Charge do Sinfrônio para o Diário do Nordeste

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Empresa é multada por fazer funcionária se vestir de palhaço

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) confirmou nesta segunda-feira (31) uma decisão da justiça trabalhista de Minas Gerais que condena a TNL Contax S.A, terceirizada da Telemar, a indenizar uma supervisora por danos morais. A empresa foi condenada em R$ 4 mil após obrigar a funcionária a se fantasiar de palhaço, caipira e baiana para “animar” a equipe que comandava.

Segundo a sétima turma do TST, uma decisão diferente da tomada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT-MG) necessitaria de reexame de fatos e provas, o que é proibido por uma súmula do tribunal superior. As informações são do site do TST.

A funcionária que ganhou o direito a indenização trabalhou na Telemar de Belo Horizonte de dezembro de 2003 a junho de 2005, sempre com contrato com empresas terceirizadas.

Segundo testemunhas ouvidas no processo, a autora da ação e outros supervisores trabalhavam diariamente fantasiados para alegrar a equipe, por determinação do gerente da Telemar, e se submetiam às ironias dos colegas.

De acordo com a assessoria do TST, a Contax alegou, em sua defesa, que a funcionária não era obrigada a se fantasiar “diariamente” e que o fato ocorreu apenas em ocasiões especiais, como na festa do “dia das bruxas”.

Na ação, ajuizada inicialmente na 10ª Vara do Trabalho de Belo Horizonte, a supervisora também teve reconhecidos o vínculo empregatício com a Telemar e indenização por assédio moral.

Ao analisar os recursos das empresas e da trabalhadora, o TRT-MG avaliou que expor a funcionária a situações de vexame resultou em violação a sua dignidade e integridade psíquica e emocional. No recurso, o tribunal também decidiu aumentar a indenização de R$ 2 mil (estipulada pela Vara do Trabalho) para R$ 4 mil.

O TRT entendeu também que a situação causou sofrimento moral e violou o direito de personalidade da funcionária, o que fez ela se sentir inferiorizada e ridicularizada perante os colegas. A decisão também determinou a culpa da empresa, pois o procedimento era determinado pelo gerente.

Site do PC do B

Rizzolo: Isso apenas é para se ter uma idéia até que ponto a exploração chega. Ao que parece a supervisora era compelida a se fantasiar de palhaço para ” animar a equipe”. Ah! mas isso é uma barbaridade, ou seja, imaginem o gerente da sua empresa fantasiado de palhaço apenas para animá-lo naqueles dias em que você está tristinho. Até que seria engraçado, hein ! Agora, é uma situação vexatória, que por bem foi rechaçada pelo Tribunal. Cabe aí uma breve reflexão, se o gerente era obrigado a se fantasiar para animar os subalternos, imaginem o que estes últimos eram obrigados a fazer para animar os porteiros…( risos..)

DEM protocola ação contra Lula na Justiça Eleitoral

O deputado Rodrigo Maia (RJ), presidente nacional do DEM, protocolou no TSE, nesta segunda-feira, uma ação contra Lula. Acusa o presidente de fazer campanha eleitoral ilegalmente. E pede ao tribunal que determine a abertura de “investigação judicial.”

Na ação, o DEM incluiu um pedido de liminar. Deseja que o tribunal proíba Lula de realizar eventos fora de Brasília até 26 de outubro de 2008, data em que se realizará o segundo turno das eleições municipais.

O partido faz uma referência indireta à ministra Dilma Rousseff, apelidada por Lula de “mãe do PAC”. O DEM sustenta no texto de sua ação que o governo usa os programas sociais como motes de campanha. “No caso, a utilização desses programas para fins eleitorais é tão evidente que o investigado já o atribui a maternidade, como também já se refere ao pleito de 2010, posto que proclama que fará o sucessor”.

Num instante em que Lula coleciona um recorde atrás do outro nas pesquisas de opinião, o DEM pede ao TSE que imponha a Lula a cassação do mandato do presidente e a declaração de sua inelegibilidade por três anos. Pede ainda a aplicação de multa por suposta afronta à legislação eleitoral –cerca de R$ 53 mil.

O DEM menciona especificamente na ação o Programa Territórios da Cidadania. Refere-se ao decreto que criou a novidade como “ato de flagrante ilegalidade”. Desrespeitaria o parágrafo 10 do artigo 73 da lei eleitoral (9504/1197).

Eis o que anota a lei no trecho mencionado: “No ano em que se realizar eleição, fica proibida a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios por parte da administração pública, exceto nos casos de calamidade pública, de estado de emergência ou de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior, casos em que o Ministério Público poderá promover o acompanhamento de sua execução financeira e administrativa”.

O partido alega, de resto, que Lula vale-se do novo programa para fazer campanha antecipada. Para exemplificar, cita evento realizado na capital do Ceará, em 28 de fevereiro. A escolha não foi casual. Nesse dia, Lula fez-se acompanhar no palanque de uma candidata petista à reeleição, a prefeita Luizianne Lins. Foi, no dizer do DEM, “um verdadeiro comício eleitoral, montado com dinheiro público, ao lado de aliados políticos, como a atual prefeita de Fortaleza”.

Quem conhece a rotina da Justiça Eleitoral sabe que são nulas as chances de o TSE cassar o mandato de Lula por conta dos pa©mícios que ele vem realizando. Se arrancar do tribunal uma reprimenda pública e a imposição de uma multa, o DEM já sai no lucro. A despeito de tudo, prevaleceu entre os ‘demos’ a convicção de que o partido não poderia assistir de braços cruzados à escalada eleitoral do presidente.

