Venda de 300 aviões Superjet cobrirá as despesas do projeto

O novo avião civil russo (VIDEO) Superjet será mostrado na fábrica militar da Sukhoi em Komsomolsk-on-Amur, extremo leste russo, em 26 de setembro. Mas o vôo inaugural de setembro foi já foi adiado por um mês ou dois.

É o primeiro avião de passageiros moderno e comercial voltado ao mercado global.

Construída pela maior fabricante de aviões de guerra da União Soviética, a Sukhoi, o Superjet civil é um avião com capacidade para 78 a 98 passageiros.

A realização do programa da produção dos aviões Superjet aumenta a percentagem da fabricação de aviões civis pela Sukhoi de 5% até 50%.

Enquanto o envolvimento da Boeing no desenvolvimento é visto pelos analistas como simbólico, empresas francesas e italianas investiram pesadamente no projeto.

Em jogo está um mercado de jatos regionais avaliado em 8 bilhões de dólares e que é dominado pela brasileira Embraer e a canadense Bombardier, apesar de ainda relativamente pequeno se comparado com os 60 bilhões de dólares investidos anualmente em aviões grandes da Boeing e Airbus, segundo Reuters.

A nova batalha da Sukhoi também a coloca contra empresas japonesas e chinesas na corrida do transporte aéreo regional, mercado que oferece a chance de competitividade sem os colossais investimentos necessários para concorrer com a Airbus ou Boeing.

“Este é um programa muito importante para a Rússia, significa o renascimento de sua indústria aeroespacial”, disse Marc Ventre, vice-presidente executivo de propulsão aeroespacial do conglomerado francês Safran .

“Os russos são muito bons em aeronaves militares, mas estão longe em relação à aviação civil e isto deve colocar a indústria de volta nos trilhos”, disse Ventre à Reuters.

A aviação russa entrou em colapso depois da queda da União Soviética. Putin criou uma nova empresa de aviação, conhecida como United Aviation Corporation, encarregada de conduzir a renovação sob o comando do primeiro vice-primeiro-ministro, Sergei Ivanov, favorito de Putin na eleição do ano que vem que irá sucedê-lo.

A Sukhoi planeja alcançar vendas de 100 unidades até o final do ano. Ventre, da Safran, previu pelo menos 800 vendas no total, avaliadas em 20 bilhões de dólares. Segundo o diretor geral da empresa, Mikhail Pogocian, a venda de 300 aviões permitirá cobrir as despesas do projeto, informa Vedomosti.

A companhia aérea russa Aeroflot e a Air Union são os principais compradores até agora do Superjet 100.

A Sukhoi pretende atrair as companhias aéreas com um preço de tabela relativamente baixo, tido como em 25 milhões de dólares, cerca de 25 por cento abaixo do preço cobrado por rivais.

A unidade Snecma, da Safran, está cooperando com a russa NPO Saturn na produção dos motores do Superjet 100. A francesa Thales está fornecendo os equipamentos aviônicos .
Pravda.RU

Rizzolo:O renascimento da indústria aeroespacial na Rússia esta ocorrendo graças a política de Putin em reerguer a indústria nacional Russa. O Superjet é o primeiro avião russo civil voltado para o mercado internacional, construído pela Sukhoi, irá competir com os aviões da Embraer e da Bombardier canadense. O avião comercial voará numa altitude máxima de 12.500m. As estimativas de venda nesse segmento para os russos são boas, e o mercado internacional é comprador para esse tipo de aeronave. Graças a Putin criou-se uma nova empresa de aviação, conhecida como United Aviation Corporation, encarregada de conduzir a renovação de uma indústria que entrou em colapso depois da queda da União Soviética, transferir a tecnologia que os russos possuem em aviões militares aos aviões civis é uma das metas da empresa russa. Donde se conclui que uma indústria nacional forte sempre de restabelece.

Etanol não afeta segurança alimentar, diz Lula na ONU

Presidente afirma que irá sediar uma conferência internacional em 2008 sobre os biocombustíveis

NOVA YORK – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta terça-feira, 25, na abertura da 62ª Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), que os biocombustíveis não afetam a segurança alimentar. “A cana de açúcar ocupa apenas 1% de nossas terras agricultáveis”.

Lula disse que irá definir quais áreas serão destinadas à produção de etanol no País. Lula afirmou que o Brasil vai sediar, no ano que vem, uma conferência internacional sobre biocombustíveis, e convidou todos os países a participarem do evento. Segundo Lula, o mundo precisa urgentemente de uma nova matriz energética. “O etanol pode ser muito mais que uma alternativa de energia limpa.”

