IBGE mostra que desemprego em 2007 foi o menor em 5 anos

A taxa de desemprego nas seis principais regiões metropolitanas do Brasil em 2007 foi de 9,3%, informou nesta quinta-feira (24) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Trata-se da menor série desde março de 2002, quando a pesquisa foi iniciada em Salvador, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro. Em linha com o que já havia informado o Ministério do Trabalho, o IBGE confiram que a desocupação chega a seu menor nível e a formalização, ao maior.

Em dezembro, a taxa de desemprego desacelerou em relação ao mês anterior, ficando em 7,4%. Em relação a dezembro de 2006, houve queda de 1 ponto percentual no nível de desemprego. O resultado de dezembro também é o menor para o mês desde 2002, quando a série da pesquisa do IBGE foi iniciada.

O contingente de pessoas desocupadas caiu 9,5% em 2007, fechando o ano com um total de 1,713 milhão de trabalhadores sem emprego. Na comparação com novembro, esse índice caiu 10,9%. Em relação a dezembro de 2006 (1,893 milhão), foi verificado um decréscimo de 9,5% no contingente de pessoas desocupadas.

Já a população ocupada (21,4 milhões de pessoas) não se alterou significativamente em relação a novembro de 2007 (queda de 0,3%), mas cresceu 3% em relação a dezembro de 2006. Segundo o IBGE, foram criados 622 mil postos no trabalho no ano passado.

O rendimento real da população ocupada em 2007 foi de R$ 1.163,90, aumento de 2,3% frente a 2006 e 0,9% frente a novembro. Os homens representavam 55,5% da população ocupada, enquanto as mulheres, 44,5%. A população de 25 a 49 anos representava 63,5% do total de ocupados.

O número de trabalhadores com carteira assinada manteve-se estável em relação a novembro de 2007 e cresceu 7% frente a dezembro de 2006 –o pessoal registrado representou 43,2% da população empregada. Já o número de empregados sem carteira assinada no setor privado ficou estável, representando 13,9% da população ocupada.

Em dezembro, entre os empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado, o rendimento médio ficou em R$ 1.120,30, alta de 0,7% sobre dezembro de 2006. Entre os empregados sem carteira de trabalho assinada no setor privado, o salário médio foi de R$ 812,70, uma alta de 7,8%. Os trabalhadores por conta própria recebiam em média R$ 968,50 (0,7%).

Segmentos

Por setores, em relação a 2006, houve altas no nível de empregados na indústria extrativa, de transformação e distribuição de eletricidade, gás e água construção (5,4%), construção (12,6%); educação, saúde, serviços sociais, administração pública, defesa e seguridade social (4,3%); serviços domésticos (5,9%) e outros serviços (2,3%).

Na outra ponta, houve queda no comércio, reparação de veículos automotores e de objetos pessoais e domésticos e comércio a varejo de combustíveis (-0,7%); e serviços prestados à empresas, aluguéis, atividades imobiliárias e intermediação financeira (-4,2%).

Fonte: Folha Online

Rizzolo: Esse é um dado extremamente importante, é claro, que os índices estão diretamente relacionados com o crescimento da economia. O que prevemos daqui para frente, é uma forte demanda por empregos na área da construção civil devido ao PAC e o desenvolvimento do segmento de casas populares. Agora, não há dúvida, que os dados do IBGE merecem ser comemorados, até porque aumento aumento real no rendimento auferido pela massa trabalhadora, contudo, a recuperação do rendimento médio real dos trabalhadores ainda não foi suficiente para que o indicador retomasse o nível registrado em 2002 de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), divulgada hoje pelo mesmo instituto. Esperamos que com a crise internacional, o nível de emprego não fique comprometido em setores que empregam maior número de mão-de-obra, como o da construção civil, que já disputa mão de obra no mercado.

O medo de acordar mais pessimista

Dizem que todo otimista é um mal informado, pelo menos o ditado serviu para confirmar as previsões do economista Nouriel Roubini que hoje comanda um dos portais econômico econômico-financeiros mais prestigiados do mundo, e Stephen Roach, presidente para a Ásia do banco de investimentos americano Morgan Stanley.

Há um ano, no mesmo painel de abertura de Davos, ele ficou isolado ao prever, no momento em que se começava a falar em problemas no mercado hipotecário americano “subprime”, que os Estados Unidos entrariam em recessão, afetando toda a economia global. Roubini se contrapôs a visões bem mais otimistas de economistas de altíssima reputação como Laura Tyson, da Universidade de Berkeley, e ex-conselheira da Casa Branca, e Jacob Frenkel, vice-presidente do grupo segurador AIG.

