Rizzolo – Partindo para a Venezuela

eu1.jpg

A convite, estou partindo para Caracas, hoje, dia 29 de setembro para participar do Congresso Anual da Federação de Indústrias da Venezuela – FEDEINDUSTRIA, onde serão debatidos os seguintes temas entre outros: A compreensão da ALBA e a sua visão multidimensional, o papel do Estado frente à empresa na ALBA, ultrapassando as dimensões culturais, populares e sociais da ALBA, no âmbito comercial e econômico.

É uma oportunidade para melhor conhecer a dinâmica do empresáriado Venezuelano, assim como adentrar na concepção da política atual da Venezuela, conhecendo em maior profundidade, os projetos sociais do chamado Socialismo do Século XXI .

Este ano se fará presentes várias delegações empresariais de Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Cuba, Equador, Las Islas de Caribe, Nicarágua, Panamá, Paraguai, República Dominicana, e Uruguai.

Assim sendo, a atualização do Blog ficará prejudicada entre os dias 29 de setembro a 03 de outubro, dia de meu retorno. De qualquer forma, se assim o tempo permitir, farei alguns comentários no Blog, direto de Caracas.

Fernando Rizzolo

Ortega denuncia na ONU a tirania dos EUA travestida de modelo de democracia

p7b.jpg

“O que se apresenta hoje como a democracia mais exemplar no mundo, é realmente a ditadura mais gigantesca e mais impressionante que já existiu ao largo da história da Humanidade”, afirmou o presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, durante o seu discurso na Assembléia Geral da ONU, referindo-se aos EUA.

Ortega destacou que, “o mundo se encontra sob a tirania do capitalismo global, e a atual ordem econômica internacional é ditada por uma minoria de ditadores que impõe os seus interesses”. “Esta Assembléia Geral não é mais do que o reflexo dessa realidade no mundo”, acrescentou o líder sandinista, enfatizando que 18 anos depois de sua última apresentação na ONU, “o panorama segue sendo o mesmo”.

Ortega acrescentou que em 1988 “como agora, se falava na ONU do problema palestino, do status colonial de Porto Rico, da base militar norte-americana no território cubano de Guantánamo e da corrida armamentista”.

“Então, posso concluir que o inimigo segue sendo o mesmo depois de 18 anos. Esse inimigo se chama capitalismo global imperialista, e só os povos vão mudar isso”, concluiu Ortega.
Hora do Povo

Rizzolo:Bom, o que o camarada Ortega está falando não é nenhuma novidade, a questão é a seguinte, como a América Latina poderá sobreviver se não houver integração entre seus membros. Quanto aos EUA, enquanto a dinâmica republicana continuar no poder, via fraude, não vejo como “suavizar” os efeitos do imperialismo. Como diz Noam Chomsky, quem governa os EUA são as 300 maiores empresas do mundo, e conseqüentemente impõe sua política neoliberal através da mídia controlada, da desestabilização dos governos, e da perpetuação da miséria que assola os países do Terceiro mundo.

Publicado em Política. Tags: , , . Leave a Comment »

Tucanos querem pôr na conta de Lula a ladroeira de Azeredo

images10.jpg

Pego no flagra, Azeredo tira sono da mídia e da cúpula do PSDB

“Mensalão” foi cortina de fumaça para encobrir o tucanoduto abarrotado com dinheiro público

Em defesa do até há pouco tempo presidente do PSDB, Eduardo Azeredo, o líder tucano no Senado, Arthur Virgílio, comparou a sua situação à do presidente Lula: “Os dois incorreram em caixa 2 de campanha. Lula diz que não sabia e Azeredo não sabia mesmo, mas o fato é que ambos se beneficiaram do caixa 2”. Outros próceres do PSDB argumentaram que “na hipótese de as acusações do mensalão de Minas e do mensalão do PT serem verdadeiras, não dá para indiciar o Azeredo sem indiciar o Lula”.

É muito bom que eles sejam forçados a admitir, ainda que por um oportunismo nauseante, que a hipótese do “mensalão do PT”, exaustivamente testada pela mídia golpista, e com a qual tucanos e ex-pefelistas comprometeram o último vestígio de sua raquítica credibilidade, possa não ser verdadeira.

De fato, não é. O caixa 2 – “recursos não contabilizados” – organizado pelo ex-tesoureiro do PT, que assumiu responsabilidade integral pelo fato, não se destinava a pagar deputados para que votassem com o governo.

A mídia procurou fazer crer que fosse, por duas razões singelas: para legitimar o uso da sugestiva expressão “mensalão” em sua cruzada anti-Lula, e por considerar que vincular o caixa 2 à campanha eleitoral do presidente não colaria, não daria Ibope e não configuraria um delito capaz de justificar o seu afastamento.

Não houve um caso sequer em que o uso desses recursos para o aliciamento de deputados – ou seja, o mensalão – ficasse demonstrado. Trata-se portanto de matéria vencida, ao menos para os cérebros capazes de conectar mais de dois neurônios.

Aquele caixa 2, criado depois da campanha de Lula, seguiu a norma tolerada e praticada por todos os aspirantes a cargos eleitorais no Brasil, guardadas as devidas e indevidas exceções: “despesas não declaradas” pagas com “recursos não contabilizados” obtidos através de doações privadas.

A eleição de Azeredo em 1998 é um caso típico de exceção indevida. Conforme demonstra o relatório da Polícia Federal, o seu caixa 2 estava abarrotado de dinheiro público, criminosamente desviado para esse fim. O relatório mostra também, de forma inequívoca e com minúcia de detalhes, a responsabilidade direta do então governador de Minas – ele próprio – no assalto perpetrado contra o erário.

Azeredo foi pego com a boca na botija, a partir de uma acusação, comprovada e ampliada pela investigação da Polícia Federal, que partiu do próprio operador do esquema, o sr. Cláudio Mourão. Queixoso por ter recebido um calote de Azeredo, Mourão abriu o jogo e apresentou parte dos documentos.

Não há como escapar dessas evidências. O que resta ver é se o senador mineiro vai para a forca sozinho ou se subirá os degraus do patíbulo acompanhado de elementos da alta cúpula tucana, que ele sem maiores sutilezas já ameaçou entregar, caso se sinta abandonado.

Os punhais estão desembainhados nos arraiais tucanos.

Para evitar o derramamento de sangue, a base governista até poderia examinar a proposta de trocar a impunidade de Azeredo por um refresco para o presidente Lula. Os tucanos parariam de acusar o presidente daquilo que ele não fez e a base relevaria os malfeitos de Azeredo. Afinal, um salafrário a mais ou a menos não é o que faz a diferença na situação do Brasil.

O problema é que os tucanos não estão dispostos a cumprir a sua parte nesse acordo humanitário.

E Azeredo, se não sabe, desconfia.

S.R
Hora do Povo

Rizzolo: Ah! Mas o camarada Azeredo foi pego com boca na botija através de um ótimo trabalho da Polícia Federal, era dinheiro grosso do erário público, criminosamente desviado para o caixa 2, ele mesmo foi o responsável direto. A situação do PSDB é crítica e a ” ética tucana” se desespera, não há dúvida que o fato do caixa dois de Azeredo, irrigado com recursos públicos, de empreiteiras e de bancos, que beneficiou 159 políticos ligados à sua candidatura levará muita gente a reboque; na lista de Claudio Mourão o caixa da campanha, Aparece quem? Nada mais nada menos o então deputado federal e atual governador do Estado Aéco Neves, receptando R$ 110 mil, ora, Esses são os “guardiões da ética tucana?”

Agora, cuidado com Azeredo, ele sabe muito, e todos irão como já a reboque. Esses são os que não gostam da democracia plena, gostam da “relativa”, da mídia golpista e também do dinheiro do caixa dois. A direita está muito bem representada não ?

Ahmadinejad procura na Bolívia urânio?

ec28_p_mundo1.jpg

O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, terminou ontem (27) sua visita à Bolívia no marco da abertura das relações diplomáticas e o fechamento de um acordo económico –comercial e energético de 1,1 bilhão de dólares .

Segundo este acordo na primeira etapa Irã investirá à Bolívia 100 milhões de dólares para os objetivos de execução dos projetos conjuntos no âmbito da economia. Logo, em prazo de cinco anos , se prevê dotar outros 900 milhões de dólares para realização dos planos de construção de plantas nos setores energético, industrial e agrícola, segundo RIA-Novosti.

“É com muito respeito e carinho que recebemos esta visita para a partir desta data trabalharmos de maneira conjunta por nossos povos e pela humanidade”, disse Evo Morales.

Morales e Ahmadinejad reconheceram “ o direito dos países em desenvolvimento de energia nuclear com objetivos políticos no âmbito do tratado sobre a não proliferação de armas nucleares, como um meio que pode contribuir significativamente ao desenvolvimento económico e tecnológico de seus povos”

A visita do dirigente do Irã provocou uma polêmica na Bolívia. Assim, o deputado, Arturo Murillo, e senador, Fernando Rodríguez , ambos opositores anunciaram que O congresso bloqueará o acordo billionário se este prevê a exportação de urânio na Bolívia. Bolívia conta com jazidas de urânio ao sul de País .

No sábado o embaixador dos EUA em La Paz , Philip Goldberg, se reuniu com Morales e lhe reiterou a política oficial de Washington de condenar o programa nuclear de Teerão. Mas a Bolívia é um pais soberano e tem direito de estabelecer relações diplomáticas e acordos comerciais com quem quer e não necessita a licença dos Estados Unidos para fazê-lo.

Por Lyuba Lulko
Pravda. Ru

Rizzolo: O Presidente do Irã Ahmadinejad visitou os EUA esta semana, para falar na Assembléia das Nações Unidas o que se tornou um grande circo. A imprensa americana focou o debate se ele tinha permissão para falar na Universidade de Columbia, ou se seu requerimento a ir visitar o Ground Zero, o local das Torres Gêmeas, do ataque de 11 de setembro em Manhattam, poderia ser aceito. É claro que foi rejeitado. Muito embora os EUA dizem que ele não passa de um terrorista, e anti-semita, ele nega tudo, diz ele nunca ter massacrado nenhum cidadão israelense, e ainda permitiu 20,000 judeus a ter representação no Parlamento.

Na verdade, é uma figura controversa nos EUA, sua personalidade exótica e popular, provoca sérias preocupações na política externa americana, seus avanços e seu arrojado modo de ser, intimida segmentos dos EUA de que o Irã avance sua influência e seu poder na região desafiando a influência dos EUA e Israel. De qualquer forma nos EUA principalmente para os republicanos, ele não é “boa bisca” como se diz na linguagem popular. Agora, a Bolívia é soberana, para promover sua política externa, e os EUA nos seus “recadinhos” se desprestigia a cada dia.

Serra – Aí vem chumbo !

serra_homer.gif

Serra planeja megaprivatização de R$ 25 bi em São Paulo

O governador José Serra retomou o processo de privatizações no estado de São Paulo através da iniciativa de contratar instituições financeiras para assessorar o levantamento patrimonial de 18 estatais paulistas. A retomada do programa de privatização visa vender parte ou integralmente as empresas paulistas, entre elas o banco Nossa Caixa, a empresa de saneamento Sabesp e o Metrô.

