Estadão usou nota sobre o filho de Lula para demitir César Giobbi

Corre nos bastidores a versão de que a direção do jornal O Estado de S. Paulo teria usado como argumento para demitir o colunista social Cesar Giobbi uma nota publicada na coluna Persona informando a compra, por parte de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, de uma casa em Iporanga, no Guarujá. Os diretores do Estadão teriam se irritado com a falta de fundamentos da notícia, que ainda não foi de fato comprovada. Outra versão corrente é de que Giobbi foi demitido a pedidos, em função de sua vinculação com o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Pior: a pressão teria partido de correligionários do ex-governador. Tudo somado, é possível até que as duas .

do Blog entrelinhas.

Rizzolo: Não há mais espaço para que alguns jornalistas, ligados à elite paulistana, usem suas “colunas sociais” para golpear o governo ao mesmo tempo em que faz de suas colunas, verdadeira panfletagem de movimentos como o “Cansei”, completamente estranhos e sem o apoio do povo brasileiro. A antiga e famosa “coluna social” onde empresários na maioria descompromissados com o social aparecem por querer aparecer, esta se tornando coisa do passado. Hoje não há como um empresário ético aparecer sem estar sim vinculando sua imagem a algo superior, a uma ação de cidadania, a um projeto social, a uma instituição, aparecer em coluna social só para futilmente se ver na manhã seguinte no jornal, denota falta de vinculação social, alto narcisismo, futilidade e o desconhecimento da realidade pobre do Brasil. Temos que fazer uma reflexão e repensar a forma de divulgarmos a participação da elite nos eventos da sociedade brasileira.

Greenspan confirma que a guerra contra o Iraque “é pelo petróleo”

Antigo e dedicado funcionário de donos dos maiores monopólios de petróleo e de bancos do mundo, Rockfeller e J. P. Morgan, o ex-presidente do Fed, Alan Greenspan, sabe do que está falando

O ex-presidente do Federal Reserve (o BC dos EUA), Alan Greenspan, que foi colocado lá depois de servir os magnatas das famílias dos Rockefeller e dos Morgan, afirmou em seu recém-lançado livro de memórias: “Algo que todos sabem: a guerra do Iraque é em grande parte acerca do petróleo”.

De fato, todos sabem mas Bush jura que não e uma afirmação da parte de alguém como Greenspan não deixa de ser interessante por demonstrar a profundidade do atoleiro em que o usurpador da Casa Branca mergulhou, sob o chumbo da Resistência dos patriotas iraquianos.

Quanto a armações, golpes de Estado, crimes e guerras por petróleo, Greenspan, conhece bem. Presidiu exatamente um dos tentáculos do reinado de Rockefeller sobre o óleo. Entre outros cargos, foi presidente da Mobil, uma das principais partes do que havia sido a Standard Oil – dividida em 33 empresas em 1911 depois que a Suprema Corte dos EUA considerou a empresa um monopólio. O que de fato era, e assim continuou depois da “divisão”. A Standard controlava 90% de toda a produção de petróleo e derivados nos EUA. Em dezembro de 1998 as duas maiores dentre as empresas originárias da Standard Oil; a Exxon e a Mobil se fundiram para formar a maior empresa do setor no país, a ExxonMobil.

Parece que nem mesmo um dos principais prestadores de serviços da casta dominante do Império aceita o opróbio que já envolve o texano e seu comparsa Cheney.

Agora, o chefe do Fed na maior parte dos governos de Bush, que prestou serviços por décadas aos monopólios do petróleo, dos bancos e da indústria de armamentos ajudando a carrear o dinheiroduto que tirava dos contribuintes e repassava para os cofres daquelas famílias, em outra parte do livro, condena a perda da “disciplina fiscal” por parte do governo Bush. “Os gastos estão fora de controle”, adverte Greenspan. O que ele não diz é se está se referindo à orgia de US$ 2 trilhões direcionados para a invasão e ocupação do Iraque e do Afeganistão e o caminho que o dinheiro faz pela via dos gastos com a guerra para os cofres desses monopólios, ou sobre a generosa redução nos impostos a serem pagos por seus empregadores.

Em meio ao crash das pirâmides financeiras montadas com as hipotecas dos cidadãos americanos e da subseqüente derrama de dinheiro para sustentar os bancos com o nariz fora d’água, quando eles ameaçam quebrar depois que a bolha pipocou, o ex-presidente do Fed intitula o livro com o sugestivo nome de “A Era da Turbulência: aventuras por um mundo novo”.

O tipo de “aventura” pela qual o autor é atraído não é outro senão ajudar seus patrões a seguir montando monopólios, estabelecendo cartéis. “Quando Alan Greenspan foi indicado para presidente do Federal Reserve em 1987”, descreve Milton Moskowitz, no livro Everybody’s Business, “teve que renunciar ao conselho do Morgan”.

