Hoje Yom Kippur

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Hoje sexta- feira dia 21 por volta das 17:40 se dará inicio ao Yom Kippur término dia 22 às 18:46

O nome Yom Kipur – Dia do Perdão – nos informa de um aspecto apenas de sua significação. “Porque neste dia se fará expiação por vós para purificar-vos de todos os vossos pecados; Perante Ad-nai ficareis purificados (Lev.XVI,30).

Isso é Yom Kipur, perdão e purificação, esquecimento dos erros e extirpação das impurezas da alma. Nobres conceitos que se tomam em sua acepção mais ampla. Não se trata unicamente do perdão Divino, que se invoca mediante a confissão das faltas e as práticas de abstinência, mas, também, do perdão humano, que exige o desprendimento da vaidade e contribui para a elevação moral. Quando chega Yom Kipur, cada judeu deve estender ao seu inimigo uma mão de reconciliação, deve esquecer as ofensas recebidas e desculpar-se pelas feitas aos outros, pois, limpo de todas as suas escórias físicas e morais, deve comparecer perante o Tribunal de D`us. Durante um dia inteiro ele permanece diante desse Tribunal numa ampla confissão de suas culpas, em humildade e arrependimento, não com o fim de rebaixar sua dignidade humana, mas para elevar-se acima de suas misérias morais e apagar toda sombra de pecado em seu interior. E assim, depurado, vislumbrar com mais claridade os caminhos do bem.

Yom Kipur é data de jejum absoluto que se interpreta não somente como uma evasão do terreno, mas como uma prova de nossa força de vontade sobre os apetites materiais que tantas vezes conduzem ao pecado. Por último, o jejum nos faz sentir na própria carne os padecimentos de tantos seres humanos que, por falta de meios, sofrem fome e sede.
Isaac Dahan

Lula e Chávez combinam rotina de reuniões periódicas

Durante o encontro desta quinta-feira (20) em Manaus, representantes dos governos brasileiro e venezuelano não chegaram a firmar nenhum acordo oficial. Os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, no entanto, acordaram que integrantes dos governos dos dois países irão se reunir pelo menos quatro vezes por ano para intensificar a aliança e discutir temas de interesses bilaterais.

“Decidimos que Venezuela e Brasil vão fazer quatro reuniões por ano, duas na Venezuela e duas no Brasil, para que a gente não permita que os adversários da aliança estratégica Venezuela e Brasil interfiram nas nossas alianças com boatos. Os boatos serão dirimidos com a nossa conversa pessoal”, disse Lula. O primeiro desses encontros está previsto para a primeira quinzena de dezembro, em Caracas.

Lula negou haver qualquer divergência entre ele e Chávez, e voltou a reafirmar o interesse do governo brasileiro de integrar, o quanto antes, a Venezuela ao Mercosul.

“Sabe, Chávez, em política, quando dois dirigentes passam muito tempo sem se encontrar, começa a surgir entre eles uma série de inquietações, de insinuações”, disse o presidente brasileiro diretamente ao venezuelano, no momento em que faziam uma declaração à imprensa. “As pessoas começam a falar em divergências, em disputas de lideranças. As pessoas começam a falar uma série de coisas que eu tenho a consciência de que não passam pela sua cabeça e não passam pela minha cabeça. É importante dizer que o Brasil está trabalhando, que o processo está no Senado, e nós esperamos que o mais prontamente seja votado para que a Venezuela seja definitivamente um país membro do Mercosul.”

Mercosul

Para a Venezuela se tornar membro definitivo do Mercosul, os Senados do Brasil e do Paraguai ainda precisam aprovar a sua adesão. Em julho, Hugo Chávez chegou a estabelecer um prazo fixo para que os Congressos dos dois países aprovassem a entrada da Venezuela no bloco econômico, afirmando que, do contrário, se retiraria do processo.

Em declaração à imprensa, o presidente Lula reforçou a importância de Brasil e Venezuela intensificarem suas relações: “É importante que todos saibam que Brasil e Venezuela têm uma relação estratégica – estratégica por interesses geopolíticos, estratégicas por interesses econômicos, comerciais, de desenvolvimento, de investimento na área de ciência e tecnologia, até porque nós estamos convencidos de que a vida do povo da América do Sul e da América Latina só irá melhorar quando nossos países desenvolverem e tiverem riquezas para distribuírem para o seu povo”.

