MOSCOU – Um contrato proposto entre Rússia e Venezuela que transferiria milhares de rifles de atiradores para a Venezuela levantou preocupações nos Estados Unidos sobre o potencial uso ou distribuição regional das armas pelo governo formado nos princípios do socialismo do presidente Hugo Chávez.
Os rifles são a última variação do Dragunov, modelo de cano longo, semiautomático e com mira telescópica. É derivado em partes do muito mais popular rifle Kalashnikov.
Fabricado pela primeira vez em 1963 para uso militar e pelas agências de inteligência na União Soviética e outras nações do Pacto de Varsóvia, o Dragunov e seus clones se tornaram uma das armas mais letais e eficazes contra as tropas americanas e suas aliadas no Iraque.
A Venezuela está negociando um contrato com a Rosoboronexport, uma agência de exportação de armas controlada pelo Kremlin, para a compra de 5 mil rifles Dragunov modernizados, segundo funcionários da Izhmash, fabricante do rifle.
A Venezuela possui cerca de 34 mil soldados em seu Exército e 23 mil na guarda nacional, segundo estimativas do Jane’s Information Group, que analisa forças militares e riscos regionais.
Já que rifles de assalto são armas de infantaria especializada e não são normalmente designados a grandes números de soldados, segundo diplomatas, oficiais militares e analistas, a compra de milhares de Dragunovs não parece apresentar um uso militar convencional para as forças armadas da Venezuela.
Mark Joyce, editor das Américas para o Jane’s Country Risk, parte do Jane’s Information Group, disse que a compra de milhares de rifles de assalto é compatível com a corrente reorganização militar da Venezuela sob o comando de Chávez.
As mudanças enfatizam grandes forças civis de reserva, que contornam a tradicional rede militar de comando e reportam diretamente a Chávez, e poderiam se tornar o centro de uma força doméstica de guerrilha caso a Venezuela fosse invadida.
“O que Chávez tem em mente é um tipo de combate urbano, de guerrilha, contra uma força invasora, e o modelo para tal é o Iraque”, disse Joyce.
A Venezuela comprou 100 mil rifles AK-103, um rifle Kalashnikov moderno que compartilha muito do desenho do original AK-47. Com a assistência técnica da Rússia, a Venezuela também planeja construir uma nova fábrica de rifles para produzir sua própria linha Kalashnikov, e uma segunda fábrica para munições.
Tais contratos são legais e não violam quaisquer sanções. Porém atraíram críticas por parte de Washington, que expressou preocupações de que o governo Chávez esteja comprando mais armas do que precisa e poderia distribuí-las para guerrilhas e terroristas sul-americanos.
NY Times
Rizzolo:Fazer acusações de que o Chavez estaria comprando armas para distribuí-las para guerrilhas e terroristas do Sul, é pura invenção e fazem parte da teoria conspiratória no NY Times, braço de propaganda de Bush. A Venezuela nunca teve vocação imperialista e se estão comprando é para se defender de quem dos EUA. A Venezuela é um país irmão e querido, e Chavez tem uma ótima relação com Lula; não adianta aqueles que querem distanciar o Brasil da América Latina a mando de Washington insinuando “conspirações surrealistas ” como as opiniões de viúvas de FHC, como a de Sergio Amaral que não tem o menor valor, pois refletem o pensamento de quem trabalha dia e noite para o desenvolvimento das idéias retrogradas do imperialismo e do domínio dos EUA na América Latina, ora, preconizar uma parceria do Brasil com a OTAN, em face à Venezuela, é uma idiotice sem tamanho. O que eles com isso estão insinuando? Nos defendermos da Venezuela, ou estabelecer uma base aqui para os EUA atacá-la ? Querem sim gerar intriga, e de forma infantil insinuar que a Venezuela é um país perigoso; mas isso não prospera porque o povo brasileiro e o governo Lula não são imbecis. Sobre esse Jornal reacionário , o New York Times, o ministro venezuelano das Comunicações e da Informação, William Lara, denunciou na quinta-feira 23 de agosto, segundo o Granma, os questionamentos do jornal estadunidense contra o governo do presidente Hugo Chávez e a democracia no país. Segundo um comunicado emitido nesta quinta-feira, Lara assinalou que essa posição “não é mais que outra mostra da política de ingerência” de Washington a respeito dos assuntos internos da Venezuela.
“Um meio de comunicação controlado pelo governo dos Estados Unidos” —indicou — “mal pode criticar o governo de um país livre e soberano de pretender exercer controle sobre a política e a economia venezuelana”. Nesse sentido, o ministro lembrou que o The New York Times “não é mais que um dos braços midiáticos do governo de (George W.) Bush ao justificar os desmandos do Departamento de Estado em países como o Iraque”.
Como contraparte, “empreende ataques contra governos democráticos que, a sentir deles, atentam contra seus interesses hegemônicos”.Com o ataque através de seus meios de comunicação, expressou, “procura manipular a opinião pública estadunidense e do mundo a fim de justificar suas agressões a países livres e soberanos”.
A decisão da Venezuela de se armar é legitima em face as intenções do império. Conheça mais sobre a fábrica IZMASH que fabrica rifles de última tecnologia e que dão como diz na linguagem popular de ” 10 a zero” nos rifles americanos.