Marinha afirma recursos para concluir o Programa Nuclear estão garantidos

“A principal meta agora é terminarmos o que está previsto no Programa Nuclear. Havia a necessidade de recursos e estes recursos já estão sendo prometidos para 2008, o que irá nos permitir terminar o programa”, declarou o Comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, satisfeito com a garantia dada pelo presidente Lula de que a Marinha receberá R$ 130 milhões por ano, a partir de 2008, para retomar o programa nuclear. A declaração foi dada em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados.

Segundo o almirante, com a liberação dos recursos, será possível concluir o Projeto do Laboratório de Geração Núcleo-Elétrica (Labgene). Trata-se de um reator experimental, de tecnologia integralmente brasileira e com capacidade para gerar 11 megawatts (MW).

O comandante afirmou ainda que, a partir da implantação do Labgene, estarão criadas as condições para construir um submarino de propulsão nuclear, necessário à preservação dos interesses marítimos do país. “O nosso reator vai produzir em torno de onze megawatts de potência, que permite acender a luz numa cidade de 20 mil habitantes e é o protótipo do que precisamos para mover o submarino de propulsão nuclear, meta maior da Marinha. Assim que terminarmos o programa, vamos iniciar a construção do submarino nuclear”, explicou o comandante.

Moura Neto declarou também que, a partir do primeiro semestre de 2010, com a inauguração da Usina de Hexafluoreto de Urânio (Usexa), todo o ciclo de produção do combustível para mover as usinas nucleares poderá ocorrer no Brasil.

A Usexa permitirá, conforme explicou o comandante, converter o “yellow cake” – concentrado de urânio produzido na mina de Caetité (BA) – no gás UF6. Hoje, a conversão de 350 toneladas anuais de “yellow cake” brasileiro é feita no Canadá e, em seguida, enriquecida pelo consórcio europeu Urenco. Os dois processos custam cerca de US$ 40 milhões por ano. “Não é apenas uma questão econômica. Trata-se, acima de tudo, de ter independência no fornecimento de combustível aos nossos reatores”, explicou o Almirante.
À exceção da conversão, que representa 5% dos custos totais do ciclo de combustível e cuja tecnologia também é dominada pelos militares brasileiros, todas as demais etapas já são feitas no país.
Hora do Povo

Rizzolo: A garantia do presidente Lula de que os recursos para o Programa Nuclear estão garantidos, é uma ótima notícia , na verdade, a Marinha receberá R$ 130 milhões por ano, uma quantia suficiente para darmos prosseguimento ao programa nuclear tão necessário ao Brasil; poderemos concluir o Projeto do Laboratório de Geração Núcleo-Elétrica (Labgene), um reator brasileiro com capacidade de gerar 11 megawatts, também até primeiro semestre de 2010, teremos a inauguração da Usina de Hexafluoreto de Urânio (Usexa), onde todo o ciclo de produção do combustível para mover as usinas nucleares poderá ocorrer no Brasil.

Segundo almirante Júlio Soares de Moura Neto com o Labgene, poderemos ter condições para desenvolver o nosso submarino nuclear. O Brasil tem todas asa condições para ter um desenvolvimento na área nuclear, precisamos discutir nossa soberania que não é só territorial mas tecnológica.

Com o submarino nuclear teremos maior autonomia na proteção do nosso território. Precisamos prestigiar o esforço das Forças Armadas no sentido de desenvolvermos nossa indústria bélica em todos os níveis, que foi sucateada por brasileiros não patriotas, temos que inclusive abrir uma discussão sobre a questão das Telecomunicações. É pelos satélites Brasilsat da Star One que passam os dados e informações estratégicas das Forças Armadas.

Apesar de o Governo ter conseguido negociar com a empresa mexicana Telmex, atual controladora da Embratel, uma golden share, ação especial que dá ao governo direito de voto e veto na Star One, esta subsidiária da Embratel, é óbvia a necessidade do País ser completamente independente nesse campo estratégico, o controle de satélites nacionais por empresas privadas estrangeiras tornara-se assunto polêmico, e no meu entender extremamente perigoso. A que ponto chegamos , hein !

