após o 11 de Setembro em 2001; e novo abalo da bolsa em 2003.

Não faltou inventiva para tentar manter inchada a pirâmide. Havia até a modalidade “Ninja” – a revelação é da “The Economist” – um tipo de empréstimo em que o comprador da casa, ou a pessoa que a hipotecava para arrumar dinheiro para pagar outra dívida, squer precisava de ter emprego. No “interest-only loan” típico, a vítima pagava por um curto período, em geral dois anos, só os juros, e a seguir começava a pagar os juros e o principal; momento em que ia a pique. Há ainda as modalidades “híbridas”, combinando várias formas de atrair incautos. No mais, era aquela ciranda, entre corretoras hipotecárias, fundos de derivativos, corretoras e bancos – e a enrolação de bancar 30, 40, 50 anos de hipoteca com títulos rolados no overnight. Um “Frankenstein”, como definiu a revista inglesa.

US$ 300 BILHÕES

As perdas não são pequenas. Apenas nos últimos dias, para amenizar o impacto do “aperto de crédito” – o interbancário parou na maioria do mundo porque os bancos não sabem o que sobrou dos fundos de derivativos de hipoteca – foram liberados recursos, por bancos centrais, de mais de 300 bilhões de dolares.

Agora, não há mais como esconder a crise. Ainda segundo “The Economist”, “o boom do Mercado habitacional foi o principal motor do crescimento econômico Americano nos últimos anos”. Foi, acrescentou, “a principal razão” pela qual a economia dos EUA “manteve um desempenho melhor do que o esperado” após o estouro de Wall Street no início da década. “Desde 2000, o salário real da maioria dos trabalhadores americanos praticamente não subiu, mas a disparada dos preços das moradias permitiu que os consumidores continuassem gastando”. Trata-se, segundo a publicação inglesa, “da maior bolha [imobiliária] da história dos EUA: em termos reais, os preços das moradias cresceram pelo menos três vezes mais do que em qualquer boom anterior no mercado imobiliário”. Situação que possibilitou “contrabalançar tanto a queda nos preços das ações como o débil crescimento dos salários”. Segundo a Merrill Lynch, a construção civil e o “efeito riqueza” – as pessoas se sentindo “mais ricas” e usando suas casas “como um grande caixa automático para obter dinheiro mediante empréstimos”, responderam por “mais da metade do crescimento do PIB em 2005”. Mas a inelutável realidade é que essas famílias estavam sendo induzidas a um consumo excessivo, além das suas possibilidades efetivas, para manter na tona os bancos praticamente quebrados junto com a bolsa no início da década, o que foi feito via juros quase negativos estabelecidos por Greenspan. A diferença entre os gastos das famílias americanas e os respectivos salários já chegou a um saldo negativo correspondente a 5,1% do PIB – poupança negativa. Até onde vão arrastar o endivida-mento amplo e geral?

ANTONIO PIMENTA
Hora do Povo

Rizzolo:
É lógico que essa operação que não passa de uma pirâmide é uma forma de amarrar o pobre trabalhador operário americano a uma dívida que ele não teria condições de pagar. Muitos desses devedores são latinos explorados até o último fio de cabelo. Agora, aqui isso vai ter um ” ganho secundário “, o Meirelles deve estar eufórico, tem motivos de sobra para a manutenção do cassino Brasil, com a desculpa da crise dos mutuários americanos. O próprio fato da inadimplência dos pobres americanos que não possuem casa própria, já é uma prova cabal, que até no império o neoliberalismo está se autodestruindo, já está em decomposição, e isso, é claro, é bom para os democratas como Hillary que já aproveita e sublinha um discurso menos republicano egoísta, tentando resolver o problema mutuário americano.

Dirceu refuta acusações “sem uma única prova”:

“Procurador se baseia nas palavras de um ex-deputado cassado por mentir”

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá, entre os dias 22 e 31 de agosto, se acolherá ou não a denúncia do procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, contra o ex-ministro José Dirceu e mais 39 pessoas.

