“A principal meta agora é terminarmos o que está previsto no Programa Nuclear. Havia a necessidade de recursos e estes recursos já estão sendo prometidos para 2008, o que irá nos permitir terminar o programa”, declarou o Comandante da Marinha, almirante Júlio Soares de Moura Neto, satisfeito com a garantia dada pelo presidente Lula de que a Marinha receberá R$ 130 milhões por ano, a partir de 2008, para retomar o programa nuclear. A declaração foi dada em audiência pública realizada na Câmara dos Deputados.
Segundo o almirante, com a liberação dos recursos, será possível concluir o Projeto do Laboratório de Geração Núcleo-Elétrica (Labgene). Trata-se de um reator experimental, de tecnologia integralmente brasileira e com capacidade para gerar 11 megawatts (MW).
O comandante afirmou ainda que, a partir da implantação do Labgene, estarão criadas as condições para construir um submarino de propulsão nuclear, necessário à preservação dos interesses marítimos do país. “O nosso reator vai produzir em torno de onze megawatts de potência, que permite acender a luz numa cidade de 20 mil habitantes e é o protótipo do que precisamos para mover o submarino de propulsão nuclear, meta maior da Marinha. Assim que terminarmos o programa, vamos iniciar a construção do submarino nuclear”, explicou o comandante.
Moura Neto declarou também que, a partir do primeiro semestre de 2010, com a inauguração da Usina de Hexafluoreto de Urânio (Usexa), todo o ciclo de produção do combustível para mover as usinas nucleares poderá ocorrer no Brasil.
A Usexa permitirá, conforme explicou o comandante, converter o “yellow cake” – concentrado de urânio produzido na mina de Caetité (BA) – no gás UF6. Hoje, a conversão de 350 toneladas anuais de “yellow cake” brasileiro é feita no Canadá e, em seguida, enriquecida pelo consórcio europeu Urenco. Os dois processos custam cerca de US$ 40 milhões por ano. “Não é apenas uma questão econômica. Trata-se, acima de tudo, de ter independência no fornecimento de combustível aos nossos reatores”, explicou o Almirante.
À exceção da conversão, que representa 5% dos custos totais do ciclo de combustível e cuja tecnologia também é dominada pelos militares brasileiros, todas as demais etapas já são feitas no país.
Hora do Povo
Rizzolo: A garantia do presidente Lula de que os recursos para o Programa Nuclear estão garantidos, é uma ótima notícia , na verdade, a Marinha receberá R$ 130 milhões por ano, uma quantia suficiente para darmos prosseguimento ao programa nuclear tão necessário ao Brasil; poderemos concluir o Projeto do Laboratório de Geração Núcleo-Elétrica (Labgene), um reator brasileiro com capacidade de gerar 11 megawatts, também até primeiro semestre de 2010, teremos a inauguração da Usina de Hexafluoreto de Urânio (Usexa), onde todo o ciclo de produção do combustível para mover as usinas nucleares poderá ocorrer no Brasil.
Segundo almirante Júlio Soares de Moura Neto com o Labgene, poderemos ter condições para desenvolver o nosso submarino nuclear. O Brasil tem todas asa condições para ter um desenvolvimento na área nuclear, precisamos discutir nossa soberania que não é só territorial mas tecnológica.
Com o submarino nuclear teremos maior autonomia na proteção do nosso território. Precisamos prestigiar o esforço das Forças Armadas no sentido de desenvolvermos nossa indústria bélica em todos os níveis, que foi sucateada por brasileiros não patriotas, temos que inclusive abrir uma discussão sobre a questão das Telecomunicações. É pelos satélites Brasilsat da Star One que passam os dados e informações estratégicas das Forças Armadas.
Apesar de o Governo ter conseguido negociar com a empresa mexicana Telmex, atual controladora da Embratel, uma golden share, ação especial que dá ao governo direito de voto e veto na Star One, esta subsidiária da Embratel, é óbvia a necessidade do País ser completamente independente nesse campo estratégico, o controle de satélites nacionais por empresas privadas estrangeiras tornara-se assunto polêmico, e no meu entender extremamente perigoso. A que ponto chegamos , hein !