PSOL vai ao STF para pedir fim das sessões secretas no Congresso

GABRIELA GUERREIRO
da Folha Online, em Brasília

O PSOL vai protocolar hoje no STF (Supremo Tribunal Federal) uma adin (ação direta de inconstitucionalidade) contra a realização de sessões secretas no Congresso. O partido quer acabar com as sessões secretas –previstas hoje no regimento interno da Câmara e do Senado– em algumas situações.

Essa ação não tem relação com o movimento pelo fim do voto secreto –mecanismo previsto na Constituição. A sessão secreta é uma questão regimental do Congresso.

O PSOL participa da frente de deputados que prepara para hoje uma manifestação em defesa do fim do voto secreto. Os parlamentares convidaram integrantes da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e da AMB (Associação dos Magistrados do Brasil) para integrarem a campanha.

O grupo quer pressionar os presidentes da Câmara e do Senado a colocarem em votação as propostas que acabam com o voto secreto.

Uma proposta de emenda à Constituição que prevê a extinção do voto secreto tramita há seis anos na Câmara e aguarda para ser colocada em votação. No Senado, O presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, Marco Maciel (DEM-PE), designou o senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) como relator da PEC que propõe o fim da votação secreta.

História

Em 2003, o plenário do Senado rejeitou proposta de emenda constitucional, de autoria do senador senador Tião Viana (PT-AC) que propunha o fim das votações secretas no Congresso Nacional. A proposta recebeu 34 votos favoráveis, 41 contrários e 3 três abstenções. Eram necessários 49 votos para aprovar a emenda.

Na época, senadores do PSDB e do antigo PFL (atual DEM) ajudaram a derrubar a proposta. Hoje, vários desses senadores dizem que mudaram de opinião e que agora defendem o voto aberto.

Rizzolo: Depois que a mídia descobriu que não tinha como manipular e coagir os parlamentares, pois o voto era secreto, propõe agora seus representantes pelos corredores das redações, o seu fim. Do ponto vista constitucional o voto secreto não existe como dizem alguns trotskistas, para “acobertar safadezas”, o voto secreto previsto na Constituição é preciso na sua aplicabilidade, a discussão tem que ser ampla, e não podemos seguir as argumentações prontas e fabricadas pela mídia golpista que com esse dispositivo não consegue coagir parlamentares da forma que queriam. Com efeito, não é à toa, que a Constituição contempla apenas certos casos na sua aplicação. Muitos, ainda imbuídos pelo ódio apregoado pela mídia, atribuem ao voto secreto a causa da absolvição de Renan.

Vamos analisar do ponto de vista técnico e com certeza chegaremos à compreensão porque aqueles que querem desestabilizar o governo rechaçam o voto secreto, e porque a proposição de forma ardilosa de uma adin (ação direta de inconstitucionalidade) contra a realização de sessões secretas no Congresso, que são previstas hoje no regimento interno da Câmara e do Senado, porque tanto desejo de acabar com essa modalidade. Através do raciocínio do legislador da Carta chegaremos à conclusão. Senão vejamos:

Em certos casos o voto secreto é exatamente a garantia concedida ao povo de que o seu representante terá condições de votar livremente, sem o constrangimento das pressões espúrias. O objetivo desta prerrogativa é evitar a pressão indevida, a coação e chantagem, sobre os parlamentares. O que, de forma geral, é inteiramente justo. Basta ver o que ocorreu, até mesmo no STF, recentemente. Se no Supremo, presumível altar da Justiça, ministros votou “com a faca no pescoço”, pode-se imaginar o que não fariam sobre o Senado.