“A denúncia baseia-se nas palavras do ex-deputado Roberto Jefferson para sustentar que José Dirceu participou das diversas irregularidades narradas. Conferindo total credibilidade ao ex-parlamentar, a denúncia conclui que ‘todas as imputações feitas pelo ex-deputado Roberto Jefferson ficaram provadas’. Jefferson, porém, teve seu mandato cassado pela Câmara justamente por ter feito acusações sem provas”, diz a defesa do ex-ministro chefe da Casa Civil, José Dirceu, em texto disponibilizado no seu sítio (www.zedirceu.com.br).

O ex-ministro aponta que a denúncia oferecida contra ele não contém uma única prova e é embasada nas declarações do ex-deputado Roberto Jefferson, cassado justamente por ter mentido. “Para chegar a tal conclusão, o procurador-geral esquece as gritantes contradições entre as várias versões apresentadas por Roberto Jefferson”, afirma.

DENÚNCIA INEPTA

“José Dirceu é acusado de chefiar a ‘sofisticada organização criminosa’, nas palavras do procurador-geral. Mas não é apresentada nenhuma prova disso. O procurador alega apenas o fato de José Dirceu ter sido presidente do PT (embora não à época dos fatos relatados) e ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República. Se tinha tanto poder, raciocina o procurador-geral, tinha de estar a par de tudo o que acontecia e ser responsável por todos os fatos. Uma suposição, sem nenhuma prova. A defesa de José Dirceu no Supremo Tribunal Federal é assinada por dois advogados: José Luís Oliveira Lima e Rodrigo Dall’Acqua. Foi apresentada em 11 de julho de 2006 e mostra com clareza que José Dirceu foi cassado pela Câmara dos Deputados sem que contra ele fossem apresentadas provas e que na denúncia do procurador-geral também não há provas de seus supostos crimes. É, em resumo, o que se denomina uma denúncia inepta”, descreve.

Dirceu escreve que a denúncia é vaga e “não descreve os atos que teriam sido praticados para a consumação dos delitos. Pela lógica da acusação, teríamos que admitir que tanto o governo federal como o PT seriam organizações criminosas. Afirmação que nem mesmo o mais crítico oposicionista ousaria fazer”.

O ex-ministro afirma ainda que não mantinha relações com o publicitário Marcos Valério e a quebra dos seus sigilos comprovou isso. O procurador-geral também acusa Dirceu de um suposto conluio com Luiz Gushiken e Henrique Pizzolato para desvio de recursos públicos, mas “não há descrição da conduta efetivamente praticada por José Dirceu”. “A denúncia não descreve qualquer relação entre José Dirceu e os outros denunciados, limitando-se a afirmar que pertencem ao mesmo partido político, sem narrar eventual relação”.

“Não há também, na denúncia, nenhum indício de enriquecimento ilícito de José Dirceu ou de outras autoridades pertencentes ao chamado ‘núcleo central’. Para que sejam respeitados os princípios constitucionais do contraditório, da ampla defesa, da individualização da responsabilidade penal e da dignidade da pessoa humana, não se exige da acusação uma descrição exagerada dos fatos, mas é necessário descrever minimamente a correlação entre os fatos imputados e as condutas de cada acusado”, afirma o texto, destacando que “a representação não foi capaz de indicar nenhum documento que indique a participação, ciência ou anuência do ex-ministro nas alegadas irregularidades. Como elemento de prova contra outros acusados foi explorada, em alguns casos, a admissão de participação. Da parte de José Dirceu não há confissão. Pelo contrário, o deputado esclareceu e repudiou todas as acusações lançadas, sem fugir um instante sequer do debate em prol da verdade. Lutou pelo direito de ser ouvido pelas CPMIs e de se defender, colocando-se à disposição para esclarecer quaisquer questionamentos”.
Hora do Povo

Rizzolo: Com certeza a denúncia apresentada pelo Representante do ” Parquet ” Federal , não será rebebida vez que , conforme informações , é vaga, confusa, e não descreve e nem prova quais os crimes elencados na exordial, provavelmente será considerada inépta nas preliminares. É estranho o fato do embassamento da denúncia se fazer nas declarações do ex-deputado Roberto Jefferson, cassado justamente por ter mentido. E o pior, declarações de um político. Ora, se já houve um julgamento político não podemos transferi-lo para o poder jurisdicional utilizando as declarações de Jefferson como esteio probatório, embassar a denúncia nessa testemunha é no mínimo uma aventura jurídica. Acredito que essa denúncia não terá sustenção e não irá properar no Supremo Tribunal Federal . Vamos aguardar.