“O Conselho Internacional do Morgan”, prossegue, “tinha membros que incluíam os presidentes da General Mills, Robert Bosch, Peaugeot, Olivetti, Deere, Nestlé, Akzo e Societé Generale de Belgique”.

Aliás, o Morgan, para se tornar o monopólio financeiros que é hoje nos EUA, trilhou, por gerações sucessivas, os caminhos que tanto estimularam Greenspan. Sobre J. Pierpont Morgan, que chefiou o clã até 1913, Doctorow escreve em seu livro Ragtime: “Ele controlava 741 diretorias em 112 corporações. Usando trens privados e iates para se locomover cruzou todas as fronteiras. Era o monarca do invisível, da reino transnacional do capital cuja soberania se garantia em tudo que é canto. Comandando riquezas que empobreciam fortunas reais, deixava aos presidentes e reis o território e tomava-lhes o controle de ferrovias e linhas de navegação, bancos e trustes, fábricas e empresas públicas”.

NATHANIEL BRAIA
Hora do Povo

Rizzolo:Para o Greenspan dizer que a economia americana esta desorientada, com os gastos fora do controle, é porque realmente a situação é critica. Não há dúvida que a aventura americana no Iraque contribuiu na sua essência para isso. Agora chegar a desnudar, e afirmar claramente que a guerra contra o Iraque “é pelo petróleo”, é tudo que a gente já sabia. A Inglaterra e os EUA sempre insistiram de forma descarada que a guerra nada tinha a ver coma questão do petróleo. Bush sempre afirmou cinicamente que o objetivo era sim, desarmar o Iraque de armas de destruição em massa e o fim de Sadam, que na visão americana promovia o terrorismo. Tudo conversa pra boi dormir, era por petróleo mesmo. Vergonha, hein ! Que democracia, hein ? E o ditador é o Chavez, que foi sete vezes ás urnas e venceu todas, sem fraude, viu!

Mantega defende atual sistema de cobrança de impostos

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, fez na sexta-feira (21), em cadeia nacional de rádio e televisão, a defesa do atual sistema de cobrança de impostos. “Está acontecendo uma transformação positiva em nosso sistema tributário, que já beneficia milhões de brasileiros e milhões de empresas”, disse o ministro, após apresentar resultados da política econômica, com melhorias na distribuição de renda, maior oferta de crédito e a população sentindo os resultados do crescimento verificado nos últimos quatro anos e meio.

“O governo do presidente Lula trabalha para cortar impostos, melhorar a fiscalização e combater a burocracia e a sonegação”, prosseguiu. Segundo o ministro, o governo conseguiu estimular a economia e aumentar a arrecadação, ao mesmo tempo em que cortou R$ 36 bilhões em tributos. Entre as medidas para estimular a economia, Mantega citou a redução de impostos “em vários setores estratégicos para o desenvolvimento econômico e para o barateamento de produtos essenciais”.

Em seu primeiro pronunciamento em rede nacional, Mantega também disse que o governo reduziu tributos para máquinas e equipamentos, livros, alimentos da cesta básica, material de construção e até para computadores. “Em todos esses produtos, você paga hoje menos impostos”, disse. Lembrou que o governo revisou duas vezes a tabela do Imposto de Renda e já aprovou correções anuais nesta tabela até 2010.

“Outro instrumento muito importante é o Simples Nacional, que foi implantado este ano através da Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas”, comentou. O Simples Nacional unificou oito tributos – Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ); Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS); Contribuição para o PIS/Pasep; Contribuição para a Seguridade Social (cota patronal); Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); e o Imposto sobre Serviços (ISS).

E, segundo Mantega, simplificou a vida do micro e pequeno empresário porque agora ele só tem que preencher um único formulário e ressaltou que o novo sistema já recebeu a adesão de 2,7 milhões de empresas. “O Simples Nacional também estimula o fim da informalidade e a legalização das empresas, o que dá segurança a trabalhadores e fornecedores”, defendeu.

Para o ministro, graças ao crescimento atual, com conseqüente aumento de arrecadação, o governo tem recursos para ampliar o Bolsa Família e outros programas sociais, além de garantir as aposentadorias e priorizar áreas como saúde e educação: “Conseguimos a maior queda na taxa de desemprego, a maior diminuição da miséria e a maior alta da renda dos brasileiros”.

A arrecadação de impostos somou R$ 381,4 bilhões de janeiro a agosto e, a cada mês, registra um novo recorde. O governo atribui esse crescimento ao bom desempenho da economia e às medidas – citadas por Mantega em seu pronunciamento – adotadas para melhorar a fiscalização e combater a sonegação de impostos.

O ministro não defendeu a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), que nos últimos tempos tem ocupado os espaços de debate no Congresso Nacional. A proposta de emenda à Constituição (PEC) que prorroga a cobrança da CPMF até 2011 foi aprovada em primeiro turno na Câmara de Deputados – ainda faltam o segundo turno e duas outras votações no Senado Federal.