Aparentemente o voto aberto é mais democrático, mas observem que aqueles que detém o poder da informação, do capital, que usam da mídia uma forma de coagir parlamentares a votarem o que lhes interessa. Poderiam ter muito mais influência no resultado, do que a serenidade, e a segurança que o voto secreto proporciona ao parlamentar, imune dessa forma às inferências externa, perversa, inclusive do Executivo e do Judiciário. A democracia representativa é mais bem exercida no voto secreto, e a própria Constituição é muito precisa na contemplação da sua aplicabilidade.

Por força de dispositivos da Constituição Federal de 1988, o voto dos deputados e senadores no Congresso Nacional é secreto para:

a) aprovar a escolha de magistrados nos casos estabelecidos na Constituição, e de titulares de outros cargos públicos que indica (art. 52, inciso III);

b) aprovar a indicação de chefes de missão diplomática em caráter permanente (art. 52, inciso IV);

c) aprovar a exoneração “de ofício”, do Procurador Geral da República (art. 52, inciso XI);

d) resolver sobre a prisão em flagrante e a formação da culpa no caso de crime inafiançável praticado por membro do Congresso Nacional (art. 53, § 3º);

e) decidir pela perda do mandado do deputado ou senador (art. 55, § 2º);

f) decidir sobre a derrubada de veto do Presidente da República a projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional (art. 66, § 4º).

Podemos inferir na história que as votações abertas nos parlamentos, são democráticas apenas aparentemente. Sempre serviram mais aos poderosos do que ao povo. Já o voto secreto, embora não o pareça aos menos avisados, pode ser, em certos casos, uma salvaguarda da democracia.

Agora, para aqueles que compactuam do “Partido da Mídia” e que se alçam como democratas advogando o voto aberto, tem como objetivo que o resultado coincida com as suas apregoações midiáticas, e usam a argumentação da publicidade do voto para fazer do parlamentar um refém de seus desideratos.

Tentativa de abafar CPI da Abril isola Miro no colégio de líderes

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As falcatruas da Abril com os racistas nazi-africaaners

O negócio nebuloso, realizado ano passado, envolveu o montante de US$ 422 milhões, mais de US$ 178 milhões sequer passaram pelo Brasil. A empresa registrada como a compradora das ações “só existe no papel”

Desde que foi constituído, o grupo Abril, principalmente através da Veja, tem lançado mão das mais cretinas difamações contra as lideranças nacionais, utilizando toda sorte de mentiras e falsificações, que levou, por exemplo, à sórdida cassação de Ibsen Pinheiro. Porém, como diz a canção popular, tem a volta do cipó de aroeira e é o tal grupo, que já há algum tempo vem caindo no descrédito, que tem que se explicar à Receita Federal e à Justiça. Além disso, utiliza uma tropa de choque para evitar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar suas tenebrosas transações.
Na reunião dos líderes na Câmara, o deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ) tentou dar uns palpites para abafar a CPI da Abril (Veja)-Telefónica e se deu mal. “Não publicam o que querem? Vão ter de provar que estão limpos”, respondeu um dos líderes partidários presentes na reunião, defendendo a instalação da CPI. Deputados do PT, PP e outros reagiram à manobra de Miro Teixeira.

O fato determinado para a instalação da CPI foi a nebulosa transferência do controle da TVA para a transnacional Telefónica, o que é proibido pela Lei do Cabo. O caso veio à tona com o voto contrário à transação do conselheiro da Anatel Plínio de Aguiar Júnior, ao demonstrar que o controle efetivo da TVA passou à empresa espanhola, conforme o acordo de acionistas, segundo o qual uma “Reunião Prévia”, em que todos votam, tem prevalência sobre o Conselho de Administração e a Assembléia Geral.

A Telefónica comprou 86,7% do capital total da Comercial Cabo e 91,5% da TVA Sul. Como na Reunião Prévia todo mundo vota, inclusive os detentores das ações preferenciais – majoritariamente nas mãos da empresa espanhola -, as decisões não são mais do grupo Abril, o que tornou, na prática, o Bob Civita em um mero laranja. É verdade que para isso acabou embolsando cerca de R$ 1 bilhão. O escândalo levou a que 182 deputados assinassem o requerimento para a instalação da CPI da TVA-Telefónica, que a própria Veja em um ato falho classificou como CPI da Vendeta.

