Estive a convite da FIESP e da Câmara Brasil – Israel de Comércio e Indústria para comemoração do primeiro Tratado de Livre Comércio (TLC) realizado com um país, fora do bloco econômico, e um país desenvolvido, Israel. A comemoração, na sede da Federação, contou com a presença do vice Primeiro-Ministro de Israel, Eliyahu Yashai. O acordo prevê a liberalização dos produtos em até 10 anos e abarca 95% do comércio do lado do Mercosul e 97% do lado de Israel. Na realidade, o Mercosul já tem TLC com Chile, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia e Venezuela, mas esse será o primeiro com um país fora da América Latina.
O negociador argentino Eduardo Sigal, subsecretário de Integração Econômica e Mercosul, detalhou que 70% dos bens negociados entre os países do Mercosul e Israel terão alíquotas de importação zero em um prazo de quatro anos. O livre comércio envolverá 85% de todos os bens em oito anos, chegando a 99% em um prazo de dez anos. No ano passado, o comércio entre o Mercosul e Israel somou cerca de US$ 1,1 bilhão, com os negócios entre o Brasil e Israel respondendo por 65% desse total.
A expectativa é de que o acordo permita um aumento significativo do comércio entre o bloco e Israel, país de seis milhões de habitantes e PIB de US$ 128 bilhões. Do ponto de vista tecnológico, esse acordo significa um grande avanço para os países pertencentes ao Mercosul. Por outro lado, as questões efervescentes que circundam os debates sobre a entrada da Venezuela no Bloco, continuarão em pauta, até porque, Chavez troca afagos com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, um “anti-semita de carteirinha”. O camarada Mahmoud Ahmadinejad, insiste na velha iconografia nazista, em dizer que o holocausto foi uma ” invenção judaica “, e classifica Israel em seus rompantes de nazi-fascista, como um “um tumor canceroso que deve ser erradicado”.
Com todo o avanço social que a Venezuela promove, e eu sou testemunho disso, é inaceitável essa parceria nefasta da Venezuela de Chavez com o Irã, haja vista, declarações como estas, que merecem o repúdio de todos. Acredito que a entrada da Venezuela é de extrema importância para a integração da América Latina, agora, Chavez precisa colaborar, não há esquerda que agüente e aceite, relações de parceria com presidentes dotados de ideologias fundamentalistas estranhas, de cunho nazista. Só entusiastas bisonhos, dotados de letargia intelectual inseridos na esquerda chavista, são capazes de levar Chavez a compactuar com o camarada Ahmadinejad.
O problema principal na questão Venezuelana, não esta na falta de democracia, como dizem nossos Nobre Senadores, ceifadores de recursos aos carentes do Brasil, mas sim, em relação às más companhias de Chaves, isso sim me preocupa, isso sim vai ser politicamente explorado por aqueles que não querem a integração da América Latina. Aliás um motivo bem melhor e com melhor correlação de forças do que o fechamento da RTCV, esta aí a dica para a Fiesp.
Fernando Rizzolo
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