O premio Nobel de Economia e catedrático de Economia da Universidade de Columbia, Joseph E. Stinglitz, elogiou o crescimento econômico de Venezuela o que chamou de “políticas positivas na saúde e na instrução” durante uma visita a Caracas nesse mês de outubro. Afirmou, que “o crescimento econômico Venezuelano foi muito marcante nos últimos anos”, Stiglitz disse durante seu discurso, num fórum de estratégias para os mercados emergentes patrocinados pelo banco da Venezuela.
A Venezuela é o quarto maior exportador de óleo cru aos Estados Unidos, e experimentou uma taxa de crescimento econômico mais elevada na América Latina nos últimos anos, com um crescimento projetado em 9% ao ano. Apesar da taxa de crescimento elevada, a despesa pública ainda é alta e as demandas pelo consumidor contribuem para as pressões inflacionárias, empurrando a inflação em até 15.3%, também a mais elevada na América Latina. Entretanto, Stiglitz, que ganhou o prêmio de Nobel de economia em 2001, argumentou que a inflação relativamente elevada, não é necessariamente prejudicial à economia. Adicionou que o crescimento econômico da Venezuela, se deve em face ao fato dos preços de óleo estarem elevados, ao contrário de outros países produtores do óleo, a Venezuela aproveita a vantagem do aumento dos preços do óleo, para executar as políticas que beneficiam seus cidadãos e promovem o desenvolvimento econômico. Sitinglitz também elogiou a iniciativa do Banco do Sul.
O mais importante, é a análise por Stinglitz, que constata a aplicação dos recursos advindos da venda de petróleo às iniciativas sociais, combatendo o analfabetismo, promovendo a erradicação da fome e da miséria, investindo na saúde pública e vertendo uma postura do Estado como principal agente de transformações sociais. Estive pessoalmente na Venezuela e pude constatar a da democracia participativa nas deliberações daquilo que sempre pertenceu ao povo Venezuelano, mas que na verdade outrora, era sim, açambarcada tal riqueza do país, pelas transnacionais, deixando uma imensidão de pobres, miseráveis, vivendo em favelas maiores que a Rocinha; hoje o Presidente Chavez tenta reverter à riqueza do país a favor dos desprovidos, que na realidade são os únicos que tem a legitimidade de receber os proveitos do subsolo Venezuelano, que é a única riqueza que possuem.
OBS. Este texto foi escrito em outubro de 2007 ainda quando não havia revisto minhas posições em relação ao governo Chavez
Fernando Rizzolo
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