NASPERS

As transações do grupo Abril que envolvem a venda de ações para o capital estrangeiro, via de regra através de obscuros acordos de acionistas, foi o que também mostrou, há alguns meses, uma série de reportagens da TV Bandeirantes sobre a venda de 30% das ações do grupo Abril ao conglomerado de mídia nazi-africâner Naspers, um dos sustentáculos do apartheid na África do Sul. O negócio, realizado em maio do ano passado, envolveu o montante de US$ 422 milhões, mais de R$ 900 milhões, à época. A empresa registrada como a compradora das ações foi a brasileira MIH Brazil Participações, “uma empresa que só existe no papel”. O acordo de compra de ações (Stock Purchase Agreement), escrito em inglês e ao qual a emissora teve acesso, demonstra a nebulosidade do negócio. Segundo informou o Jornal da Band, “parte da transação foi feita com investidores norte-americanos que já possuíam ações da editora. Mais de US$ 178 milhões sequer passaram pelo Brasil. O dinheiro foi depositado em banco nos EUA. No restante do negócio, os sócios brasileiros também receberam cifras altas. Mas o que chama a atenção no contrato é o controle da Abril para quem tiver mais de 50% das ações. A lei brasileira determina que além de deter mais da metade das ações a pessoa tem que exercer efetivamente esse poder, o que não fica claro no contrato”.

JP MORGAN

O banco a que se refere a Band é o JP Morgan Chase e “os sócios brasileiros” são Roberto Civita, Giancarlo Francesco Civita, Victor Civita e Roberta Anamaria Civita.
O advogado da Bandeirantes Walter Vieira Ceneviva declarou à referida reportagem ter achado “estranho que um grupo estrangeiro que compre um ativo tão importante como são 30% do capital social da Editora Abril adquira junto com esse patrimônio também direitos políticos, como eleger membros do Conselho de Administração da Abril e ainda outros que estão no acordo de acionistas que é mencionado em todos os documentos a que a Band teve acesso, mas que continua secreto, continua desconhecido, para as autoridades do Brasil”.

A reportagem da Band tentou encontrar a localização da MIH Brazil Participações e o que descobriu foi só “um emaranhado de endereços” de outra empresa, a Curundéia Participações Ltda. Pelo contrato, o endereço da tal MIH no Brasil seria na alameda Joaquim Eugênio de Lima, 447, em São Paulo. Mas, no local, o Jornal da Band encontrou um escritório de advocacia, o que também foi confirmado por telefone. O CNPJ (07.921.963/0001-77) declarado pela MIH consta na Receita Federal como sendo da Corundéia, que não possui sede, nem sequer funcionários. O endereço fornecido por esta é rua Dr. Renato Paes de Barros, 778 – 5º andar, também na cidade de São Paulo. Contudo, como mostrou a reportagem da Band, o porteiro do local nunca ouviu falar da Curundéia. Já o número do telefone registrado no nome desta empresa consta que deveria estar instalado no nº 536 de uma rua sem saída que vai até o nº 312.

“Na Receita Federal a Corundéia tem três donos: a MIH (UBC) Holding BV, a Myriad International Holdings BV, as duas com sede fora do Brasil, e a Brian Vincent Forssman. O capital social registrado é de 878 mi reais”, disse a emissora de TV. E mais: para comprar parte dos 30% das ações da Editora Abril, “a empresa [Curundéia] pagou mais de 178 milhões de dólares, o equivalente a mais de 380 milhões de reais. Ou seja, a empresa virtual realizou um negócio 435 vezes maior do que seu suposto capital social. A empresa sul-africana Naspers, considerada racista, é uma das donas da MIH, que as autoridades brasileiras não reconhecem. Oficialmente, a MIH é conhecida como Corundéia, uma empresa virtual que só existe no papel”.