Lula acrescentou, ainda, que tem na pessoa de Chávez um companheiro para os “bons e os maus” momentos. “Para festejar as coisas boas e enfrentar as coisas difíceis. Porque nós sabemos que na nossa querida América Latina, e na nossa querida América do Sul, muitas vezes as pessoas não querem aceitar que exista um governo progressista, que exista um governo preocupado com as pessoas mais pobres. E eu estou convencido, Chávez, que essa aliança estratégica entre Brasil e Venezuela pode ajudar a Bolívia, pode ajudar o Paraguai, o Uruguai e o Equador, que são os países considerados mais pobres da nossa querida América do Sul”, concluiu.

Agência Brasil

Rizzolo: Muito embora representantes do governo americano no Congresso Nacional Brasileiro, não aceitem a democracia participativa e apregoam sim a “relativa”, o empenho do governo em ampliar uma discussão e integrar a América Latina repensando-a de dentro fora é uma iniciativa louvável. Os mesmos “democratas” se arrepiam quando se fala em aprofundamento da democracia participativa, através de seus instrumentos, declarados no artigo 14 da Constituição: o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular. Isso eles não querem, muitos representantes do povo – os políticos eleitos – não vêem com bons olhos a democracia participativa, pois enxergam nela uma espécie de “usurpação” de seus poderes. Nesse encontro um das questões pautadas sobre os quais seguramente conversaram, foi sobre a Telesur, um canal de notícias sobre a América Latina, uma espécie de CNN em espanhol, só que financiado pelo Governo da Venezuela. Atualmente o Brasil é o único país da América Latina em que a Telesur não entra. Ao contrário que diz a mídia que odeia Chavez, o clima de amizade entre os dois Presidentes nunca esteve tão bom, querem sim desqualificar a democracia da Venezuela.

Grande parcela da classe social mais abastada e melhor instruída também não simpatiza com essa idéia de democracia, por sentir certo desprezo pela opinião do povo pouco instruído e sem posses. Para essa classe social é mais cômodo investir e eleger os seus próprios pares que farão a defesa de seus interesses no âmbito parlamentar. Chamar Chavez de não democrata é no mínimo argumento pobre e inconsistente de políticos que deveriam se preparar melhor para um embate argumentativo, vez que Chavez foi sete vezes às urnas e venceu todas. E agora? Como os “democratas do PSDB e do DEM” encontrarão subsídios argumentativos para um debate rico baseado num fato que nasce da essência da democracia, que é o poder emanado do povo?

E agora? Os democratas de verdade, aqueles que respeitam o desejo popular jamais poderão se opor a instrumentos de Poder Popular inclusive contemplado na nossa Constituição, a não ser que façam uso daquilo que “ os democratas relativos do PSDB e do DEM” são especialistas, experientes e ardilosos, obstruir votação para a regulamentação do Projeto de Lei do artigo 14 da Carta Magna, aí sim, e se algum parlamentar deles os trair votando a matéria de interesse popular, num rompante de “democracia” expulsam o do Partido, pois na visão deles precisam aprender melhor as lições de Adam Smith.

E depois dizem que Chavez precisa aprender democracia. Realmente eles precisam se preparar melhor para os embates, defender o capital é tarefa árdua num Estado verdadeiramente democrático.

CPMF arrecada R$ 23,8 bi no ano e bate recorde

BRASÍLIA – A Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) registrou recorde de arrecadação entre janeiro e agosto, com R$ 23,79 bilhões e alta real deflacionada pelo IPCA de 11,19%. A variação ficou acima dos 10,88% apurados para a arrecadação global de tributos e contribuições federais no período, que atingiu R$ 385,83 bilhões.

O secretário-adjunto da Super Receita, Carlos Alberto Barreto, atribui o aumento na arrecadação tributária ao crescimento econômico. Isso porque não só a CPMF, mas praticamente todos os demais tributos acusaram elevação no mesmo intervalo.

Entre os tributos com maior variação nos primeiros oito meses de 2007 destaca-se o Imposto de Renda Pessoa Física, com alta real de 36,33%. Maior controle da fiscalização sobre transações imobiliárias e também também o aumento nos rendimentos com ações por incremento de negócios na Bovespa ajudaram a elevar os ganhos de capital por alienação de bens.

Também há destaque para o Imposto de Renda das empresas, com variação real de 12,76% no período. Entre os setores que mais contribuíram estão a fabricação de veículos automotores com alta de 106%, telecomunicações com 56%, os bancos com alta de 43% e seguros e previdência complementar com recolhimento adicional de 41% sobre igual intervalo de 2006.

Do lado da produção, o IPI-outros teve alta real de 16,83% ” refletindo o bom resultado apresentado pela indústria ao longo de 2007 ” , afirmou Barreto. Maiores contribuições partiram dos setores de máquinas e equipamentos (alta de 17,4% no recolhimento), veículos automotores (10,3%) e metalurgia básica.