Marcas famosas: em leilão? Segundo o jornal Valor Econômico (27/09), depositaram propostas de assessoria para o levantamento patrimonial das empresas estatais, os bancos JP Morgan, Morgan Stanley, UBS Banco, Banco Espírito santo, Citi e fator. O resultado saíra até a próxima semana. O processo está a cargo da Secretaria Estadual da Fazenda.

As 18 empresas foram reunidas em três grupos, de acordo com o potencial de venda e valor de mercado. No primeiro grupo estão o banco Nossa Caixa, a empresa de saneamento Sabesp e a empresa de energia elétrica Cesp. A Bolsa de Valores de São Paulo, que negocia ações dessas empresas, estima o patrinmônio somado de R$ 25 bilhões.

No segundo grupo estão a Companhia do Metropolitano de São Paulo – Metrô, Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado de São Paulo – CDHU, Companhia Paulista de Trens Metropolitano – CPTM, Desenvolvimento Rodoviário S.A. – Dersa, Empresa Metropolitana de Água e energia S.A. – Emae, Companhia de Seguros do Estado de São Paulo – Cosesp.

No terceiro grupo estão a Companhia Paulista de Parcerias – CPP, Companhia de Tecnologia de saneamento Ambiental – Cetesb, Companhia de Processamento de dados do Estado de São Paulo – Prodesp, Imprensa Oficial do Estado de S.A. – Imesp, Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos – EMTU/SP, Companhia Paulista de Obras e Serviços – CPOS, Instituto de Pesquisa Tecnológia do estado de São Paulo – IPT, Companhia de Desenvolvimento Agrícola de São Paulo – Codasp e a Empresa Paulista de Planejamento Metropolitano S.A. – Emplasa.

A expectativa inicial, com a possibilidade total e parcial de todas as privatizações, é alcançar cerca de R$ 30 bilhões, segundo cálculos de especialistas em mercado.Se o governador Serra retomar as privatizações neste patamar será o maior já realizado desde o período do Programa Estadual de Privatizações, realizado nos anos 1990, durante o governo Mário Covas e Fernando Henrique Cardoso, que comandavam respectivamente os governos estadual e federal.

A retomada do processo de privatizações recoloca o debate político sobre a gestão pública desenvolvimentista versus monetarista, em que a primeira opta pela utilização das empresas públicas como mecanismo de avalancagem econômica e a segunda prescinde de empresas estartégicas de desenvolvimento para entregar ao mercado, as iniciativas de desenvolvimento econômico e social.

Ao optar pelas privatizações, José Serra estará contrariando sua plataforma política durante a última campanha eleitoral, em que se colocava como um desenvolvimentista e reconhecia a importância das empresas públicas e na intervenção do governo e do Estado para capacitar o desenvolvimento econômico em São Paulo. Serra chegou a apresentar um plano para criar uma agência de fomento paulista, nos moldes do BDES – Banco navcional de desenvolvimento Econômico e Social, ausente desde a privatização do Banespa, qe cumpria o papel de incenivador do sistema produtivo.

Para a oposição ao governo, a atitude de Serra é uma demonstração de seu vínculo com o programa neoliberal de gestão pública e política. “O anúncio do levantamento patrimonial das empresas é o primeiro passo para reiniciar as privatizações. Sem distinção, o governo acha que pode vender tudo, num claro retrocesso de atitude política. O governo fez um discurso durante a campanha eleitoral, com a intensão de montar um banco de fomento, retomar o desenvolvimento em bases sólidas e apoio do estado, etc, porque não conseguia defender as privatizações do governo Fernando Henrique Cardoso, que foi um claro programa lesa-pátria para o país”, argumentou Nádia Campeão, presidente estadual do PCdoB/SP.

O movimento sindical reagiu com surpresa e promete uma dura contraposição contra qualquer iniciativa de privatização. Para o presidente eleito do Sindicato dos Metroviários de São Paulo, Wagner Gomes, a iniciativa opõe as categorias profissionais do estado ao governo. “Os metroviários reagirão a qualquer tipo de privatização e buscará com outras categorias de trabalhadores a unidade necessária para barrar esta iniciativa. Já tivemos a experiência das privatizações e sabemos bem o quanto isso prejudica a sociedade. Se preciso vamos realizar ampla campanha para denunciar a atitude e demonstrar para a sociedade que a venda é do patrimônio do povo e não go governo”, afirmou Gomes.

O movimento realizado pelo governo estadual destoa dos caminhos trilhados pelo governo Lula, que reforça o papel do Estado para implantar projetos de desenvolvimento no país. O debate sobre as privatizações surge como parâmetros anatôgicos de modelos de desenvolvimento.

Rodrigo de carvalho,
Site do PC do B

Rizzolo: Essa decisão de Serra é extremamente perigosa e vai na contramão de sua plataforma política, não existe mais espaço para as políticas neoliberais, a população hoje, vê com antipatia as privatizações em razão da excessiva pontuação na discussão entre Lula e Alckmin, este último até admitindo, para angariar votos, é claro, que não era privatista.

Serra que estava indo bem até dois meses atrás, recaiu em provavelmente face à tentação e à pressão dos grupos interessados em açambarcar empresas públicas. Muito embora, o modelo mais provável de venda a ser adotado no Estado é o parcial, aquele em que o governo fica com o controle da empresa, mas vende as ações excedentes, como aconteceu com a Petrobrás e o Banco do Brasil, vejo dois problemas próximos a serem enfrentados: primeiro a iniciativa privada quer sim ser a “dona das decisões” comprar e deixar o Serra mandar, não vai dar certo, segundo, o desgaste político, Serra ao explicar essas privatizações vai “dinamitar” seu patrimônio político com o povo, não digo a elite, alem da oposição aproveitar o tema, e outra, a Cesp, que não vai ser tão fácil, o Supremo Tribunal Federal – com a exceção do Ministro Mello, deu ganho de causa ao ex-deputado João Cunha, que moveu ação popular, Serra sabe disso só não entendi porque o presidente eleito já acrescentou ao orçamento do ano que vem a receita de R$ 800 milhões com a venda da Cesp. Contando como ovo, hein !, assim vai mal.

Record News estréia para abalar “monopólio” da Globo

lula-edir.jpg

O Teatro Record foi palco, na noite desta quinta-feira (27), da cerimônia que marcou o início das transmissões do canal de notícias Record News. Na presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do governador de São Paulo, José Serra, o bispo Edir Macedo, concessionário da Record e fundador da Igreja Universal do Reino de Deus, atacou a Globo no discurso inaugural.

“Nós fomos injustiçados por muitos anos por um grupo de comunicação que tinha e mantém o monopólio da notícia no Brasil. Daí nosso desejo de dar um fim a esse monopólio”, afirmou. A referência indireta à emissora carioca é a justificativa para a criação do “primeiro canal exclusivo de notícias 24 horas da TV aberta”. À Folha Online, ao ser perguntado sobre o prazo para quebrar o monopólio da Globo, Macedo comentou: “A gente vai cutucando o fígado até cair”.

A cerimônia começou a ser transmitida às 20 horas com imagens do auditório e do palco do Teatro Record. O evento reuniu o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia (PT-SP), entre outras autoridades. Edir Macedo e Lula acionaram o botão que deu início oficial às transmissões do canal – que ocupa o lugar da Rede Mulher, transmitida em São Paulo no 42 UHF.

No início da cerimônia, o apresentador Celso Freitas lembrou a história da Record, que completou 54 anos nesta quinta e que já esteve, em 1989, à beira da “falência”. Freitas citou que a emissora é “a segunda assistida do Brasil” e que está “a caminho da liderança”. Em seguida, Macedo fez seu discurso, agradeceu a presença das autoridades e citou o objetivo do Record News de “levar informação de qualidade, de graça”.

Lula, exclusivo

Ainda na cerimônia, o presidente Lula defendeu a democratização do acesso à comunicação. “Estou certo que todos os envolvidos na criação da Record News têm competência e dedicação para trabalhar em prol do avanço e maior democratização da comunicação no Brasil”.

Segundo o presidente, a emissora está “trabalhando para levar aos brasileiros, de forma independente e equilibrada, as informações e os debates mais relevantes para o presente e o futuro da sociedade”. Lula pediu para a Record News levar um jornalismo independente e pluralista para a população. “E para refletir em sua programação jornalística toda a pluralidade dos pontos de vista e ideais presentes em nossa nação.”

O presidente encerrou seu rápido discurso com um trecho do Hino à Proclamação da República: “Liberdade! Liberdade! Abre as asas sobre nós!”. Antes disso, Lula enalteceu a iniciativa dos donos da Record de contribuir para a democratização do acesso à comunicação por levar para a TV aberta algo que só havia antes nos canais por assinatura.

Em entrevista exclusiva e especial para o novo canal, após a cerimônia, Lula não poupou críticas ao seu antecessor Fernando Henrique Cardoso (PSDB), a quem acusou de não se comportar adequadamente como ex-presidente. “Somos amigos desde 1978. Isso perdurou até ele deixar a Presidência da República e não se comportar adequadamente como um ex-presidente”, respondeu Lula, ao ser questionado sobre o motivo de nunca ter convidado FHC para tomar um café.

O presidente afirmou ainda que chegou a perguntar ao ex-presidente norte-americano Bill Clinton sobre a relação dos democratas com a ação de George W.Bush no Iraque. “Ele me disse que, nos Estados Unidos, os ex-presidentes não dão palpite em tomadas de posições de atuais presidentes. FHC não soube se comportar. Deu palpite o tempo inteiro.”

Lula disse que fez no seu governo o FHC não quis fazer. “E não foi por incapacidade porque ele é intelectualmente preparado. Talvez porque a conjuntura política não tenha permitido ou porque ele não soube aproveitar oportunidades”, disparou. “Se tem alguém que deveria estar feliz era ele. Eu consegui fazer o Brasil que ele não conseguiu.”

O novo canal

Nem só de briga pela audiência vive uma emissora de televisão. Apesar de ser a mais empenhada em ganhar público, a Record se embrenha por um caminho pouco explorado na TV aberta brasileira, ao lançar a Record News. Foram gastos US$ 7 milhões em equipamentos e infra-estrutura.

De acordo com o vice-presidente comercial da TV, Walter Zagari, o “empresário Edir” está empenhado em apostar mais ainda no canal de notícias. Mesmo assim, aproveitou boa parte da estrutura da emissora e os mil jornalistas de que dispõe para tocar o novo projeto, com o reforço de mais 200 repórteres. “Agora vem o investimento em conteúdo e pessoal”, diz o presidente da Record, Alexandre Raposo.

A idéia do diretor de Jornalismo Douglas Tavolaro e sua equipe é fazer um trabalho diferente daquele dos canais abertos e noticiosos da TV paga. “A cobertura das emissoras é insossa, apática e superficial”, criticou ele, referindo-se principalmente à Rede Globo. “Nosso foco vai ser a informação.”

Paulo Henrique Amorim, Celso Freitas, Britto Jr., Christina Lemos e Lorena Calábria estão entre os escalados para ancorar jornalísticos de entrevistas e temáticos no canal. De todos, o primeiro a ter patrocínio foi o de Amorim, Entrevista Record, com tom de entretenimento, exibido na faixa das 22 horas. “Estou bem animado com o programa novo”, contou o apresentador. “Dá para conciliar com a Record sem problema nenhum.”