A gravidade dos casos, em notório desrespeito às leis, demonstra a urgência da instalação da CPI e também, tanto em um caso quanto em outro, da necessidade de que sejam abertos os respectivos acordos de acionistas.

VALDO ALBUQUERQUE

Hora do Povo

Rizzolo: Tudo isso tem que ser rigorosamente apurado, a transação significa que 100% das ações do Grupo Editora Abril foram transferidas para a empresa espanhola, “operação que pode ser potencialmente danosa ao princípio constitucional da livre concorrência” e fere a Constituição Federal, os direitos do consumidor e viola a lei que veda a aquisição de controle de outorga de TV a Cabo por empresa estrangeira. Outros aspectos dessa questão já discorri exaustivamente, em outros comentários. Agora o camarada Miro Teixeira não consegue se conter, e tenta abafar a CPI com uns palpites que foram assoprados por Civita no seu ouvido. Feio, hein !

Aécio deu sua mamadinha no valerioduto em 98. Agora aspira novas emoções

PF revela que Aécio Neves recebeu dinheiro do tucanoduto de Azeredo

Reportagem da revista “Istoé” desta semana revela que o atual governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), recebeu do “tucanoduto” R$ 110 mil para sua campanha a deputado em 1998. O “tucanoduto” foi um esquema montado para operar o caixa 2 da campanha, frustrada, de reeleição do senador Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo mineiro a partir das agências SMP&B e DNA, de Marcos Valério. De acordo com a reportagem da “Istoé”, que teve acesso ao inquérito da Polícia Federal que investiga o caso, o esquema chegou a movimentar mais de R$ 100 milhões.

Aécio Neves aparece na lista de Cláudio Mourão, coordenador financeiro da campanha de Azeredo, como beneficiários dos ilícitos R$ 110 mil. O procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, deverá apresentar nos próximos ao Supremo Tribunal Federal a denúncia contra os envolvidos no “tucanoduto”.

“Constatou-se a existência de complexa organização criminosa que atuava a partir de uma divisão muito aprofundada de tarefas, dispostas de estruturas herméticas e hierarquizadas, constituída de forma metódica e duradoura, com o objetivo claro de obter ganhos os mais elevados possíveis, através da prática de ilícitos e do exercício de influência na política e economia local”, diz trecho do inquérito da PF ao qual a “Istoé” teve acesso.

Parte do dinheiro que passou pelo “tucanoduto” foi desviado de empresas estatais. Empréstimos bancários captados pela SMP&B serviram para encobrir o dinheiro desviado dos cofres públicos. Exemplo citado pela revista diz que a perícia da PF revelou que Marcos Valério obteve R$ 28,5 milhões através de empréstimo com os bancos Rural, Cidade e Crédito Nacional. Os empréstimos serviram para encobrir o dinheiro público tirado de estatais, como a Companhia de Saneamento (Copasa), Companhia Mineradora (Comig), Banco do Estado (Bemge) e Companhia Energética (Cemig).

A “Istoé” cita como exemplo do desvio e lavagem do dinheiro público o patrocínio ao Enduro da Independência, prova de motocross. A chamada “Lista do Mourão” revela que o governo de Azeredo arrecadou R$ 10,67 milhões para patrocinar o enduro. O montante saiu dos cofres da Cemig, Copasa, Comig e Bemge. Até o Tesouro do Estado participou do desvio. “Na matemática da PF”, diz trecho da reportagem, “o governo e suas estatais entraram de fato com R$ 9.749.981,90, contra os R$ 10.673.981,90 previstos na lista. A questão principal, contudo, não é o que entrou, mas a mixaria que saiu. A PF apurou que a SMP&B repassou apenas R$ 98 mil para a Confederação Brasileira de Motociclismo. A diferença de operações desse tipo ajudava a montar o caixa 2 ou era usada para cobrir parte dos empréstimos que Valério tomava nos bancos”.