Estado de São Paulo

Rizzolo: É verdade que por enquanto a cana de açúcar ocupa apenas 1% de nossas terras agricultáveis; contudo observem que existe uma verdadeira invasão de investimentos especulativos em terras brasileiras, já existe uma cumplicidade entre os proprietários de terra no caso do Etanol com os investidores internacionais em Usinas, precisamos regulamentar essa questão, é interessante, quando era para criar “agências reguladoras” como as que foram criadas na época do FHC a elite correu e emprestou seu apoio incondicional, agora quando há necessidade patriótica de analisarmos de perto essa questão que já de há muito tempo sabida, fica-se no aguardo.

Está mais que na cara que o internacionalismo se faz através de empresas brasileiras “laranjas”, isso é tão óbvio quanto o contraventor de jogo do bicho que tem sua banca na padaria. Agora precisamos nos mexer, um Incra sozinho não faz verão.

A questão do Etanol com relação às terras no Brasil e os investimentos estrangeiros, é pior ainda. Esta disputa pelo controle acionário das empresas sucro-alcooleiras brasileiras por investidores estrangeiros se demonstra agora na luta pelo controle do segundo maior grupo do Brasil, a companhia açucareira Vale do Rosário.

O grupo é disputado pelo maior produtor de álcool do Brasil, o grupo Cosan, pelo Bradesco, pela Bunge, transnacional do agronegócio. Os investidores estrangeiros estão por trás do ex-ministro privatizador Antonio Kandir e do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga.

Pelo que podemos inferir até agora, os empresários brasileiros do grupo Etalnac, vão administrar as destilarias e entregar toda a produção de álcool para a Sempra, que exportará para os EUA e o Japão, em outras palavras, a burguesia brasileira se tornará “administradora” dos negócios imperialistas.

Neste ramo, se repetirá, em escala superior, o que aconteceu com a produção de soja no Mercosul, que foi totalmente dominado pelas grandes transnacionais do agronegócio como a Cargill, Bunge, Archer Daniels Midland, Louis Dreyfus, etc.

Temos que constituir uma empresa ou um órgão regulador da produção de etanol, uma “Etanolbras” que se aterá aos aspectos específicos dessa área que difere do petróleo, envolvendo questões ligadas à produção, transporte, comercialização, exportação, etc, que precisam ser controladas e reguladas pelo governo. No presente momento não nos resta defender a imediata retirada dos “projetos nefastos” que estão prontos paras serem votados na Casa, como medida de conter o avanço daqueles que tem como o lucro e a exploração seu ideal de vida.

Renan diz que parlamentares ficam “expostos” em votação aberta

da Folha Online, em Brasília

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta terça-feira que, no caso do voto aberto nas sessões do Conselho de Ética da Casa, as pessoas ficam expostas à pressão. No entanto, ele negou que faça campanha pelo voto fechado.

“O voto aberto difere do fechado, porque o aberto expõe a pessoa à pressão do poder econômico, do poder política e de setores da mídia. Se faz o voto fechado justamente para que isso não aconteça”, disse Renan.

Na sexta-feira, o senador Almeida Lima (PMDB-SE), um dos mais fiéis defensores de Renan no Senado, ingressou com um mandado de segurança no STF (Supremo Tribunal Federal). Na ação, Lima pede que os senadores votem secretamente nas sessões do Conselho de Ética. Amanhã, será discutida e votada a segunda denúncia contra o presidente do Senado.

Renan evitou hoje opinar sobre a decisão da ministra Carmen Lúcia, do STF, que analisa o pedido e decidirá sobre a votação. “É uma decisão do Supremo. Em relação ao voto aberto ou fechado há muita polêmica”, disse o peemedebista.

Segundo a oposição, ele faz campanha pelo voto secreto, que o beneficiaria, uma vez que os senadores não se sentiriam pressionados, mas o peemedebista negou: “Eu nunca falei sobre isso”.

No processo que será julgado nesta quarta-feira no Conselho de Ética, Renan é acusado de trabalhar para reverter dívida de R$ 100 milhões da Schincariol no INSS em troca da empresa ter comprado uma fábrica de seu irmão, o deputado Olavo Calheiros (PMDB-AL), por preço acima do mercado –o deputado também é alvo de investigações no Conselho de Ética da Câmara.

Na terceira representação, Renan é acusado de usar laranjas para comprar um grupo de comunicação em Alagoas com recursos não declarados à Receita Federal. Por fim, o peemedebista ainda responde à denúncia de que teria participação em um esquema de desvio de dinheiro em ministérios comandados pelo PMDB.

A expectativa é que o presidente do conselho, Leomar Quintanilha (PMDB-TO), opte pela unificação das acusações em um único processo. A medida pode apressar o julgamento das representações que recomendam a perda de mandato de Renan.

Rizzolo: Abaixo transcrevo um artigo meu publicado na Agência Estado sobre a CPMF.

A quem interssa o fim da CPMF ?

A cobrança da CPMF gera uma arrecadação de cerca de R$ 37 bilhões por ano. Recurso que será implementado no PAC, a quem interessa o seu fim ?