Ontem ao ser questionado por um jornalista brasileiro se concorda com a tranqüilidade demonstrada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva diante da crise financeira internacional, Roubini afirmou, “O Brasil e outros países da América Latina fizeram muitas coisas certas”, disse Roubini. “Acumulou superávits em conta corrente, regime cambial flutuante, fortaleceu suas reservas, implementou maior austeridade fiscal. A situação hoje é muito diferente do que vimos nas crises de 1999 ou 2002, não existe o mesmo risco.” Afirma também o economista que o Brasil teve boa sorte face aos preços das matérias-primas que fortaleceu a balança comercial, contudo acredita que com uma recessão nos Estados Unidos e uma desaceleração do PIB mundial causará uma queda nos preços das commodities, e disso dificilmente escaparemos.

Tenho dito que o Brasil não pode ter como meta ser só um exportador de matérias-primas, o que vemos hoje são os manufaturados estarem relacionados à existência de contratos de longo prazo, que podem não ser renovados caso o câmbio permaneça no nível atual, e isso tem muito a ver com as taxas de juros estratosféricas que só servem aos especuladores e dificulta, face ao dólar valorizado, as exportações principalmente dos manufaturados. E ao que parece, as taxas básicas não vão ceder, ontem o Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central, decidiu manter a Selic (taxa básica de juros) em 11,25% ao ano, percentual que está em vigor desde setembro. Só para terminar, o que esta ocorrendo no Brasil, faz com que até o otimista durma com medo de acordar pessimista.

Fernando Rizzolo

“Requião é livre para manifestar suas opiniões e pensamentos”, diz juíza

“A Constituição garante os direitos fundamentais à livre manifestação do pensamento e à livre expressão da atividade intelectual, independentemente de censura ou licença de acesso à informação. Assim, Roberto Requião está livre para manifestar críticas, bem educadas ou não, a respeito da imprensa, das instituições públicas e de seus adversários políticas”, analisou a juíza federal Tania Maria Wurster, que negou outro pedido do Ministério Público de censura prévia às críticas e denúncias do governador, em dezembro de 2007, contrariando o atual despacho do desembargador Edgar Lippmann.

Referindo-se às críticas dos que acham que o governador faz uso da emissora pública em benéfico próprio, a juíza argumentou em seu despacho: “Impedir de fazê-lo configura censura, o que é vedado constitucionalmente. A circunstância de serem as críticas categóricas é da pessoa de Roberto Requião e, juntamente com ele, elas foram chance-ladas pelos paranaenses quando o elegeram. São opiniões políticas, próprias do exercício do regime democrático. As opiniões não foram lançadas na esfera privada dos ofendidos, o que poderia demandar a aplicação dos princípios de proteção à honra. Em razão do exposto, entendo que a manifestação do pensamento, porque é livre de qualquer condicionamento, por si só e em princípio, não configura lesão à moralidade ou impessoalidade administrativa”.

Tânia Maria afirmou que, “na condição de Governador do Estado, o réu Roberto Requião é notícia. Enquanto agente político, chefe do Poder Executivo do Estado do Paraná, seus atos, palavras e decisões são de interesse público. Não é por outra razão que o réu é mencionado todos os dias na imprensa estadual. Neste caso, inviável pretender que deixe ele de aparecer, manifestar opinião, dar informações a respeito de seu governo, seja em rede privada ou pública de televisão. Inviável pretender, portanto, que ele deixe de ser mencionado na TV Educativa”, disse.

Hora do Povo

Rizzolo: A juíza Tânia Maria na sua fundamentação esta correta, não há que se falar em censura, vez que o Governador Requião está fazendo uso da sua prerrogativa de Governador do Estado, alem disso, Requião é livre para manifestar suas opiniões e pensamentos. Ademais, não se tem notícia que as opiniões foram lançadas na esfera privada, como assim bem disse a juíza. O que me parece, é que existe uma disputa política e o uso da emissora pública no entender de alguns tem privilegiado Requião. A OAB por sua vez, não quer e nem deve se envolver nessa questão, para isso existe o provimento jurisdicional que o Nobre Governador pode provocá-lo quando assim entender, na tentetiva de reformar a decisão. Agora, sinceramente, essa situação gerada era tudo que Requião queria para aparecer e ter notoriedade, a oportunidade foi dada.