Pela “Lista do Mourão”, somente a SMP&B e a DNA (ambas de Marcos Valério) movimentaram mais de R$ 53 milhões dos R$ 100 milhões totais que teriam sido arrecadados para a tentativa de reeleição de Azeredo.
Além de Aécio Neves, a reportagem da “Istoé” mostra que outros quatro envolvidos no “tucanoduto” e citados nas investigações da PF hoje ocupam cargos de secretários no governo tucano de Minas Gerais. São eles Custódio de Matos, ex-prefeito de Juiz de Fora, eleito deputado federal e atual secretário de Desenvolvimento Social de Aécio; Olavo Bilac, secretário de Ciência e Tecnologia; João Batista de Oliveira, secretário de Direitos Humanos e Elbe Brandão, de Desenvolvimento do Vale do Jequitinhonha.

Hora do Povo

Rizzolo: Aécio se juntou a Alckmin para enfrentar Serra, estas questões agora suscitadas pela ” Isto é ” deixa Aécio numa situação desmoralizada, Aécio Neves aparece na lista de Cláudio Mourão, coordenador financeiro da campanha de Azeredo, como beneficiários dos ilícitos R$ 110 mil. Com certeza o Procurador Geral da República, deverá encaminhar ao Supremo Tribunal Federal a referda denúncia.

Aécio que é sujeito que tem pinta de moço, moderno, namorador, gestor publico ortodoxo, articulador político, hábil negociador, líder tucano de alta plumagem e por aí vai. Do outro, o político autoritário, perseguidor implacável dos movimentos sociais e da imprensa livre, privatista, homem do markentig político, neoconservador agora tem mais uma qualificação, envolvido no ” tucanoduto”. Que bonito, hein ?

Sem saída, Presidente da Câmara instalará CPI da Abril-Telefônica

A expetativa desta semana é que o presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), leia o ato de criação da CPI proposta para investigar a compra da TV por assinatura, TVA, do Grupo Abril, pela Telefônica. A informação divulgada pela Agência Estado surpreende pelo fato da grande mídia ter tentado ignorar o fato até então; e porque o Presidente da Casa tem protelado a instalação da CPI. O requerimento de criação da comissão foi apresentado desde o dia 24 de agosto, com 182 assinaturas – 11 a mais do que o mínimo exigido – e fato determinado.

Durante as três semanas, a Editora Abril tentou sustar a CPI. O assessor de imprensa da editora, jornalista Gustavo José Batista do Amaral, procurou os deputados que assinaram o requerimento para elaborar uma nova lista – com metade mais um dos requerentes – para suspender a tramitação da proposta de CPI, única saída regimental nessa etapa. Mas fracassou.

A tentativa da Editora Abril sensibilizou apenas 23 parlamentares. Esse foi o número de deputados que apresentou requerimento pedindo a retirada da assinatura, mas cinco deles não tinham assinado o requerimento, portanto não poderiam pedir a retirada da assinatura que não existia. E o deputado Darcísio Prondi (PMDB-RS) apresentou dois requerimentos. Todos os dois foram indeferidos, bem como os dos demais requerentes. Isso porque o pedido de retirada de assinatura não cabia mais como recurso regimental.

As contas demonstram que apenas 17 dos 182 requerentes estariam dispostos a rever o pedido de criação da CPI. A nova lista para sustar a tramitação da CPI precisa ter 92 nomes.

A bancada do PT, que deu o maior número de assinaturas, 59, mantém o apoio. Os 13 deputados da bancada do PCdoB também apóiam a CPI.

Os demais signatários – dos demais partidos – tambémmantém a decisão da necessidade de investigar a operação, desde o PSOL – “que tem por princípio não retirar assinatura”, como diz o líder, deputado Chico Alencar (RJ) – até representantes do DEM, PP, PSC, PRB, PSB, PV etc.

Governistas: contra ou a favor?