” Nada substitui o lucro” 1º mandamento da TAM cobra seu preço

TAM: carga dobrada de trabalho e negligência na manutenção

Pilotos do A-320 tentaram desesperadamente conter a aceleração da turbina direita – a que estava com o reverso travado – sem que os equipamentos respondessem ao comando

A análise do diálogo entre os pilotos do A-320 da TAM, que sofreu um acidente no Aeroporto de Congonhas no dia 17 de julho, leva à conclusão que os pilotos da aeronave tentaram desesperadamente conter a aceleração da turbina direita – a que estava com o reverso travado – sem que os equipamentos respondessem ao comando. O histórico de defeitos do avião, algumas horas antes do acidente, lança suspeitas sobre o rigor da companhia no que diz respeito à manutenção de suas aeronaves.

Não por acaso, a TAM mantinha na parede de todas as suas instalações, os seus “mandamentos”. O primeiro deles era – e ainda é, embora, não por acaso, tenha sido banido das paredes – “nada substitui o lucro” (nada? Absolutamente nada? Nem a vida? Nem Deus?).

Os outros “mandamentos” são: “em busca do ótimo não se faz o bom” (ou seja, rigor “excessivo” é indesejável); “mais importante que o cliente é a segurança” (segurança de quem, se não é a do cliente? A da companhia?); “a maneira mais fácil de ganhar dinheiro é parar de perder” (parar de perder com quê? Com procedimentos “supérfluos”?; “pense muito antes de agir” (ou seja, não dê prejuízo com ações demasiado rápidas); “a humildade é fundamental” (difícil é, com os mandamentos anteriores, saber qual o papel da humildade neste heptálogo); “quem não tem inteligência para criar tem que ter coragem para copiar” (uma estranha contraposição entre inteligência e coragem).

Tomados em conjunto, esses “mandamentos” são a condensação da ganância. Assim, não é espantoso que um avião que já estava com um reverso defeituoso, e que no mesmo dia apresentou defeito em uma turbina, não tenha sido recolhido à manutenção. Os aviões da TAM viajam, em média, 14 horas por dia, contra apenas 8 horas na antiga VARIG. Os tripulantes tiveram sua carga horária dobrada em relação à regulamentada por lei, como denunciou a presidente do Sindicato dos Aeronautas, Graziella Baggio. Em vez das seis horas que a CLT determina para os aeronautas, a TAM, antes do acidente, estabelecia turnos de trabalho de até 12 horas para tripulantes. Por último, o aperto em que viajam os passageiros da TAM, com cadeiras instaladas até ao máximo da capacidade dos aviões, tornou os percursos aéreos cada vez mais desconfortáveis.

REVERSO

O diálogo gravado pela caixa preta revela que, nos últimos momentos dentro da cabine do avião, os pilotos t Assim que a aeronave tocou o solo, ocorre a seguinte troca de palavras entre os dois tripulantes:

Primeiro-oficial: Reverso número um apenas. Spoiler (freio aerodinâmico) nada.

Piloto: Ai

Piloto: Olhe isso

Primeiro-oficial: Desacelera, desacelera

Piloto: Eu não consigo, eu não consigo

Piloto: Oh, meu Deus.. Oh, meu Deus

Primeiro-oficial: Vai, vai.. vira, vira

Primeiro-oficial: Vira, vira para.. Não, vira, vira.

O diálogo entre piloto e co-piloto mostra o esforço da tripulação para reverter a aceleração, corrigindo o comportamento adotado pela turbina direita por motivos ainda não esclarecidos. Como se vê, ao contrário do que deveria ocorrer após a aterrissagem, ou seja, o sistema automático de frenagem começar a funcionar reduzindo a velocidade, o avião acelerou impulsionado pela força da turbina direita.

A análise de imagens do aeroporto (com filmagens da pista principal), confirmadas posteriormente por dados da caixa preta, também revelaram que o avião acelerou depois de já ter tocado com os pneus na pista. Para diminuir a velocidade após o pouso, são usados três mecanismos: os spoilers, que aumentam a sustentação da aeronave quando ela está em baixa velocidade; os reversos, que redirecionam a força do motor em sentido contrário ao movimento original; e, finalmente, os freios das rodas.