Serra sugere que incêndio no HC foi ‘provocado’

Segundo o governador, hipótese de incêndio criminoso não havia sido descartado em ocasião anterior

O governador de São Paulo, José Serra, sugeriu que o incêndio da manhã desta quarta-feira, 23, no Hospital das Clínicas tenha sido provocado. Segundo ele, esta hipótese não havia sido descartada na ocasião do incêndio anterior, ocorrido no dia 24 de dezembro de 2007, mas no incidente de hoje essa tese é ainda mais forte. “Esse incêndio de hoje foi numa sala fechada, sem elementos de combustão, inclusive existe a hipótese, que vai ser investigada, de que foi provocado”, disse. “Era numa sala fechada, que não tinha elementos combustíveis. Ninguém acendeu um fósforo, quer dizer, não havia motivo para ter saído fumaça de lá”, acrescentou.

Serra ressaltou que as obras para a recuperação e manutenção da rede elétrica do hospital foram iniciadas hoje e que, o ano de 2007 foi o primeiro de muitos em que o orçamento do hospital para este tipo de obra não foi contingenciado. Ele destacou ainda que o incêndio desta manhã não teve nenhuma vítima. “Não teve conseqüência nenhuma agora, que foi esquisito, foi”, suspeitou o governador.

Sobre a intenção do Sindicato dos Funcionários e Servidores do Hospital das Clínicas, que sugeriu a interdição do Prédio dos Ambulatórios HC até que uma perícia completa do edifício seja realizada para evitar novos incidentes, Serra ironizou: “O sindicato lá é petista e torce contra. Não dá para levar a sério. Eles estão lá na base da provocação para procurar enfraquecer a diretoria do hospital”. E alfinetou: “Isso é provocação petista”.

O governador disse que a denúncia do sumiço de parte de uma carga de cocaína apreendida pela polícia de São Paulo já está sendo investigada. Na ocasião, foram apreendidos 200 quilos da droga, mas a Justiça consta a apreensão de 98 quilos.

Em relação à manifestação dos servidores do Sistema Penitenciário do Estado, realizada hoje no centro de São Paulo, Serra disse que no governo já existem estudos para aumentar a remuneração dos agentes. “Eles têm direito de se manifestar, mas, independente disso, nós já estávamos examinando o assunto”, garantiu.

Agencia Estado

Rizzolo: Olha, realmente dois incêndios no mesmo lugar, me parece uma tremenda falta de imaginação. Todavia, deve-se investigar, o que me causa espécie, é o fato desse incêndio, ter se iniciado em uma sala fechada, sem combustão, do nada. Não resta dúvida de que grupos ligados ao PT irão explorar o assunto ao máximo. Agora, o Sindicato dos Funcionários e Servidores do Hospital das Clínicas, sugerir a interdição do Prédio dos Ambulatórios HC até que uma perícia completa do edifício seja realizada para evitar novos incidentes, acho que é demais. Quanto essa questão do sumiço da cocaina tem que ser apurada com rigor, e não tenho a menor dúvida de que será.

Dois candidatos à presidência dos EUA defendem socialismo

Dois candidatos à Presidência dos Estados Unidos carregam a bandeira do socialismo em suas campanhas. Brian Moore, do Partido Socialista, e Róger Calero, do Partido dos Trabalhadores da América, dizem que são candidatos para defender um sistema justo.

‘Os EUA deveriam ser mais como Cuba’, diz Brian Moore, candidato socialista.
Róger Calero, também socialista, acredita no potencial da ‘vanguarda’ dos trabalhadores.

David Butter Do G1, em Miami

Em ”Democracia na América”, texto clássico sobre os então jovens Estados Unidos, no século XIX, Alexis de Tocqueville afirmou que democracias como a americana ”não só não desejam revoluções como tem medo delas”. Pelo menos dois candidatos à presidência americana discordam do diagnóstico do mestre francês. Na campanha de 2008, Brian Moore, do Partido Socialista, e Róger Calero, do Partido dos Trabalhadores da América, carregam a bandeira do socialismo, uma causa que, ao contrário do que sugerem os resultados eleitorais recentes, tem tradição nos EUA.

