CPMF – Só não entende quem não quer, o desenvolvimento social

Existe por de trás da resistência na aprovação da CPMF um conteúdo político muito forte, muito mais é claro, do que tributário. À parte ao fato de que a CPMF dificulta a sonegação, face ao fato de incidir diretamente nas operações financeiras, e por não possuir o que chamamos em Direito Tributário do “fato gerador”, a essência da resistência esta em obstruir os programas sociais do governo Lula que os R$ 40 bilhões em arrecadação para 2008 poderiam operacionalizar, dando uma vantagem ao governo federal em termos de voto e popularidade. Na verdade, o empresariado contrário, a aprovação da CPMF é não tem sensibilidade social, e as atribuições argumentativas de reforma tributária e outras balelas, são pretextos políticos. Sem embargo, a antipatia por um imposto moderno que inviabiliza o “caixa dois”, é rechaçado por também questões políticas e de sucessão presidencial.

Sem arrecadação os programas sociais não prosperam, e hoje no Brasil temos 47 milhões de pobres sem a devida assistência do Estado, não há como “inventar receita” para levar adiante programas de desenvolvimento, tão necessários no Brasil de hoje. O capital financeiro é beneficiado com as altas taxas de juros, a elite se beneficia no desenvolvimento econômico, elite essa que de acordo com o Atlas da Exclusão Social – os ricos no Brasil (Cortez, 2004), apenas cinco mil famílias controlam 45% de toda a riqueza, ora, virar as costas para 47 milhões de pessoas que vivem na miséria e que dependem desses programas é no mínimo amoral. Os 10% mais ricos da população impõem historicamente, a ditadura da concentração, pois chegam a responder por quase 75% de toda a riqueza nacional. Enquanto os 90% mais pobres ficam com apenas 25%. Esse quadro de perversão distributiva se agrava quando constatamos que quatro cidades (São Paulo, Rio de Janeiro, e Belo Horizonte) concentram quase 80% de todas as famílias ricas do país. Paises que tentam desenvolver políticas sociais de impacto como a Venezuela, aprovam a natureza jurídica do imposto, o governo venezuelano, passará a cobrar um imposto de 1,5% sobre transações financeiras realizadas por empresas no país. A cobrança, semelhante à CPMF, entra em vigor 1º de novembro e – assim como a contribuição brasileira – nasce provisória, com duração programada até 31 de dezembro deste ano.

O Poder Público necessita de arrecadação para fazer frente às demandas sociais, a desorenação tributária no Brasil já atingiu mais de R$ cinco bilhões na produção em face à nova Lei Geral das microempresas e outras medidas de desoneração. Mas isso não é comentado pelo empresariado . A nossa carga tributária é de 37% do PIB, o que é muito sim para a pequena e média empresa, mas em relação a um país como o nosso que necessita de desenvolvimento, não é nada de excepcional, haja vista que na Inglaterra que é um país onde nem há tanta necessidade do Poder Público estar à frente das iniciativas, a carga tributária é de 38,2 % “. Ganhar, ter lucro e não ter disposição para pagar imposto ao Estado, para financiar programas à população pobre, como já disse, se trata com antidepressivos, e cursinho de catecismo, pra ter melhor noção até de cristianismo”.

Fernando Rizzolo

Nazista israelense quer “finalizar” a ação de Hitler contra os judeus

Um direitista israelense divulgou em site de sua lavra conclama-ções do tipo “terminem o trabalho de Hitler, matem judeus ashkena-zis”.(Ashkenazi é o judeu originário da Europa Oriental, enquanto que o judeu do norte da África e dos países árabes é o Sepharadi).

Um clip do mesmo autor diz “vocês agora vão ver alguns dos esquerdistas que Hitler e Eichman não conseguiram incinerar. 90% da esquerda moderada é de ashkenazis! 100% da extrema esquerda é de ashkenazis!”

“Se apenas pudéssemos, terminaríamos o que Hitler começou começando por destruir todos os askenazis, os descendentes dos judeus que traíram a Alemanha”.

