“Essas eleições são sobre como acabar com a Guerra do Iraque e, além disso, sobre como sair dela”, declarou o senador e pré-candidato do Partido Democrata à presidência dos EUA, Barack Obama, na terça-feira durante palestra em uma universidade em Chicago.
“E não estaremos seguros em um mundo de ameaças não-convencionais com o mesmo pensamento convencional que levou à guerra do Iraque”, disse.
O senador por Illinois criticou o papel submisso da imprensa norte-americana de não questionar as versões mentirosas que a Casa Branca usou como pretexto para a invasão, como as “armas de destruição em massa” que nunca foram encontradas ou das “ligações” entre Sadam Hussein e a Al Qaeda, que nunca existiram: “O povo da América foi enganado por uma mídia que frequentemente reportou distorções ao invés de fatos”, afirmou.
Obama marcou o aniversário de cinco anos de um discurso feito por ele como candidato ao Senado dos EUA, salientando sua oposição à guerra no Iraque. “Vamos ser claros: sem esse voto, não haveria guerra”, disse o pré-candidato aos estudantes da universidade DePaul, ao criticar a autorização concedida pelo Congresso para que Bush pudesse ir à guerra. “Isso não é apenas sobre debater o passado. É sobre quem tem o melhor juízo para tomar decisões críticas do futuro.”
Obama acrescentou que membros do Congresso também deveriam ser responsa-bilizados por ter concedido ao presidente “autoridade sem limites e que ele usa até hoje”.
Ele também propôs estabelecer uma meta de eliminação de todas as armas nucleares no mundo, dizendo que os EUA deveriam reduzir fortemente seu estoque.
“Eis aqui o que eu diria como presidente: a América busca um mundo no qual não existam armas nucleares”, afirmou Obama.
“Trabalharemos com a Rússia para retirarmos mísseis balísticos norte-americanos e russos de alerta de disparo. Começaremos a buscar uma proibição global sobre a produção de material de fissão para armas”, acrescentou.
Hora do Povo
Rizzolo: Obama representa um avanço nos EUA, observem que o povo americano, principalmente os negros e os latinos, estão travando uma luta na conquista de seus direito, da participação do Estado na economia americana, no questionamento belicoso do governo Bush, no papel do Estado na saúde, e o melhor, abrindo uma discussão sobre o papel da mídia americana que é totalmente controlada por 4% da população mais rica do império. Uma mídia que ilude o povo americano e os conduz ao abate, manipulando as verdades. O senador por Illinois criticou o papel submisso da imprensa norte-americana de não questionar as versões mentirosas os argumentos falsos para justificar a agressão ao Iraque. Como aquela ” conversa mole ” de “armas de destruição em massa” . Vamos torcer para que os democratas voltem.