Uma falsa preocupação dos militares ?

Na ânsia de justificar o injustificável do ponto de vista estratégico militar, o ministro petista Tarso Genro, numa tentativa elucubratória jurídica afirmou que “Alimentou-se uma mentira. Do ponto de vista jurídico, é falsa a preocupação dos militares. Na verdade, o país perde o controle quando arrozeiros armados impedem a chegada da lei.” No entender do ministro, essa preocupação dos militares é tendenciosa, até porque gerou-se um mito de que as terras indígenas são indisponíveis para a União.

Pode-se inferir nas palavras do ministro, ao querer ” falar grosso” com os oficiais, uma insinuação velada de que os militares estariam “mal informados”, impondo aos mesmos uma ” lição de direito” onde a argumentação utilizada, tem por esteio, uma legislação fraca e inoperante do ponto de vista prático, desqualificando com essa manobra, a visão militar estratégica e a opinião daqueles que discordam dessa esquizofrenia entreguista.

O pior, parlamentares do PSDB que se dizem oposição, defensores do capital internacional e que sempre combateram projetos de inclusão na defesa dos interesses do povo brasileiro, voltam-se contra os militares,e se unem na defesa da política indigenista de Lula, o que no meu entender é no mínimo estranho.

O governo tentou sim intimidar, ameaçar e silenciar o Comandante Militar da Amazônia, com intuito é claro, de enfraquecer a posição de todos que defendem a revisão da política indigenista do governo, porque como todos sabem, compromete ela a segurança nacional. Não resta a menor dúvida, que a criação de uma reserva indígena na proporção proposta, em áreas extensas de fronteiras, restringindo a ação das autoridades brasileiras, e sendo capitaneada por inimputáveis que são os indígenas, é extremamente perigoso.

O grande perigo, reside na possibilidade de que um dia, orientados por grupos internacionais, as nações indígenas considerarão mais adequado adquirir soberania plena, com o controle do solo, do subsolo, da defesa e da política externa. Certamente receberão apoio de fora, se se considerar que a Amazônia brasileira é a maior reserva mundial de água doce e um gigantesco estoque de biodiversidade e recursos naturais não-renováveis.

De nada adianta, intelectuais invocarem Joaquim Nabuco, na defesa dos índios, ou expedições do Marechal Cândido Rondon em fatos ocorridos em 1927; hoje a população indígena é outra, existe o contato com a modernidade, com as ONGS, com os ” missionários”- que de missionários não tem nada -, temos que racionalizar as ações e o bom senso deve prevalecer com responsabilidade, e jamais deixarmos as portas abertas das nossas fronteiras em nome de um romantismo que há muitos interessa, menos aqueles que amam o Brasil e são patriotas.

Fernando Rizzolo