Estadão ironiza blogs tentando obter credibilidade

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O jornal O Estado de S.Paulo resolveu ironizar os weblogs na tentativa de mostrar que eles não merecem ser levados a sério, numa campanha onde o alvo indireto é o fortalecimento da credibilidade do veterano órgão da elite quatrocentona de São Paulo.
Por Carlos Castilho

A iniciativa revela mais as preocupações do Estadão do que as debilidades dos weblogs em matéria de confiabilidade e exatidão das informações que publicam.

Se o jornal quisesse mesmo prestar um serviço ao público teria enfatizado a necessidade de um posicionamento crítico, em vez de uma inútil tentativa de desqualificar um canal de comunicação adotado hoje por quase 70 milhões de pessoas em todo mundo, inclusive pela maioria dos jornais.

Os blogs não estão acima de qualquer suspeita em matéria de veracidade das informações que publicam. Muito menos jornais, como o Estadão, porque é crescente a consciência de que o conteúdo de todos os veículos de comunicação deve ser visto de forma crítica, o que não significa hostilidade e nem desconfiança.

A desastrada campanha publicitária do Estadão provocou a reação imediata da comunidade de blogueiros. Alguns deles chegaram a pegar pesado, como o Banda Podre, que usou o episódio Pimenta Neves, que nada tem a ver com a questão da credibilidade do jornal.

A realidade contemporânea se tornou demasiado complexa para ser condensada nas páginas de um jornal, revistas, no noticiário radiofônico ou nos telejornais. Em vez de se preocupar em desacreditar concorrentes ou blogs, o Estadão deveria começar pelo próprio quintal, porque só assim ele poderia mostrar o caminho para busca de solução de um problema que é um desafio para toda a imprensa e também para os blogs.

A questão da credibilidade nos meios de comunicação é muito mais séria do que as piadinhas dos spots publicitários do Estadão. Ela não vai ser resolvida com ironias, que servem apenas para mostrar a falta de informação do jornal sobre a complexidade da comunicação contemporânea.
Observatório da Imprensa

Rizzolo:Minha matéria sobre o assunto no Jornal de Debates do Portal Ig.

A credibilidade esta na pessoa que escreve.

Tentar desqualificar a mídia alternativa é atitude antidemocrática.

Não há dúvida que a democratização dos meios de comunicação incomodam a mídia comprometida politicamente principalmente aquelas que tem como o santo padroeiro Adam Smith.
Na realidade a campanha do Grupo Estado se questionando aos internautas ” Por onde vc tem clicado, hein ? ” Induz de forma velada a um questionamento sobre a inteligência do leitor, subestimando a capacidade seletiva do que ele acessa e lê.

Ora, o leitor que procura notícias, ao ler um comentário ou fonte procura saber quem o fez, sua formação, e, é claro, existe até a possibilidade de verificar a veracidade dos fatos bem como a biografia do autor. Agora, desqualificar, de forma genérica a mídia alternativa, sem controle ideológico, acusando o leitor como se o mesmo fosse um menino bobo e distraído , é muita pretensão, a um segmento da população como os leitores dos Blogs que na maioria tem curso superior são da classe média sabem o que fazem, e “ninguém precisa puxar a orelha deles “.

Talvez o Grupo Estado esteja preocupado em ” perder mercado ” para meia dúzia de pessoas que não oferecer o menor potencial lesivo do ponto de vista de marketing , não ideológico, é claro, contudo se acompanharmos o que ocorre nos EUA, o número de usuários que visitam blogs nos Estados Unidos cresceu 56% em um ano, segundo pesquisa comScore Media Metrix e da iMedia Connection.

O estudo engloba dados de visitantes únicos nos dez principais serviços de hospedagem de blogs nos EUA, onde segundo pesquisa de maio de 2006 indicava que os leitores de blogs chegaram a 58,7 milhões, representando 34% da audiência total da internet.

A pesquisa, que considera número colhidos em maio do ano passado e maio de 2006, indica que os leitores chegaram aos 58,7 milhões nos EUA, representando 34% da audiência total da internet no país. O estudo aponta ainda que os usuários entre 18 e 34 anos O número de usuários que visitam blogs nos Estados Unidos cresceu 56% em um ano, se for por isso , é pra se preocupar mesmo.

Technorati Profile

Quinto maior cliente da Philips inicia boicote a empresa

O quinto maior cliente da Phillips do Brasil aderiu a campanha de boicote a empresa. O Armazém Paraíba, do Grupo Claudino, presente no Piauí, Maranhão,Ceará e Pernambuco retirou os produtos da empresa de suas prateleiras em reação à declaração do presidente da Philips na América Latina, Paulo Zottolo. “Se o Piauí deixar de existir ninguém vai ficar chateado”, falou Zottolo para o jornal Valor Econômico esta semana.