A previsão de lucros é polpuda, segundo o presidente da Record: R$ 100 milhões de faturamento no primeiro ano. O investimento da emissora na área de jornalismo engrossou nos últimos meses. A Record investiu pesado na compra dos direitos das Olimpíadas de 2012, que pela primeira vez estarão fora da Globo. “O caminho da liderança nunca esteve tão claro para nós”, disse Zagari, reiterando o “mantra” da emissora da Barra Funda. “Quem não é o primeiro tem de procurar ser o melhor.”

A única indefinição na estréia da Record News é a exibição do canal pela Net. Está acertado o sinal na TV aberta e com a TVA, que garantiu a transmissão. “A Net não é obrigada a transmitir o canal, mas esperamos que exiba, porque vai ser cobrada para isso”, afirmou Alexandre Raposo. “Se não exibir, não vou querer mais assinar.” A Net alega que a transmissão da Record News ainda está em negociação e que, portanto, pode não ocorrer.

Da redação, com agências
Site do PC do B

Rizzolo: A estréia da Record News é um novo passo e um avanço, para que o monopólio da Globo fique um pouco mais restrito. Originalmente, Edir Macedo, vem de uma camada social popular, à parte o fato religioso, e seu carisma com a população pobre, sua ascensão deu-se dé forma diferente dos demais proprietário de concessões; Silvio Santos fez- se sobre bases comerciais desde o início de sua ascensão na mídia, Roberto Marinho, através da representatividade da elite, já Edir Macedo sempre dialogou com a população pobre com uma fundamentação ideológica religiosa; o que é bem diferente. O discurso ideológico seja ele político ou religioso percorre outro imaginário nos mais humildes, não é através da compra, nem tampouco da emoção da novela, mas sim de algo espiritual. Talvez, seja este o motivo da opção de “liberalidade democrática” e de visão da realidade social brasileira, mais aguçada. Aqueles que são “contra a inclusão dos 49 milhões de pobres” ficarão de fora do processo de desenvolvimento intelecto econômico brasileiro, e no futuro não mais haverá espaço para estes.

Ademais, os evangélicos, ainda são no Brasil católico, estigmatizados; sempre que posso, muito embora não sou católico, nem evangélico, defendo o caráter de massa dos evangélicos, não posso aceitar que o Papa venha no nosso país, e classifique os evangélicos como “seita”; essa idealização católica em achar que a razão do mundo esta com eles é absurda e já trouxe tragédias comprovadas pela história, como a inquisição, onde milhões de judeus forma mortos. De qualquer forma entendo que os evangélicos têm um papel redentor social que num futuro próximo se revelará através de posturas e posições políticas mais progressistas, ou mais cristã na acepção da palavra.

” Chega de corrupção e rolo, para Deputado Federal Fernando Rizzolo PMN 3318 “

Empresários apóiam Venezuela no Mercosul

Uma pesquisa da Câmara de Comércio Brasil-Venezuela…

Uma pesquisa da Câmara de Comércio Brasil-Venezuela feita no período de 13 de julho a 13 de setembro, com 655 empresas brasileiras que realizaram intercâmbio comercial com a Venezuela em 2006, revelou que 75,68% das empresas têm perspectivas positivas quanto ao ingresso da Venezuela no Mercosul.

Pelo levantamento, 55,74% das empresas exportadoras prevêem crescimento de seus embarques para a Venezuela este ano. Entre as importadoras, 45,95% afirmaram que vão aumentar as compras.

A Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara aprecia hoje o pedido de ingresso da Venezuela no Mercosul. O parecer do relator, deputado Dr. Rosinha (PT-PR), é pela aprovação do pedido.

Rizzolo: Fica patente, que o desenvolvimento e a integração da América Latina tem o incondicional apoio do empresariado, empresas brasileiras de peso, investem na Venezuela como o Grupo Gerdau, que comprou a Siderúrgica Zuliana, a terceira maior produtora de aço da Venezuela, por US$ 92,5 milhões. Em comunicado, o diretor-presidente da Gerdau, André Gerdau Johannpeter, afirmou que “a Venezuela possui uma economia em expansão e demanda interna crescente, assim como grande disponibilidade de energia, sucata e minério”. O executivo também ressaltou que os investimentos em infra-estrutura são crescentes, o que tem reflexos na construção civil, que é grande consumidora de vergalhões.

Acho que só os reacionários que tem a capacidade de se apequenar, ainda colocam questões ideológicas na frente do desenvolvimento da América Latina. Uma coisa é certa e empresários de visão já perceberam; não há como pensar em desenvolvimento, excluindo a grande massa de população pobre da América Latina, no Brasil os 49 milhões de pobres serão forçosamente incluídos nos frutos do desenvolvimento brasileiro. A época em que a elite determinava os caminhos do povo brasileiro nos almoços nos Clubes requintados regados a wiskey 12 anos, acabou. E “Cansados”, cada vez mais, terão que abrir mão do muito que possuem, e aprender a compartilhar com os que nada tem.

Exército e PF são as instituições mais confiáveis, aponta pesquisa

Segundo trabalho, políticos são menos confiáveis do que Exército

Uma pesquisa divulgada nesta quinta-feira pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) mostra que apenas 11% dos brasileiros confiam nos políticos e 16%, nos partidos políticos.

Ainda segundo a pesquisa, Polícia Federal e as Forças Armadas são as instituições mais confiáveis, com a aprovação de, respectivamente, 75,5% e 74,7% dos entrevistados.
O estudo também mostra que 85% acreditam que a corrupção pode ser combatida, e 94,3% acham que um político processado na Justiça não deveria poder concorrer às eleições.

Os entrevistados também consideram importante a reforma política: 95,4% são favoráveis, embora a pesquisa não tenha feito perguntas específicas sobre que mudanças deveriam ser feitas na legislação.

Confiam:
Políticos 11%
Partidos políticos 16%
Câmara dos Deputados 12,5%
Senado Federal 14,6%
Câmara dos Vereadores 18,9%
Forças Armadas 74,7%
Polícia Federal 75,5%

A pesquisa mostra ainda que 79,8% discordam do foro privilegiado para pessoas que ocupam cargos públicos, como previsto atualmente na lei brasileira.

Os dados serão divulgados durante uma audiência pública na Comissão de Participação Legislativa da Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira.

Credibilidade

A pesquisa foi realizada pela Opinião Consultoria a pedido da AMB e ouviu 2.011 pessoas nas três primeiras semanas de Agosto, em entrevistas por telefone, em todos os Estados brasileiros.

A pesquisa mostra que entre os políticos, o nível local de decisões tem mais credibilidade do que a esfera nacional: 18,9% dos entrevistados disseram confiar na Câmara dos Vereadores, enquanto o Senado Federal tem a confiança de 14,6%, e 12,5% confiam na Câmara dos Deputados.

As questões sobre Justiça também revelam uma confiança maior no âmbito local.

O Poder Judiciário de um modo geral tem a confiança de 41,8% dos entrevistados, mas o Juizado de Pequenas Causas goza de uma confiança maior, de 71,8% . Já os juízes têm a confiança de 45,5% dos entrevistados, e o Supremo Tribunal Federal, a instância máxima do Poder Judiciário, de 52,7%.

Na pergunta sobre qual tribunal é mais confiável, o Tribunal de Pequenas Causas também aparece em primeiro lugar, com 23,6% das respostas. O STF teve 20,5%, a Justiça do Trabalho 19,2% e a Justiça Eleitoral 10,6%.

A grande maioria dos entrevistados declarou já ter ouvido falar do Tribunal de Contas da União (83,6%) e na Controladoria Geral da União (78,2%), órgãos internos de controle do controle do Poder Público, mas uma parcela significativa (43,6%) não sabe a diferença entre o Ministério Público e o Poder Judiciário.
BBC Brasil

Rizzolo: Dois dados importantes que podemos inferir na pesquisa, o primeiro, é a credibilidade das Forças Armadas, 74,7% e da Polícia Federal 75,5 % , e o terceiro dado é a credibilidade da população no Supremo Tribunal Federal, a instância máxima do Poder Judiciário, de 52,7%. É interessante notar que essa aprovação deveria ser revertida em investimento nessas instituições, temos que pensar mais no povo brasileiro e prestigiar aquilo que ainda resta no imaginário da população, ou seja, dinamizar o conceito de proteção ao Brasil, ao mesmo tempo em que as Forças Armadas devem retribuir esse reconhecimento apoiando inconteste a política de distribuição de renda, e esquecer mágoas do passado em relação à esquerda. Temos que cerrar fileira para que com uma boa correlação de forças políticas, possamos reconstruir nossas Forças Armadas, de mãos dadas com apoio do povo pobre brasileiro, que durante muitos anos fora esquecido. Leia também: Perdendo-se as Nobres Referência e General Augusto Heleno, uma declaração patriótica e coerente

FHC não sabia de nada, afirmam líderes do PSDB

0927azeredo1.jpg

As declarações do senador Eduardo Azeredo (PSDB/MG), envolvendo o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso no esquema de caixa-dois de sua campanha para o governo de Minas Gerais em 1998, causaram um terremoto dentro do partido, desencadeando uma operação para isolar e silenciar Azeredo o mais rápido possível. Lideranças tucanas fizeram fila, quarta-feira, para rebater as declarações do senador mineiro.

Por Marco Aurélio Weissheimer, na Carta Maior*

“O senador não poderia ter dito isso. Está me obrigando a responder algo surrealista. Envolver o presidente (FHC) nesse episódio é o mesmo que envolver o presidente Bush”, disse Arthur Virgílio (AM), líder do PSDB no Senado. Virgílio não explicou porque seu colega de partido “não poderia” ter dito o que disse. O presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati (CE), recorreu à psicologia para explicar as declarações de Azeredo.

Segundo ele, as declarações de Azeredo ao jornal Folha de São Paulo são uma demonstração de indignação e transtorno mental. Azeredo, garantiu Jereissati, é um homem honesto, correto, que ficou transtornado e saiu falando o que veio à cabeça. Já o senador tucano de Goiás, Marconi Perillo, foi mais direto: “FHC e o PSDB nacional não têm nada a ver com isso”, assegurou.

FHC mantém silêncio

O site nacional do PSDB silencia sobre o assunto. Os recados a Azeredo estão sendo dados pela imprensa e diretamente através de alguns interlocutores. O governador de São Paulo, José Serra, negou que esteja em curso no PSDB uma operação para silenciar e isolar Azeredo. Segundo Serra, o senador mineiro é um homem íntegro e honesto e jamais existiu algo como um “mensalão mineiro”. Azeredo não está abandonado pelo partido. É só uma sensação, não a realidade, filosofou Serra.
Já o governador mineiro, Aécio Neves (PSDB), tirou o corpo fora e jogou a batata quente no colo de seu companheiro de partido, dizendo que Azeredo deve prestar contas à sociedade pelas acusações de caixa-dois na campanha de 1998.