Segundo matéria da Agência Estado – o único representante da grande mídia que quebrou o silêncio e divulga informações sobre o assunto –, “sem conseguir barrar a CPI, o plano alternativo dos governistas é esvaziar os trabalhos da comissão. Isso significa não dar quórum e tampouco empenho nas investigações”. A matéria atribui aos governistas o interesse em abortar a CPI, sem considerar que o maior número de assinaturas do requerimento é da base governista.

E também acusa os requerentes de serem aliados de Renan e estarem fortalecidos com a vitória dele no julgamento em que foi absolvido de quebra de decoro parlamentar. “A vitória de Renan Calheiros reforçou a atitude de deputados que nutrem um sentimento de revanche contra a mídia. Eles endossam o discurso de que o processo contra o presidente do Senado era uma disputa da imprensa com o Congresso. Para esses deputados, Renan derrotou a mídia e esse é o momento de aproveitar para fragilizar a imprensa”.

Apelos ao Presidente

Na semana passada, o autor do requerimento, deputado Wladimir Costa (PMDB-PA), fez apelo, em discurso no plenário da Câmara, para que a CPI fosse instalada. Peço “ao querido companheiro Arlindo Chinaglia a respeito da CPI da TVA, cuja lista de assinaturas encabeço, cuja intenção é investigar um suposto escândalo, sem precedentes, que envolve a TVA e a Telefônica, numa grande operação de, presumivelmente, 1 bilhão de dólares com um grupo de comunicação da Espanha”.

Também na semana passada, o líder do PDT, Miro Teixeira (RJ), cobrou do Presidente da Casa a resposta ao seu pedido de Questão de Ordem. Ele não quer ver instalada a CPI e para isso questiona “a necessidade ou não de se caracterizar a ilicitude do fato a ser investigado por comissão parlamentar de inquérito”. Chinaglia prometeu para esta semana a resposta que pode definir a instalação ou não da CPI.

De Brasília
Márcia Xavier

Rizzolo: Esta CPI é extremamente necessária, e não se trata como diz no linguajar mafioso de “vendeta”, se trata sim de se apurar, averiguar, investigar; jamais podemos consentir que deputados representantes do povo se curvem tão facilmente a pedido do jornalista lobista Gustavo José Batista do Amaral, assessor de imprensa do Grupo Abril. Porque retiram suas assinaturas ? Quem são esses deputados que tanto medo tem da Revista Veja ? Porque a mobilização e o desespero da Veja?

Se por ventura Chinaglia se curvar, se submeter, vai ser um duro golpe para o povo brasileiro e ficará patente a conivência e a subserviência da Camara a esse pessoal. Esses 21 deputados que tentaram retirar suas assinaturas devem uma explicação ao povo brasileiro. Porque o medo? Agora essa CPI tem que ser necessária, e não venham dizer que é vendeta ou relacioná-la ao caso Renan, o Renan já foi investigado, até o ultimo ” fio do cabelo “, agora é a vez dos delatores. as suspeitas de irregularidades que pesam sobre a Abril são fortes.

Não só a editora da família Civita como as grandes corporações de mídia em geral nunca foram alvo de investigações amplas no país. A investigação sobre a nebulosa venda da TVA para uma multinacional estrangeira pode ser o primeiro passo para se abrir a “caixa-preta” da mídia nacional. Como bem disse a deputada Jô Morais (PCdoB-MG) “uma CPI que verifique se houve a perda de controle acionário por parte do empresariado nacional de uma área estratégica, é algo que deveria ser entendido como uma contribuição a defesa da soberania.”

Segundo a deputada, “as comunicações são uma área estratégica para o país, e que não pode ser tratada à revelia da legislação, das normas gerais de proteção à atividade econômica e das normas que protegem a soberania do país”.

Putin rejeita o ensino obrigatório da religião cristã ortodoxa nas escolas

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O presidente russo Vladimir Putin se manifestou ontem (13) contrario à modificação da Constituição do país para transformar a Rússia em um Estado religioso.