Ele chamou ainda a atenção para o crescimento no ano de 14,74% no Imposto de Importação, em consequência dos aumentos de 27,97% no valor em dólar das importações tributadas. O incremento de empréstimos gerou adicional de 11,15% no Imposto sobre Operações Financeiras e a expansão da receita previdenciária em 12,25% teve o peso de maior recolhimento das empresas cadastradas no Simples.

(Azelma Rodrigues | Valor Online)

Rizzolo: O aumento da arrecadação tem relação direta com o desenvolvimento da economia. O problema é que aqueles que tentam golpear vão com certeza utilizar esse argumento do aumento como uma justificativa para os ataques. O que eles não se conformam é que parte desse dinheiro vai para o pobre, vai para alimentar as crianças principalmente do nordeste, vai para projetos de saneamento, para o PAC, para o desenvolvimento das Forças Armadas, e não como querem eles, para Miami, ou para as “Offshore” da vida. A CPMF é um imposto moderno, ele incide direto no bolso do contribuinte sem o que em Direito Tributário chamamos de ” fato gerador ” e o sonegador tem “rebolar” para sonegar, e isso eles não gostam.

Os defensores ferrenhos do fim da CPMF entendem e sabem muito bem para onde o governo aplica os recursos, para o povo, como diz um artigo no HP, “se essa oposição quer diminuir os impostos, poderia, por exemplo, lutar para que o limite de isenção do Imposto de Renda não seja tão baixo – o que força a inclusão de boa parte dos trabalhadores entre seus contribuintes – ou propor que a tabela de correção desse mesmo imposto tivesse uma atualização maior. Ou, até mesmo, que só pagasse Imposto de renda quem tivesse renda”.

Poderia, também, lutar para que os impostos sobre as empresas nacionais fossem mais justos, ou que os bancos e o capital especulativo estrangeiro começassem a pagar impostos – o que permitiria a redução da carga fiscal e/ou tributária de vários setores da população. Porém, nada que afete o pagamento de juros aos bancos, ou os privilégios fiscais que estes desfrutam, faz o gênero dessa oposição. Ao contrário: em relação a bancos, multinacionais e especuladores em geral, essa oposição quer sempre diminuir o que eles contribuem para a coletividade sob a forma de impostos.

Atualmente, os tributos sobre o consumo representam 67% da arrecadação total, o imposto sobre a renda, 29%, e os impostos sobre o patrimônio, apenas 4%. Nos países da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ocorre o contrário: a arrecadação de impostos sobre o consumo é menor do que a arrecadação de impostos sobre a renda, enquanto 7% recaem sobre o patrimônio. ( www. oecd.org )

Outra razão para o aumento da arrecadação foi congelamento da tabela do Imposto de Renda, que deixou de ser corrigida no período de 1996 a 2001. Com isso, milhares de trabalhadores passaram pagar IR. Ora, o rendimento do cidadão comum baseado no trabalho é taxado em até 25%, enquanto o rendimento dos donos do capital é isento ou sofre uma incidência “suave” e nem é submetido à tabela progressiva. Outra aberração são os lucros e dividendos distribuídos aos sócios ficaram isentos, já os rendimentos e ganhos de capital são tributados com alíquotas de 15% ou no máximo 20%. Isso é um tributarismo que atua como um Robin Hood às avessas, como diz a auditora fiscal Clair Hickmann. Não vejo a oposição falar dessas questões, a reforma tributária não passa pelos pobres, no topo da lista de privilegiados pelo sistema tributário.
brasileiro, estão as grandes corporações, das quais a oposição são seus representantes.

Mas é a CPMF, destinada ao financiamento da saúde pública e dos programas sociais, que é o seu alvo “uma vergonha!”.

Ibope de Lula oscila de 50% para 48%

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A aprovação do governo Luiz Inácio Lula da Silva oscilou 2 pontos para baixo, dentro da margem de erro, segundo a pesquisa CNTI-Ibope divulgada nesta quinta-feira (20). Os entrevistados que consideram o governo ”bom” ou ”ótimo” passaram de 50% para 48% em relação a junho. Os que responderam ”ruim” ou ”péssimo” foram de 16% para 18%. Conforme o levantamento, 36% acham que o segundo governo de Lula está melhor que o primeiro, 40% responderam que está igual e 22% que está pior.

Esta foi a 20ª pesquisa CNI-Ibope sobre a imagem do governo Lula na opinião pública e a sexta mais favorável ao governo em percentual de avaliações positivas. Veja o gráfico ao lado: nas cinco últimas pesquisas da série, os números oscilaram dentro da margem de erro, exceto a sondagem de desembro passado, a primeira desde as eleições de 2006, quando o governo atingiu o seu pico de aprovação, 57% de ”bom” e ”ótimo”.

