General Augusto Heleno, uma declaração patriótica e coerente

Há muito tempo tenho dedicado minhas críticas ao governo federal em relação à questão da soberania nacional. Basta reler todos os textos referentes à matéria desde o início deste blog, para inferir minha preocupação sobre a Amazônia, as reservas indígenas, e nsobre o entreguismo velado e irracional no que se refere às questões da política indigenista brasileira, que propicia toda sorte de ingerência internacional na área.

De muitos textos e reflexões me deixei aprofundar, na nobre postura do exercício crítico das políticas ocupacionais da Amazônia; desde as estratégicas de ação e preservação da nossa capacidade e poder de exercer a devida soberania, até do papel concessivo do governo no que refere às ONGS. Inúmeros artigos e comentários publicados neste blog apregoavam na defesa sobre a necessidade da participação decisiva do governo federal, numa política patriótica ocupacional das áreas vulneráveis fronteiriças no nosso País.

Com muita propriedade e coerência, em palestra sobre a defesa da Amazônia no Clube Militar, no Rio de Janeiro, o Comandante Militar da Amazônia, General Augusto Heleno repetiu que a transformação da fronteira Norte do País em “reservas” ou “nações” indígenas é uma ameaça à soberania nacional, abandonando o “silêncio obsequioso” dos militares para defender a Amazônia.

Não é necessário ser um especialista, para observar que os índios acabam sendo instrumentos de ONGS que tem por finalidade impor uma internacionalização da área ocupada pela reserva indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. Ademais, o próprio presidente da Associação dos Arrozeiros de Roraima, Paulo César Quartiero confirma e denuncia os fatos. Aliás, o governo federal “aprecia” dividir o Brasil em várias nações, as indígenas, as dos negros, as das elites, com propósitos políticos, menos a nação brasileira.

As declarações do General Augusto Heleno, afirmando que a política indigenista no País é ” lamentável e caótica”, nos faz refletir e soma às vozes daqueles que dispersos estão na indignação sobre as políticas de ocupação da Amazônia, como o autor deste blog. O governo federal deve por bem entender que a intelectualidade militar nos dias de hoje, tem seu lugar na participação e discussão dos assuntos estratégicos, e isso, de forma alguma, não pode ser interpretado como ” quebra de hierarquia”. Não é possível numa democracia, tentar amordaçar a voz dos militares, patriotas por formação, nas discussões sobre os atuais aspectos da soberania nacional, ao mesmo tempo em que aceita-se passivamente as vozes comunas do MST, e os desmandos dos aloprados.

No tocante às demais declarações do General Heleno afirmando “Não sou da esquerda escocesa, que, atrás de um copo de uísque 12 anos, sentada na Avenida Atlântica, resolve os problemas do Brasil inteiro. Já visitei mais de 15 comunidades indígenas, estou vendo o problema do índio.” Não tenho nada a comentar, apenas achei corajosa e digamos pertinente.
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Fernando Rizzolo

Comunidade judaica comemora o Pessach


Judeus em família comemorando o Pessach na Idade Média

“Agora, somos homens livres”. Esta é a frase que marca a essência do Pessach, festa que se inicia na noite de 29 de março de 2010 e se estende por mais sete dias, celebrando a saída do povo hebreu do Egito, onde eram escravos.

Repleto de simbolismo, Pessach, cuja tradução do hebraico é ‘passagem’, traz consigo uma mensagem universal, a da liberdade, assinala a unidade do povo judeu, e traz uma série de reflexões e ensinamentos, como a fé em D’us, a importância de se passar às gerações, a nossa história, o que é feito através da leitura da Hagadá (livro que narra a saga do povo no Egito), na noite do Seder (refeição festiva).

Hoje, somos homens livres no mundo inteiro, gozamos do mais alto direito – a liberdade de ir e vir. Mais do que um conceito, a liberdade, devemos traduzi-la como uma realidade.

Sempre entendi o Pessach como uma festa da liberdade, e principalmente de libertação. Relembrar a saída do Egito, significa antes de tudo saber que podemos nos libertar do ” Egitos ” que existem dentro de nós, que nos escraviza e oprime, esse conceito transpõe a idéia da libertação do povo judeu ampliando a reflexão para o social simbolizando a ” libertação” dos ” Egitos sociais” que nos dividem, devemos compartilhar o conceito de libertação com todo povo brasileiro e com todos os povos !