Em uma reunião com altos funcionários e políticos na cidade de Belgorod, Putin comentou uma discussão entre aqueles que querem implantar a educação religiosa obrigatória nas escolas e que se queixam de um crescente clericalismo da sociedade russa , onde a Igreja formalmente está separada do Estado.

O presidente disse que recebeu uma petição do Congresso Mundial Russo em apoio da iniciativa de implantar o ensino obrigatório da religião cristã ortodoxa nas escolas do sistema público. Também recebeu uma carta de famosos intelectuais e cientistas russos , incluidos vários prémos Nobel em que denuciaram o crescente clericalismo da sociedade e defenderam o caráter láico do Estado russo. “ Nossa Constituição declara a separação da Igreja do Estado.

Se alguma pessoa acredida que isso tem que ser alterado, teria que modificar a Lei Fundamental, mas não acho que agora devemos ocupar-nos disso”, destacou Putin. O presidente, fiel cristão ortodoxo, sublinhou que “todos conhecem sua especial “ atitude à Igreja Ortodoxa Russa”, mas recordou também que a Constituição do país reconhece quatro religiões oficiais : cristianismo ortodoxo, o islamismo, judaismo e budismo.

“ Quanto à educação de nossas crianças em espírito de nossas quatro religiões , estou totalmente a favor , mas para isso terá que encontrar uma forma que seja aceitável para toda a sociedade”, enfatisou, segundo a agência Interfax.

A política do Patriarcado russo e dos setores nacionalistas por implantar o ensino da doutrina ortodoxa nas ecolas públicas causou os protestos do clero muçulmano a destacar que na Rússia vivem entre 15 e 20 milhões de seguidores do islamismo.

A separação da Igréja do Estado na Rússia aconteceu logo depois da Revolução Bolchevique em 1917. O Império Russo era do cristianismo ortodoxo, representado pela Igreja Ortodoxa Russa.

Por Lyuba Lulko
Pravda.Ru

Rizzolo: A Rússia como o Brasil é um Estado laico, todas as tentativas de tornar um Estado interligado a uma única religião não é uma boa iniciativa. A Rússia já conviveu com muitas intolerâncias religiosas principalmente em relação às judaicas, onde o anti-semitismo surgiu em várias épocas com os “Pogroms”. Os pogroms eram uma série de ataques acompanhados de destruição, o saque de propriedade, mortes e estupros perpetrados pelas populações cristãs russas contra os judeus, na época da Revolução Bolchevista a população judaica era por volta de cinco milhões de judeus. As autoridades civis e militares russas apenas observavam. A igreja silenciava na melhor das hipóteses, e mesmo endossava alguns dos ataques.

Putin é um Estadista e sabe que o pluralismo religioso é bom e saudável. Putin matem um bom relacionamento com a comunidade judaica, inclusive prometeu pessoalmente ao Rabino Chefe de Moscou Berel Lazar este ano, a doar um mês de seu salário para a construção do Museu Judaico da Tolerância, o Chefe do Estado Russo disse que já era hora de implementar o museu. Disse também que a iniciativa era um avanço no sentido da paz e da harmonia e no entendimento com as demais religiões. O Kremlin não divulgou a quantia que Putin doaria mensalmente, mas fontes dizem em torno de US$ 2700,00. Hoje o alvo na Rússia não são os judeus, mas os imigrantes da ex União Soviética de pele mais escura que procuram empregos.

A contribuição judaica na implementação do socialismo na Rússia foi enorme, e Putin sabe disso. Meu rabino me contou uma história, que não tenho como comprovar, mas dizia ele que tinha informações que Putin em Leningrado, ficava completamente sozinho quando voltava da escola na sua infância e na sua adolescência, pois seus pais tarbalhavam, e que seus vizinhos eram uma família de judeus, ao verem aquele menino só, inclusive sem almoço, o convidavam todos os dias para almoçar, e assim Putin estreitou seus laços com a comunidade judaica, Putin nasceu em Leningrado em outubro de 1952. Não tenho como comprovar a história, mas não se deve duvidar de história de rabino. (risos..)