Blog do Josias

Rizzolo: Não resta a menor dúvida que o pedido do DEM junto ao TSE é procedente. Lula se vale das pretensas inaugurações de obras, que muitas vezes nem sequer estão prontas, para que tenha oportunidade de falar ao Brasil via palanque o que pensa, e ao mesmo tempo, se promover e promover seus candidatos. A intenção é clara, palanque para ” inauguração das obras de terraplenagem “, ora, se cada passo da obra tem uma inauguração, é um palaque por mês ! A grande vantagem do palanque é que só ele fala, e não há perguntas. Dessa forma a relação entre Lula e os jornalistas fica prejudicada. Ademais, observem que sempre no palanque ocorrem fatos curiosos, hoje por ontem por exemplo, o governador do Rio, Sergio Cabral (PMDB), chamou ” por engano” Dilma de presidente. Está mais do que claro que foi sim um afago ao PT, a mim não engana. Entendo que até por uma questão ética, Lula não deveria fazer essas viagens de cunho eleitoreiro ou se as fizesse, não deveria discursar face à questão eleitoral; cabe ao TSE coibi-lo e detê-lo, a ação proposta tem legitimidade.

Uma coisa é o programa Territórios da Cidadania, que é muito bom, e que destina 9,3 bilhões de reais (valor próximo do valor do Bolsa-Família) a 958 municípios situados nas regiões mais pobres do país, outra é se aproveitar de forma não ética das oportunidades eleitoreiras em seu benefício.

Serra lidera disputa presidencial de 2010, mostra Datafolha

A dois anos e meio da eleição, o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), lidera a disputa pela Presidência com pelo menos 16 pontos de vantagem sobre o principal adversário, o deputado federal Ciro Gomes (PSB), mostra pesquisa Datafolha publicada nesta segunda-feira na Folha (íntegra disponível para assinantes do UOL e do jornal).

Segundo pesquisa, Serra aparece como favorito nos três cenários em que é apresentado como o candidato do PSDB, com taxas que variam de 36% a 38% de preferência. O PT fica em quarto lugar em seis diferentes cenários apresentados pelo instituto. O Datafolha ouviu 4.044 pessoas de 25 a 27 de março

Ciro Gomes assume a liderança, com até 32%, nas três simulações em que Serra é substituído pelo governador de Minas, Aécio Neves.

A pesquisa mostra ainda que o PT não teria chance de permanecer na Presidência se as eleições fossem hoje. No partido, a ministra do Turismo, Marta Suplicy, é quem aparece como mais forte. Ainda assim, fica em quarto lugar, com máximo de 11% sem Serra no páreo.

Folha online

Rizzolo: Realmente os candidatos que Lula procura viabilizar com seu prestígio não decolam. O mais interessante nessa disputa, é que a popularidade de Lula é personalíssima, ou seja, não acredito que Lula subindo no palanque de algum candidato seu transfira seus votos. Essa sensação de transferência de prestígio eleitoral é muito subjetiva; hoje o povo brasileiro apóia a pessoa Lula, aos olhos do povo o partido PT é apenas um agregado. Já Serra liderando a disputa no momento precisa de cautela, até para que as correlações de forças que possui não se desintegrem. Da forma que caminha o governador, não prestigiando um eventual candidato do próprio partido, dificulta a coalizão partidária e enfraquece internamente o universo tucano.

O melhor nome para o PT em 2010 ainda é a Marta Suplicy, prestigia-la seria bem mais interessante do que investir em Dilma Rousseff a ” Mãe do Pad “, até porque Marta tem um história política e tudo para dar certo.

Seria a Dilma a ” Mãe do Pad ” ? ( Produção Antecipada de Dossiê)

Ainda me lembro daquela reunião. O que parecia ser um encontro do “coletivo” para uma discussão mais aprofundada sobre determinando assunto, acabou por tornar-se um bate -papo informal. Estávamos nos anos 70, portanto eu ainda jovem, naquela fase em que participar de um grupo de esquerda na época, era no mínimo ” chique”, existindo naquilo um bom conteúdo de ” adrenalina”. Comentava-se na conversa descontraida, que os ” companheiros presos” pouco tinham o que fazer, a não ser estudar e ler, tudo é claro, menos leitura marxista; afinal eram presos políticos. Lia-se de tudo principalmente, diziam, livros de Direito.

Após ter lido nos jornais tudo a respeito da questão do dossiê contra FHC envolvendo os cartões corporativos e contas B, promovido pela Esplanada dos Ministérios com o propósito de constranger o ex-presidente e a oposição, fiz um reflexão sobre os caminhos que levaram a secretária executiva da ministra Dilma, a utilizar os dados sigilosos para a elaboração desse documento sem a devida autorização judicial. A argumentação que tem como esteio, a utilização de eufemismos e retórica esdrúxula na tentativa de minimizar um ato no mínimo delituoso como este, a quase ninguém convence ou impressiona, até porque, dossiê é o produto final da coleta de um banco de dados, ou seja, bando de dados é a matéria-prima elaborativa, existindo no caso perfeita adequação em termos de nexo causal quando falamos em dossiê.

Não poderíamos nos colocar como ingênuos iniciando uma análise, partindo do pressuposto petista de que ” ninguém de nada sabia”. Com efeito, muito embora não se tenha uma prova concreta, recai sobre a ministra Dilma Rousseff a acusação de ser a mentora da elaboração deste documento, que provavelmente, se comprovada sua participação, obteve sua inspiração jurídica no Código de Processo Civil. A ministra como público é o fato, ficou presa por ter em nome da organização Comando de Libertação Nacional (COLINA), ter participado, na época, da ação que roubou o cofre do ex-governador paulista Adhemar de Barros onde foram subtraídos US$ 2,6 milhões de dólares americanos.