Até a manhã de quinta-feira, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso ainda não havia se manifestado sobre o caso. Segundo lideranças do PSDB, FHC está no exterior. Incomunicável, aparentemente. Os tucanos não quiseram comentar a validade do argumento utilizado por eles e pelo próprio FHC, segundo o qual o presidente Lula não poderia dizer que “não sabia”, no caso do envolvimento de petistas com o mensalão.

“Fica uma coisa nebulosa”…

No dia 29 de agosto, o ex-presidente FHC afirmou que o presidente Lula não poderia “fazer de conta que não é com ele”, referindo-se à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em aceitar a denúncia contra os denunciados no caso do mensalão. “É com ele sim. Não estou dizendo que ele seja responsável, mas enquanto ele não repudiar, dá a sensação que está conivente, ou leniente, para usar uma expressão mais branda”, disse FHC, durante um evento promovido pela Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), em São Paulo.

O presidente Lula, acrescentou FHC, “tem a obrigação de dar uma palavra à nação sobre o assunto”. “Caso contrário fica uma coisa nebulosa e dá a sensação que ele está passando a mão na cabeça dos envolvidos”, emendou.

Site do PC do B

Rizzolo: As explicações para o “Mensalão Mineiro” que pra mim é ” Mensalão do PSDB “, lançando mão da psicologia, ou até da psicanálise para justificar as declarações de Azeredo, por parte de Tasso Jereissati (CE), como sendo uma demonstração de “indignação e transtorno mental” me lembra o caso do Rabino Henry Sobel. Agora o silêncio é total, inclusive da mídia. Aécio Neves foi mais esperto, jogou e decarrgou tudo no Azeredo, pelo menos é um postura mais aceitável; o mais interessante é que ao mesmo tempo que um joga tudo em cima do Azeredo ( Aécio), o outro, senador tucano de Goiás, Marconi Perillo, afirma que: “FHC e o PSDB nacional não têm nada a ver com isso”. Contradições Tucanas em face à ” transtornos mentais “. O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM-SP), vai marcar um encontro com o procurador-geral da República, Antonio Fernando Souza, para conversar sobre as denúncias contra o senador e ex-presidente do PSDB Eduardo Azeredo (MG) de participar do ” Mensalão do PSDB “, “Tenho que ver como deve agir a Corregedoria nesse caso”, alegou o senador do DEM nesta quarta-feira (26). O procurador-geral está analisando as informações sobre o caso para decidir se oferece ou não denúncia contra Azeredo. Vamos acompanhar, hein !

A Marinha do Brasil e a questão dos submarinos

Comandante da Marinha defende política de aquisição de submarinos convencionais, diante das dificuldades de verba para concluir o submarino nuclear brasileiro

Publicamos hoje texto enviado pelo Comandante da Marinha, almirante Roberto de Guimarães Carvalho, a respeito da entrevista que nos concedeu o almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva (HP, 22/11/2006), sobre a questão do submarino nuclear brasileiro. Na entrevista mencionada, o almirante Othon, que chefiou o programa nuclear da Marinha, com a conquista da tecnologia para o enriquecimento do urânio, defendia a conclusão do submarino nuclear, já em adiantada fase de construção – tanto o reator nuclear quanto o protótipo do submarino já foram realizados, faltando a criação de laboratórios que permitam testar o reator em condições operacionais. Para o almirante Othon, a política de investir em submarinos convencionais não é a mais apropriada aos interesses da defesa do país. Nas condições tecnológicas da guerra atual, somente submarinos nucleares poderiam garantir a defesa diante de inimigos do país que já possuem, há muito, belonaves desse tipo. Daí a sua formulação de que a construção do submarino nuclear é um “gesto de independência”.

Em seu texto, o Comandante da Marinha ressalta que “a Marinha tem, permanentemente, pleiteado recursos junto ao Governo Federal, a fim de possibilitar darmos o curso normal ao Programa Nuclear da Marinha. Apesar do insucesso dessas tentativas, pelo menos até agora, é importante realçar que o Programa Nuclear da Marinha permitiu ao Brasil dominar a tecnologia de enriquecimento de urânio, conhecimento este restrito a apenas oito países”. Na ausência desses recursos, o Comandante da Marinha defende a política de aquisição – e possível construção no Brasil – de submarinos convencionais. “Como o próprio senhor Othon afirma, só tem submarino convencional quem não pode ter o nuclear”, diz o almirante Carvalho, e conclui: “infelizmente, nós estamos neste caso, pelo menos, ainda por um bom tempo, haja vista a situação orçamentária da Marinha nos últimos anos”.

Trata-se de um debate decisivo para o nosso país. Trata-se da defesa de nossa soberania, de nossa independência. Por isso mesmo, é altamente importante que os brasileiros, habitantes de um país com uma imensa fronteira marítima, tenham consciência precisa da questão, para que concentremos nossos recursos e nossos esforços na melhor e mais eficaz solução.

Almirante Roberto de Guimarães Carvalho *

Em relação à entrevista concedida pelo senhor Othon Luiz Pinheiro da Silva a esse conceituado veículo de comunicações, publicada na edição no dia 22 de novembro, cujo teor versa, basicamente, sobre a obtenção de submarinos convencionais ou nucleares, na qual, fazendo questão de dizer que falou como cidadão e não como Vice-Almirante da Reserva – daí eu ter me referido a ele como senhor, tece comentários, sem ter conhecimento completo do quadro conjuntural, sobre decisões da Alta Administração Naval, tanto de passado recente, como da atual, cabe a mim, como Comandante da Marinha, esclarecer aos leitores os seguintes aspectos:

a) a possível construção de um submarino convencional no nosso arsenal não é, na opinião da Marinha, um retrocesso. Pelo contrário, é a continuação do progresso, pois possibilitará manter a qualificação dos nossos engenheiros, técnicos e operários, conquistada com muito esforço, e que não podemos perder;

b) a Marinha tem perfeita ciência das diferenças existentes entre as capacidades operativas de submarinos convencionais e nucleares. Como o próprio senhor Othon afirma, só tem submarino convencional quem não pode ter o nuclear e, infelizmente, nós estamos neste caso, pelo menos, ainda por um bom tempo, haja vista a situação orçamentária da Marinha nos últimos anos. A Marinha sonha com o submarino nuclear, mas isso não basta. É preciso que, além do nosso sonho, haja uma vontade nacional, traduzida em recursos, de forma a transformar o sonho em realidade. Enquanto isso não ocorre, resta-nos a opção dos submarinos convencionais, que, apesar de terem sido comparados a “focas” ou “jacarés”, são plataformas navais eficazes, tanto o é, que, a principal e mais poderosa marinha do mundo os considera como uma das principais ameaças que poderá ter de enfrentar;

c) o submarino que a Marinha pretende construir não é o da classe daqueles que foram construídos na Argentina na década de 70. É um submarino convencional moderno, da mesma origem dos nossos atuais cinco submarinos, que serão modernizados, mantendo-se, assim, a padronização. Adquirir um submarino de uma outra origem, com tecnologia diferente daquela com a qual estamos habituados a trabalhar, seria passar por uma experiência que a nossa Força de Submarinos já passou, e que não foi boa, qual seja, a de conviver com submarinos de origens diversas. Em acréscimo, não há registro conhecido, de que um país detentor da tecnologia nuclear, para fins de propulsão naval, bem como de projetos de plataformas onde possam ser instalados os equipamentos e sistemas necessários, tenha transferido esses conhecimentos sensíveis a outro. Assim, considero, no mínimo, arriscada a presunção de que isso aconteceria conosco, caso a opção fosse por um submarino de outra origem;

d) no que se refere às considerações feitas citando nominalmente o Almirante-de-Esquadra Ivan da Silveira Serpa, eminente, respeitado e honrado Chefe Naval e ex-Ministro da Marinha, as mesmas distorcem os fatos e não correspondem à realidade. A bem da verdade, é mister mencionar que o Almirantado, então presidido pelo Almirante Serpa, ao decidir pela diminuição dos recursos destinados ao Programa Nuclear da Marinha, o fez motivado pela redução do orçamento da Força, pelo decrescente aporte de recursos da antiga Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), parceira no projeto, e por problemas de gestão na condução do Programa. Aliás, na oportunidade, por determinação do próprio Almirante Serpa, foi criada uma Comissão de Almirantes e Oficiais capacitados, com a tarefa de proceder um criterioso redimensionamento do referido Programa, adequando-o à realidade e às normas orçamentárias da Marinha;

e) quanto à aquisição em 1995, das quatro fragatas na Inglaterra, os navios, apesar de usados, estavam em excelentes condições materiais e operativas, três dos quais ainda integram e constituem importante parcela do poder combatente da nossa Esquadra. Os recursos utilizados, por meio de crédito especial, não integravam o Orçamento da Marinha e, portanto, não concorreram com os aplicados no Programa Nuclear. Em acréscimo, esses navios foram adquiridos para substituírem contratorpedeiros já bem antigos, de origem norte-americana, que foram retirados do serviço ativo. É claro que a Marinha precisa de submarinos, mas, embora alguns possam não concordar, também precisa de navios;

f) é imperativo enfatizar que, durante o meu período de Comando e daqueles que me antecederam, a Marinha tem, permanentemente, pleiteado recursos junto ao Governo Federal, a fim de possibilitar darmos o curso normal ao Programa Nuclear da Marinha. Apesar do insucesso dessas tentativas, pelo menos até agora, é importante realçar que o Programa Nuclear da Marinha permitiu ao Brasil dominar a tecnologia de enriquecimento de urânio, conhecimento este restrito a apenas oito países; e

g) em relação aos comentários pessoais sobre o atual Chefe do Estado-Maior da Armada, considero-o um oficial empreendedor, reconhecidamente inteligente e capaz, e cujo prestimoso assessoramento nos assuntos relevantes da Marinha tem sido de extrema valia para as decisões de alto nível que meu cargo requer.

Em relação ao todo da matéria jornalística, acredito que o senhor Othon tem todo o direito de expor as suas opiniões pessoais sobre um tema tão importante, mas deveria tê-lo feito considerando todas as variáveis envolvidas nesse complexo problema, e não apenas parte delas. Poderia, ainda, ter sido um pouco mais cortês nas suas colocações, dentro da fidalguia característica dos homens do mar.

*Comandante da Marinha
Jornal Hora do Povo

Rizzolo:A questão dos submarinos do ponto de vista tecnológico, se por hora o ideal é o convencional, ou se, o ideal seria que os investimentos maiores fossem drenados para a construção do submarino nuclear, é uma questão técnica e dialética. O que precisamos de uma vez por todas nesse país, e isso eu fico muito à vontade pra falar, até porque não sou militar, é termos uma visão concreta, determinada, e eficaz de investimento no nosso Parque Indústria Bélico.

Não há como conceber um país com uma extensão territorial como a nossa, onde ainda de forma submissa, ficamos escolhendo submarinos “de acordo com o nosso bolso”; não podemos aceitar, como disse o Almirante Roberto Carvalho, na sua justificativa, “que o Almirantado, então presidido pelo Almirante Serpa, ao decidir pela diminuição dos recursos destinados ao Programa Nuclear da Marinha, o fez motivado pela redução do orçamento da Força, pelo decrescente aporte de recursos da antiga Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), parceira no projeto, e por problemas de gestão na condução do Programa. Aliás, diz ele, na oportunidade, por determinação do próprio Almirante Serpa, foi criada uma Comissão de Almirantes e Oficiais capacitados, com a tarefa de proceder a um criterioso redimensionamento do referido Programa, adequando-o à realidade e às normas orçamentárias da Marinha”.