O jornal israelense Haaretz divulgou que investigações apontam que o autor dos incitamentos nazistas, que se assina Stiven Malik, é ex-integrante de uma organização fascista dirigida por Baruch Marzel e denominada Frente Judaica.

Há pouco, um colégio religioso Haredi (colégio religioso sob o comando de judeus ashkenazis) se recusou a matricular um garoto judeu de origem sepharadi alegando que estes “não são integralmente judeus”.

Estes choques entre vertentes judaicas são nitidamente o fruto apodrecido de décadas em que prevaleceu no governo israelense a mais asqueirosa ideologia nazista anti-árabe.

Hora do Povo

Rizzolo:Israel vive um conflito interno ideológico muito grande, alguns judeus ortodoxos, não aceitam o Estado de Israel, até porque estes, dentro da ortodoxia religiosa, entendem que o povo judeu só poderá viver em Israel, quando Messias chegar, isso justificaria os problemas na Terra Santa. A compreensão sobre o Estado de Israel desse segmento religioso, nada tem a ver com a questão Palestina, e sim religiosa, combatem simplesmente o Estado de Israel. É uma minoria, é claro, mas demonstra a diversidade de opiniões.

Quanto ao fato de que o socialismo é uma invenção judaica, tem seus fundamentos, na própria Tora, nos ritos judaicos, podemos observar que não existe uma hierarquia, não há necessidade de se ter um rabino, para existir uma sinagoga, apenas dez judeus bastam. Segundo Lênin, “Existe na cultura judaica, uma clara revelação da visão de um mundo progressista: é o fator internacionalista, é a identificação com os avançados dos movimentos da época (a porcentagem de judeus nos movimentos democráticos e proletários em todo mundo é maior em porcentagem do que o número de judeus na população), isso deve explicar o ódio do camarada Stven Malik um preconceituoso da pior espécie”.

A direita israelense culpa os “judeus esquerdistas” que segundo eles, são “milhões no mundo” para manter e justificar seus atos, incitar o conflito árabe israelense, cometer atrocidades contra árabes, e perpetuar o fato de manter o povo judeu em Israel, como massa de manobra dos EUA. Hoje existem vários movimentos de deserção no exército israelense, por entenderem que manobra militar contra civis, não combina com ética judaica. É preciso encontrar uma solução pacífica que contemple a todos. Se essa moda pegar aqui, hein ! (risos..)

Dos dois milhões badalados, apenas pouquíssimos curiosos apareceram no show anti-CPMF

O show organizado pela Fiesp, sob a alegação protestar contra a CPMF, na última terça-feira, no Vale do Anhangabaú, que previa a concentração de 2 milhões de pessoas, reuniu apenas sete mil transeuntes, segundo os mais otimistas e a Polícia Militar. Mas alguns órgãos de imprensa sofreram de alucinação e conseguiram enxergar 15 mil pessoas.

Artistas como Zezé di Camargo & Luciano e KLB foram convocados para cantarem num local em que naturalmente ocorre o trânsito de milhares de pessoas, na expectativa de ludibriar as pessoas. Os organizadores não conseguiram levar nem mesmo Paulo Skaf, presidente da entidade, para participar do ato.

As poucas pessoas que pararam para assistir às apresentações não estavam nem aí. Quando o apresentador (que substituiu Luciano Huck, que não compareceu, provavelmente para poder procurar o seu rolex roubado em São Paulo) falava o nome dos artistas, os presentes gritavam e aplaudiam, mas quando pedia um “não” para a CPMF pairava um silêncio sepulcral.

No dia seguinte, a notícia sobre o evento no site da Fiesp (que é financiada com o imposto de 1% sobre o total da folha de pagamento mensal das empresas) foi tão pequena quanto a quantidade de pessoas presentes. Os diretores da entidade se esforçavam mais para negar que são contra a CPMF porque ela dificulta a sonegação do que tentar explicar o motivo do insucesso.

Nem mesmo a alegação dos organizadores de que o ato não era contra Lula durou muito tempo, e foi contestado até pelo cantor Luciano: “É hipocrisia falar que esse movimento não é contra o governo Lula”. Já o baterista da banda NX Zero, Dani, expôs em entrevista à “Folha de S. Paulo”: “A gente está fazendo um negócio de uma coisa que não sei informar”.

