O Conselho Executivo do Fundo Monetário Internacional (FMI) aconselhou o Banco Central brasileiro a manter o ciclo de reduções de juros, em comunicado divulgado nesta terça-feira (18), apesar da preocupação em relação a uma possível alta na inflação.
O Conselho, que representa os 185 países-membros do organismo, realizou em 30 de julho sua revisão anual da economia brasileira, mas só divulgou agora suas conclusões, cuja publicação requer a aprovação do governo.
No comunicado, o FMI indica que a concretização dos ganhos provenientes da baixa inflação deveria ser uma “prioridade”. Mesmo assim, o Fundo recomendou ao BC que reduza ainda mais os juros. O Banco Central cortou a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual em 5 de setembro, para 11,25%.
Alguns dos membros do Conselho do FMI opinaram que o BC deveria diminuir “levemente” a meta de inflação, atualmente situada em 4,5%. No entanto, outros diretores disseram preferir que a meta seja mantida, para dar mais flexibilidade às autoridades para responder a emergências. O organismo prevê que a inflação terminará o ano em 3,5%.
Competitividade
O Conselho afirmou que as perspectivas de crescimento do país a curto prazo “são favoráveis”. O diretório destacou que, para conseguir um crescimento sustentado, o Brasil deverá aumentar a competitividade e a flexibilidade de sua economia.
Neste sentido, disse que a melhora da infra-estrutura é fundamental e que, dado o alto custo deste tipo de obra, recomendou ao Governo promover mais concessões e projetos conjuntos com empresas privadas.
Também enfatizou a necessidade de investir na geração de eletricidade e de aplicar reformas no mercado de trabalho. Além disso, o Conselho destacou a importância da reforma tributária, para “simplificar o sistema tributário”.
O Conselho voltou a elogiar o desempenho orçamentário do Brasil, e afirmou que o país realizou “um esforço fiscal impressionante”. O organismo prevê que o superávit primário alcançará 3,6% este ano, contra 3,9% de 2006 e 4,4% em 2005.
Saúde em dia
Alguns membros do FMI recomendaram ao governo economizar mais dinheiro, o que reduziria a pressão de alta sobre o real, diminuiria a dívida pública e permitiria baixas adicionais dos juros.
Por outro lado, outros diretores respaldaram a posição do Executivo brasileiro de usar as receitas para cortar impostos e investir em infra-estrutura.
Alguns membros do Conselho também sugeriram a interrupção do aumento das despesas correntes – principalmente salários de funcionários –, “que foi muito rápido nos últimos anos”, e o uso do dinheiro para investimentos.
Apesar da turbulência nos mercados financeiros internacionais, o Fundo afirmou que o sistema bancário brasileiro é “saudável” e está se adaptando sem complicações à redução de juros.
O Conselho do FMI recomendou às autoridades reduzir o volume de fundos que os bancos devem manter como reservas, assim como a taxa legal de rentabilidade das contas de poupança.
Alguns de seus membros aconselharam ainda o governo a eliminar gradualmente os impostos sobre transações financeiras.
Da redação, com agências
Site do PC do B
Rizzolo:Tenho dito que não podemos ficar à mercê das políticas perversas editadas pelo Fundo Monetário Internacional, o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento, observem que na própria Ásia que já sentiram de perto os efeitos de crises, estão estudando a formação de Fundo Monetário Asiático mais conhecido como a Iniciativa de Chiang Mai e começou basicamente pela criação de uma rede de acordos bilaterais de “swaps”, cuja finalidade é prover financiamento de balanços de pagamentos em situação de emergência. Os países participantes são a China, o Japão, a Coréia do Sul e os dez membros da Ásia, a Associação das Nações. Esses palpites do FMI sempre vejo com precaução, a preconização a não interromper da queda de juros, coisa que tudo mundo aceita, menos o Meirelles e os donos do ” Cassino Brasil”, vem sempre acompanhado do conselho “ao governo economizar mais dinheiro”, tudo conversa pra boi dormir, bem fez e faz a Ásia à não dar ouvidos a essa gente.
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