Ora, nossa defesa, nossas Forças Armadas não podem ficar sucateadas enquanto Bancos internacionais e nacionais se lavam em lucros, onde multinacionais em vultuosas remessas de lucros e dividendos nem sequer pagam Imposto de Renda, à Nação brasileira, onde tudo é programado para economizar, e se fazer superávit primário visando interesses externos. Agora em relação a orçamento militar tão importante como qualquer projeto social, temos sim que nos limitarmos “de acordo com o nosso bolso”, deixando a defesa nacional relegada a terceiro plano.

Publicado em últimas notícias, Brasil, economia, Esquadra russa, Hugo Chavez e os russos, Lula, manobras russas, navio Pedro o Grande, Política, Principal. Tags: , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , , . 2 Comments »

Alguns casos escabrosos da TV Globo

0926marinho2.jpg

A tentativa de manipulação dos resultados das eleições presidenciais de 2006 não é o único caso escabroso que justifica a reflexão crítica sobre o papel da TV Globo, agora em discussão devido ao fim do prazo da sua concessão pública em 5 de outubro. Na sua longa história, esta poderosa emissora já cometeu várias outras barbaridades ao cobrir importantes fatos políticos. Com base num levantamento do professor Venício de Lima, exposto no livro Mídia, crise política e poder no Brasil, selecionamos três episódios reveladores do péssimo jornalismo praticado por esta corporação midiática, sempre a serviço dos interesses das classes dominantes.

Por Altamiro Borges*

Como aponta o autor na abertura do ensaio, o que distingue a TV Globo de outras redes privadas e comerciais é que, “sob o comando de Roberto Marinho, ao longo dos anos da ditadura militar, ela se transformaria em uma das maiores, mais lucrativas e mais poderosas redes de televisão do planeta. Outorgada durante o governo de Juscelino Kubitschek (1958) e inaugurada em 1965, a TV Globo do Rio de Janeiro, junto às suas outras concessões de televisão, viria a constituir uma rede nacional de emissoras próprias e afiliadas que, não só por sua centralidade na construção das representações sociais dominantes, mas pelo grau de interferência direta que passou a exercer, foi ator decisivo em vários momentos da história política do Brasil nas últimas décadas”.

“Sim, eu uso o poder [da TV Globo], mas eu sempre faço isso patrioticamente, tentando corrigir as coisas, buscando os melhores caminhos para o país e seus estados”, dizia Roberto Marinho.

A fraude contra Brizola

O primeiro caso lembrado por Venício de Lima ocorreu em 1982, já na fase de agonia do regime militar. Leonel Brizola, que retornou do seu longo exílio em 1979, candidatou-se ao governo do Rio de Janeiro. Sua candidatura não agradou à ditadura nem à direção da TV Globo – conforme denunciou um ex-executivo da empresa, Homero Sanchez. Segundo ele, Roberto Irineu Marinho, filho do dono e um dos quatro homens fortes da corporação, havia assumido compromisso com o candidato do regime, Moreira Franco. Foi montado um esquema para fraudar a contagem dos votos através da empresa Proconsult, cujo programador era um oficial da reversa do Exército.

Nesta trama, a TV Globo ficou com o encargo de manipular a divulgação da apuração. Mas, já prevendo a fraude, foi montado um esquema paralelo de apuração, organizado por uma empresa rival, o Jornal do Brasil. A armação criminosa foi desmascarada, Leonel Brizola foi eleito governador e a poderosa Rede Globo ficou desmoralizada na sociedade. Até o jornal Folha de S.Paulo criticou “esta grave e inédita” maracutaia. “O verdadeiro fiasco em que se envolveu a Rede Globo de Televisão durante a fase inicial das apurações no Rio de Janeiro torna ainda mais presentes as inquietações quanto ao papel da chamada mídia eletrônica no Brasil”, alertou.

Passadas as eleições, mesmo desmoralizada, a Globo continuou a fazer campanha feroz contra o governador Leonel Brizola, democraticamente eleito pelo povo. Ela procurou vender a imagem de que ele era culpado pelo aumento da criminalidade e, sem provas, tentou associá-lo ao mundo do crime. Numa entrevista ao jornal The New York Times, em 1987, o próprio Roberto Marinho confessou essa ilegal manipulação. “Em determinado momento, me convenci de que o Sr. Leonel Brizola era um mau governador. Ele transformou a cidade maravilhosa que é o Rio de Janeiro numa cidade de mendigos e vendedores ambulantes. Passei a considerar o Sr. Brizola daninho e perigoso e lutei contra ele. Realmente, usei todas as possibilidades para derrotá-lo”.

Sabotagem das Diretas-Já

Em 1983, com a ditadura já cambaleante, cresceu a rejeição dos brasileiros contra a excrescência do Colégio Eleitoral, que escolhia de forma indireta e autoritária o presidente da República. O jovem deputado federal Dante de Oliveira apresentou uma emenda constitucional fixando a eleição direta a partir de 1985. Os militares reagiram. “A campanha pela eleição direta reveste-se, agora, de caráter meramente perturbador”, esbravejou o presidente-general João Batista Figueiredo. Apesar desta reação aterrorizante, milhões de pessoas começaram a sair às ruas para exigir o democrático direito de votar, na campanha que ficou conhecida como das Diretas-Já.

A TV Globo, totalmente ligada à ditadura, simplesmente ignorou as gigantescas manifestações. Chegou a rejeitar matéria paga sobre o protesto das Diretas-Já em Curitiba. Até duas semanas antes da votação da Emenda Dante Oliveira ela não divulgou nenhum dos eventos da campanha, que reunia centenas de milhares de brasileiros. No comício de São Paulo, em 25 de janeiro de 1984, ela só aceitou noticiar o ato, que juntou 300 mil pessoas, após conversa reservada entre o presidente do PMDB, Ulysses Guimarães, e o chefão Roberto Marinho. Mesmo assim, registrou o comício de maneira distorcida, como se fosse parte da comemoração do aniversário da cidade.

Somente quando percebeu o forte desgaste na sociedade, com os manifestantes aos gritos de “o povo não é bobo, fora Rede Globo”, a emissora começou a tratar da campanha – já na reta final da votação da emenda, em 25 de abril. Novamente, Roberto Marinho confessou seu crime numa entrevista. “Achamos que os comícios pró-diretas poderiam representar um fator de inquietação nacional e, por isso, realizamos apenas reportagens regionais. Mas a paixão popular foi tamanha que resolvemos tratar o assunto em rede nacional”. O “Deus Todo-Poderoso” foi obrigado a ceder.

O ministro da TV Globo

Venício de Lima também relata o curioso episódio da nomeação do ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, em 1988, o que confirma o poder da Rede Globo para indicar e derrubar autoridades e interferir, de maneira indevida e inconstitucional, nos rumos do Brasil. Numa entrevista à revista Playboy, Maílson descreveu que a sua indicação foi fruto de uma negociação entre Roberto Marinho e o presidente da República José Sarney – que, por acaso, já controlava a mídia no Maranhão, possuindo uma afiliada da TV Globo no estado. Ainda como secretário do governo, num cargo subalterno, Maílson da Nóbrega recebeu um telefone emblemático.

“No dia 5 de janeiro, o presidente me ligou perguntando: ‘O senhor teria problemas em trocar umas idéias com o Roberto Marinho?’. Respondi: ‘De jeito nenhum, sou um admirador dele e até gostaria de ter essa oportunidade’… A Globo tinha um escritório em Brasília. Fui lá e fiquei mais de duas horas com o doutor Roberto Marinho. Ele me perguntou sobre tudo, parecia que estava sendo sabatinado. Terminada a conversa, falou: ‘Gostei muito, estou impressionado’. De volta ao ministério, entro no gabinete e aparece a secretária: ‘Parabéns, o senhor é o ministro da Fazenda’. Perguntei: ‘Como assim?’. E ela: ‘Deu no plantão da Globo [no Jornal Nacional]”.

Da mesma forma como indicou, o poderoso Marinho também derrubou o ministro, segundo sua interpretação. “Um belo dia, o jornal O Globo me demitiu. Deu na manchete: ‘Inflação derruba Maílson, o interino que durou vinte meses”, descreve o ex-ministro, que arremata. “Isso teve origem num projeto de exportação de casas pré-fabricadas, para pagamento com títulos da dívida externa, que o Ministério da Fazenda vetou. O doutor Roberto Marinho tinha participação neste negócio… O fato é que O Globo começou a fazer editoriais contra o Ministério da Fazenda”.

Lista extensa de crimes

No livro Roberto Marinho, escrito pelo bajulador Pedro Bial, alguns entrevistados, inclusive o ex-presidente José Sarney, afirmam que era comum o dono da TV Globo ser consultado sobre a escolha de ministros. Pedro Bial, como fiel servidor da emissora, considera “natural que, na hora de escolher seus ministros, o presidente [Tancredo Neves] submeta os seus nomes, um a um, ao dono da Globo”. No recente livro “Sobre formigas e a cigarras”, o ex-ministro Antonio Palocci também relata que consultou a direção da empresa sobre a famosa Carta aos brasileiros, de 2002, na qual o candidato Lula se comprometia a não romper os contratos com as corporações capitalistas.

Na prática, este império interfere ativamente na vida política nacional, seja através de coberturas manipuladas ou de negociadas de bastidores – nas quais ameaça com o seu poder de “persuasão”. Além dos três casos escabrosos, Venício de Lima cita outras ingerências indevidas da TV Globo: “papel de legitimadora do regime militar”; “autocensura interna na cobertura da primeira greve de petroleiros, em 1983”; “ação coordenada na Constituinte de 1987/1988”; “apoio a Fernando Collor de Mello, expresso, sobretudo, na reedição do último debate entre candidatos no segundo turno de 1989”; “apoio à eleição e reeleição de FHC”; “até seu papel de ‘fiel da balança’ na crise política de 2005-2006”, contra o presidente Lula. A lista é bem extensa.

* Jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB, editor da revista Debate Sindical e autor do livro As encruzilhadas do sindicalismo (Editora Anita Garibaldi).
Site do PC do B

Rizzolo: A discussão devido ao fim do prazo da sua concessão pública em 5 de outubro é extremamente saudável, já não há mais espaço no Brasil, e na América Latina, para que determinadas “famílias” que detem concessões públicas determinem, quem deve governar, como se então fossem um “Partido Político”, de cunho orientador, e censor, e visando acima de tudo seus interesses. Os fatos elencados pelo jornalista no texto acima, demonstram a magnitude do poder de manipulação do povo brasileiro por parte de determinados segmentos da mídia. Observem que outras concessões já mão se portam da forma como a Globo sempre se portou. São sim mais “brandas”. Ao que me parece, já existe uma “noção” de que a concessão é um instrumento do povo, público. Temos que abrir uma ampla discussão sobre o papel das concessões, até porque, no Brasil, que dá a concessão para o governante é a mídia, e não o povo que o elegeu, seria digamos uma concessão às avessas. Simplesmente ridículo! Saudades do Brizola ! Esse enfrentava os poderosos !