Hora do Povo

Rizzolo: O tema da CPMF já fora exaustivamente debatido, e só não entende quem não quer, ou melhor, quem quer se livrar de um imposto que “dá trabalho” pra sonegar. Ora já foi dito e esta claro que a arrecadação da CPMF será destinada ao Fundo Nacional de Saúde, e ao Fundo de Combate à pobreza. Arregimentar artistas, para que de forma ardilosa, pudessem agrupar população pobre no centro da cidade de São Paulo, aproveitando-se maliciosamente da presença do coitado trabalhador, incauto, sem conhecimento político, sem ao certo saber o que é CPMF, e em seguida, lançar um discurso para impressioná-lo enganado-o, é muita maldade, e chega a ser amoral, mas parece que nada deu certo, nem Paulo Skaf, presidente da Fiesp se sensibilizou, e tampouco apareceu, nem Luciano Hulk, que como bem coloca o texto, não compareu provavelmente para poder procurar o seu rolex roubado em São Paulo.

A cobrança da CPMF gera uma arrecadação de cerca de R$ 37 bilhões por ano, sendo destinados constitucionalmente cerca de R$ 15 bilhões para a saúde, R$ 8 bilhões para o Fundo da Pobreza (que, segundo o ministro, paga parte da Bolsa Família), R$ 8 bilhões para a Previdência e o restante para utilização do governo, fica patente que os que não tem interesse no social, ou os que entendem que sua utilização no desenvolvimento social é “dinheiro jogado fora”, são os mesmos que atacam o governo Lula, e devotos do santo padroeiro Adam Smith.

Tenho muita pena do povo brasileiro, daquele que por ventura por lá passou , pobre, humilde, sem acesso a saúde, educação, com fome, e que ao ouvir o seu artista no show, se alegrou, e ie ainda bateu palmas, mas que de forma traiçoeira, foi golpeado pelos poderosos, que o usaram, em nome dos seus interesses, do lucro, do egoísmo, da exploração, e do pior, na perpetuação da miséria do povo brasileiro. Enfim o Cansei II não prosperou. É isso aí .

Meirelles volta a sabotar esforço pelo crescimento travando queda da taxa de juros

O Copom decidiu interromper a queda dos juros básicos mantendo a taxa em 11,25% ao ano. Para os empresários a decisão foi “danosa” e “pode comprometer o ritmo de crescimento da economia”. Para o presidente da CUT, Artur Henrique, a decisão “não facilita o crescimento econômico e não contribui para a criação de empregos”.

BC interrompe queda dos juros e afronta esforço pelo crescimento

Contrariando o conjunto da nação, Copom decide, por unanimidade,
manter a taxa Selic em 11,25%

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central in-terrompeu dois anos de queda dos juros básicos (Selic) e decidiu nesta quarta-feira, por unanimidade, manter a taxa em 11,25% ao ano. Com isso, o titular do BC, Henrique Meirelles, põe em risco os esforços do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de garantir o crescimento da economia na casa dos 5%. De acordo com o IBGE, o PIB cresceu 5,4% no segundo trimestre em comparação ao mesmo período de 2006, e 4,9% no primeiro semestre sobre os primeiros seis meses do ano passado.

Conforme análise do economista chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Edgard Pereira, os indicadores da economia não justificam a decisão do Copom, que poderá comprometer a continuidade dos investimentos dos setores produtivos. “É uma decisão desnecessária diante de uma série de informações positivas da economia; a inflação está sob controle a não há sinais de superaquecimento. A partir de agora, os empresários vão ficar mais receosos, vão parar para pensar em fazer novos investimentos”, afirmou Edgard.

A decisão tomada por unanimidade também foi destacada pelo economista do Iedi. “A decisão unânime é uma sinalização forte de que até o início do próximo ano essa política não vai mudar. É uma sinalização ruim, principalmente porque a decisão foi unânime. Isso mostra que o BC está preocupado com o aquecimento da economia. Eu acredito agora que os empresários vão limitar os investimentos”.