É claro, que teve ela um passado de luta, muito embora de cunho terrorista o que culminou com a sua prisão entre 1970 a 1973. Imagino que talvez nessa época, até para se ocupar, tenha se aprofundado no estudo dos institutos jurídicos das provas, previsto no Código de Processo Civil com o título de ” produção antecipada de provas” tema este, que pelos fatos elencados e ocorridos, nos leva a pensar ser de sua predileção. Na realidade a prova antecipada, é uma espécie de ação cautelar, está prevista nos artigos 846 ao 851 do Código de Processo Civil brasileiro, muito semelhante, e talvez inspiradora, da manobra elaborada pela Esplanada dos Ministérios.

A principal finalidade da medida cautelar é assegurar a produção da prova antes do momento processual adequado e reservado para tal, já que, se tiver que ser aguardado, o momento oportuno poderá se perder, e, desse modo, comprometer a elucidação da causa de mérito. A principal semelhança como já disse anteriormente, é a antecipação da coleta de provas. Já na primeira semana de fevereiro, muito antes de a Comissão Parlamentar de Inquérito(CPI) dos Cartões ter sido instalada, o Palácio do Planalto, mobilizou toda a Esplanada dos Ministérios para coletar informações e montar um dossiê com dados sobre gastos de FHC, e ao que tudo indica sob os auspícios de Dilma, que não hesitou talvez, em relembrar suas leituras dos tempos de repressão.

A pergunta que fica sobre toda essa questão, mais uma vez passa pelo exemplo da integridade moral. Que tipo de exercício político temos hoje, que instrumentalizado é, por quebra de sigilo despido de mandado judicial? Como bem disse o nobre presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto ” O agente público não pode gerir a coisa pública como se fosse um bem particular a seu bel-prazer “. Diante desse quadro temos apenas a certeza de que o modo petista de se fazer política muitas vezes se assemelha a conceitos processuais, mas por sorte, não exercidos por operadores do mundo jurídico e sim por amadores de pouco conteúdo ético. Mas a pergunta que me mais intriga é a inicial: Seria mesmo a Dilma, a ” Mãe do Pad ” ( produção antecipada de dossiê) ? Bem, isso terão que provar.

Fernando Rizzolo

O cuidado com os alimentos

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Como de costume, todo Sábado procuro não escrever textos que não estejam relacionados com o Shabbat e com o estudo da Tora. Sem ter a intenção de dar uma conotação pessoal religiosa ao que escrevo, permito dirigir me a você, que acompanha minhas reflexões diariamente, e compartilhar com o amigo(a), de uma forma humilde, esses momentos de introspecção dos meus estudos no Shabbat, que se iniciam todas às sextas-feiras, quando me recolho duas horas antes da primeira estrela surgir no céu, numa Sinagoga ortodoxa que freqüento em São Paulo.

Como já disse anteriormente, tenho profundo respeito por todas as crenças, religiões, e acima de tudo sou um brasileiro patriota, amo meu país e o povo brasileiro, e tenho sim, uma grande satisfação espiritual em ao estudar a Parashá (Porção da Tora semanal) relacioná-la ao que vivemos nos dias atuais. Shabbat é um dia de paz, descanso e harmonia. Devemos nos abster das tensões e às exigências da vida cotidiana.

Como é uma reflexão de estudo pessoal, baseada na introspecção bíblica, recomendo a todos que acompanhem no Antigo testamento (Torah ) os comentários aqui expostos, para que possamos ter uma semana de paz; e que através dos estudos judaicos, possamos compreender nossas vidas e encontrar formas de superar as adversidades na visão de Hashem (Deus). Isso nos dará energia e um “Idiche Kop” ( perspicácia particular), para que enfim tenhamos condições de construir um Brasil cada vez mais digno e com mais justiça social, que é a base do Judaísmo, do Cristianismo, do Islamismo, e de todas as religiões que levam a um mesmo Deus.

E lembre-se, Deus não quer apenas que você ore, mas que você aja com um parceiro dele aqui neste mundo, promovendo mudanças, estudando, se aperfeiçoando cada vez mais em sua área de atuação, e lendo, lendo muito. Quem não lê não pensa, e quem não pensa será para sempre um servo . Nesses aspectos, Ele Hashem ( Deus), precisa mais de você do que você dele. Somos aqui nesse mundo, parceiros de alguém maior. Quando se dirigires a Deus, ” Um homem deve saber que, durante sua prece, ele se acha no palácio do rei e que não vê senão o rei. Ele se esquecerá então até da sua existência ” Rabi Nahman de Bratslav”.

A parashat desta semana chama-se Shemini (Vayicrá 9:11-11:47) começa discutindo os eventos que ocorreram no oitavo e último dia de melu’im, serviço de inauguração do Mishcan. Após meses de preparação e antecipação, Aharon e seus filhos são finalmente instalados como cohanim, em um serviço elaborado.

Aharon abençoa o povo, e toda a nação se rejubila quando a presença de D’us paira sobre eles. Entretanto, o entusiasmo é interrompido abruptamente quando os dois filhos mais velhos de Aharon, Nadav e Avihu, são consumidos por um fogo celestial e morrem no Mishcan, enquanto ofereciam ketoret, incenso, sobre o altar. A Torá declara que eles morreram porque trouxeram um “fogo estranho” no santuário interior do Mishcan, cujo significado é discutido pelos comentaristas à exaustão.

Aharon recebe ordens de que os cohanim são proibidos de entrar no Mishcan enquanto impuros, e a Torá continua a relatar os eventos que ocorreram imediatamente após a morte trágica de Nadav e Avihu. A porção termina com uma lista dos animais casher e não-casher, e várias leis sobre tumá, impureza.

A porção Shemini discute os animais puros que são permitidos consumir, e os impuros, que somos proibidos de ingerir. A Torá fornece dois sinais para reconhecer um animal puro: ser ruminante e ter os cascos fendidos.

Uma das razões oferecidas para as leis dietéticas é que tudo que a pessoa come transforma-se em carne e sangue, tornando-se parte integrante daquela pessoa. Portanto, a Torá proíbe determinados alimentos para impedir o homem de assimilar as más características da comida proibida.