Deputado cobra CPI da Abril-Telefônica

mir.jpg

Todas as atenções da política e da mídia estavam voltadas para a sessão da Câmara para votação da CPMF, na tarde desta quarta-feira (26), quando o deputado Wladimir Costa (PMDB-PA) pediu a palavra para cobrar do presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), a instalação da CPI da Abril-Telefônica.

O assunto, que está coberto pelo silêncio da grande mídia e o receio de muitos parlamentares, ganhou destaque na sessão, provocando discursos e debates.

“Gostaria de fugir um pouco deste debate, indagando a V.Exa. algo que me tem deixado um tanto irrequieto. Eu gostaria de saber os motivos pelos quais a Presidência ainda não instalou a CPI da TVA, de minha autoria, que aguardo com muita expectativa”, disse o parlamentar.

A resposta do presidente Chinaglia provocou irritação no parlamentar, que afastou a possibilidade de associação entre o pedido de criação da CPI e tentativas de retaliações à Revista Veja. “Não permito essa comparação. O Sr. Renan Calheiros é Senador e o Sr. Wladimir Costa é Deputado. Senado é Senado, Câmara é Câmara”, afirmou Wladimir.

A resposta de Chinaglia foi de que “tomei uma decisão pessoal e intransferível: enquanto não houvesse o julgamento do Senador Renan Calheiros, avaliei que não seria prudente contaminarmos ou deixar que interpretassem como contaminação uma interferência da Câmara na CPI, como observa a revista que fez reportagens acusativas”.

Segundo o Presidente da Casa “a associação que foi feita, eu diria, em parte da opinião política no Brasil, é que a proposta de CPI poderia ser interpretada como uma reação à revista Veja, falando bem claro”.

E, em resposta ao parlamentar peemedebista, Chinaglia disse que “V.Exa. pode não permitir, mas V.Exa. conhece tanto quanto eu parlamentares desta Casa que fazem essa interpretação”.

As justificativas do Presidente da Casa para protelar a instalação da CPI não desanimaram o peemedebista: “Continuo aguardando com muita expectativa. Conheço sua idoneidade e seu espírito público. Tenho certeza de que, em poucos dias, V.Exa. vai instalar, sim, a CPI, para investigarmos o escândalo envolvendo a TVA”.

O pedido de CPI é para investigar as circunstâncias e as conseqüências decorrentes da compra da TVA – controlada pelo Grupo Abril e a Telesp, controlada pela empresa espanhola Telefônica, “no que diz respeito aos princípios da defesa da livre concorrência, dos direitos do consumidor e da soberania nacional”.

Ação democrática

“Obtivemos número expressivo de assinaturas e a maioria dos nossos colegas se recusaram a retirá-las, apoiando a instalação da referida CPI. Para mim, a Comissão Parlamentar de Inquérito é uma das maiores ações democráticas do Congresso Nacional”, enfatizou Wladimir em seu discurso.

O deputado disse ainda que o seu interesse na instalação da CPI é baseado no fato de que “há indícios de que houve alguma coisa errada. Tenho informações de que a Consultoria Legislativa da Casa encontrou amparo regimental para a instalação da CPI”, acrescentando que “o Brasil tem cobrado a instalação dessa CPI, por incrível que pareça, e a imprensa também aguarda com muita expectativa”.

“CPI não tem só que investigar Parlamentar ou autoridades constituídas, mas quem quer que tenha um suposto relacionamento promíscuo e que esteja ferindo a lei”, enfatizou.

Segundo o deputado, Chinaglia foi questionado sobre a CPI da Abril-Telefônica em entrevista em uma grande rede de televisão, “mas os colegas não souberam me dizer qual foi sua resposta”.

Chinaglia reconheceu o direito do autor do requerimento de “fazer essa cobrança”. “Ao ser perguntado, eu respondi que essa informação eu daria ao Plenário da Câmara assim que julgasse adequado. Mas quero dar pelo menos uma explicação inicial”.

Explicações de Chinaglia

O Presidente da Câmara disse que recebeu uma carta da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), em que “aquela entidade representativa que fala em nome da imprensa latino-americana, pelo menos assim percebo, manifestava preocupação quanto à liberdade de imprensa”.

Para Chinaglia, além da análise, do fato determinado e das assinaturas, houve duas questões de ordem que tomaram tempo, protelando a instalação da CPI. E apontou a votação da CPMF como outro elemento que provocou o adiamento da comissão.

Wladimir contestou as explicações de Chinaglia, destacando que “tudo o que se trata de investigar veículo de comunicação, eles levam para o lado da liberdade de expressão” e que o suposto escândalo envolve 1 bilhão de reais e a formação de cartel.

“Eu sou profissional de imprensa, de rádio e televisão, há 25 anos. Sei muito bem o que é ferir e não ferir a liberdade de expressão”, afirmou o parlamentar.

De Brasília
Márcia Xavier

Site do PC do B

Rizzolo: O camarada Chinaglia, tão eloqüente ao que tudo indica numa análise perfunctória, esta se “afinando”. É essas argumentações protelatórias, sem maiores justificativas, tentando embrionar as questões de Renan com a CPI da Abril nada mais são do que “esfriar” o debate em favor do grupo internacional Abril. Ora, não podemos ter ou conceber atitudes como esta, a cobrança do Deputado Wladimir Costa (PMDB-PA), é extremamente justa e legitimada em face aos fatos. Argumentações apenas para procrastinar a instalação é no mínimo imoral.

Agora essa estória baseada na alegação de Chinaglia recebeu uma carta da Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), em que “aquela entidade representativa que fala em nome da imprensa latino-americana, pelo menos assim percebo, manifestava preocupação quanto à liberdade de imprensa”. Liberdade de Imprensa? OU Golpe da Imprensa? Essa “Sociedade Interamericana de Imprensa, não engana mais ninguém, totalmente controlada pela Opus Dei, é a porta voz mais reacionária da América Latina.

Como diz o Presidente Kirchner, “A Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP, na sigla em espanhol) se dedica a cuidar dos interesses das transnacionais de informação, que passam muito longe dos interesses do povo argentino. Esses que para impor seus interesses e suas idéias mataram, assassinaram e seqüestraram que não venham nos dizer como funciona a liberdade de imprensa”, afirmou o presidente Néstor Kirchner, em resposta a documento do organismo que acusa o governo de Buenos Aires de não respeitar a liberdade de comunicação no país. O que preocupa é a postura de Chinaglia, postura tímida, relutante, imprecisa e acima de tudo me parece medrosa. O PT está mudando, hein!”.

EUA: Milhares realizam marcha a Lousiana para condenar racismo

images7.jpg

“A justiça não é aplicada da mesma forma para todos”, denunciou o filho de Martin Luther King ao participar da marcha contra injustiças racistas que atingiram jovens na cidade de Jena, (Lousiana)

Cerca de 60 mil manifestantes de várias partes dos EUA convergiram em uma gigantesca marcha para ocupar a cidade rural de Jena, no estado da Louisiana, na quinta-feira, 20. A marcha foi em protesto contra procedimentos jurídicos racistas que atingiram seis jovens negros da cidade.

A agressão teve início quando alguns jovens se sentaram sob a sombra de uma árvore “exclusiva de brancos”. Martin Luther King III, filho do líder do movimento pelos direitos civis Martin Luther King (morto em 1968), disse que a cena do protesto era comparável às primeiras manifestações do movimento pelos direitos civis dos anos 50 e 60. Ele afirmou que “o sistema de justiça não é aplicado da mesma forma para todos os crimes e pessoas”.

“Jena se converteu em um símbolo da disparidade no sistema de justiça criminal”, declarou o reverendo Al Sharpton, que junto com seu colega Jesse Jackson e com outras reconhecidas personalidades da luta pelos direitos civis norte-americanos, participou do protesto.

Sharpton disse que irá, junto com três deputados democratas, pressionar o Comitê de Justiça da Casa dos Representantes (Câmara dos Deputados) para que convoque o responsável pelo caso para explicar seus atos racistas diante do Congresso.

Há pouco mais de um ano quando alguns estudantes negros da escola secundária da cidade se “atreveram” a sentar-se debaixo do que se conhecia como “árvore branca”, ou seja, somente para brancos.

KU KLUX KLAN

No dia seguinte apareceram três cordas amarradas como forcas penduradas na árvore, símbolo do linchamento de negros pelo Klu Klux Klan. Os responsáveis pelo caso foram identificados, mas não processados criminalmente, pois, segundo o responsável pelo caso, eram todos menores pelas leis do Estado da Louisiana. Foram somente suspensos das aulas por três dias.

Em seguida, a tensão devido à provocação racista causou vários incidentes, incluindo brigas, entre estudantes negros e brancos. Em um dos casos, jovens brancos atacaram um negro; nunca foram punidos.

No dia seguinte, o mesmo estudante negro e uns amigos viram um de seus agressores e o perseguiram. O agressor do dia anterior empunhou um rifle não carregado, porém foi imobilizado. O branco não foi acusado pela polícia, mas em contrapartida, os negros foram presos por roubo (do rifle).

Em uma das brigas, em meio à tensão gerada com as agressões racistas, com a participação de seis jovens negros, um estudante branco, Justin Baker, foi atingido. Baker pôde comparecer a uma festa na escola no mesmo dia mas o grupo de jovens negros foi acusado pelo promotor de agressão, que evoluiu para tentativa de assassinato. Posteriormente, as acusações contra o grupo de jovens foram amenizadas.

Dos seis negros envolvidos na briga, o menor, Mychel Bell, teve como acusação agressão de segundo grau e pena de 15 anos de prisão, mas um tribunal de apelações na última semana anulou a sentença ao dizer que ele não deveria ter sido julgado como um adulto. Agora poderá ser libertado na próxima semana. Bell possuía apenas 16 anos quando ocorreu o incidente e cumpriu nove meses de prisão. Os demais jovens esperam julgamentos e a promotoria pede penas que somadas lhes dariam um total de 100 anos de prisão. O procurador local, Reed Walter, de raça branca, insiste que não há “aspecto racial algum” em suas ações judiciais.

Há pouco tempo, a Suprema Corte dos EUA deu sentença contra as normas que estabeleciam as cotas para os integrantes da comunidade negra. Este sistema de cotas foi uma das conquistas da luta pelos direitos civis e contra o racismo que havia instituido diferenças brutais entre as condições de vida para os brancos – a denominada elite WASP (sigla em inglês para Branco, Anglo-Saxão e Protestante) – e as vivenciadas pelos negros nos Estados Unidos. Agredir esta conquista sinalizou para o recrudescimento da violência praticada pelos racistas.

Na quinta-feira, com a megamarcha em Jena – cidade de 85% de população branca – foi declarado “estado de emergência” no município, as escolas e comércios fecharam as portas e o governo estadual enviou reforço policial para “auxiliar” a polícia local. Nenhum incidente foi registrado durante a marcha, o que os organizadores celebraram como “o poder do protesto não-violento”, lembrando o mártir da luta pelos direitos civis nos EUA, Luther King.

SEGREGAÇÃO

Os organizadores da manifestação pediram que os participantes não comprassem nada na cidade, para que seus habitantes não se beneficiassem economicamente do protesto.