Em nota de duas linhas, o BC afirma que após avaliar “a conjuntura macroeconômica”, o Copom decidiu “fazer uma pausa no processo de flexibilização da política monetária”, ou seja, uma pausa no crescimento do país. “Os efeitos serão sentidos ao longo do ano que vem”, declarou Edgard Pereira. “Pode comprometer o ritmo de crescimento da economia. Começa a ficar mais difícil a manutenção [de crescimento de 5% ao ano] pela forma como a decisão foi tomada, por unanimidade. É uma indicação de desaquecimento da economia”.

Quanto à produção industrial, que vem acumulando altas sucessivas – 6,8% no segundo trimestre e 4,9% no primeiro semestre, segundo o IBGE -, “o efeito será heterogêneo”, afirma Pereira. “Existem setores que estão crescendo forte. Os setores que estão crescendo pouco são os mais voltados para o mercado interno, de produtos com menor valor agregado. Esses poderão ser os mais penalizados”.

Em relação aos juros reais (descontada a inflação), com a decisão do Copom, o Brasil continua sustentando a segunda colocação do ranking mundial, atrás da Turquia. Considerando que o IPCA dos últimos 12 meses encerrados em setembro foi de 4,20%, os juros reais ficam em 6,8% ao ano. Pesquisa realizada pela consultoria “Up Trend”, usando como base informações de 40 países, mostra que a Turquia mantém a primeira colocação com juros reais de 9% ao ano. O Brasil está longe do terceiro posto, dividido entre Austrália, Israel, Inglaterra e Filipinas, em torno de 4%. “Uma taxa acima de 5% é ruim, não tem efeito expansivo para a economia”, diz Jason Vieira, economista chefe da “Up Trend”.

A interrupção da queda dos juros também influencia diretamente na taxa de câmbio, prejudicando as exportações. Além de elevar o endividamento das famílias, os juros altos impedem a formação do crédito de longo prazo. Os únicos beneficiados com a política do BC de travar a queda da Selic são os bancos e agiotas estrangeiros, que invadem o país com o propósito exclusivo de multiplicar seus dólares, sem nenhum compromisso com investimentos que façam o país crescer.

FREIO

Como havia declarado o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, na véspera da decisão do Copom, “se puxar o freio de mão, o carro pode capotar. Deixa o carro andar”. O ministro, que assim como todos os brasileiros comprometidos com o país esperava a continuidade da queda dos juros, havia destacado que a trajetória de queda da Selic nos últimos dois anos contribuiu para a expansão dos investimentos da indústria, resultando no aumento da geração de emprego com carteira assinada: “A economia está sob controle, a inflação está abaixo das projeções e as empresas estão investindo pesado em todos os setores da economia nacional”, declarou Lupi.

LUIZ ROCHA
Hora do Povo

Rizzolo: A política econômica do BC ditada pelo Copom, insistindo em manter o nível da taxa básica de juros (selic) na estratosfera, sustentando a segunda colocação do ranking mundial, atrás da Turquia, faz com que o “Cassino Brasil” atraia cada vez mais, capital internacional especulativo fazendo com que a cotação do dólar caia. Isso na verdade faz com que as exportações despenquem e em contrapartida, aumentemos as importações financiando empregos no exterior.

Fica patente que no país da especulação, não há interesse no investimento em produção, em geração de emprego, muito pelo contrário, alguns segmentos como de calçados e outros, sentem a dificuldade em exportar em face a um real fortalecido. É claro que a indústria nacional sofre, com essa política que beneficia sim, as multinacionais que vêem a oportunidade cada vez maior de fazer suas vultuosas remessas de lucros e dividendos em dólar e ainda, sem pagar imposto de renda ao povo brasileiro. O lucro já ocorre, de imediato, com a própria conversão das moedas, antes mesmo de que com a atividade especulativa em si, seja com títulos públicos, seja na Bolsa, uma verdadeira vergonha, num país pobre que precisa gerar quatro milhões de empregos por ano aos jovens que ingressam no mercado de trabalho, e aos que perdem seus empregos.

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