Venezuela adverte para conseqüências caso integre lista de apoio ao terror

Nova York, 3 abr (EFE).- O embaixador da Venezuela nos Estados Unidos, Bernardo Álvarez, advertiu hoje que haverá conseqüências para as relações entre ambos os países e também na América Latina se o Governo americano colocar seu país na lista dos que promovem o terrorismo.

“Qualquer ação como essa teria conseqüências políticas e econômicas, não só para as relações EUA-Venezuela em seu conjunto mas também para a região”, assinalou Álvarez durante um ato organizado pela Associação Venezuelano-Americana nos EUA realizado no edifício do Rockefeller Center em Manhattan.

Álvarez acrescentou que uma decisão dessa natureza “seria vista como um esforço para gerar instabilidade na região”.

O diplomata agradeceu à associação nova-iorquina por ter atendido com rapidez sua sugestão de organizar um ato, assim como para oferecer, aos membros da comunidade financeira e empresarial, dados e idéias sobre a economia, a indústria petrolífera e as relações de Caracas com Washington, entre outros assuntos.

“Há tantas distorções nos meios de comunicação que pensamos que era importante vir e explicar nossos pontos de vista e nossa posição sobre esses assuntos”, explicou o diplomata aos presentes.

Álvarez declarou que a indústria petrolífera venezuelana se mantém forte, que a economia e programas sociais são vibrantes e que o compromisso do país com a paz na região e no mundo não mudou.

Acrescentou que “infelizmente, e não é a primeira vez, há algumas ameaças por parte do Governo Bush ou considerações em relação a colocar a Venezuela na famosa lista de países que apóiam o terrorismo”.

“O que está por trás disso?”, perguntou Álvarez, completando que de acordo com alguns conhecedores do âmbito político em Washington, “está muito ligado a uma tentativa de usar um inimigo inventado para empurrar o Congresso a aprovar o Tratado de Livre-Comércio com a Colômbia (TLC)”.

Disse que as autoridades venezuelanas não fizeram comentário algum sobre essas negociações e ressaltou que seu Governo “não tem nada a ver com negociações entre países e os EUA sobre acordos de livre-comércio”.

O embaixador afirmou que alguns consideram “irracional” a possível incorporação da Venezuela à lista americana de países que apóiam o terrorismo e lembrou alguns dados sobre as relações econômicas entre ambos os países.

Indicou, entre outros, que os intercâmbios comerciais entre EUA e Venezuela alcançavam um valor de US$ 29 bilhões em 2004, que subiu para US$ 50 bilhões no ano passado.

O diplomata venezuelano disse também que seu país “está pronto” para trabalhar com qualquer Governo que surja das próximas eleições presidenciais nos EUA e assegurou que a Venezuela só pede “respeito mútuo”.

Folha online

Rizzolo: A postura do embaixador da Venezuela nos EUA, é no mínimo contraditória, senão vejamos: o embaixador já ameaça antes de ser atingido, suas palavras são claras, ” haverá conseqüências para as relações entre ambos os países e também na América Latina se o Governo americano colocar seu país na lista dos que promovem o terrorismo”. Quando falamos em ” conseqüências” estamos de certa forma nos colocando de forma retaliatória, típicas de postura stalinista. Não há por hora nada de concreto, nada de real, o que existe sim de realidade, é o fato do governo Chavez ter se distanciado da receita de “coerência” política interna e externa, a o ter se posicionado frontalmente a favor das Farc. O pior, fez de tal forma entendendo ganhar mais popularidade, mais projeção, e acabou se dando mal. O elenco das provas da promiscuidade política- ideológica do governo Chavez com a guerrilha salta aos olhos, e não venham me dizer que as provas são ” made in USA”. São provas !