Líderes da comunidade negra local afirmaram que a cidade é efetivamente segregada e que há menos oportunidades para os negros, após cerca de 40 anos do fim das leis segregacionistas.

“Os negros moram de um lado da cidade. Os brancos moram no outro. Nós vivemos em uma cidade segregada por toda nossa vida. Não é algo que desejemos”, disse B.L. Moran, pastor local.

“Nós temos pessoas na família na idade destes garotos. Nós queremos fazer alguma coisa”, disse Angela Merrick, 36, que veio com três amigas de Atlanta, no Estado americano da Georgia, para protestar em Jena.

Manifestações pelos “seis de Jena” também aconteceram em Nova Iorque, onde centenas de pessoas vestidas de preto ocuparam as escadarias da prefeitura, e em Washington, onde centenas se reuniram perto do Capitólio. Também ocorreram protestos menores em universidades e outros centros comunitários.

A comunidade negra vem denunciando o caso como exemplo de racismo institucionalizado.

Um em cada oito homens negros aos 20 anos de idade se encontra encarcerado. Segundo a organização “The Senten-cing Project”, mais de 60% da população carce-rária dos EUA pertence a minorias raciais e étnicas.

Hora do Povo

Rizzolo: A insensibilidade que o governo americano trata a questão das minorias é algo estarrecedor. De há muito tempo o racismo vem se desencadeando com pontuações em que o direito dos negros e latinos vem diminuindo a cada dia. Como a supressão de cotas aos estudantes negros, com o descaso com populações negras que sofrem com falta de serviços básicos de saúde, agora a acentuada proteção velada dos órgãos jurisdicionais (Justiça); a mobilização se faz sentido até porque Bush com sua política belicista prefere fluir recursos a invasões de paises que não rezam o “Consenso de Washinghton” ao invés de privilegiar a população pobre americana.

13º injetará R$ 53,7 bi na economia até o final ano, afirma Pochmann

“Graças ao aumento do salario mínimo e à ampliação do emprego formal”

O presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Márcio Pochmann, calcula que o 13º salário injetará R$ 53,7 bilhões na economia até o final ano. Segundo o economista, “a massa do 13º cresceu graças ao aumento do valor do salário mínimo e à ampliação do emprego formal do país, além do bom desempenho das campanhas salariais”.
“Vamos ter um fim de ano gordo para as famílias, que deve se refletir num importante aumento das vendas no varejo”, disse.

Na avaliação do presidente do Ipea, os recursos do 13º serão utilizados em primeiro lugar para o consumo. Secundariamente para pagamento de dívidas e poupança. Metade deve do 13º ser paga até 30 de novembro e o restante até 20 de dezembro.
Para o cálculo, Pochmann utilizou como base a Relação Anual de Informações Sociais (Rais), Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).

Hora do Povo

Rizzolo: A injeção de R$ 53,7 bilhões na economia até o final ano dará um aumento substancial no consumo que se revelará num aumento das vendas no varejo. Não há que se pensar em inflação, a economia está estabilizada, a tendência do juro ainda é cair, como disse o Presidente do BNDE, Coutinho; os juros devem continuar caindo “O mercado interno é o sustentáculo indiscutível do crescimento brasileiro” Luciano Coutinho, avaliou na semana passada que há espaços para a continuidade da redução da taxa Selic, particularmente pela decisão do Fed (banco central norte-americano) em reduzir de 5,25% para 4,75% sua taxa básica de juros. “Ao ter aumentado o diferencial de juros entre a taxa Selic e a taxa ‘federal funde rate’, abriu-se espaço claro para a continuidade da redução de juros”, disse Coutinho.

Agora os defensores do “Cassino Brasil” depois da decisão do Copom no início do mês de reduzir apenas 0,25 ponto a taxa Selic, para 11,25%, voltaram à carga pela sua manutenção nas alturas, principalmente após a divulgação da ata do órgão, em que insiste nos supostos “riscos não desprezíveis para a dinâmica inflacionária”, o que é uma grande mentira, até porque, mesmo que exista reflexo da crise americana ela não terá efeitos aqui. Temos um bom mercado interno, e precisamos cada vez mais aumentá-lo como forma de nos blindarmos contra os maus administradores e especuladores americanos que dão crédito à vontade a qualquer só para “fazer dinheiro”. Uma tremenda irresponsabilidade !

Azeredo diz que se cair leva junto FH, Aécio e todo o PSDB

Azeredo ameaça o PSDB: “campanha de 98 não era só minha, era de todo o partido”

Após a cúpula tucana dar sinais nos bastidores de que abandonará de vez Eduardo Azeredo no caso do tucanoduto de Marcos Valério, o senador disparou as baterias e ameaçou publicamente seus correligionários Fernando Henrique, Aécio Neves e “todo o partido”. A ameaça foi feita em entrevista ao jornal “O Globo”, na terça-feira. Ao ser questionado se estava surpreendido com a postura do partido, ainda não formalizada, de rifá-lo, Azeredo mandou seu recado nada discreto: “A campanha de 1998 não era só minha. Era de todo o partido, inclusive da reeleição do presidente Fernando Henrique Cardoso no estado”.

Azeredo acrescentou que, por isso mesmo, “acredito que vou ter o apoio total do partido. Eu sou fundador do PSDB. A bancada já disse que dará apoio”. Em seguida, emendou: “O Aécio também está firme”.

Não precisa ser nenhum Sherlock Holmes para decifrar as ameaças de Azeredo. Como está claro no relatório da Polícia Federal, o caixa 2 de Azeredo, irrigado com recursos públicos, de empreiteiras e de bancos, beneficiou 159 políticos ligados à sua candidatura. Na lista elaborada por seu caixa de campanha, Cláudio Mourão, aparece o então candidato a deputado federal e atual governador do Estado, Aécio Neves, como receptor de R$ 110 mil.

O relatório aponta também que parte dos recursos públicos que sustentaram o esquema saiu da Fundacentro – órgão ligado ao Ministério do Trabalho -, no governo de Fernando Henrique Cardoso. “Marcos Valério também realizou em 1998 procedimentos ilícitos junto à Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho -Fundacentro, entidade integrante da administração pública federal vinculada ao Ministério do Trabalho, utilizando a mesma técnica de branqueamento de fundos (lavagem de dinheiro) desviados através da prestação de serviços publicitários inexistentes ou superfaturados”, afirma a Polícia Federal. Além disso, a PF identificou esquemas montados na Telesp, antes da privatização, para desviar recursos para o esquema.

Em 2005, período em que estourou o escândalo do tucanoduto, Azeredo foi afastado da presidência nacional do PSDB por seus colegas com a esperança de que o caso fosse abafado. Agora, o senador que pode enfrentar um processo no próprio Senado, mostra que não está disposto de cair sozinho, caso seja novamente abandonado.
Hora do Povo

Rizzolo:Ah! Mas agora a ética tucana se desespera, não há dúvida que o fato do caixa dois de Azeredo, irrigado com recursos públicos, de empreiteiras e de bancos, que beneficiou 159 políticos ligados à sua candidatura levará muita gente a reboque, na lista de Claudio Mourão o caixa da campanha, Aparece quem? Nada mais nada menos o então deputado federal e atual governador do Estado Aéco Neves, receptando R$ 110 mil, ora, Esses são os “guardiões da ética tucana?” Agora, cuidado com Azeredo, ele sabe muito, e todos irão como já a reboque. Esses são os que não gostam da democracia plena, gostam da “relativa”, da mídia golpista e também do dinheiro do caixa dois. A direita está muito bem representada não?

Sai pela culatra golpe da mídia para jogar o Senado contra Chávez

Vice-presidente do Senado rejeita intrigas contra Chávez

“Não tenho por que duvidar do presidente Hugo Chávez”, disse Tião Viana, ao perceber que mídia fabricou declarações do presidente venezuelano

Não durou muito a versão montada pela mídia golpista sobre supostas declarações que teriam sido feitas pelo presidente da Venezuela, Hugo Chávez, contra o Congresso Nacional, durante o encontro com Lula, na última quinta-feira, em Manaus. A farsa midiática não resistiu nem uma semana. Os supostos ataques atribuídos ao líder venezuelano contra os senadores brasileiros foram desmentidos por ele, em seu programa semanal de rádio “Alô, presidente”, veiculado no domingo, para toda a Venezuela.

DETALHES

Ele informou no programa que essas “declarações” simplesmente não existiram. “É falso que eu tenha ido a Manaus para questionar o governo brasileiro, o Senado, o Congresso, ou as instituições brasileiras”, ressaltou. “Quando vou ao Brasil é para fazer um reconhecimento a esse país irmão e ratificar a vontade que temos de nos unirmos com o Brasil”, acrescentou. Sobre o Congresso e os senadores, Chávez disse que em nenhum momento falou sobre eles. “Eu nem sequer os mencionei”. “Podem revisar tudo o que eu disse no Brasil, desde a hora que cheguei até a hora em que fomos embora”, completou.

Diante dos esclarecimentos feitos pelo presidente Chávez, o senador Tião Viana (PT-AC), vice-presidente do Senado, que, enganado pelas “notícias” da mídia, havia feito declarações contra o líder venezuelano, fez um pronunciamento, na segunda-feira, corrigindo suas afirmações. “Trago à tribuna o registro da mais recente dificuldade de entendimento entre o Senado Federal e o presidente Hugo Chávez, porque fomos informados, pela grande imprensa, das declarações supostamente atribuídas a ele”, disse.

“Antecipo minha alegria de, hoje, ter recebido a notícia de que o presidente Hugo Chávez, em conversa com a população venezuelana, no seu programa de rádio, externou a negação de tais afirmações à imprensa brasileira, dizendo que foi tratado com preconceito e com manipulação por parte de uma imprensa, segundo ele, que não faz parte do espírito democrático latino-americano, mas que serve a outros grandes interesses”, afirmou Viana.

“Nesta segunda-feira”, reafirmou Tião Viana, “fui informado de que o presidente Chávez deplora a maneira pela qual sua opinião ganhou manchetes e foi apresentada à opinião pública brasileira”. “Em momento algum, diz ele, teve a intenção de ofender o Senado Federal. Debita aos adversários do ingresso da Venezuela no Mercosul a deliberada deturpação de suas palavras”, frisou o senador petista.

“Diante disso, não me restava, por dever de justiça, outra atitude, a não ser a de também retirar as duras afirmações que fiz contra a figura do presidente da Venezuela, Hugo Chávez”, acrescentou o petista. “Não tenho por que duvidar do presidente Hugo Chávez. Se ele se apressa em oferecer contorno diferenciado às palavras que lhe foram atribuídas; se ele reitera seu respeito ao Poder Legislativo brasileiro, um Poder legitimamente eleito e legalmente constituído, também me sinto no dever de deixar claro que, em momento algum, tive a intenção de ofendê-lo”, completou Viana.

“Jamais me opus, como não me oponho agora, ao efetivo e pleno ingresso da Venezuela no Mercosul. Acredito que o peso econômico desse país-irmão, sustentado, sobretudo, pelas grandes reservas petrolíferas de que dispõe, poderá oferecer novo impulso para a dinamização do mercado comum que, há quase duas décadas, esforçamo-nos por erigir em nossa América meridional”, acrescentou.

