”Em nome de minha honra, em defesa de minha inocência”, ”não me afastei nem me afastarei da presidência do Senado”, afirma Renan Calheiros (PMDB-AL), no artigo A força da verdade, publicado nesta sexta-feira no Blog dos Blogs, do portal Ig.
Afirmando não guardar ressentimentos nem mágoas, Renan declarou-se ”fortalecido pela convicção” de que o Senado ”não admite ser regido pelo receio da notícia negativa da imprensa que disputa com o Congresso a representação da sociedade”.
O texto é visto como uma resposta indireta a senadores como a líder do PT, Ideli Salvatti (SC), que nesta quinta-feira pressionaram Renan para se afastar temporariamente do cargo. Veja a íntegra:
”A Força da Verdade”
Por Renan Calheiros*
”Venceu a justiça, venceu a verdade. Perderam aqueles que, movidos por interesses escusos e pela má-fé, têm a avidez de desmoralizar homens públicos, acossar políticos e condenar sem qualquer prova. Venceu o Senado, que mostrou estar muito acima da chantagem, da maledicência. Provou seu equilíbrio e sua independência, ao escapar da fácil tentação de um processo de natureza política, alimentado por adversários rancorosos e setores irresponsáveis da imprensa.
Não foi a ambição pelo poder que me fez resistir a cento e dez dias de martírio. Foi a clareza de estar sendo vítima de uma campanha leviana, a necessidade de defender minha honra e de ver valer a verdade. Em mais de cinco mil páginas de processo, não conseguiram apresentar uma única prova contra mim, não conseguiram apontar uma única ilegalidade. E nem seria possível: sempre me conduzi pelas vias retilíneas da lisura e da transparência, jamais fui indigno do cargo que tenho a honra de ocupar.
Devassaram minha vida, violaram minha intimidade. Se algum erro cometi, foi um erro pessoal, que diz respeito apenas à minha família. Mas nunca neguei meus atos. Reconheci e dei completa assistência à minha filha. Assumi todas as responsabilidades de um pai. Diante de ilações maldosas – porque provas, essas nunca existiram – comprovei com documentos que tinha condição de arcar com minhas despesa pessoais. Documentos cuja autenticidade foi atestada pela própria Policia Federal.
Uma a uma, demoli todas as calúnias envolvendo meu nome – notas frias, declarações falsas, gado superfaturado…Informações distorcidas, difamações, intrigas, tudo suportei com a certeza não apenas de minha inocência, mas de que o Senado saberia honrar o voto popular com um julgamento de caráter jurídico, e não político.
Quem manipula a opinião pública e se arvora o poder de destruir homens de bem não se acanha em escolher, a cada dia, a cada semana, uma nova vítima. Não se detém frente à possibilidade de atingir, em cheio, instituições democráticas cuja solidez foi construída a custa de muita luta.
O resultado da votação da última quarta-feira não poderia ser outro: sem delito, sem crime, não há quebra de decoro. Acatar a risca tal princípio é a única maneira de evitar que mandatos conquistados com a legitimidade das urnas sejam tragados a partir de vinganças de adversários, de maiorias eventuais e de conveniências de grupos – o que levaria o Senado a um cenário de permanente instabilidade.
Foi em nome de minha honra, em defesa de minha inocência que não me afastei nem me afastarei da Presidência do Senado. Jamais poderia compactuar com esse jogo cruel, que é a política sem grandeza. A justiça não pode estar ausente da política, nem esta ser relegada ao ódio, à inveja, à chantagem e crueldade.
Não abrigo ressentimentos, não guardo mágoas. O diálogo e o respeito sempre pautaram e continuarão pautando minha vida pessoal e política. Mais que tudo, saio fortalecido pela convicção de que o Senado Federal, do alto dos seus 180 anos, não admite ser regido pelo receio da notícia negativa da imprensa, que disputa com o Congresso a representação da sociedade.”
* O texto traz a nota explicativa: ”Presidente do Senado”
Site do PC do B
Rizzolo: O Senado agiu e votou com o costumeiro acerto, não podemos deixar que denuncias “vazias” desprovidas de provas concretas possam atingir de forma traiçoeira integrantes do Senado apenas porque interesses internacionais sendo aqui representados por setores da mídia acabem execrando inimigos politicos.
O Brasil é um pais pobre e já tem sido suficientemente golpeado pela mídia elitista e golpista que não aceita um operário no poder. Desde o inicio, já na campanha, a mídia fez de tudo para derrotar Lula, não conseguiu, agora ataca de forma a difamar sem provas integrantes do Senado brasileiro, mas felizmente a resposta vem no bom senso dos Senadores que souberam distinguir questões de cunho jurídico e político.
Renan foi execrado politicamente, só não deixou o Senado e foi absolvido porque não havia evidências concretas de crime baseado em provas. É uma pena que o Senado brasileiro perca tempo com denuncias de cunho estritamente político visando na verdade desestabilizar Lula que foi eleito com 58 milhões de voto, isso eles não engolem, e não vão engolir jamais.
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