Se há uma proibição contra comer animais que não ruminam e não têm o casco fendido (para impedir a assimilação das características daqueles animais), a conduta apropriada para o homem deveria ser uma que adotasse os conceitos de um casco fendido e ruminar a comida.

O casco deve ser inteiramente fendido, de cima a baixo. O casco é dividido em dois, para indicar que nossa caminhada na terra, i.e., nossos envolvimentos mundanos, devem incluir dois princípios básicos: aproximar-se daquilo que é bom e afastar-se daquilo que não é.

Mas o sinal de um casco fendido em si não é o suficiente. Deve também haver o sinal de ruminar a comida. É preciso ser muito cuidadoso para “ruminar” toda atividade mundana que se pretende aceitar. Deve-se esclarecer e determinar, de uma vez por todas, se realizará determinadas tarefas, e se for este o caso, de que forma deverá fazê-lo. Somente então a ação em si será comparada a um “animal puro” – algo que pode e é usado para nossa missão espiritual na vida.

Quanto às aves, não confiamos somente nos sinais, mas também exigimos uma tradição afirmando a pureza dessas espécies. Alguém poderia perguntar por que precisamos dessa tradição. Observar os sinais deveria ser suficiente. No entanto, isso vem nos ensinar que não se pode confiar na própria inteligência. É possível estudar o Código da Lei Judaica e até seguir um tipo de comportamento que o próprio intelecto determina como sendo “além da letra da lei.”

Deve-se seguir a tradição. A palavra hebraica para tradição é messorá, que está relacionada à palavra messirá – devoção e ser atado junto. Para seguir esta tradição judaica devemos ser devotados e nos ligar com outros judeus e líderes de Torá, que podem ensinar-nos os caminhos de nossa tradição.

Leitura talmúdica

Por que os judeus separam a carne do leite?

RESPOSTA:

Consta na Torá: “Não cozerás um cabrito no leite de sua mãe.”

Nossos Sábios aprenderam daqui em detalhes a proibição de cozinhar, ingerir ou ter qualquer proveito da mistura de carne e leite.

As leis de Cashrut embora contribuam para a saúde física do ser humano, não é este seu principal objetivo. Há significados mais profundos, nem todos a nosso alcance.

D’us criou os seres do mundo em 4 níveis: mineral, vegetal, animal e o ser humano. Cada um foi criado para se elevar e alcançar um nível espiritual acima daquele em que foi criado, aproximando-se desta forma do Criador.

Quando uma planta é regada, a água, um mineral inanimado, eleva-se ao nível do vegetal. O mesmo ocorre quando um animal se alimenta de plantas. Também o homem tem o dom de elevar seu alimento, e deve também tentar se elevar a um nível acima de seu próprio – o Divino – ligando-se a D’us pelo cumprimento das mitsvot.

Certos alimentos, porém, foram proibidos pela Torá, pois o Criador das almas sabe que são prejudiciais à alma judaica; ou seja, o homem não tem força suficiente para elevá-los. Estes rebaixam o homem a níveis inferiores, afastando-o de D’us.

Um exemplo é a ingestão de sangue, proibida pela Torá. O sangue provém da fonte espiritual de severidade (guevurá). O sangue pode até ser positivo, mas necessita de uma força muito especial que o homem não possui para elevá-lo. Por isto, era jogado no Altar do Templo Sagrado, onde obtinha energia suficiente para trazer benefícios desta força severa de sua natureza, elevando-o para a santidade. Por não possuir esta força, foi proibido ao ser humano o consumo de sangue.

O Talmud diz que “o sangue se transforma em leite”. No momento em que a severidade do sangue é quebrada e subdividida durante a gestação do bezerro, por exemplo, uma parte alimenta o feto, enquanto a outra se transforma em leite; e torna-se possível ingeri-lo.

A carne do animal casher pode ser ingerida, pois provém da quebra do sangue que o ser humano tem força para elevar; também o leite pode ser ingerido. Mas no momento em que carne e leite se misturam volta-se à composição sanguínea original, de severidade, que faz mal à alma humana.

Um renomado médico de Jerusalém publicou um estudo que diz que a carne manda certas transmissões ao cérebro, enquanto o leite manda outras transmissões; se houver cruzamento, podem se afetar mutuamente. O lapso de tempo necessário para que o trabalho da carne termine até que o cérebro fique limpo para receber novas transmissões é de exatamente 6 horas (o tempo exigido pelas leis de cashrut para ingestão de leite após carne).

Desta forma entendemos que as leis de cashrut são muito especiais e trazem para a alma e o lar judaico muita santidade, atingindo níveis superiores. D’us é o grande Médico especialista do mundo – não apenas fornece o remédio para a cura em caso de doença, mas faz um tratamento preventivo; orienta através da Torá e mitsvot todos os passos dos seres humanos: como deve se comportar e que dieta deve seguir, a fim de que não adoeça espiritualmente.

Fonte : Beit Chabad

Tenha um sábado e uma semana de muita paz !

Fernando Rizzolo

Everyone’s a little bit Jewish

Doze milhões de brasileiros deixam as classes D e E em 2007

As classes mais baixas da população, D e E, deixaram de ser maioria no Brasil. Em 2007, segundo estudo da financeira Cetelem em parceria com a Ipsos, o número de brasileiros nas classes mais baixas era de 72,9 milhões, cerca de 39% da população. Isso significa que 11,9 milhões de brasileiros passaram para classes mais altas em um ano, já que, em 2006, eram 84,8 milhões de brasileiros na base.

De acordo com o estudo, a classe C recebeu, tanto das mais baixas (D e E) como das mais altas (A e B), quase 20 milhões de integrantes, passando de 66,7 milhões em 2006 para 86,2 milhões em 2007, o que significa 46% da população.