Autor: Fernando Rizzolo

A cobrança da CPMF gera uma arrecadação de cerca de R$ 37 bilhões por ano, sendo destinados constitucionalmente cerca de R$ 15 bilhões para a saúde, R$ 8 bilhões para o Fundo da Pobreza (que, segundo o ministro, paga parte do Bolsa Família), R$ 8 bilhões para a Previdência e o restante para utilização do governo, fica patente que os que não tem interesse no social , ou os que entendem que sua utilização no desenvolvimento social é ” dinheiro jogado fora “, são os mesmos que atacam o governo Lula , e teem com santo padroeiro Adam Smith.

FHC sempre foi a favor da CPMF agora é contra, CPMF a quem tanto defendeu, mas atualmente ele não quer, e não é de se estranhar o fato e o receio, vez que o homem que fala a fala do povo como ele mesmo diz, pode vir a utiliza-la e gasta-la em projetos que agradem a massa que não é letrada, pode ser que o homem que fala e gesticula os modos do povo faça da CPMF uma espécie de transferência de renda promovendo desenvolvimento social, isso le não quer.

Podemos paulatinamente reduzir a CPMF mas não no momento de implementação de medidas de interesse social que dependem do tributo. Ao invés de reduzir a CPMF poderiamos como diz o Mantega, pensar sim na desoneração da folha de pagamentos.
No fundo, os que são contra, são contra a aplicação social do tributo e não na essência do fato gerador. Pura política !

Lula e Bush podem acelerar retomada de Doha, diz Amorim

Bruno Garcez
Enviado especial a Nova York

Para Amorim, negociação agrícola está ‘envolta em nuvens’
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse que o encontro desta segunda-feira entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e George W. Bush, em Nova York, permite acelerar o processo de retomada das negociações da Rodada de Doha.

Amorim disse ver “sinais positivos” de que os americanos estariam dispostos a realizar concessões no que diz respeito aos subsídios que oferecem ao seus produtores agrícolas.

Os sinais positivos aos quais se refere foram dados pela delegação americana junto à Organização Mundial do Comércio (OMC) na semana passada.

O coordenador das negociações agrícolas da OMC, Crawford Falconer, recomendou a redução dos subsídios para uma faixa-limite de US$ 16 bilhões a US$ 23 bilhões por ano ao setor por parte dos Estados Unidos.

Os americanos mostraram disposição para acatar o texto sobre concessões agrícolas desde que o Brasil fizesse o mesmo em relação ao que o documento da OMC prevê para a redução de tarifas de produtos industrializados.

“No caso dos produtos industrializados, você sabe exatamente quanto custa para quem. No caso agrícola, tudo está envolto em nuvens.”

Amorim frisou que está otimista em relação a possíveis concessões por parte dos americanos no setor agrícola. “Está melhorando, a proposta do G20 era de US$ 12,5 bilhões”, disse o ministro, referindo-se ao valor que o grupo havia proposto como teto para os subsídios agrícolas nos EUA.

Portanto, segundo o chanceler, o grau de concessões que os Estados Unidos estariam dispostos a fazer estaria próximo do que é contemplado pelo Brasil e o grupo do G-20.

Segundo Amorim, retomar Doha deverá ser o tópico central no encontro entre os presidentes Lula e Bush.

Embora se mostre otimista, o chanceler disse que mantém cautela em relação a uma possível oferta americana.

“Eu sou muito cauteloso em relação a isso. As iminências acabam sendo falsas iminências.”

O ministro das Relações Exterioes prevê que um acordo básico tendo vistas à retomada de Doha possa ser estabelecido até outubro e, com isso, a rodada poderia ser concluída até o ano que vem.

BBC Brasil

Rizzolo: Esse “sinal positivo” de concessões dos EUA é na realidade uma “perola dourada” apenas para adentrarem ainda mais no mercado brasileiro. Ora, se o governo americano dificulta a exportação dos nossos produtos através dos subsídios agrícolas, temos que aprender a negociar com o que temos de melhor aqui, ou seja, temos um mercado consumidor de 190 milhões de consumidores, uma quantidade enorme de multinacionais que aqui se beneficiam com vultuosas remessas de lucro e dividendo e que nem sequer pagam Imposto de Renda ao povo brasileiro, destruindo nosso parque industrial nacional, bancos internacionais que concorrem no nosso mercado, se beneficiando com juros estratosféricos. E ainda querem mais ? Diminuem um pouquinho os subsídios e querem que nós entregamos e ampliamos mais ainda a participação deles no nosso mercado? Não, vamos negociar com as que já estão aqui, vamos aprender a ser patriota como eles, mas parece que Lula e o governo se entusiasmam à toa, com conversa mole e tapinha nas costas, mas esquecem que o empresário nacional não é tolo e sabe que temos como negociar sem ter que abrir mais. Será que temos que fazer cursinhos em Harvard para saber e aprender como explorar os outros ? Chega de abrir o mercado brasileiro para essa gente !