Na quinta-feira, Mantega havia afirmado que “o problema será no Senado, onde me parece que existe uma objeção maior”, e adiantado que “até onde eu puder conversar, eu estarei dialogando”. Ele também não citou, no pronunciamento, a proposta de reforma tributária que o governo pretende encaminhar ao Congresso Nacional.

Agência Brasil

Rizzolo:Não basta cortar impostos se na outra ponta, como a fiscalização, não for implementada visando o combate à sonegação. Temos que ser incisivos no combate à sonegação de tributos, e repito, o melhor imposto anti-sonegação é a CPMF, talvez este seja o motivo de tanta resistência por parte de determinados segmentos. O governo cortou R$ 36 milhões em tributos, estimulando setores estratégicos. Esta fazendo sua parte, agora querer boicotar a CPMF, recurso indispensável no momento para o desenvolvimento social, não é nada patriótico.

América Latina não precisa de um líder, diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em uma entrevista exclusiva ao jornal americano The New York Times que a América Latina “não está tentando procurar um líder” nem “precisa de um líder”.
Segundo o jornal, Lula descartou sugestões de que ele deva ser um contraponto ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, que “tem agressivamente atraído as atenções na região com seus acordos na área de energia e suas manobras políticas em favor de candidatos de esquerda”.

“O que nós precisamos fazer é construir uma harmonia política, porque a América do Sul e a América Latina precisam aprender a lição do século 20”, disse o presidente, que se encontrou com Chávez na quinta-feira em Manaus.

“Nós tivemos a oportunidade de crescer, nós tivemos a oportunidade de nos desenvolver, e nós perdemos essa oportunidade. Por isso nós ainda somos países pobres.”

Gasoduto e banco

Em uma coletiva após o encontro com Chávez, Lula já havia dito que “não existe disputa” entre Brasil e Venezuela por um suposto papel de liderança na região, nem divergências entre os dois líderes.

Leia mais: Lula e Chávez confirmam projetos conjuntos de Energia

Mas, segundo o The New York Times, “as relação entre Brasil e Venezuela ficaram por vezes estremecidas (…), com o Brasil parecendo se distanciar de algumas propostas de Chávez para maior integração regional”.

Na entrevista ao jornal, Lula reiterou seu apoio a um projeto defendido por Chávez nesse sentido, o Banco do Sul, que financiaria projetos de desenvolvimento.

Mas com relação a outro projeto, o gasoduto que o venezuelano quer que seja construído entre Venezuela e Argentina, passando pelo Brasil e pela Bolívia, Lula se mostrou mais cético.

De acordo com o The New York Times, Lula disse que uma questão crucial é se haverá gás suficiente para tornar o projeto viável.

“Resiliente”

Na entrevista de 1h15 ao jornal americano, publicada com o título Um líder resiliente proclama o potencial do Brasil em agricultura e biocombustíveis, o jornal destaca o fato de que Lula parece não estar sendo afetado por problemas domésticos do Brasil, como a crise aérea ou os escândalos de corrupção.

“Essas preocupações praticamente não parecem deixá-lo preocupado”, descreve o autor da entrevista, Alexei Barrionuevo, que diz que Lula desenvolveu uma “notável resiliência política” devido ao bom momento econômico vivido pelo Brasil e à sua popularidade.

Barrionuevo também abordou na entrevista os planos de Lula para além de 2010.

O presidente voltou a deixar claro que não teria vontade de permanecer no poder e que espera voltar a viver em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, onde começou sua trajetória política.

Falando de sua “aposentadoria” como presidente, Lula também aproveitou para, indiretamente, ironizar Fernando Henrique Cardoso.

“Eu não vou participar de um programa de estudos para graduados na Universidade de Harvard”, afirmou Lula, se referindo a uma atividade regular do ex-presidente tucano.

BBC Brasil

Rizzolo:Ao mesmo tempo em que a mídia americana e brasileira tenta gerar intrigas ou simular desavenças entre Lula e Chavez afirmando de forma ardilosa que “as relações entre Brasil e Venezuela ficaram por vezes estremecidas (…), com o Brasil parecendo se distanciar de algumas propostas de Chávez para maior integração regional”, envolve Lula como sendo um líder “mais democrático”, demonstrando e aprovando sua “volta por cima, sua flexibilidade”, um recado a Chavez que no entender de Bush não é democrata. Mas o que Bush quer na verdade, é fazer com que os EUA participem mais da nossa economia, e em contrapartida oferecem o de praxe e costume: nada. Vamos pensar em desenvolver nossa indústria nacional, e negociar o protecionismo americano não abrindo mais nosso mercado, mas impondo a dimensão do que somos hoje em termos de mercado consumidor, e negociar sim, abrindo um amplo debate sobre uma coisa que eles não gostam, imposto sobre remessa de lucros, coisa que não existe desde 1995. Que tal? Vamos negociar !