O grupo que está nas classes A/B, por sua vez, reduziu de 32,8 milhões de pessoas em 2006 para 28 milhões em 2007, o que representa 15% da população.

Segundo a Cetelem, a pesquisa demonstra que houve diminuição na desigualdade de renda, com uma ligeira queda da renda média das classes A/B, ascensão de um grande contingente para a classe C e um pequeno aumento da renda média das classes D/E.

A virada definitiva aconteceu no ano passado, segundo a pesquisa. Em 2005, a renda média familiar das classes A/B era R$ 2.484. Ela caiu sucessivamente para R$ 2.325 e atingiu R$ 2.217 em 2007 –o que corresponde a uma redução de cerca de 11%. Nas classes D/E, a renda média familiar subiu de R$ 545 em 2005, para R$ 571 em 2006 e depois a R$ 580 em 2007, um crescimento de pouco mais de 6%.

Já a renda média da classe C permaneceu no mesmo patamar nesses três anos: algo em torno de R$ 1.100. A pesquisa ressalta ainda que o número de pessoas que passou de D/E para C teve um aumento de sua renda média mensal de R$ 580, para os atuais R$ 1.100.

Outro destaque da pesquisa foi a melhoria da renda disponível das classes C e D/E, aquela que sobra após o pagamento de contas e obrigações financeiras. A renda disponível das classes D/E foi negativa, em 2005, em R$ 17, terminando o ano no vermelho. No entanto, em 2006, a renda disponível ficou em pouco mais de R$ 2, subindo a R$ 22 no ano passado.

A classe C também registrou aumento nesse item. Ela era R$ 122 em 2005, passou para R$ 191 em 2006 e caiu para R$ 147 em 2007. Apesar da queda de 23,04% no último ano, quando se toma todo o período, o crescimento foi de 20%. Apenas as classes A/B viram diminuir sua renda disponível, caindo de R$ 632 em 2005 para R$ 506 em 2007, uma redução de 20%.

Da redação, com informações da Folha Online

Rizzolo: Na história da política brasileira desde os tempos de Getúlio Vargas, a classe média sempre foi decisiva tanto do ponto de vista de formação de opinião, quanto de mobilização política. O que está ocorrendo agora, é a existência de um fenômeno, ou seja, uma nova classe média ascendente, uma classe média jovem, morena, que estuda a noite, e que tem novas aspirações, diferentes da antiga e tradicional classe média brasileira cujas bases vinham de uma elite com outras concepções.

Essa nova classe média, é fruto da inclusão econômica, como demonstra o texto acima, e é por intermédio dela que as mudanças políticas se farão. O acesso aos bens de consumo, às informações, e à educação fez com que houvesse uma mobilização ascendente de classes, o grande enigma é saber decifrar os anseios dessa nova classe média, diversa da tradicional, que surge como força política no cenário brasileiro.

As manchetes desta sexta

JORNAL DO BRASIL – “Bush, meu filho, resolve tua crise”

FOLHA DE SÃO PAULO – Principal assessora de Dilma montou dossiê contra FHC

O GLOBO – MST é condenado por desvio de verbas de alfabetização

GAZETA MERCANTIL – Venezuela vem buscar alimentos no Brasil

CORREIO BRAZILIENSE – Em alta, Lula manda o governo gastar muito

VALOR ECONÔMICO – Importados sobem 18% e já não amortecem a inflação

ESTADO DE MINAS – BH tem 15 mil imóveis infestados pela dengue

Leias os destaques de capa de alguns dos principais jornais do País pela Radiobrás

Os Perigos do Neopopulismo

O historiador mexicano Enrique Krause escreveu recentemente (2006: Os dez mandamentos do populismo) que o populismo ao contrário do que se imaginava continua sendo uma variante política da atualidade, sobretudo na América Latina. Ele mostrou como está surgindo o fenômeno da emergência de um populismo latino-americano pós-moderno que poderia também ser chamado de neopopulismo que se diferencia das formas tradicionais, mais conhecidas, que se caracterizavam por uma irresponsabilidade macroeconômica.

Líder carismático, demagogia e palanquismo, dificuldade de aceitar a crítica e a opinião do outro, esbanjamento de recursos públicos (sobretudo para financiar gastos crescentes do Estado com pessoal, quer dizer, com aparelhamento), assistencialismo, incentivo à divisão da sociedade na base dos pobres contra os ricos (ou do povo contra as elites), mobilização das massas, criação de inimigos, desprezo pela ordem legal e desvirtuamento das instituições todos esses ingredientes, quando combinados, compõem a fórmula do novo populismo. (E um regime pode ser autoritário, como nos mostrou o ditador Salazar, em Portugal, sem ser irresponsável do ponto de vista econômico; ou seja, a estabilidade monetária pode ser usada como exemplo de bom-comportamento enquanto se suprime, restringe ou polui o ambiente democrático).

A pesquisa Confederação Nacional da Indústria (CNI)/Ibope conferindo recorde de popularidade ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva atesta que o governo tem a aprovação esmagadora do povo brasileiro. Mas a grande indagação consiste numa reflexão no âmbito da democracia e seus conceitos básicos. Até que ponto uma popularidade excessiva contribui para uma saudável democracia? Observa-se numa análise perfunctória, que o presidente Lula se exalta com as pesquisas, e que como natural seja, se consubstancia do poder e da legitimidade popular que possui, para que em questões controversas, impor seus desideratos. Um caso típico são os das Medidas Provisórias, existem outros, é claro, mas a análise da questão popularidade versus democracia, nos leva a pensar se realmente todos os fatores legitimados em uma pesquisa são efetivamente reais e não frutos de um marketing pessoal, e um momento econômico, e em especial a observação, da real sustentação da transmissibilidade política a um pretenso sucessor seu.

