Presidente da CNBB defende que “Congresso e sociedade se manifestem” sobre re-reeleição
O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), d. Geraldo Lyrio Rocha, disse na segunda-feira que “é preciso que a sociedade brasileira se manifeste” sobre a possibilidade de mudança constitucional para a disputa de um terceiro mandato presidencial.
O presidente da CNBB destacou que a entidade não tem uma posição definida, porém cobrou uma posição dos partidos políticos e o exame pelo Congresso do tema. Para ele, a discussão da questão é “eminentemente política”, entretanto, “as instituições, os organismos, a sociedade civil precisam se manifestar e participar nessas discussões”. É necessário “fortalecer as estruturas de participação dos cidadãos” na sociedade, defendeu o presidente da CNBB, na solenidade em que foi condecorado com as medalhas da Inconfidência e Santos Dumont, oferecidas pelo governo mineiro.
Sobre a CPMF, d. Lyrio disse que “enquanto tal, (a CPMF) é até uma forma de participação proporcional. E se a destinação for justa, especialmente obedecendo os critérios para os quais ela foi criada – que era o campo da saúde – e se puder até ampliar para outros campos sociais, é claro que a posição da Igreja só pode ser de apoio”. Ele comentou que Igreja olha a questão “sob o ponto de vista da ética” e sua principal preocupação é em relação à destinação dos recursos arrecadados.
Hora do Povo
Rizzolo: Não resta dúvida que a CNBB destaca a importância da participação popualr nos temas de ” alta indagação” como reeleição. Quando .Lyrio pontua que o povo precisa participar nada mais aprogoa do que o exercício da democracia participativa, na inclusão ao debate sobre temas de importância ao povo brasileiro.
Não podemos deixar a população pobre acreditando ser representada apenas pelos parlamentares que muitas vezes estão comprometidos com o capital e com os poderosos. Se o povo numa consulta popular entender, sobre a possibilidade de mudança constitucional para a disputa de um terceiro mandato presidencial. Quem vai dizer não ? Aqueles que se dizem democratas relativos ? Vivemos em uma falsa democracia, uma democracia sem povo e na qual a adoção dos sistemas políticos modernos serve apenas para ocultar o poder oligárquico sob o manto de um constitucionalismo meramente ornamental”. O processo de marginalização e isolamento do povo que se desenvolve atualmente acaba tornando-o cético e indiferente à realidade política. Vamos mudar isso !