”Popularidade permanece em patamar elevado”

A aprovação pessoal do presidente também oscilou negativamente. Dos entrevistados, 63% disseram aprovar a maneira como Lula governa, queda de 3 pontos percentuais, e 33% desaprovam, alta de 3 pontos na comparação com a pesquisa de junho.

A parcela dos que dizem confiar em Lula saiu de 61% em junho para 60% agora. Já a proporção dos que não confiam subiu de 35% para 37%.

Questionados sobre que nota dariam ao trabalho do governo, os entrevistados atribuíram em média 6,6. Em junho, a média era de 6,7.

O relatório CNI-Ibope sintetiza: ”Os principais itens de imagem (avaliação do governo, maneira do presidente Lula governar e confiança no presidente) registram leve queda, enquanto a maioria das avaliações das áreas específicas de atuação do governo sofre variação negativa mais expressiva. De maneira geral, a popularidade do governo Lula permanece em patamar elevado, mas várias de suas ações sofrem, neste momento, uma avaliação mais crítica.”

Mulheres passaram a ser mais pró-Lula

A segmentação dos resultados mostra que Lula perdeu terreno entre os homens e ganhou (4 pontos) entre as mulheres. Pela primeira vez Lula tem uma imagem mais positiva entre as eleitoras: 48% de ”bom” e ”ótimo” contra 18% de ”ruim” e ”péssimo”, enquanto os eleitores lhe deram 47% e 19% respectivamente.

Na segmentação por faixas de renda, a pesquisa mostra que a perda de popularidade de Lula se concentrou fortemente na camada mais pobre, com renda inferior a um salário mínimo: houve aí um recuo de 12 pontos, enquanto nas outras faixas os resultados foram -2, +1, +1 e -4 respectivamente.

Mesmo assim o governo Lula mantém sua popularidade rigorosamente concentrada entre os mais pobres, reduzindo-se à medida que sobe a renda, embora mantenha em todas as faixas uma imagem predominantemente favorável. O saldo positivo (”ótimo” e ”bom” menos ”ruim” e ”péssimo”) por faixa de renda, segundo a CNI-Ibope, é:

Menos de 1 salário mínimo – 42 pontos positivos;
Mais de 1 a 2 mínimos – 37 pontos positivos;
Mais de 2 a 5 mínimos – 28 pontos positivos;
Mais de 5 a 10 mínimos – 19 pontos positivos;
Mais de 10 mínimos – 8 pontos positivos.
Os fatores Renan Calheiros e CPMF

A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 18 de setembro, logo em seguida à votação no Senado que absolveu Renan Calheiros. O relatório da pesquisa admite que o episódio não tem relação com a atividade do governo, mas influiu negativamente sobre os resultados das entrevistas. O Caso Renan foi o mais citado (34%) entre as ”notícias sobre o governo do presidente Lula”. Seguiram-se a crise nos aeroportos (9%) e as viagens de Lula (7%).

O noticiário da mídia foi avaliado como desfavorável ao governo por 39% dos entrevistados, contra 19% que o consideraram favorável. O noticiário predominantemente negativo na mídia contrasta fortemente com a avaliação positiva feita pelos cidadãos.

Esta edição da pesquisa CNI-Ibope perguntou também sobre a CPMF, já que a prorrogação do chamado Imposto do Cheque até 2011 está tramitando no Congresso Nacional. Dos entrevistados, 54% acham que a CPMF deve ser extinta em dezembro, como prevê a legislação atual; 12% acham que deve ser prorrogada mas com valor menor que o atual; outros 12% que deve ser extinta gradativamente; e apenas 5% que deve ser prorrogada com o valor atual (0,38%), conforme propõe o governo. Os que não sabem ou não opinaram somaram 18%.

O Ibope fez 2.002 entrevistas em 142 municípios, contratado pela Confederação Nacional da Indústria. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
Com CNI-Ibope
Site do PC do B

Rizzolo:É claro que com um trabalho mais acirrado, e orquestrado da mídia contra o governo, o resultado não poderia ser diferente, a “impregnação” vem dos meios de comunicação. Agora, na medida em que a oposição dificulta a implementação dos programas, a popularidade também é afetada. Já disse várias vezes que existe uma certa passividade de Lula contra a mídia golpista, a esquerda toda junta “não dá conta” de pontuar os ataques, o governo deve abandonar a idéia de conciliação típica de sindicalista, no poder muitas vezes não há como conciliar vez que a parte adversa não quer o acordo e sim a derrubada. Mesmo assim a popularidade de Lula é muito alta, e a resposta aos ataques deve também seguir esse patamar, deve ser à altura.