A política desenvolvimentista atrelada a financeirização da economia, por certo período que tem seu expoente na boa condição do mercado internacional, tem propiciado ao Brasil um ótimo desempenho econômico. Alem disso, os efeitos distributivos através do programas de transferência de renda como o Bolsa-Família, tem feito surgir uma nova classe média, a morena, que estuda à noite, ávida a atingir o patamar que outrora era delimitado a outro tipo de classe média burguesa, oriunda ainda de um Brasil escravagista. O componente pessoal de Lula, operário que fala o dialeto do povo sem passar pela mídia tradicional, o transformou num ícone popular. Essa popularidade exacerbada, delega na sua essência poderes de cunho irreverenciais democráticos, ao se dirigir ao presidente Bush, de ” meu filho” ou quando compara Bolsa-Família com milagre da multiplicação dos pães numa analogia a Jesus.

A verdade é que Lula para o povo brasileiro no momento, é a expressão de uma vida melhor, mais dinheiro no bolso do trabalhador, e mais emprego. Os perigos que alta popularidade poderão levar, devem ser aparados por uma oposição coerente e firme, afinal para um País que sempre adotou a receita dos EUA e passou a maior parte de seu tempo como devedor, chegou a hora de se libertar pelo menos em força de expressão na voz de um operário brasileiro. Não é “Bush meu filho, vai e resolve tua crise ! ”

Fernando Rizzolo

FHC pode pedir abertura de seus gastos ao Planalto

Fernando Henrique Cardoso revelou a um dirigente do PSDB que pensa em solicitar diretamente ao Planalto a abertura dos seus gastos com cartões corporativos e contas do tipo B da época em que foi presidente da República. Cogita recorrer ao hábeas data, um recurso jurídico que faculta a pessoas físicas e jurídicas requerer dados sobre si mesmos armazenados em bancos de dados oficiais.

Nesta quinta-feira (27), conforme noticiado aqui, na véspera, três ex-ministros de FHC protocolaram no Planalto requerimentos para que o governo lhes entregue as despesas relativas às suas respectivas gestões. Foram à presidência o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, e o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), ex-secretário-geral da Presidência da República (ambos na foto).

Além dos seus próprios requerimentos, Jungmann e Virgílio levaram o hábeas data assinado pelo deputado Paulo Renato (PSDB-SP), ex-ministro da Educação de FHC. O ex-presidente foi informado previamente da decisão tomada por seus ex-auxiliares. Considerou boa a iniciativa. Tão boa que informou que estudaria a hipótese de entrar, ele próprio, com um requerimento do gênero.

Também nesta quinta-feira, a Mesa diretora do Senado aprovou, sem alarde, 47 requerimentos de informações apresentados por senadores. Pedem a ministérios e a órgãos da presidência da República o envio ao Congresso de dados relacionados a despesas feitas com cartões corporativos. A iniciativa, atribuída a senadores, individualmente, nada tem a ver com a CPI dos Cartões.

A lista de ministros aos quais serão dirigidos os requerimentos inclui todo o primeiro escalão palaciano: Dilma Rousseff (Casa Civil), Jorge Félix (Gabinete de Segurança Institucional), Luiz Dulci (Secretaria Geral), Franklin Martins (Comunicação Social), José Múcio Monteiro (Relações Institucionais), José Antônio Toffoli (Advocacia Geral da União) e Jorge Hage (Controladoria Geral da União).

Fonte Blog do Josias

Rizzolo: O Habeas Data é o instrumento legal próprio para tal requerimento. A atitude de FHC leva por conseqüência Lula a uma situação constrangedora, contudo, como já comentei no artigo acima, sua extrema popularidade o faz destemido, e o coloca numa situação confortável que poderíamos assim caracterizar como quase impune. São lamentáveis os defeitos das democracias latino americanas que insistem no modelo paternal populista; talvez face ao desalento produzido pela miséria, a figura paternal identificatória faz com o povo se torne cego e dependente dos líderes populares. Com isso, não se discute e tampouco se questionam as questões básicas do desenvolvimento brasileiro que se apequena em discurso improvisados de efeitos que levam o povo a se sentir protegido. Uma mágica já conhecida deste os tempos mais remotos.

Charge do Fausto para o Olho Vivo

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Lula: Podem tirar o ‘cavalo da chuva’ porque farei sucessor

‘Oposição pode tirar o cavalinho da chuva, porque vamos continuar governando o País’, diz o presidente

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira, 26, no bairro do Jordão, no Recife (PE), que fará o seu sucessor. Em um discurso inflamado, Lula atacou a oposição, que acusa o seu governo de usar irregularmente o cartão corporativo. “A oposição pensa que vai eleger o sucessor. Pode tirar o cavalinho da chuva, porque nós vamos fazer a sucessão, para continuar governando este País”, afirmou.

Ao lado da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, citada por três ministros, pelo prefeito de Recife e pelo governador de Pernambuco, em seus respectivos discursos, Lula ponderou que a eleição ainda está muito longe, mas que os adversários não vão atrapalhar o seu projeto de desenvolvimento. “Eles vão ter que lutar muito e trabalhar muito. Apenas fazendo discurso não vão nos derrotar, não”, afirmou. “É preciso trabalhar mais do que nós e dizer ao povo o que fizeram antes de nós”, acrescentou.

Lula voltou a dizer que é preciso comparar o governo dele com o anterior e avisou que até o final do seu mandato pretende voltar outras vezes a Pernambuco e visitar todos os estados brasileiros. “Meus adversários vão dizer: está em campanha, está em campanha. Eu não estou em campanha, porque nem posso concorrer”. Lula disse que vai fazer ainda muitas viagens. “Se eles acham que eu vou ficar lá em Brasília ouvindo discursos, eles podem fazer quantos discursos quiserem, porque eu vou para a rua ouvir o discurso do povo, que eu ganho muito mais”.