LIMITE

A CPI sobre o setor aéreo na Câmara vai investigar o serviço de manutenção que a TAM faz em suas aeronaves, pois a comissão tem em seu poder documentos que atestam a ocorrência de vários problemas em equipamentos da TAM desde janeiro. Os deputados suspeitam que a companhia, que detém praticamente metade do mercado doméstico, pode estar operando no limite. “Nossa preocupação é checar se a TAM está operando ou não no limite. Se opera no limite, no extremo, se não retira de operação um avião”, disse o vice-presidente da CPI, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O avião que saiu em 17 de julho de Porto Alegre, com destino Congonhas, seria submetido à manutenção para conserto do reverso, que estava com problemas desde o dia 13 de julho. A empresa alega que o manual da Airbus estabelece até dez dias para o conserto.

Segundo relatório da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a rotina de manutenção da TAM apresenta deficiências e a aeronave que sofreu o acidente em Congonhas passou por seis inspeções realizadas com atraso, desde o dia 21de junho, sendo que o último atraso ocorreu no dia do desastre. Até mesmo procedimentos simples, como a verificação do nível de óleo, a situação do compartimento de cargas e o calibre dos pneus, foram feitos com atraso.

WALTER FÉLIX
Hora do Povo

Rizzolo: Ah! Mas o lucro está acima de tudo não é ? Observem os mandamentos da TAM , o primeiro ” Nada substitui o lucro “, desde o início sempre falei, essa gente está é interessada no lucro, na operacionalidade , Passageiros ? Isso é apenas carga, não é ? Agora estão loucos pra por a culpa no piloto, o coitado que nem tem oportunidade de se defender. Ou então a culpa na pista porque assim também desestabilizamos Lula. Esse é o raciocínio que no entender bate com que tenho observado como leitor, tudo isso chama-se ; Sede de lucro , ou seja, quanto menos manutenção, mais avião voando, e mais gente cabendo dentro, aumenta o lucro. Por que esse sim, o lucro, é sagrado para eles, as vidas, bem as vidas que se foram essas não voltam mais. Sem contar a exploração em cima dos tripulantes conforme o artigo. Olha , uma vergonha total. E tem gente que ainda lança uma campanha chamada ” Cansei ” que atribui o acidente ao Lula, vai ver que tem patrocínio da Tam , né ?

Bancários denunciam onda de redução de direitos no país

”Uma onda para a redução de direitos dos trabalhadores está se formando no país. A desculpa dos empresários brasileiros é que só assim é possível gerar empregos, porque, segundo eles, arcar com a legislação trabalhista é muito caro”, diz nota do Sindicato do Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Os cinco maiores bancos (Bradesco, Itaú, Unibanco, Real ABN e Santander Banespa) que divulgaram seus balanços até agora, lucraram no primeiro semestre de 2007, R$ 11,707 bilhões, 40,75 % a mais do que no mesmo período do ano passado. Só com as tarifas bancárias, as onze maiores instituições financeiras arrecadaram dos clientes R$ 45,4 bilhões, em 2006. ”E mesmo assim, os empresários defendem a retirada de direitos”, agrega o sindicato.

Emprego

A mais recente tentativa, a Emenda 3 – vetada pelo presidente Lula e que facilita a terceirização, aponta neste sentido, dizem os bancários. A Emenda 3 pode transformar os empregos com carteira assinada em trabalho precarizado. Os bancários, a exemplo de outras categorias, sofrem há anos com o processo de terceirização e substituição de trabalhadores antigos, geralmente os de salários mais altos, por funcionários novos.

Esse processo de redução de postos de trabalho intensificou-se após os processos de fusão e privatização que tomaram conta do país. O resultado foi o fechamento de 146 mil vagas nos últimos 12 anos, mesmo período em que os onze maiores bancos acumularam R$ 115 bilhões em lucro.

Os bancários, juntamente com os metalúrgicos, vão se reunir com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e com a presidente do Supremo Tribunal Federal, Ellen Gracie, quando apresentarão cartas reivindicando a ratificação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o fim dos interditos proibitórios.