Alguns me perguntam e estranham o fato de eu ter me distanciado do governo Venezuelano, vez que fui até convidado por integrantes ligados a este governo a participar de um Congresso na Venezuela. A explicação é por demais simples: enquanto Chavez era comedido e tentava implantar baseado numa democracia um regime de justiça social, eu estava lá e aprovava. A partir do momento que usou mal a palavra socialismo, explicitou uma relação que muitos já desconfiavam com a guerrilha colombiana, querendo a reboque levar à mesma postura outros países como a Argentina e o Brasil, eu já não estava mais ao lado de Chavez, como assim não estou. “Ah! Mas o Rizzolo é imprevisível, hoje ele esta do seu lado amanhã ele se volta contra você”. Falem o que quiser, não me arrependo em ter falado bem de Chavez quando acreditava nele, assim como quando acreditei em Lula. Agora, eu demonstro de forma argumentativa o porque da mudança de postura, procuro de forma clara justificar meu posicionamento ideológico, sem constrangimento. É isso que falta no Brasil, humildade para dizer ” Eu estava errado”. E daí ? Nunca traí meus ideais! Viro as costas e vou embora.

Lula defende o enfrentamento aos entraves do crescimento na elaboração da política industrial

O presidente Lula afirmou nesta terça-feira (1º), durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), em Brasília, que o ciclo de crescimento da economia brasileira deve continuar, baseado na elevação do consumo e na oferta de crédito, combinados com aumento simultâneo da produção.

“É muito importante o crédito continuar crescendo, o consumo continuar crescendo, mas todo mundo sabe que é importante que cresçam os espaços na fábrica para produzir”, defendeu.

“Espero que a indústria automobilística faça muitos investimentos, que o comércio continue vendendo muito mais, porque quando o comércio vende do jeito que está vendendo, eu sei que a comida está chegando à boca do pobre, e quando está chegando à boca do pobre a gente percebe que ele vai aos atos públicos mais feliz, mais alegre. Eu acho que é este País que nós poderemos consolidar”, disse, assinalando a necessidade da adoção de políticas especiais para atender a demanda.

Lula destacou que é preciso enfrentar os entraves ao crescimento da produção, “porque na hora em que houver um descompasso, todos nós sabemos que o risco é muito grande e já vivemos isso em outras vezes. Então, vamos descobrir quais os gargalos, incentivar, criar”. “Não há espaço para retroceder e não há disposição. Naquilo que depender do governo, podem ficar tranqüilos, que a gente vai levar avante”.

Nesse sentido, o presidente confirmou que em 15 dias o governo deverá lançar o programa de política industrial. “Ela vai dar uma direção e vai mostrar que acabou o tempo em que a gente achava que a própria sorte do mercado iria definir que tipo de política industrial nós queríamos”, sublinhou. Ele ressaltou que a idéia é definir as diretrizes para que haja “um projeto delineado, como pretendemos apresentar agora, e eu acho que isso é extremamente importante para o Brasil”.

Lula também rechaçou a cantilena da oposição contra as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), reiterando ele e os membros do governo vão continuar viajando pelo Brasil para executar as ações do programa.

“É um tipo de gente que trabalha para que não acontecer coisas de bem neste país porque não foi ela que criou”, afirmou, lembrando que muita gente não tem noção do que o PAC representa. “Hoje, eu diria que em quase todos os estados, pelo menos em metade ou 60% dos municípios tem alguma obra em andamento. Isso significa que a construção civil vai trabalhar mais do que já trabalhou em qualquer outro momento, que a economia vai crescer”, frisou.

Hora do Povo

Rizzolo: Bom, o discurso como sempre é genérico e não atinge a questão principal. Como atingir um aumento da produção fortalecendo o mercado interno com os juros no atual patamar? Não é possível que ninguém assoprou ainda no ouvido do presidente Lula, que a política econômica do Sr. Meirelles é recessiva. Lula se preocupa mais com a Dilma a ” Mãe do Pac ” e do Pad ( Produção Antecipada de Dossiê), do que com os problemas pontuais do Brasil. Ora, se “é preciso enfrentar os entraves ao crescimento da produção”, então vamos rever a política do Banco Central. Pensar no Brasil, não é apenas viajar de palanque a palanque com a Dilma ( sob suspeição ) à tiracolo, tentando fazer seu sucessor; vamos refletir e ir ao fundo da questão do desenvolvimento do Brasil. O primeiro passo: uma política que vise a produção não a pretensa inflação. Tudo isso é bem melhor que apenas o discurso. De tanto as pessoas já terem falado em juros altos, de tanto já ter ouvido até de empresários como Antônio Erminio de Moraes, que a taxa de juros é um problema, será que Lula ainda não identificou quem está atrapalhando o Brasil? Bem , o importante é a Dilma , não é ? Aliás, ontem em Porto Alegre o palanque tomou vaia, será que foi só para a governadora ?