Dirigindo-se ao ex-deputado Severino Cavalcanti do PP, que estava na platéia e que teve que deixar a presidência da Câmara sob acusação de corrupção, Lula disse que foram as elites paulista e paranaense que o afastaram do poder. Em seguida, Lula disse que tinha muito respeito pelo deputado e que muitos políticos são hipócritas.

Agência Estado

Rizzolo: Não se pode negar que houveram avanços no governo Lula, os investimentos em projetos de cunho social, o desenvolvimentismo baseado na inclusão, fizeram uma marca no governo petista que jamais houveram em gestões passadas. Mas ao mesmo tempo em que se faziam as demarcações do ponto de vista social, as alianças com o capital internacional, a omissão em criticar as políticas de altas taxas de juros pelo BC promovendo a financeirização da economia em detrimento à produção, levaram ao descrédito a boa intenção do social e não pavimentou o desenvolvimento necessário para uma segunda fase do crescimento.

A oposição atua de forma saudável, principalmente no que falta ao governo petista que é a transparência e dificuldade em conter a improbidade administrativa que é a marca registrada petista, o que não se pode aceitar, é Lula se sentir ” ofendido” porque a oposição e o povo brasileiro, não aceitam os abusos com os cartões corporativos, isso só pode ser uma brincadeira petista. O pobre brasileiro mesmo, apenas conseguiu nesse governo, ser beneficiado face ao Bolsa Família e alguns outros projetos de inclusão, o resto é conversa e perfumaria eleitoral. Agora a ” mãe do Pac” não tem a menor condição de prosperar como candidata, só Lula que ainda não percebeu, com ela, seu projeto de sucessão deixará sim o cavalinho da oposição tomar chuva à vontade. Ou será apenas eu que acho isso ?

FHC diz que Lula deve seguir seu exemplo e divulgar gastos

Ex-presidente chama de ‘guerra suja’ acusação de que seus gastos têm irregularidades e quebra próprio sigilo.

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aconselhou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a seguir o seu exemplo e divulgar os gastos da Presidência, em entrevista à rádio CBN nesta quarta-feira, 26, e chamou de “guerra suja” as acusações de que os gastos à época em que foi presidente teriam irregularidades. Na última terça à noite, FHC autorizou a quebra do seu próprio sigilo.

A decisão foi tomada após reportagem da revista Veja desta semana, segundo a qual o governo teria preparado um dossiê sobre gastos do ex-presidente para intimidar tucanos na CPI dos Cartões. A denúncia provocou uma série de negativas do Planalto e acirrou os ânimos na comissão, que agora cobra a quebra de sigilo de Lula e planeja convocar a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, para falar sobre o suposto dossiê.

Segundo FHC, a quebra de seu próprio sigilo é para “acabar com essa sensação de que tem algo de podre no reino da Dinamarca”. Se teve algo de podre, é longe de mim”, disse. O ex-presidente defendeu ainda punição caso seja comprovada alguma irregularidade. “Que se puna, mas não se pode fazer guerra suja. Por isso, pedi para abrir tudo de uma vez”.

FHC disse ainda na entrevista não considerar “violação de privacidade” a divulgação de seus gastos, mas chamou de “calúnia” reportagem da revista Veja que cita gastos com garrafas de champagne no início do segundo mandato. “Nem sei quem comprou (as garrafas) nem vi a ordem. Talvez tenha sido para a festa de posse da reeleição. Confundir isso como gasto pessoal é uma calúnia, dizer que fulano gastou para o seu bel prazer é errado”, afirmou.

Agência Estado

Rizzolo: Realmente essa postura do governo de insinuar gastos irregulares no governo FHC para que lá frente se negocie a não abertura das contas dos gastos pessoais de Lula, é no mínimo um ato deplorável. Com efeito, o fato de FHC ter autorizado a quebra de seu próprio sigilo, induz ao presidente Lula que se faça o mesmo, até porque essa postura de Lula justificar o seu sigilo através de argumentos constitucionais injustificáveis e não cabíveis de ” segurança nacional”, é extremamente antiético, amoral, e não condizente a um homem público. Concordo plenamente com FHC, que se escancare as contas pessoais do presidente Lula, e que de uma vez por todas se dê abrigo a uma postura ética e de trnsparência comum nas melhores democracias.

Charge do Seri para o Diário do ABC

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PSDB decide lançar Alckmin, sem o apoio do DEM

Serra se comprometeu a adotar uma posição partidária

Alternativa de apoio a Kassab não será testada no voto

Alckmin vai à convenção tucana como ‘candidato único’

Há três dias, em viagem a São Paulo, o presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), alinhavou a estratégia do tucanato para as eleições a prefeito da cidade. Produziu-se, reservadamente, a unificação do discurso do grão-ducado tucano. Ficou acertado, agora em termos peremptórios, que Geraldo Alckmin será aclamado em convenção como candidato único do partido às eleições paulistanas.

Sérgio Guerra reuniu-se separadamente com o próprio Alckmin, com o governador José Serra e com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Foram desarmadas duas armadilhas. O grupo de Serra não levará à convenção do partido a proposta de apoio do PSDB à reeleição de Gilberto Kassab (DEM). E os partidários de Alckmin interromperão a pressão que exerciam sobre a cúpula do partido para a realização de prévias.

De volta a Brasília, Sérgio Guerra relatou a lideranças tucanas, a portas fechadas, o resultado de sua missão paulistana. De Alckmin ouviu que não abre mão de disputar a prefeitura. De Serra obteve o compromisso de adotar na campanha uma posição discreta, mas partidária. De FHC, recolheu a avaliação de que a divisão do PSDB e do DEM no primeiro turno da disputa tornou-se irreversível. Antes simpático ao apoio tucano a Kassab, FHC agora diz que, diante da pertinácia de Alckmin, o PSDB não tem senão a alternativa de apoiá-lo.