“A CUT e os trabalhadores estão nadando contra a maré e vêm a Brasília defender o veto à Emenda 3 e a ratificação da Convenção 158 da OIT, que impede a dispensa imotivada, protegendo o emprego contra a terceirização e o barateamento da mão de obra. Os trabalhadores querem, ainda, o fim do interdito proibitório, muito utilizados pelos donos das empresas para impedir o direito de greve”, diz Luiz Cláudio Marcolino, presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região.

Interdito

O interdito proibitório é um velho conhecido dos bancários. Há anos os banqueiros desvirtuam a utilização desse instrumento jurídico, que garante a posse de propriedades, para tentar impedir o direito de greve. Atualmente 100 interditos proibitórios movidos pelos bancos contra a categoria estão em tramitação na Justiça. A utilização desse instrumento pelos bancos começou em 1994, mas a partir de 1999 essa utilização se intensificou.

Se todos os pedidos de multas referentes a interditos tivessem sido deferidos, o Sindicato teria sido penalizado indevidamente com o pagamento de R$ 3.740 milhões. “O trabalhador tem de ter assegurado seu direito de manifestar-se livremente e o Sindicato de representá-lo, sem penalizações. Já temos a Lei 7.783/89 que regula o direito de greve, ela não pode ser desprezada. Essa legislação precisa ser cumprida”, ressaltou Marcolino.

Calendário

9h – Abertura da Campanha Nacional dos Bancários em frente o prédio da Caixa Econômica Federal – Cebolão

10h – Entrega da minuta de reivindicações específicas à direção da Caixa.

10h30 – Audiência com o Ministro do Trabalho, Carlos Lupi, para entrega de carta reivindicando a ratificação da Convenção 158 da OIT e fim dos interditos proibitórios

12h – Entrega da minuta de reivindicações específicas à direção do Banco do Brasil.

15h – Supremo Tribunal Federal – Audiência com o presidente do Supremo para entrega de carta reivindicando o fim dos interditos proibitórios

16h – Atos no Congresso Federal pela aprovação de Projeto de Lei que trata da isonomia de direitos nos banco públicos.

Da redação

Rizzolo: Os bancos tem um dever moral de atender os anseios dos bancários, ou será que o lucro, os resultados, não fazem os donos do capital pelo menos ” disfarsarem ” e atenderem as reivindicações. Com todos esses lucros ainda estão contra a classe trabalhadora ? Vergonha hein ! Agora está na hora de para de utilizar o Código Civil para coibir questões trabalhistas, o dispositivo obtido pelos bancos é o interdito proibitório, um mecanismo do Código Civil sem nenhuma relação com a Justiça do Trabalho. O mecanismo é usado para a retomada de áreas invadidas; acho que falta é bom senso a fome de lucro não tem limite. Uma vergonha num país pobre onde grande parte da população vive na miséria. E ainda são a favor da emenda 3 ! Está pensando o que ? Acha que eles estão satisfeitos com os lucros e que vão ficar bonzinhos ? Hum ! Tá bom…

Rússia desenvolve o AK-9, novo fuzil Kalashnikov silencioso

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Leve e silencioso: assim é o AK-9, o último modelo do lendário fuzil de assalto Kalashnikov, produzido na fábrica russa de IZMACH (video) nos Urais, no centro da Rússia.

“Dispara quase sem fazer barulho e pode atravessar até um colete à prova de balas”, disse um de seus projetistas, Alexei Dragunov, de 52 anos, enquanto apresentava o fuzil em um campo de tiros situado no meio de um bosque russo.

Em 2006, as forças especiais russas pediram à fábrica Ijmach, situada 1.300 km a leste de Moscou, que criasse um fuzil de assalto que unisse as virtudes do Kalashnikov tradicional e as das armas silenciosas, para poder utilizá-lo em missões secretas, segundo revelaram os diretores da fábrica.

“É para as forças especiais, para as operações antiterroristas”, explica o diretor geral da fábrica Vladimir Grodetski aos jornalistas estrangeiros, convidados em ocasião do 60º aniversário do primeiro modelo da Kalashnikov, o AK-47.

O AK-9 é equipado com um silenciador e dispara balas com um calibre de 9 milímetros, capazes de atravessar coletes à prova de balas. Pesa 3,8 quilos, um pouco menos que os modelos anteriores da Kalashnikov.