Fernando Rizzolo

EM BREVE – WWW.BLOGDORIZZOLO.COM ( essa informação aparecerá sempre no topo do blog )

Face às notícias de que o WordPress Blog não mais terá conteúdo no Brasil , nos antecipamos e já estamos informando um novo endereço caso tirem todos os Blogs do WordPress do ar, inclusive este. Segundo informações que obtive na Internet, a ordem judicial, seria assinada pelo juiz Maury Ângelo Bottesini, da 31a Vara Cívil de São Paulo, no último dia 19 de março, requerendo à Abranet – Associação dos Provedores de Acesso do Brasil – que executasse o bloqueio de um endereço que publicava um vídeo de sexo explícito veiculado pelo YouTube e já retirado do ar.

Era um caso de violação de privacidade típico da rede. A moça foi filmada, alguém veiculou o filme. O problema é que os provedores, que oferecem acesso à Internet no Brasil, só podem bloquear o site pelo seu IP – o endereço numérico. Isto representaria tirar uns bons mil blogs do ar.

Então já sabem aonde me encontrar, se de repente por causa do “sexo explícito de terceiros ” eu vier a desparecer do ar, acessem o http://www.blogdorizzolo.com . O novo Blog já está sendo construído, por hora continuamos por aqui.

Fernando Rizzolo

Nunca antes na história deste país

Pelo visto, as eleições de 2008 serão diferentes de tudo o que já se viu no Brasil em matéria de eleição municipal.

Até hoje, uma das regras da política brasileira dizia que presidentes da República não se envolvem em eleições municipais.

Em geral, essas eleições ocorrem no meio do mandato presidencial, e muitas críticas ao governo federal podem transformar-se em derrota dos candidatos de partidos governistas.

Se o governo faz a maioria dos prefeitos, o presidente capitaliza alegremente os resultados, declarando que a vitória é a vitória das políticas do governo federal.

Se, ao contrário, a oposição faz a maioria dos prefeitos, o presidente alega que as eleições são locais, com preocupações locais.

E, silenciosamente, inicia a correção de alguns rumos de seu governo.

Assim tem sido até agora. Inclusive na eleição de 2004, quando o presidente Lula interferiu muito pouco nas eleições municipais.

Mesmo a derrota de Marta Suplicy em São Paulo, das poucas eleições em que Lula se meteu, não foi contabilizada no Planalto como uma derrota do governo, mas uma derrota de Marta.

Entretanto, em 2006 a situação começou a mudar. E o agente desta mudança foi o Bolsa-Família. Nas eleições daquele ano, o PT desalojou os coronéis tradicionais do Nordeste e os substituiu por um tipo de “coronelismo federal”.

Eleitores municipais, livres do jugo do coronel local, passaram a dedicar sua lealdade exclusivamente a Lula, engordando os índices de popularidade do presidente.

O fato é que Lula decidiu transformar as eleições de 2008 em um plebiscito sobre o seu governo. É candidato em cada um dos municípios brasileiros. É Lula que se coloca em julgamento.

Com isso, inverteu-se a lógica da política brasileira. Em vez de a política nascer no município, com candidatos a prefeito alavancando carreiras e eleições de deputados estaduais e federais, agora é o presidente da República que joga suas fichas e suas benesses em candidatos a prefeito.

Esta inversão de lógica pode ser extremamente prejudicial a partidos políticos fortemente fundados em bases municipais.

O principal prejudicado por esta “candidatura” onipresente do presidente só pode ser, naturalmente, o PMDB.

Herdeiro das tradições do velho PSD, o PMDB é o partido de maior capilaridade no Brasil. Dono do maior número de prefeitos, o partido é tão baseado na política municipal, que sua Convenção Nacional, por exemplo, é composta por delegados dos municípios, consolidando a lógica “do município para a União”.

A eleição de 2008 pode estar iniciando um ciclo inédito na política brasileira, invertendo a mão da lógica eleitoral, transformando o prefeito num mero agente do presidente da República e matando de vez a já moribunda federação brasileira.

Lucia Hippolito,é cientista política e comentariasta da CBN

Rizzolo: O fato de Lula participar de comícios, com pretexto de inaugurar partes de obras, que por mais das vezes nem sequer ainda do chão saíram, faz com que o presidente envolvendo-se em eleições municipais consiga aferir sua popularidade, ao mesmo tempo que, induz à uma eventual especulação sobre suas idéias a respeito de um terceiro mandato. Por mais que Lula afirme que jamais aceitaria um novo mandato, faz da sua presença nos municípios a coroação de um desejo de participar ativamente da política municipal, emprestando sua popularidade a candidatos que muitas vezes pouca tradição política no município possuem, turbinando-os com o seu prestígio. É mais uma vez a popularidade a serviço daqueles que ainda não a tem.

Charge do Alex Ponciano para o Expresso Popular