Com o asentimento da direção tucana, o grupo que dá suporte a Alckmin promove, nesta quinta-feira (27), um ato público de apoio à candidatura do ex-governador. Prevaleceu na cúpula do partido o entendimento de que o candidato precisa pôr a postulação em movimento, sob pena de não conseguir celebrar as alianças partidárias que deseja. A despeito de declarações que tucanos descontentes possam vir a fazer nas próximas semanas, a deliberação do partido está tomada. Descartou-se de vez a hipótese de aliança com o DEM no primeiro turno da eleição.

Reunida na noite passada, a Executiva do PSDB definiu a posição a ser adotada pela direção nacional da legenda nas eleições de 2008. Deliberou-se que os diretórios locais terão autonomia para formalizar as alianças que julgarem mais convenientes. Depois do encontro, Sérgio Guerra disse ao blog que não há vetos prévios a esta ou aquela aliança. Informou, porém, que se manteve aberta uma janela para intervenções nos casos em que forem celebrados acordos que o partido considere “indefensáveis”.

O que seria uma aliança indefensável? “O apoio a bandidos notórios e a inimigos declarados do PSDB”, exemplificou o senador. E como se daria a intervenção? Nos municípios com menos de 50 mil habitantes, caberá ao diretório Estadual intervir. Em municípios maiores, a ação será conduzida pelo diretório nacional.

O caso de Belo Horizonte seria passível de intervenção? Sérgio Guerra informa que não. Para o PSDB, é “absolutamente normal” a aliança que o governador tucano Aécio Neves tricota com o prefeito petista Fernando Pimentel, para apoiar a candidatura de Márcio Lacerda (PSB), hoje integrante do secretariado da administração estadual do PSDB.

Quanto a São Paulo, as gestões da direção nacional serão feitas em ambiente de informalidade. A preocupação da cúpula tucana é agora a de evitar que a disputa entre Alckmin e Kassab se radicalize a ponto de inviabilizar uma composição no segundo turno.

Blog do Josias

Rizzolo: Finalmente uma decisão de bom senso. Na verdade, esse acordo partidário interno nem haveria necessidade de haver, se caso, houvesse sim um interesse maior em nome do partido, e não posições estritamente pessoais e de poder. Até porque, se houver um segundo turno, com certeza Kassab ou Alkmin apoiariam um ao outro numa aliança, mas de caráter de segundo turno. O que não se diz às claras, é que por de trás da candidatura Alckmin está discretamente a articulação de Aécio Neves(PSDB) , governador de Minas. Não acredito que o tucanato contrário ao consenso vá se empenhar na campanha de Alckmin, se isso ocorrer fica patente que todo o esteio ético que o PSDB prega, não consegue sequer enxergá-lo em casa.

Jobim recomenda aos EUA distância do Conselho de Defesa sul-americano

“Manter distância”. Esta foi a resposta do ministro da Defesa, Nelson Jobim, ao questionamento do secretário de Defesa dos EUA, Bob Gates, de como o seu país poderia contribuir com o conselho de defesa sul-americano, proposta brasileira para desenvolver um sistema unificado de defesa e para o desenvolvimento de uma indústria de armamentos integrada.

Segundo o relato do próprio Jobim, durante a sua viagem de quatro dias aos EUA, ele defendeu os presidentes Hugo Chávez (Venezuela) e Rafael Correa (Equador) em conversas com a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, com o assessor do Conselho de Segurança Nacional, Stephen Hadley, e o chefe do Comando da Otan, Jamis Mattis.

Jobim disse que reafirmou a posição brasileira para Rice de que quem não respeita a democracia na Venezuela é a oposição ao presidente Chávez. “Quem agiu não-democraticamente foi a oposição que [com apoio dos EUA] tentou um golpe para derrubar Chávez em 2002”, afirmou.

O ministro destacou ainda que rejeitou as ofertas feitas pelos norte-americanos para fornecer os caças que o Brasil pretende comprar para renovar o esquadrão da FAB (Força Aérea Brasileira).

De acordo com Nelson Jobim, o governo está interessado em adquirir equipamentos bélicos de países que oferecem transferência de tecnologia.

Hora do Povo

Rizzolo: Em primeiro lugar ” adquirir equipamentos bélicos de países que oferecem transferência de tecnologia” é no mínimo uma ingenuidade de cunho infantilóide. Jamais um País que detenha tecnologia bélica vai ” transferir tecnologia” para o Brasil, ou para qualquer outro País. Os militares estão aí e não me deixam mentir. Um País de verdade se constrói com investimentos maciços na formação profissional, até para ter capacidade de copiar. Sim, é uma palavra forte, mas é a pura realidade, A China fez isso. Ai invés de pensarmos em tocar os nossos projetos como o desenvolvimento do nosso submarino nuclear, fortalecer nossa indústria bélica sucateada, que um dia já foi competitiva, ao que parece o ministro busca alguém que nos entrega a ” receita de bolo pronta “. Ora, isso não existe, alguém tem que acordá-lo.

Segunda questão: se de fato, o ministro afirmou que a Venezuela é uma vítima na América Latina, e que a distância dos EUA do pretenso ” Conselho de Defesa” seria de bom grado, está caracterizado outra ingenuidade. O governo americano acompanha de perto todas as movimentações na América Latina, haja vista a interferência no caso da Colômbia com o Equador, ademais, esse Conselho só faria sentido se de fato houvesse na Améirca Latina, um perigo eminente, um estado de beligerância. Se foi isso mesmo que afirma o texto, além de ingenuidade, está patente uma total falta de prestigiar as ações de diplomacia.

Charge do Jorge Braga para O Popular

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