“Ninguém mais fabrica isto”, disse Richard Jones, da revista especializada britânica Jane’s Infantry Weapons, referindo-se a este novo fuzil.

Segundo o especialista, este tipo de modelo interessa cada vez mais por “razões táticas”. O AK-9 “poderá interessar a outras forças especiais no mundo, a unidades como os comandos”, explica.

A arma está sendo examinada à espera da aprovação do Ministério russo da Defesa, os diretores da fábrica não querem mostrá-la. Os jornalistas estrangeiros foram autorizados a ver o novo Kalashnikov, mas não viram a arma “em ação”.

A Ijmach fabrica por ano cerca de 100.000 fuzis Kalashnikov. Cerca de 900.000 exemplares falsos são fabricados no mundo, principalmente em Bulgária, China e Polônia.

O preço de um Kalashnikov fabricado na Rússia é de 400 dólares (291 euros).

IJEVSK, Rússia (AFP)

Rizzolo: A indústria bélica russa é uma das mais desnvolvidas o novo fuzil Kalashnikov o AK-9 pelas suas particularidades é para ser utilizados em forças especiais, para as operações antiterroristas, na realidade não substitui o AK – 47 pela sua finalidade .

” Chega de corrupção e rolo, para deputado federal Fernando Rizzolo- PMN 3318 “

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O peso das dívidas interna e externa

Da redação

• “O governo deve continuar priorizando o pagamento dos juros da dívida externa e interna, em vez de investir na melhoria das condições de vida e trabalho do povo brasileiro?”. Esta é uma das quatro perguntas que estarão nas cédulas do plebiscito da Vale, a ser realizado em setembro. Neste artigo, vamos mostrar como o país ainda continua preso às amarras das dívidas. Ao contrário do que diz Lula, a relação entre Brasil e FMI segue sendo de total submissão.

Dívidas e caos social
No ano passado, o Brasil sofreu uma sangria nunca vista. O governo gastou com juros e amortizações das dívidas interna e externa nada menos que R$ 275 bilhões, ou seja, 36,7% do orçamento de 2006 (dados da Auditoria Cidadã). Isso significa que, em um ano, pagou mais que os R$ 197,4 bilhões do primeiro mandato de FHC, e também mais que os R$ 268,3 bilhões do segundo mandato tucano.

Isso demonstra a continuidade e o aprofundamento dos planos econômicos dos governos do PT e do PSDB-PFL. Essa montanha de dinheiro paga aos banqueiros é retirada dos orçamentos da saúde, educação e reforma agrária. Quando vemos os hospitais públicos sucateados por falta de investimentos, estamos falando da dívida. Quando vemos escolas públicas em frangalhos, estamos vendo uma das conseqüências da dívida.

Esse valor foi muito superior a todos os gastos do ano da Previdência Social (R$ 193 bilhões), saúde (R$ 36 bilhões), reforma agrária (R$ 3 bilhões) e educação (R$ 17 bilhões). Nos primeiros seis meses de 2007, o setor público pagou R$ 78,854 bilhões de juros de suas dívidas, uma média de R$ 435 milhões por dia. Os números são espantosos. Em meio à crise aérea, os gastos em uma semana em pagamento de juros superam o valor dos investimentos previstos para o sistema de aeroportos do país em quatro anos (estimado em R$ 3 bilhões).

Desemprego e arrocho
O direcionamento da economia para pagar as dívidas também impõe o arrocho salarial e o desemprego à população.

São cortados os investimentos que poderiam gerar empregos e ajudar a resolver os graves problemas sociais do país. Qualquer maior investimento que possa ser uma alavanca para o crescimento do emprego é impossibilitado pelo pagamento das dívidas. Anunciado pelo governo como a grande alavanca para o crescimento do país, o PAC vai significar um investimento real de R$ 55 bilhões, sendo apenas um remendo muito aquém do necessário para o país.

Para garantir o pagamento das dívidas, o governo impõe um plano econômico neoliberal que agravou o desemprego no país. Depois da aplicação desses planos, o desemprego saltou de uma taxa de 9,6% em 1986 para os atuais 20%.