Charge do Lane para o Charge online

lane.jpg

Publicado em Política. 1 Comment »

Na íntegra, o dossiê contra o casal FHC

A VEJA revelou há duas semanas a existência de um dossiê montado pelo governo sobre despesas sigilosas do casal Fernando Henrique e Ruth Cardoso na época em que ele morava no Palácio da Alvorada.

Na semana passada, a Folha de S. Paulo publicou que o dossiê foi produzido por auxiliares da ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil.

Tanto a VEJA quanto a Folha citaram algumas informações reunidas no dossiê. Mas nenhum veículo até hoje o publicou na íntegra – sequer parcialmente.

É o que faz agora este blog ( Noblat). Clicando no pé desta nota, você poderá conhecer na íntegra o dossiê que circulou no Congresso e que foi vazado pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR).

Limitei-me a escanear o dossiê. E a inserir o logotipo deste blog entre cada uma de suas páginas.

O dossiê lista 35 despesas feitas pela ex-primeira-dama Ruth Cardoso. Elas ultrapassam por pouco a casa dos R$ 53 mil.

Por sinal, dona Ruth é o nome mais ilustre citado nas 13 páginas de planilhas com gastos dos anos de 1998, 1999 e 2001. Não aparecem gastos referentes a 2000 e 2002.

Com exceção de um porta-retrato no valor de 100 dólares dado de presente a um oficial colombiano, as demais despesas de dona Ruth têm a ver com o aluguel de carros.

Como adiantou, ontem, o blog, existe uma parte do dossiê que permanece inédita.

Segue, aqui, a íntegra do dossiê que tem causado tanto barulho dentro e fora do Congresso. Duas das 13 páginas foram reunidas em uma só.

Você poderá abrir o arquivo só para ler ou baixá-lo se preferir. Aumente o tamanho das letras para ler melhor.

Fonte: Blog do Noblat

Rizzolo: Olha, tirando o Mercadinho La Palma , e os Cafés Finos, esse dossiê não diz muita. Contudo acredito que como base para criar um clima intimidatório serviu. A teoria de que foi elaborado pela oposição é uma balela, agora o importante, não é saber que foi o ” espião”, mas quem o elaborou, e a mando de quem. De qualquer forma, é triste saber que no cerne da questão ninguém sequer ainda chegou, ou seja, abrir as contas da atual Presidência da República. O pior dessa amoralidade toda, é a baixeza política de cunho constrangedor. Com efeito, isso me parece uma manobra diversionista petista, para voltar a atenção ao passado, tirando do foco o que realmente deveria se apurar, ou seja, a presente gestão petista. A questão principal é a seguinte: A mando de quem foi elaborada essa peça constrangedora ? Eu desconfio de um pessoa, de uma “mãe”. E você ?

As manchetes desta quinta

– JB: Congresso debate sumiço do prefeito

– Folha: Corte nos gastos pode chegar a R$ 30 bi

– Globo: Sindicatos celebram com Lula liberdade para gastar

– Gazeta Mercantil: Restrição a caminhões divide setor produtivo

– Correio: Governos receberam alerta contra dengue

– Valor: Venda parcelada no cartão dispara e preocupa bancos

– Estado de Minas: Tráfico espalha o medo

– Jornal do Commercio: Chuva isola comunidades no interior

Leia os destaques de capa atravé da Radiobrás.

Publicado em Política. 1 Comment »