O senador lembrou que sempre apoiou a integração sul-americana e que “estive com Chávez e com a maioria do povo venezuelano, quando, pela força do golpismo mais abjeto, tentaram apeá-lo do poder para o qual fora legitimamente eleito”.

Não foi apenas Viana, mas até mesmo o experimentado presidente do PMDB, Michel Temer, que se deixou confundir pelo noticiário da mídia – e anunciou que iria fazer uma representação contra Chávez.

O desmentido de Chávez e o pronunciamento de Viana representaram uma ducha de água fria no alvoroço que a oposição direitista, encabeçada pelos tucanos e demos, vinha fazendo para tentar impedir a entrada da Venezuela no Mercosul. A nota divulgada pelo PSDB, dizendo que “se depender do partido, a Venezuela de Chávez não terá ingresso aprovado”, caiu no vazio. Por sua vez, Heráclito Fortes (Demo-RN), falou para as paredes ao cavalgar a farsa para dizer que “a omissão de Lula é preocupante”. Álvaro Dias, conhecido por não resistir à tentação de um refletor, também se assanhou e saiu defendendo que “moderno” é a sujeição aos ditames de Washington. “É ultrapassada a iniciativa do venezuelano de atacar a política norte-americana”, disse ele.

Em seu programa de rádio, Chávez disse que os parlamentares brasileiros estavam, na verdade, protestando contra uma mentira. “Eles estão respondendo sobre uma falsidade”, disse o líder venezuelano. “Alguns meios de comunicação brasileiros fazem isso para minimizar os importantes avanços que conquistamos nesta reunião”.

Chávez informou que além da refinaria de Pernambuco e a exploração conjunta do petróleo na região do Orinoco, que serão feitas em parceria pela PDVSA e a Petrobrás, também foi discutido, no encontro com Lula, o tema da construção do Gasoduto do Sul.

AVANÇOS

Em seu pronunciamento, após a reunião, Lula também comemorou os avanços obtidos no encontro e ressaltou que “é preciso avançar mais”. “Brasil e Venezuela ratificam compromissos assumidos há algum tempo, e que por problemas técnicos andaram mais devagar do que Chávez e eu gostaríamos”, afirmou.

O presidente Lula também reiterou o interesse brasileiro pelo Banco do Sul, que, em sua opinião, deve servir pra financiar projetos de investimentos na região.

Ele ressaltou ainda que não há divergências com Chávez: “Em política quando dois dirigentes passam muito tempo sem se encontrar, começam a surgir uma série de insinuações. As pessoas começam a falar em divergência, em disputa de liderança, e em uma série de coisas que eu tenho consciência que não passam pela cabeça do Chávez e nem pela minha cabeça”, completou o presidente Lula.

SÉRGIO CRUZ

Hora do Povo

Rizzolo: Observem que a mídia golpista engana Senadores e até o Presidente do maior Partido do Brasil que é o PMDB, não é por menos, informações que tive, afirmam que as demais imprensas brasileiras ficaram até constrangidas com as mentiras fabricadas por alguns Jornais de São Paulo sobre os mentirosos questionamentos de Chavez em relação ao Congresso Brasileiro Alguns Jornais, como a Folha, que, na realidade, não passam de sucursais do governo americano, insistem em desqualificar Chavez, fazendo o jogo da direita raivosa. Com efeito, foram declaradas inverdades que só a mais perversa intenção em promover a desunião, a intriga, e a desarmonia entre os dois paises seria capaz de criar. Tudo é claro, com receio de o Venezuela seja uma parceira do Brasil em projetos que visam sim à integração da América Latina. Mas por sorte, mais uma vez a mídia deletéria ficou desmoralizada a ponto do senador Tião Viana (PT-AC), vice-presidente do Senado, ter se retratado e reconhecido que, enganado pelas “notícias” da mídia, havia feito declarações contra o líder venezuelano, fez até um pronunciamento, na segunda-feira, corrigindo suas afirmações. “Trago à tribuna o registro da mais recente dificuldade de entendimento entre o Senado Federal e o presidente Hugo Chávez, porque fomos informados, pela grande imprensa, das declarações supostamente atribuídas a ele”, disse. Uma vergonha que a mídia dominada pelo PSDB e DEM nos impõe. Mais rápido se pega o mentiroso que o coxo !

Venda de 300 aviões Superjet cobrirá as despesas do projeto

O novo avião civil russo (VIDEO) Superjet será mostrado na fábrica militar da Sukhoi em Komsomolsk-on-Amur, extremo leste russo, em 26 de setembro. Mas o vôo inaugural de setembro foi já foi adiado por um mês ou dois.

É o primeiro avião de passageiros moderno e comercial voltado ao mercado global.

Construída pela maior fabricante de aviões de guerra da União Soviética, a Sukhoi, o Superjet civil é um avião com capacidade para 78 a 98 passageiros.

A realização do programa da produção dos aviões Superjet aumenta a percentagem da fabricação de aviões civis pela Sukhoi de 5% até 50%.

Enquanto o envolvimento da Boeing no desenvolvimento é visto pelos analistas como simbólico, empresas francesas e italianas investiram pesadamente no projeto.

Em jogo está um mercado de jatos regionais avaliado em 8 bilhões de dólares e que é dominado pela brasileira Embraer e a canadense Bombardier, apesar de ainda relativamente pequeno se comparado com os 60 bilhões de dólares investidos anualmente em aviões grandes da Boeing e Airbus, segundo Reuters.

A nova batalha da Sukhoi também a coloca contra empresas japonesas e chinesas na corrida do transporte aéreo regional, mercado que oferece a chance de competitividade sem os colossais investimentos necessários para concorrer com a Airbus ou Boeing.

“Este é um programa muito importante para a Rússia, significa o renascimento de sua indústria aeroespacial”, disse Marc Ventre, vice-presidente executivo de propulsão aeroespacial do conglomerado francês Safran .

“Os russos são muito bons em aeronaves militares, mas estão longe em relação à aviação civil e isto deve colocar a indústria de volta nos trilhos”, disse Ventre à Reuters.

A aviação russa entrou em colapso depois da queda da União Soviética. Putin criou uma nova empresa de aviação, conhecida como United Aviation Corporation, encarregada de conduzir a renovação sob o comando do primeiro vice-primeiro-ministro, Sergei Ivanov, favorito de Putin na eleição do ano que vem que irá sucedê-lo.

A Sukhoi planeja alcançar vendas de 100 unidades até o final do ano. Ventre, da Safran, previu pelo menos 800 vendas no total, avaliadas em 20 bilhões de dólares. Segundo o diretor geral da empresa, Mikhail Pogocian, a venda de 300 aviões permitirá cobrir as despesas do projeto, informa Vedomosti.

A companhia aérea russa Aeroflot e a Air Union são os principais compradores até agora do Superjet 100.

A Sukhoi pretende atrair as companhias aéreas com um preço de tabela relativamente baixo, tido como em 25 milhões de dólares, cerca de 25 por cento abaixo do preço cobrado por rivais.

A unidade Snecma, da Safran, está cooperando com a russa NPO Saturn na produção dos motores do Superjet 100. A francesa Thales está fornecendo os equipamentos aviônicos .
Pravda.RU

Rizzolo:O renascimento da indústria aeroespacial na Rússia esta ocorrendo graças a política de Putin em reerguer a indústria nacional Russa. O Superjet é o primeiro avião russo civil voltado para o mercado internacional, construído pela Sukhoi, irá competir com os aviões da Embraer e da Bombardier canadense. O avião comercial voará numa altitude máxima de 12.500m. As estimativas de venda nesse segmento para os russos são boas, e o mercado internacional é comprador para esse tipo de aeronave. Graças a Putin criou-se uma nova empresa de aviação, conhecida como United Aviation Corporation, encarregada de conduzir a renovação de uma indústria que entrou em colapso depois da queda da União Soviética, transferir a tecnologia que os russos possuem em aviões militares aos aviões civis é uma das metas da empresa russa. Donde se conclui que uma indústria nacional forte sempre de restabelece.

Etanol não afeta segurança alimentar, diz Lula na ONU

Presidente afirma que irá sediar uma conferência internacional em 2008 sobre os biocombustíveis

NOVA YORK – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira, 25, na abertura da 62ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que os biocombustíveis não afetam a segurança alimentar. “A cana de açúcar ocupa apenas 1% de nossas terras agricultáveis”.

Lula disse que irá definir quais áreas serão destinadas à produção de etanol no País. Lula afirmou que o Brasil vai sediar, no ano que vem, uma conferência internacional sobre biocombustíveis, e convidou todos os países a participarem do evento. Segundo Lula, o mundo precisa urgentemente de uma nova matriz energética. “O etanol pode ser muito mais que uma alternativa de energia limpa.”

Estado de São Paulo

Rizzolo: É verdade que por enquanto a cana de açúcar ocupa apenas 1% de nossas terras agricultáveis; contudo observem que existe uma verdadeira invasão de investimentos especulativos em terras brasileiras, já existe uma cumplicidade entre os proprietários de terra no caso do Etanol com os investidores internacionais em Usinas, precisamos regulamentar essa questão, é interessante, quando era para criar “agências reguladoras” como as que foram criadas na época do FHC a elite correu e emprestou seu apoio incondicional, agora quando há necessidade patriótica de analisarmos de perto essa questão que já de há muito tempo sabida, fica-se no aguardo.

Está mais que na cara que o internacionalismo se faz através de empresas brasileiras “laranjas”, isso é tão óbvio quanto o contraventor de jogo do bicho que tem sua banca na padaria. Agora precisamos nos mexer, um Incra sozinho não faz verão.

A questão do Etanol com relação às terras no Brasil e os investimentos estrangeiros, é pior ainda. Esta disputa pelo controle acionário das empresas sucro-alcooleiras brasileiras por investidores estrangeiros se demonstra agora na luta pelo controle do segundo maior grupo do Brasil, a companhia açucareira Vale do Rosário.

O grupo é disputado pelo maior produtor de álcool do Brasil, o grupo Cosan, pelo Bradesco, pela Bunge, transnacional do agronegócio. Os investidores estrangeiros estão por trás do ex-ministro privatizador Antonio Kandir e do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga.

Pelo que podemos inferir até agora, os empresários brasileiros do grupo Etalnac, vão administrar as destilarias e entregar toda a produção de álcool para a Sempra, que exportará para os EUA e o Japão, em outras palavras, a burguesia brasileira se tornará “administradora” dos negócios imperialistas.

Neste ramo, se repetirá, em escala superior, o que aconteceu com a produção de soja no Mercosul, que foi totalmente dominado pelas grandes transnacionais do agronegócio como a Cargill, Bunge, Archer Daniels Midland, Louis Dreyfus, etc.

Temos que constituir uma empresa ou um órgão regulador da produção de etanol, uma “Etanolbras” que se aterá aos aspectos específicos dessa área que difere do petróleo, envolvendo questões ligadas à produção, transporte, comercialização, exportação, etc, que precisam ser controladas e reguladas pelo governo. No presente momento não nos resta defender a imediata retirada dos “projetos nefastos” que estão prontos paras serem votados na Casa, como medida de conter o avanço daqueles que tem como o lucro e a exploração seu ideal de vida.