Já os trabalhadores têm seus salários rebaixados em função da dívida e, por isso, continuam amargando um salário mínimo de fome. Cumprindo outra determinação do FMI, o governo acertou com centrais sindicais (CUT e Força Sindical) que o índice anual de reajuste nos próximos quatro anos do salário mínimo será baseado na inflação mais a variação do PIB de dois anos atrás. Ou seja, dadas as projeções para o crescimento econômico brasileiro nos próximos anos, o mínimo será reajustado em apenas 3% ao ano. Com esse reajuste, serão necessários 50 anos para que o mínimo atinja R$ 1.510 – o “salário mínimo necessário” calculado pelo Dieese capaz de atender às necessidades vitais básicas dos trabalhadores. Repetindo a velha desculpa dos governos anteriores, Lula diz que não pode aumentar o mínimo porque o governo não tem dinheiro para pagar os aposentados. Para isso, repete a velha mentira de que as despesas da Previdência são maiores que as receitas.

O funcionalismo federal, por sua vez, também é arrochado para cortar os gastos do governo e ampliar os superávits primários – economia realizada para pagar esses juros da dívida. Agora, com o PAC, os servidores vão amargar um congelamento salarial por dez anos.

Quem ganha com essa política? Os banqueiros. Sob o governo Lula, eles bateram recordes de lucros. Em 2005, faturaram R$ 33,8 bilhões e, em 2006, R$ 42 bilhões, mais que todos os recursos gastos no mesmo período com saúde e reforma agrária pelo governo federal.

Uma lógica infernal
Em 1964, a dívida externa somava US$ 3 bilhões de dólares. Hoje ela ultrapassa os US$ 200 bilhões e a dívida interna soma pouco mais de R$ 1,2 trilhão. É como se cada brasileiro estivesse devendo cerca de R$ 7.800 do total. Uma dívida que não é dos trabalhadores. Segundo levantamento da campanha Auditoria Cidadã da Dívida, nas últimas décadas o país pagou seis vezes o valor da dívida, e mesmo assim ela se multiplicou por mais de 20 vezes.

O extraordinário crescimento das dívidas comprova que o país foi saqueado neste período e como os trabalhadores brasileiros foram roubados pelos banqueiros e governos corruptos das últimas décadas.

Site do PSTU

Rizzolo: Se há uma coisa que eu não posso compactuar com Lula é essa política de não questionamento das dívidas externas e internas. Não é possível que com tanta vontade de investir no desenvolvimento social , aceitemos as regras que beneficiam os bancos, engessa o país para fazer superavit primário, entra na lógica infernal da dívida como acima esta descrito,faz o desemprego saltar de uma taxa de 9,6% em 1986 para os atuais 20%. e não há um questionamento, nada ! Cruzamento de dados realizado pelo jornal Folha de S. Paulo entre os gastos do governo com os juros da dívida e a despesa com o Bolsa Família revela que, só com o que foi economizado em 2007 para pagar juros, daria para manter o Bolsa Família por quase 10 anos. O orçamento do maior programa social do governo Lula é de apenas R$ 8,7 bilhões. Que tal uma renegociação da dívida ? Não precisa ser nos moldes da Argentina que quebrou e negociou, podemos renegociar melhor. Não vejo ninguem falar nisso. Sera que falta coragem ?

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Governo e Câmara colocam agências reguladoras na pauta

O plenário da Câmara se transforma em Comissão Geral na quarta-feira para debater o papel das agencias reguladoras, com base no projeto de lei 3337/04, do Executivo. A intenção do governo é rediscutir o controle das agências reguladoras pelos ministérios a que estão vinculadas e o mandato dos diretores das agências. Um dos pontos questionados é a estabilidade dos diretores nos cargos e a possibilidade de se fixar regras que permitam a demissão dos diretores, além dos casos já previstos em lei (renúncia, condenação definitiva em processo judicial ou administrativo).

O governo defende a revisão no modelo de de autonomia e independência das agências para formular políticas em setores-chave da economia, como energia elétrica ou telecomunicações. Por outro lado, diretores de agências reguladoras defendem a estabilidade para garantir o fluxo de investimentos privados.

Existem hoje no país dez agências reguladoras que tomam decisões que afetam diretamente a vida do consumidor: Anac (Agência Nacional de Aviação Civil); Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica); Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações); ANP (Agência Nacional de Petróleo); ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar); ANA (Agência Nacional de Águas); Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária); Ancine (Agência Nacional do Cinema); ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres e Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).