Membro do Conselho Diretor do Grupo Claudino e diretor da Construtora Sucesso, João Marcelo Claudino, afirmou que a decisão de retirar os produtos da Philips dos displays das lojas espalhadas na grande maioria dos municípios do Piauí foi tomada em reunião realizada na tarde de sexta (17).

Ele afirmou que o presidente do Grupo Claudino, João Claudino Fernandes, seu pai, não participou da reunião, mas concorda e deu seu apoio.

Para João Marcelo Claudino a decisão do Armazém Paraíba de retirar os produtos da Philips das prateleiras de suas lojas é uma demonstração de que essa forma de “deboche” não é mais aceita ou vista como brincadeira.

“A decisão é uma resposta ao que Paulo Zottolo disse ao Valor Econômico”, afirmou Claudino.

Ele falou que o Armazém Paraíba vende produtos eletrônicos e elétricos da Philips como Tvs, DVDs, barbeadores elétricos e produtos para casa. João Marcelo Claudino disse que as declarações de Paulo Zottolo foram “falhas e fracas”.

Ele também destacou que o Armazém Paraíba tinha que tomar essa decisão porque o Piauí foi o primeiro Estado a acolher seu pai João Claudino e seus empreendimentos.

Uma das maiores redes de varejo do Brasil, o Armazém Paraíba possui pontos-de-vendas nos estados do Piauí, Maranhão, Ceará, Bahia e Pernambuco. A loja de departamentos comercializa móveis, eletrodomésticos, CDs, tecidos e computadores, entre outros.

Da redação, com agências

Site do PC do B

Rizzolo: É evidente que depois que camarada Zottolo um dos particpantes do ” Cansei” falou de forma debochada sobre o Piauí, a reação dos empresários não tem que ser outra. Agora ninguem vai me dizer que a Philips não sabia. Lógico que sabia, disponibilizou a marca , para esse movimento golpista. O camarada Zottolo, não consegue se conter, como presidente de uma multinacional, que está por mera liberalidade no país, por enquanto, é claro, porque como já disse e afirmo novamente, se dependesse de pessoas como eu , liquidaria com essa farra e sangria que essas transnacionais, fazem no páis, de uma forma que reiteradamente costumo comentar aqui no Blog.

Não é possível que o povo brasileiro, o empresariado brasileiro, os cientistas das Universidades, a população, possam se submeter à ditadura dessas empresas, que estão aqui ” mamando no nosso mercado de 190.000.000 de pessoas “, e ainda se dispõe a patrocinar movimentos golpistas; não venham me dizer que a matriz não sabia das manobras e conspirações do camarada Zottolo, isso ninguém vai me convencer. E observem que a elite , com apoio dos marqueteiros usam sigla como OAB, Phillips, e Associações para emprestar confiabilidade no movimento, um absurdo.

Acho que esse fato é uma boa hora para revermos essas remessas de lucros dessas multinacionais, e utilizar de forma adequada, nas restrições , receitas para o desenvolvimento da nossa indústria nacional, prestigiando o pobre empresário brasileiro, que como já disse é um tímido na sua própria casa. Pra finaliza e deixar o Zottolo fazer uma reflexão sobre o que é ser patriota proponho a seguinte receitinha: A receitinha é a seguinte: ” A remessa anual de lucros não pode exceder a 10% dos investimentos líquidos registrados, com exclusão, portanto, para cálculo do percentual, do capital adicionado e originário dos lucros obtidos no Brasil. A remessa que ultrapassar essa percentagem seria considerada repatriação de capital, num máximo permito de 20% anuais. Lucros acima desse limite serão considerados capital suplementar e não poderiam ser remetidos, devendo ser reinvestidos no Brasil.

Só para se ter um idéia, em maio, o Banco Central registrou a entrada de US$ 501 milhões referentes ao chamado investimento direto estrangeiro, ao mesmo tempo em que as transnacionais instaladas no país enviaram US$ 2,632 bilhões para suas matrizes no exterior a título de lucros e dividendos. Esses dados são relativos à questão da produção, não englobando os capitais meramente especulativos, atraídos pelos juros altos.

O fato de as remessas de lucros terem superado em mais de cinco vezes a entrada dos festejados “investimentos” diretos demonstra, mais uma vez, que a brutal desnacionalização a que foi submetida a economia brasileira tem proporcionado a transferência de fabulosos recursos para o exterior.

