Ibope de Lula oscila de 50% para 48%

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A aprovação do governo Luiz Inácio Lula da Silva oscilou 2 pontos para baixo, dentro da margem de erro, segundo a pesquisa CNTI-Ibope divulgada nesta quinta-feira (20). Os entrevistados que consideram o governo ”bom” ou ”ótimo” passaram de 50% para 48% em relação a junho. Os que responderam ”ruim” ou ”péssimo” foram de 16% para 18%. Conforme o levantamento, 36% acham que o segundo governo de Lula está melhor que o primeiro, 40% responderam que está igual e 22% que está pior.

Esta foi a 20ª pesquisa CNI-Ibope sobre a imagem do governo Lula na opinião pública e a sexta mais favorável ao governo em percentual de avaliações positivas. Veja o gráfico ao lado: nas cinco últimas pesquisas da série, os números oscilaram dentro da margem de erro, exceto a sondagem de desembro passado, a primeira desde as eleições de 2006, quando o governo atingiu o seu pico de aprovação, 57% de ”bom” e ”ótimo”.

”Popularidade permanece em patamar elevado”

A aprovação pessoal do presidente também oscilou negativamente. Dos entrevistados, 63% disseram aprovar a maneira como Lula governa, queda de 3 pontos percentuais, e 33% desaprovam, alta de 3 pontos na comparação com a pesquisa de junho.

A parcela dos que dizem confiar em Lula saiu de 61% em junho para 60% agora. Já a proporção dos que não confiam subiu de 35% para 37%.

Questionados sobre que nota dariam ao trabalho do governo, os entrevistados atribuíram em média 6,6. Em junho, a média era de 6,7.

O relatório CNI-Ibope sintetiza: ”Os principais itens de imagem (avaliação do governo, maneira do presidente Lula governar e confiança no presidente) registram leve queda, enquanto a maioria das avaliações das áreas específicas de atuação do governo sofre variação negativa mais expressiva. De maneira geral, a popularidade do governo Lula permanece em patamar elevado, mas várias de suas ações sofrem, neste momento, uma avaliação mais crítica.”

Mulheres passaram a ser mais pró-Lula

A segmentação dos resultados mostra que Lula perdeu terreno entre os homens e ganhou (4 pontos) entre as mulheres. Pela primeira vez Lula tem uma imagem mais positiva entre as eleitoras: 48% de ”bom” e ”ótimo” contra 18% de ”ruim” e ”péssimo”, enquanto os eleitores lhe deram 47% e 19% respectivamente.

Na segmentação por faixas de renda, a pesquisa mostra que a perda de popularidade de Lula se concentrou fortemente na camada mais pobre, com renda inferior a um salário mínimo: houve aí um recuo de 12 pontos, enquanto nas outras faixas os resultados foram -2, +1, +1 e -4 respectivamente.

Mesmo assim o governo Lula mantém sua popularidade rigorosamente concentrada entre os mais pobres, reduzindo-se à medida que sobe a renda, embora mantenha em todas as faixas uma imagem predominantemente favorável. O saldo positivo (”ótimo” e ”bom” menos ”ruim” e ”péssimo”) por faixa de renda, segundo a CNI-Ibope, é:

Menos de 1 salário mínimo – 42 pontos positivos;
Mais de 1 a 2 mínimos – 37 pontos positivos;
Mais de 2 a 5 mínimos – 28 pontos positivos;
Mais de 5 a 10 mínimos – 19 pontos positivos;
Mais de 10 mínimos – 8 pontos positivos.
Os fatores Renan Calheiros e CPMF

A pesquisa foi realizada entre os dias 13 e 18 de setembro, logo em seguida à votação no Senado que absolveu Renan Calheiros. O relatório da pesquisa admite que o episódio não tem relação com a atividade do governo, mas influiu negativamente sobre os resultados das entrevistas. O Caso Renan foi o mais citado (34%) entre as ”notícias sobre o governo do presidente Lula”. Seguiram-se a crise nos aeroportos (9%) e as viagens de Lula (7%).

O noticiário da mídia foi avaliado como desfavorável ao governo por 39% dos entrevistados, contra 19% que o consideraram favorável. O noticiário predominantemente negativo na mídia contrasta fortemente com a avaliação positiva feita pelos cidadãos.

Esta edição da pesquisa CNI-Ibope perguntou também sobre a CPMF, já que a prorrogação do chamado Imposto do Cheque até 2011 está tramitando no Congresso Nacional. Dos entrevistados, 54% acham que a CPMF deve ser extinta em dezembro, como prevê a legislação atual; 12% acham que deve ser prorrogada mas com valor menor que o atual; outros 12% que deve ser extinta gradativamente; e apenas 5% que deve ser prorrogada com o valor atual (0,38%), conforme propõe o governo. Os que não sabem ou não opinaram somaram 18%.

O Ibope fez 2.002 entrevistas em 142 municípios, contratado pela Confederação Nacional da Indústria. A margem de erro é de 2 pontos percentuais.
Com CNI-Ibope
Site do PC do B

Rizzolo:É claro que com um trabalho mais acirrado, e orquestrado da mídia contra o governo, o resultado não poderia ser diferente, a “impregnação” vem dos meios de comunicação. Agora, na medida em que a oposição dificulta a implementação dos programas, a popularidade também é afetada. Já disse várias vezes que existe uma certa passividade de Lula contra a mídia golpista, a esquerda toda junta “não dá conta” de pontuar os ataques, o governo deve abandonar a idéia de conciliação típica de sindicalista, no poder muitas vezes não há como conciliar vez que a parte adversa não quer o acordo e sim a derrubada. Mesmo assim a popularidade de Lula é muito alta, e a resposta aos ataques deve também seguir esse patamar, deve ser à altura.

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