Tanto Moore, um ativista da Flórida, quanto Calero, um jornalista de Nova Jersey, têm poucas chances de superar Eugene Debs, líder socialista que, por duas vezes (uma em 1912 e outra em 1920, quando concorreu preso) somou mais de 900 mil votos. Mesmo assim, eles concorrem para marcar posição

”Uma das principais funções do Partido Socialista é preservar o ideal, demonstrar aos povos do mundo inteiro que nós precisamos ter um sistema mais justo”, diz ao G1 Moore, que já tentou, sem sucesso, ser prefeito de Washington, senador e deputado pela Flórida.
Pela Constituição americana, o outro candidato socialista não poderia assumir a presidência nem se vencesse. O jornalista de 38 anos nasceu na Nicarágua e mora nos

EUA desde 1985 na condição de ”estrangeiro residente”, não é cidadão americano – só americanos natos estão qualificados para o cargo. ”Os requisitos (da Constituição) podem mudar. Não é só uma questão para mim, é uma questão dos direitos de milhões de estrangeiros de poder votar e se candidatar.”

Os dois sabem que, nem na melhor das hipóteses, estarão nas cédulas de mais da metade dos 50 estados. Pela lei, o registro na ficha de votação é feito estado a estado, e as regras vão do liberal ao restritivo. Em estados como o Tennessee, com menos de 300 assinaturas de eleitores é possível incluir o nome do candidato. No Texas, são necessárias mais de 50 mil. Moore espera entrar nas cédulas de 20 estados; Calero, em pelo menos 12. Nesta fase, de início da campanha, os candidatos menores dependem de voluntários e contribuições para organizar os abaixo-assinados e pagar, onde necessário, as taxas de inscrição.

”Tenho que conseguir dinheiro com amigos, parentes e integrantes do partido. Mas, geralmente, eles não têm muito dinheiro. O que eu faço é colocar meu site à disposição e esperar a resposta daqueles simpáticos ao movimento antiguerra e à criação de um sistema nacional de saúde”, diz Moore, que vê como sua grande adversária ”uma elite de 5%” que se mantém graças ao trabalho dos ”outros 95%”.

Experiência latino-americana

Os dois candidatos têm ligações profundas com problemas latino-americanos. Depois de abandonar um seminário na Califórnia, por divergências políticas com um bispo, Moore participou de trabalhos sociais na região dos anos 60 em diante, inclusive no Brasil, e arranha o português. Quando busca um modelo, o ativista olha para o sul, mais precisamente para o Mar do Caribe. ”Os EUA deveriam ser mais como Cuba”, afirma, ao elogiar o sistema de saúde e o status dos trabalhadores da ilha governada pelos irmãos Castro.

Calero, nicaragüense, já teve problemas com a imigração americana. Em 2002, foi preso no aeroporto de Houston, no Texas, quando os agentes checaram seu histórico: em 1988, quando ainda era estudante secundário, ele foi condenado pela Justiça por vender maconha em Los Angeles. O fato, que, de acordo com os ativistas que se mobilizaram para defendê-lo, já era conhecido há anos pelas autoridades, quase custou a deportação do jornalista. ”É o tipo de coisa que eles fazem com milhões, é só um reflexo da luta dos imigrantes pelo direito de viver e trabalhar nos EUA”, afirma ao G1.

Na última tentativa de ser presidente, há quatro anos, Calero somou 10.795 votos a frente do mesmo Partido dos Trabalhadores da América. O partido de Brian Moore, o Socialista, ficou um pouco acima, com 10.822. Ambos acreditam no potencial de realização de suas expectativas.
”A perspectiva para uma mudança revolucionária é muito grande aqui nos EUA, será uma mudança que virá de nossas próprias lutas”, avalia Calero. Moore não só confia no sucesso de sua causa, como se arrisca a imaginar as ações do primeiro presidente socialista, no primeiro dia de governo: sair do Iraque, fechar as bases no exterior, abolir as agências de inteligência (”a começar pela CIA”), garantir acesso gratuito à saúde e à educação e acabar com a ”mentalidade do cowboy, de vencer a qualquer custo”.

Site do PC do B

Rizzolo: É claro que a candidatura de socialistas nos EUA é uma ficção eleitoral, contudo, vale a demonstração de que nem tudo vai bem. Preceitos de justiça social cada vez mais estão surgindo nos EUA, até porque, o contingente de pobres esta aumentando em determinadas, áreas. Alem disso, a questão do seguro saúde agrava a situação de quem não pode suportar os custos médicos tendo que muitas vezes atravessar ilegalmente a fronteira do Canadá para se tratar.

O povo americano merece ser tratado com dignidade, e a primeira atitude a ser tomada é varrer a nefasta influência republicana nos meios políticos e na mídia. Mas acredito que com a ajuda de Deus, os democratas virão e amenizarão os tentáculos da potência imperialista. Termo antigo? Não, pensa bem e verás que não é. Como dizia o velho republicano reacionário, ” Quando acabarmos de comer o queijo vamos distribuir ao povo todos os buracos “.