Com a palavra os empresários nacionais e patriotas, e só pra finalizar os senadores do Piauí reagiram duramente às declarações de Zottolo. No plenário do Senado, Mão Santa (PMDB) disparou: “É um tolo, um arrogante tolo, porque tem uns dólares da Philips, ignorante da nossa história. Ó tolo, ó ignorante, imbecil mesmo. Nunca vi. É tolo. O nome dele é tolo”. E acrescentou: “Hoje é o aniversário, ó tolo, ó ignorante, ó imbecil, de Teresina. Teresina, tolo, ignorante, imbecil da Philips. Você está cansado? Nós não nos cansamos, não. Nós somos da luta”.”

Technorati Profile

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Charge de P. Barbosa para o Charge Online

Boa segunda-feira ! Vamos socializar ! ( risos..)

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Delegados da PF contestam suspeita de grampo no STF

O presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ANDP), delegado Sandro Torres Avelar, divulgou nota hoje criticando matéria publicada pela revista Veja, na qual ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) denunciam as suspeitas de serem alvos de grampos telefônicos ilegais realizados pela Polícia Federal. Avelar afirma que a matéria causou “verdadeiro espanto e profunda náusea”.

A matéria, intitulada “A sombra do estado policial” sustenta que “os abusos no comportamento da Polícia Federal não se esgotam na suspeita de grampos ilegais”, mas “também há suspeitas de manipulação do conteúdo de gravações feitas legalmente”. Essas ações são atribuídas “à banda podre da PF”.

Segundo a nota divulgada por Avelar, já há pessoas comemorando a reportagem como um indicativo inesperado de que contarão com o apoio do STF para a aprovação de medidas restritivas às investigações criminais. Ele lembra que grampo ilegal é crime e qualquer cidadão que tiver conhecimento de um caso ocorrido deve denunciá-lo. “Se for autoridade pública e não o fizer, arrisca-se a prevaricar. É preciso apontar os fatos, os autores, apresentar as provas, ajudar a combatê-lo, mas não alimentar a boataria com insinuações”, diz a nota.

O delegado ainda contesta a utilização da expressão “banda podre” da PF. “Tal banda podre da PF, que se saiba não é uma banda, são focos que vêm sendo combatidos sistematicamente pela corporação. E focos de podridão não são exclusividade da PF”, afirma. Avelar ressalta que o Departamento de Polícia Federal está submetido hierarquicamente ao Ministério da Justiça, ao controle externo do Ministério Público e tem suas ações voltadas ao poder Judiciário.

‘Macacos na queimada’

Ele afirma que as escutas telefônicas são realizadas com autorização da Justiça e sob supervisão do Ministério Público. “Se alguém afirma que a PF coaduna com a prática de escuta ilegal, que é crime, também afirma, em última instância, que o Estado Brasileiro age criminosamente”, diz o delegado.

O presidente da ANDP também afirma que a imensa maioria da população não tem medo de ser grampeada. “Os violentos focos de resistência, contrários à mudança de paradigmas, normalmente, vêm de onde se espera. Mas algumas vezes vêm de onde deveria se esperar o contrário”, diz a nota. Avelar ainda questiona porque alguns homens, ainda que probos e de reputação ilibada, saltam como “macaco na queimada” só de imaginar que estão sendo investigados.

Agência Estado

Rizzolo: Não há dúvida que as acusações são totalmente desprovidas de provas, a revista como sempre acusa, coleta depoimentos, que indicam ” recebimentos de emails “, enfim tudo na subjetividade, a matéria é conduzida para gerar e passar uma impressão que existe uma conspiração marginal que vem com uma ” suposta conivência ” do governo. Ora, são acusações graves, se existe a tal da ” banda podre “, há que se provar que ela existe, agora, da forma que a Revista da Editôra 1° de Abril colocou, insinuou, difamou, e desqualificou a Polícia Federal, não é possível; temos uma Polícia Federal respeitada inclusive no exterior onde foi alvo de elogios da Revista Inglesa Economist com o título: “A maior estrela do Brasil hoje não é uma estrela do futebol nem uma heroina de novela. É a Policia Federal”. (THE biggest celebrity in Brazil these days is not a football star or a telenovela heroine but the federal police force).

Sinceramente, a possibilidade de pessoas serem investigadas existe,com base num mandado judicial, fora disso, mesmo que o cidadão tenha sido alvo de uma gravação clandestina feita por um detetive qualquer fajuto contratado pela espôsa para incriminá-lo, se ele não tiver amante, não acontece nada. Não é ? Porque tanto medo, hein?