Para Lula, oposição derrubou CPMF para tentar voltar ao poder

Em novo ataque à oposição, o presidente Luiz Inácio da Silva insinuou nesta quinta-feira, em Fortaleza (CE), que PSDB e Democratas, principais partidos de oposição, votaram contra a prorrogação da CPMF, no final do ano passado, para tentar retornar ao poder.

Eles no final do ano passado derrotaram a CPMF, que era o imposto que a classe média e que os ricos pagavam, pois pobre não trabalha com cheque. Eles tiraram do governo federal quase R$ 40 bilhões. E tiraram por quê? Porque eles diziam: se a gente deixar R$ 40 bilhões na mão desse governo, nós não vamos voltar mais”, disse.

Antes, em Quixadá, no sertão do Ceará, Lula já havia acusado a oposição de tentar impedi-lo de governar, pois os partidos oposicionistas questionam na Justiça a constitucionalidade do projeto Territórios da Cidadania, programa de combate à pobreza rural, que prevê gastos de R$ 11,3 bilhões em 958 cidades e pretende atingir 7,8 milhões de pessoas.

Lula esteve em Fortaleza para anunciar projetos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), na capital cearense. Ao seu lado no palanque, o governador do Estado, Cid Gomes (PSB), endossou o coro contra a oposição e acusou oposicionista de sabotagem. Cid é irmão do deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), principal presidenciável da base governista para 2010.

“Oposição séria tem que tratar com seriedade os problemas do país e tem que, fundamentalmente, apontar os erros do governo, que devem existir, e, naturalmente, procurar criticar para o governo melhore sua ação. Agora, oposição que se cuida 24 horas por dia de tentar sabotar, travar e impedir uma pessoa como o presidente Lula, que nasceu no meio do povo pobre, sabe das dificuldades que o povo enfrenta”, disse o governador cearense.

Folha online

Rizzolo: Se existem duas questões que considero de suma importância, e vejo sim que houve por parte da oposição uma manobra política com a finalidade de prejudicar o governo, ou melhor, o povo brasileiro, foi na manobra contra a prorrogação da CPMF, e agora o questionamento na Justiça quanto a constitucionalidade do projeto Territórios da Cidadania, programa de combate à pobreza rural. Não é dessa forma que se faz oposição, se existem dúvidas em relação ao controle dos recursos aplicados tanto no caso da CPMF (se aprovado fosse), quanto ao uso político do projeto Territórios da Cidadania, que se faça uso dos instrumentos legais disponíveis. Agora, negar e impedir desenvolvimento por motivos obviamente políticos acaba desgastando essa oposição, resultado: eleva a popularidade de Lula. Pode conferir depois.

PSDB e DEM entram no STF contra programa que beneficia os pobres

PSDB e DEM decidiram entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o programa Territórios da Cidadania, lançado pelo presidente Lula para resolver os graves problemas sociais nas regiões mais pobres do país. O programa é considerado pelo governo como o segundo grande passo no combate à pobreza no Brasil, depois do Bolsa Família.

O projeto envolve ações de 19 ministérios, que levarão obras e serviços a regiões carentes, em um total de R$ 11,3 bilhões em recursos. São 958 municípios selecionados por terem baixo IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), ou ainda por critérios como a predominância de assentamentos da reforma agrária, agricultores familiares, além de comunidades indígenas e quilombolas. O programa prevê obras de infra-estrutura e saneamento básico.

A oposição, sem rumo e desesperada com a popularidade crescente do governo Lula, resolveu tentar impedir a implantação do programa. Segundo eles, não pode haver combate à pobreza em ano de eleições municipais. Ou seja, a oposição mostra que não está nem um pouco preocupada com a situação em que vive a população mais carente. Estão preocupados mesmo é com seus interesses mesquinhos e com sua provável derrota eleitoral em outubro. Para o ministro Guilherme Cassel (Desenvolvimento Agrário), a atitude da oposição é injustificável. “Seria uma mesquinharia, uma pequenez injustificável”, disse. “Não podemos deixar de combater a pobreza porque é ano eleitoral”.

Hora do Povo

Rizzolo: Os leitores me escrevem dizendo que ultimamente ” tenho batido no governo Lula” e que antes eu o defendia de forma incondicional. Dizem até que oscilo entre ” o judeu Trotsky e o judeu Sharon ” Isso não é verdade, o defendia sim, contudo, tenho cérebro e discernimento para saber até onde vou baseado nos meus valores e nos compromissos pessoais ideológicos com o povo brasileiro. Assim também o fiz no tocante a Chavez, fui até certo ponto, aí parei, depois que ele se demonstrou um incompetente, um aventureiro em termos de estratégias políticas, um perdido vestido de vermelho. Já em relação a Lula, parafraseando as palavras de D. Cappio,” Lula mudou, agora quem está em cena é Luiz Inácio Lula da Silva”; as afirmativas do religioso procedem, o poder, os interesses políticos, as negociatas partidárias, fizeram de Lula um ” joguete” dos poderosos.

Mas não sou dos que apenas falam para adular a oposição e ” ganhar uns pontinhos”, e nem estou aqui para agradar o PT que há muito deixou de ser um partido idôneo. Mas uma coisa é certa, a oposição se desmoraliza quando passa a ser ” pirracenta”, quando como no caso da CPMF, vê seus interesses em primeiro lugar do que os do povo brasileiro.

O fato do PSDB e DEM decidirem entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o programa Territórios da Cidadania, é o puro exemplo da idiotice política, entender que só porque o ano é eleitoral a população deve ser penalizada, é uma falta de patriotismo que salta aos olhos, é uma ciumeira infantil, onde o pobre fica entre receber do governo e a oposição proibir. Isso chama-se mesquinhez política. O que falta na política brasileira é ética e moralidade para o governo do PT, e patriotismo com senso de justiça social ao PSDB e DEM. Ano eleitoral? E dai? Não vamos avançar no desenvolvimento dos municípios, apenas porque a direita não quer perder as eleições? Ah! Faça me o favor!