Nesta segunda-feira, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, defendeu o aperfeiçoamento das agências reguladoras e afirmou que uma autarquia não pode ser ao mesmo tempo reguladora e poder concedente. Em evento sobre biocombustíveis, no Rio, ela sinalizou também possíveis mudanças na estabilidade dos diretores dessas agências. A ministra é convidada para a Comissão Geral de quarta-feira. Segundo ela, na sua palestra irá abordar justamente a contradição do papel das agências entre ser fiscalizadora e concedente das outorgas.

Projeto

As agências reguladoras são órgãos criados para regular e fiscalizar os serviços prestados por empresas privadas que atuam na prestação de serviços, que em sua essência seriam públicos. No Brasil, foram criadas durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), no rastro do processo de privatizações.

O projeto de lei 3337/04, do Poder Executivo, aumenta o controle das agências reguladoras pelos ministérios a que são vinculadas. Uma das alterações fixa o mandato dos dirigentes das agências em quatro anos, após aprovação prévia pelo Senado, admitida uma única recondução. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP) afirmou que o primeiro item a ser discutido deve ser a estabilidade dos mandatos das diretorias das agências.

Na justificativa do projeto, o governo aponta que uma das principais distorções do papel das agências foi o exercício por elas de competências de governo, como a absorção da atividade de formulação de políticas públicas e do poder de outorgar e conceder serviços públicos.

“A absorção da atividade de formulação de políticas se deu, geralmente, por falta de estrutura dos ministérios setoriais responsáveis pela formulação das políticas, no exercício de suas competências legais. Desse modo, em alguns casos, as agências não só regulavam e fiscalizavam o setor como atuavam de forma ampla na formulação de políticas setoriais. O projeto de lei busca estabelecer a fronteira entre formulação de política setorial e regulação econômica. Esse objetivo não implica qualquer incompatibilidade entre a atividade de regulação desempenhada pelas agências e a formulação de políticas setoriais por parte de ministérios. Ao contrário, ambos – agências reguladoras e ministérios – podem atuar de forma harmoniosa”, defende o texto.

Fonte: Informes

Site do PC do B

Rizzolo: Como já disse anteriormente, essa agências criadas no governo FHC, juntamente com as privatizações, ora, precisa ser muito ingênuo para não pereceber que foram criadas de propósito para defender o que já não era mais do povo, foram criadas como blindagem para definir e “gerênciar ” o que foi pilhado pelas privatizações, tudo de acordo com a doutrina do ” Consesnso de Washington “. Atribiur papel nobre de ” reguladoras” ou ” fiscalizadoras” é uma piada de mal gosto; isso é pra inglês ver, na verdade elas estão lá pra se meter em tudo, formulam políticas em setores-chave da economia, como energia elétrica ou telecomunicações e ainda tem a cara de pau dos diretores dessas agências reguladoras defenderem a estabilidade para ” garantir o fluxo de investimentos privados”. ( grande ameaça ! ) Agora, dizer que deixaram esse pessoal tomar conta de tudo porque, ” por falta de estrutura dos ministérios setoriais responsáveis pela formulação das políticas, no exercício de suas competências legais ” é uma desculpa esfarrapada. A verdade é que, essas agências sempre foram e sempre serão orgãos de determinação das políticas dos donos do capital privatizado, elas estão lá para ” tomar conta” do dinheiro investido pelo capital internacional tanto que que mandam e desmandam e seus diretores tem até certas perrogativas como estabilidade sim, e não querem abrir mão, essas agências significam o esvaziamento da estrutura política do Estado e a transferência para esses órgãos pseudo-técnicos de funções que eram antes dos ministérios. Tudo formatado pra não deixar outros tomarem conta, diretores com estabilidade, determinam políticas, enfim, é uma ” panelinha” de confiança do capital. Ora, vamos deixar de cinismo ! Meias palavras pra dizer o óbvio ? Com certeza que não podemos é ficar com um discurso para não magoar, um discurso de meias palavras, sermos diplomáticos,ora, digam a verdade, ou o povo brasilerio é imbecil, garanto que não é, viu !